Rangers, Lázio e Liverpool confirmaram o seu estatuto de favoritos e qualificaram-se esta noite para a fase de grupos da Champions League. O Rangers foi o primeiro a entrar em cena e logo num terreno muito complicado. O adversário era o Estrela Vermelha de Lucas, equipa que, a jogar no seu campo, costuma ser um forte opositor. O clube escocês acabou por segurar o nulo e beneficiar do golo conseguido em Glasgow.
Em Inglaterra, o Liverpool não teve problemas e goleou a equipa francesa do Toulouse. Peter Crouch, Hypia e um bis de Kuyt deram uma vitória fácil e tranquila aos ingleses, como aliás seria de esperar.
Na Roménia, a Lázio tinha uma tarefa muito complicada já que entrava em campo numa posição pouco vantajosa. O Dinamo Bucareste havia logrado empatar em Roma a uma bola e, no seu reduto e perante o caloroso apoio dos seus adeptos, partia com grande ambição para este decisivo encontro.
Pelo facto de ter visionado o jogo, a Lázio é a equipa escolhida para o OLHO CLÍNICO desta semana.
Na primeira parte, a Lázio não conseguiu desenvolver o seu futebol e chegou ao intervalo a perder por uma bola a zero. A forma lenta com que desenvolvia as suas jogadas de ataque permitiu sempre ao Dinamo defender com muitos jogadores e sempre sem dificuldades. Aliás, não me recordo de uma única oportunidade de golo da Lázio no primeiro tempo.
No segundo tempo a história foi outra. A Lázio entrou determinada e marcou logo aos dois minutos. Uma grande penalidade duvidosa sobre o médio direito Del Nero permitiu a Rocchi igualar a eliminatória. Mas a Lázio não se ficou por aí. Sete minutos depois, Pandev isolou-se e bateu sem dificuldades o guarda-redes Lobont. Pandev havia ameaçado poucos minutos antes com um remate colocado ao poste, e, logo a seguir, fez o segundo da sua equipa e matou o jogo. Se já nessa altura só dava Lázio, com o segundo golo romano, ainda mais se acentuou a diferença entre estas duas equipas.
Foi sem surpresa que aos 66 minutos Tommaso Rochi bisou e garantiu de vez o passaporte para a fase de grupos da Liga Milionária.
Até final, nada mais houve de relevante. O Dinamo quebrou animicamente e a Lázio limitou-se a gerir a vantagem.
Olhando para o grafismo e para este 4-4-2 clássico dos romanos, destaque para o médio direito Del Nero, para a dupla de médios defensivos, Ledesma e principalmente Mundigayi, e para a dupla de avançados, no caso, Tommaso Rocchi e Pandev. Foram estes os príncipais destaques nesta equipa laziale.
Ledesma e Mundigayi são dois jogadores que correm muito e garantem estabilidade sob ponto de vista defensivo. O grande problema é que não participam muito nas acções ofensivas da equipa. Falta, na minha opinião, um médio que ligue o meio-campo ao ataque.
Nas alas, Manfredini e Del Nero são dois esquerdinos habilidosos. Del Nero, confesso, um desconhecido, mostrou bons pormenores e esteve em dois dos três golos da equipa. Creio que subsituiu o castigado Behrami e, no meu entender, deu conta do recado.
Apesar de considerar que esta equipa da Lázio vale essencialmente pelo seu colectivo, me parece que é no ataque que estão as duas grandes referências desta equipa. Rocchi e fundamentalmente Pandev são dois jogadores de inegável qualidade. Rocchi é um avançado mais fixo enquanto que Pandev é um jogador mais técnico e mais móvel. A meu ver, Pandev é a grande figura desta equipa. Ambos tiveram papel decisivo na vitória de hoje.
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