terça-feira, outubro 30, 2007

VERGONHA!


Um "roubo" descarado em Nápoles. Vejam bem neste video como é que a Juventus sofreu o 2º e o 3º golos. Dois penalties inacreditáveis, dois mergulhos impressionantes que, em qualquer lado do Mundo, dariam, de caras, cartões amarelos para os artistas.

ROLABOLA

Resultados e Marcadores:

Nápoles 3-1 Juventus
(Guevara, Domizzi (2); Del Piero)

Palermo 0-0 Inter

Milão 0-1 Roma
(Vucinic)

Génova 0-0 Fiorentina

Schalke 04 1-1 Werder Bremen
(Grossmuller; Naldo)

Dortmund 0-0 Bayern Munique

PSG 2-3 Lyon
(Pauleta (2); Ben Arfa (2), Gouvou)

Nacional 0-0 Sporting

Benfica 2-1 Marítimo
(Cardozo g.p , Freddy Adu; Kanu)

OLHÓGOLO:

FC Porto 3-0 Leixões

OLHÓGOLO MVP: Lisandro Lopez
(jornal "a bola")



CONSIDERAÇÕES:

- Inacreditável volte-face nas contas para esta jornada. Um simples jogo mudou tudo. Antes do Porto - Leixões desta 2ª Feira, Pelé tinha, imagine-se 6 pontos fruto das apostas no Lyon e no Benfica. Pois, bastou ter acertado no resultado do Porto e ter tido a felicidade de escolher Lisandro Lopez como o marcador de serviço e também a figura do jogo para ganhar a rodada. Ora aí está a prova em como está tudo em aberto neste Rolabola. Uma jornada feliz para um participante do fundo da tabela pode significar uma subida vertiginosa na tabela. O marcador de serviço e o OlhóGolo podem dar muitos pontos. Mais uma vez, eu mesmo fui tramado pelo Lisandro.

- Rui Faria foi o primeiro a dizer adeus ao nosso Rolàbola. Três jornadas consecutivas sem jogar fizeram com que tal acontecesse. Atenção que há dois jogadores que também estão em risco de serem desclassificados.
Se o Rui Faria quiser voltar ao jogo, poderá fazê-lo mas, obviamente, recomeçará o jogo com os pontos do último.

- Saudações para o participante Mota que, mesmo entrando numa fase adiantada do Rolàbola, arriscou e promete muito trabalho para rapidamente deixar os lugares baixos da classificação.



ROLABOLA Jornada 10

segunda-feira, outubro 29, 2007

OLHO CLÍNICO


Equipa da Semana: PSV (plantel)



Treinado pelo nosso bem conhecido Ronald Koeman, o PSV possuí um plantel de grande qualidade e em quantidade, o que permite ao técnico holandês a tal rotatividade que tão importante é em equipas que estão inseridas em várias competições.
Como já veremos mais à frente em grafismo, muitas são as opções de Koeman, algo que possibilita ao técnico utilizar dois sistemas (4-4-2 ou um falso 4-3-3) consoante o adversário. O que é certo é que Koeman raramente repete um onze e a verdade é que a equipa mantém-se estável e confortável no primeiro lugar na Eredivisie (ver classificação
aqui).
A nível da Liga dos Campeões, apesar de estar no 3º lugar do grupo com apenas 4 pontos, dois pontos apenas separam o clube holandês do primeiro classificado, no caso, o Inter de Milão. Portanto, tudo em aberto.

A EQUIPA:

- Como já referi, é muito difícil apresentar um "onze" ideal deste PSV. Há efectivamente jogadores mais utilizados que outros mas, com tanta qualidade à disposição, é difícil para Koeman não rodar a equipa. Ainda assim, pudemos verificar que, nos jogos teoricamente mais difíceis, Koeman prefere utilizar um 4-4-2. Por sua vez, em encontros onde o PSV é claramente favorito, por norma o ex-treinador do Benfica opta por um 4-3-3 que muitas vezes é mesmo um 4-2-4.

Vejamos então como se dispõe esta equipa em campo:



PONTOS FORTES DO PSV NESTE SISTEMA:

- Melhor organização defensiva. O meio-campo, com Culina (jogador de grande qualidade) a jogar um pouco à imagem de Lucho González no Porto, torna-se mais coeso. Culina joga como interior direito, aparece muito bem nos espaços vazios e tem ainda a capacidade de recuperar muitas bolas e ajudar Simon nas tarefas defensivas. É fundamental no sistema de Koeman em jogos de grau de dificuldade elevado.

- Farfán na frente no lugar de Koevermans. Nos jogos da liga, Koevermans é quase sempre a opção para a frente de ataque, fazendo dupla com o indiscutível Lazovic. O problema é que Koevermans é um jogador pesado, lento e o seu futebol só tem produtividade dentro da área. Ora, para jogar fora ou contra equipas de valia igual ou superior ao PSV, Koeman opta quase sempre pela velocidade do peruano Farfán. A equipa ganha rapidez, ganha força ao nível do contra-ataque e, um aspecto também relevante, o facto de Farfán cair muitas vezes nas costas dos laterais adversários, faz com que os mesmos tenham maior receio em atacar.



Aqui está um 4-3-3 algo diferente daqueles que estamos habituados a ver. Tal como podem verificar, em ambos os sistemas, Koeman não abdica do quarteto defensivo mais o trinco. Poderão variar os jogadores (Manuel da Costa, Alcides e Marcellis também costumam ser opção mas, ao contrário do que é habitual em equipas holandesas, aqui não há espaço para o tal sistema de 3 defesas.

É, no entanto, ao nível do meio-campo e do ataque que reside a grande diferença neste sistema. Particular atenção para Perez e Lazovic. Kenneth Perez é um organizador de jogo por excelência. Joga muito bem nas costas do ponta-de-lança e tendencialmente procura na esquerda espaços vazios para fugir à marcação dos defesas. O facto de ser forte fisicamente e relativamente alto, tem-lhe permitido fazer alguns golos quer com o pé quer até mesmo com a cabeça.
Relativamente ao sérvio Lazovic, confesso que é um jogador que eu admiro bastante. Não é um verdadeiro matador mas é daqueles jogadores que qualquer treinador gosta de ter já que tanto joga na frente de ataque como consegue cair nas alas e desequilibrar, dado que possui alguma qualidade técnica. Ora, neste (falso) sistema de 4-3-3, Lazovic é muito importante já que, ao contrário do extremo que joga na direita (Farfán), este prefere fazer movimentos diagonais sempre em direcção à área. Com efeito, a equipa, muitas vezes, vê-se a jogar com um ala direito e dois avançados (Koevermans/Lazovic), algo que permite a Perez aproveitar a faixa esquerda.
É, portanto, um sistema enganador e que causa enormes problemas às defesas contrárias. Koeman joga muitas vezes desta forma e os resultados estão à vista. Muitos golos marcados, poucos sofridos e, mais importante que isso, a liderança na tabela classificativa.

NOTAS FINAIS:

Pelo exposto, podemos verificar que há efectivamente qualidade nesta equipa do PSV. Não é tão técnica como o Ajax mas é muito mais equipa que o seu maior rival. É-nos difícil escolher a grande figura desta equipa já que não há um jogador que se destaque sob ponto de vista individual. Talvez Aissati seja o jogador mais dotado sob ponto de vista técnico mas, como se pode constatar, nem isso faz com que este seja um titular deste PSV.

Na Liga dos Campeões, estou convencido que ficaram num grupo muito forte já que Fenerbahce, Inter de Milão e CSKA de Moscovo são equipas que já mostraram esta época terem valor mais que suficiente para fazer coisas boas na Champions. Ainda assim, estou convencido que o PSV vai seguir em frente na prova dado que tem uma equipa experiente e já habituada a esta competição.


Bwin Liga: Benfica sofre mas vence Marítimo pela mínima


Vitória veio do banco e do coração!

BENFICA 2-1 MARÍTIMO
(Cardozo g.p, Adu; Kanu)



Que alma, que atitude... Que Coração! Que grande Benfica tivemos ontem à noite na Luz frente a um Marítimo organizado, bem orientado e com jogadores de grande qualidade. Quem como eu teve a oportunidade de ir à Luz ver este jogo, certamente deu por bem empregue o seu tempo.
Para quem é adepto "encarnado", seguramente que não viu um grande Benfica a nível de qualidade de jogo ou até mesmo sob ponto de vista de transições e caudal ofensivo, mas estou convencido que assistiu ao melhor Benfica da temporada a nível de raça, entrega, espírito de sacríficio e cumplicidade entre todos os seus atletas. Jogar mais de uma hora com dez unidades, frente a um adversário que justificou na Luz o porquê de estar entre os melhores, e fazer a segunda parte que o Benfica fez, tendo ainda em conta que na 4ª feira havia jogado para a Liga dos Campeões, é algo fantástico e digno de registo. Tal como disse Camacho no final do jogo, com esta atitude e dedicação, caso o empate se tivesse efectivado, o espanhol iria ao balneário cumprimentar os seus atletas de uma forma orgulhosa e como se de uma vitória se tratasse.

Neste jogo há efectivamente muita coisa para dizer. A análise a esta partida vai ser feita por tópicos, sendo que irei referir primeiramente os pontos positivos e depois os negativos. Mesmo com a vitória do Benfica, houve efectivamente alguns aspectos que não me agradaram, fundamentalmente quando as equipas se encontravam em igualdade numérica.

POSITIVO:

- Antes de falar propriamente do Benfica, importa salientar a extraordinária réplica do Marítimo em pleno estádio da Luz. Atenção, como poderão ver mais à frente, nem tudo o que o clube madeirense fez neste jogo foi positivo. Agora, aquela primeira parte digna de uma equipa com qualidade e argumentos futebolísticos, faz inveja a muitas formações desta Bwin Liga. Jogar com dois avançados diferentes mas que se complementam muito bem e fazer entrar dois médios de ataque com a qualidade de Márcio Mossoró e Marcinho, que tantos problemas trouxeram à defensiva encarnada, foram provas mais que provadas que o Marítimo vinha à Luz para jogar o jogo pelo jogo.

- Relativamente ao Benfica, já destaquei a atitude, a raça, a entrega, o espírito de equipa, a entreajuda e a dedicação com que o Benfica se apresentou, nomeadamente a partir do momento em que se encontrou a jogar com menos uma unidade. Todos esses adjectivos encaixam bem em todos os jogadores que vestiram a camisola encarnada neste jogo. Contudo, houve três atletas que deram ainda mais sentido e ênfase a tudo isso: Léo, Bynia e Cristian Rodriguez foram ENORMES. Correram até não poder mais, lutaram, atacaram, defenderam, remataram, cruzaram, apareceram à esquerda, ao meio, à direita... Enfim...Estes três, mais do que todos os outros, foram simplesmente brilhantes. Talvez Bynia tenha sido o melhor jogador em campo mas não poderia deixar passar a exibição de Rodriguez que visivelmente desgastado no segundo tempo - algo que o levou a agarrar-se em demasia à bola em determinadas alturas, revelando essa tal falta de frescura física -, deu tudo o que tinha e que não tinha e era dos poucos (Léo também!) a tentar levar a equipa para a frente como se de uma final Europeia se tratasse e como se a equipa estivesse a jogar com um jogador a mais e a perder.
Obviamente que Léo também merece uma nota muito elevada já que voltou às grandes exibições e foi dos seus pés que saíu a jogada do golo da vitória, um momento que terei de sublinhar exclusivamente num outro ponto.

- A forma como Camacho organizou a equipa depois da expulsão de Quim foi fantástica. A troca de Butt por Edcarlos é muito bem vista. Katsouranis - aí está a importância de ter um jogador polivalente -, foi para central e a equipa não se desequilibrou. Aliás, esta substituição fez com que o rendimento de Bynia subisse em flecha. Mais um pormenor para analisarmos nos aspectos negativos.

- Se Camacho foi importante na forma como leu o jogo, é um facto que também foi feliz nas subsituições operadas. Afinal, foram estas mesmas que deram o triunfo à equipa. Butt, pela primeira vez chamado ao campeonato, foi fundamental. Entrou em campo, defendeu um penalty, teve, no segundo tempo, mais uma ou duas excelentes intervenções que, efectivamente, valeram pontos. Com efeito, a estreia do alemão na Bwin Liga foi um sucesso.
Para a segunda parte, Camacho resolveu colocar em campo Luís Filipe em detrimento de Di Maria. A pouca produtividade do argentino no primeiro tempo obrigou a que o espanhol queimasse uma alteração ao intervalo. A entrada de L.Filipe fez com que Maxi se adiantasse para médio direito e a verdade é que a equipa melhorou muito neste flanco. Apetece-me dizer que, salvo um ou outro disparate, tivemos um Luís Filipe mais próximo daquele que tão bem se exibia em Braga; e Maxi, tal como é seu hábito, entregou-se ao jogo e deu mais força ao meio-campo.
Finalmente, a terceira e a mais feliz alteração. Freddy Adu entrou a 10 minutos do final da partida para o lugar de Maxi Pereira. Ora, entrar em campo numa fase em que a equipa está tremendamente desgastada pelo facto de ter jogado grande parte do tempo em inferioridade numérica e, mais uma vez, selar a sua exibição com um golo fruto do seu acreditar e da sua irreverência, faz com que o público da Luz acredite que está ali, à imagem de Di Maria, um diamante para o futuro. A forma determinada com que Freddy Adu saíu do flanco esquerdo em diagonal para o poste mais distante e atacou a bola depois do cruzamento de Léo é um momento que reflecte a qualidade de um jogador.


- O público. Sensacional o apoio dos adeptos à equipa do Benfica. Não se ouviram assobios à exibição da equipa, mesmo quando vimos remates disparatados a mais de 30 metros da baliza de Marcos. A forma com que o Estádio assobiou no momento da penalidade de Makukula e a maneira exuberante com que os adeptos rejubilaram com o segundo golo "encarnado" foram os momentos altos da noite. Um espectáculo ter estado presente naquele "inferno".

- Termino a parte positiva do jogo com duas notas. A primeira vai para mais um míssil de Cardozo na transformação de uma grande penalidade. Ainda estou para conhecer o guarda-redes que consiga parar uma "bomba" daquelas.
A segunda nota diz respeito à eficácia do Benfica nestes dois últimos jogos. É curioso que contra o Celtic, o Benfica fez mais de 20 remates, enviou duas bolas aos postes, dispôs de claras situações de golo mas... Apenas marcou um golo. Hoje, frente ao Marítimo, a equipa teve menos posse de bola, o adversário causou muito mais situações de golo e o que é certo é que Marcos viu a bola enrolar-se nas suas redes por duas vezes.
É assim o futebol e são estes pormenores que fazem com que esta modalidade seja tão incerta.

NEGATIVO:

- Falta de ambição do Marítimo na segunda parte. O Marítimo perdeu uma excelente oportunidade para ganhar na Luz. Creio que as substituições operadas pelo técnico maritimista não foram as mais felizes e a equipa sofreu isso na "pele".
Estou convencido que o Marítimo, a dada altura do jogo, preferiu mais segurar o pontinho do que propriamente arrancar para uma vitória histórica. Aquela substituição de Briguel por Makukula não lembra a ninguém.

- Di Maria. Fez, seguramente, o pior jogo ao serviço do Benfica. A irregularidade nas suas exibições é proprio de quem ainda está a adaptar-se ao futebol europeu e de quem ainda só tem 19 anos. É preciso paciência.

- Os primeiros 20 minutos do Benfica. A equipa entrou muito mal no jogo. Cardozo esteve muito desapoiado já que Rodriguez, Rui Costa e Di Maria demoravam muito a chegar ao último terço de jogo. Além disso, Bynia e Katsouranis, ambos a jogarem como médios-defensivos, anularam-se mutuamente e não conseguiram dar amplitude ao jogo da equipa. Já o tinha referido e continuo a dizer: Katouranis não rende a jogar como médio defensivo, tendo um outro trinco a seu lado. O grego rende muito mais sozinho como trinco ou então como médio interior direito, algo que lhe permite uma maior liberdade a nível ofensivo (um pouco à imagem de Lucho).
Curiosamente, quando Katsouranis foi para central, Bynia passou a jogar sozinho como trinco e o que é certo é que o seu rendimento foi outro. Limpou toda aquela zona do terreno, recuperou inumeras bolas, saíu a jogar, ganhou muitas bolas de cabeça; foi, sem dúvida, a unidade mais importante neste jogo, nomeadamente após a expulsão de Quim.

Em suma, vitória muito difícil do Benfica frente a um adversário que vai seguramente figurar nos 5/6 primeiros e, resultado disso, a subida da equipa liderada por Camacho ao segundo lugar, ultrapassando o Sporting, Guimarães e o Marítimo.
PS: Acho que aquele segundo golo do SLB vai entrar para a história. Dúvido que alguma vez algum adepto do Benfica tenha visto um lateral esquerdo ter feito uma jogada individual pela extrema direita, cruzando de PÉ DIREITO para o PÉ DIREITO de um EXTREMO ESQUERDO. Há coisas fantásticas não há?


sábado, outubro 27, 2007

Bwin: "Leão" sem chama na Choupana!


NACIONAL 0-0 SPORTING



É por estas e por outras que o FC Porto se passeia no presente campeonato. O Sporting fez, seguramente, a sua pior exibição da época em termos de Bwin Liga e só conquistou um ponto porque as unidades mais ofensivas do Nacional se precipitaram por variadas vezes e nunca conseguiram aproveitar realmente as péssimas transições ataque-defesa do conjunto leonino. Obviamente que não posso ofuscar os últimos dez minutos onde, de facto, verificámos um maior assédio do Sporting à baliza de Diego Benaglio - este foi preponderante em duas ou três intervenções de grande nível e Liedson falhou também escandalosamente uma outra situação -, mas, exceptuando esse período final do jogo, a história do mesmo resume-se basicamente a uma total falta de inspiração por parte do Sporting: sectores desarticulados; falta de ocasiões de golo; lentidão de processos... Num sentido oposto, uma exibição conseguida do Nacional da Madeira que, apostando num meio-campo forte sob ponto de vista físico mais a técnica de Cássio e (principalmente) Fellype Gabriel, dominou quase por completo as operações e, mesmo só tendo realmente incomodado Stojkovic por uma vez (defesa enorme do sérvio), criou sempre mais perigo que o seu adversário nos tais 80 minutos de jogo.
Pela falta de esclarecimento do Nacional em 3/4 do jogo e pela grande reacção (apesar de tardia) por parte do Sporting nos último 10/15 minutos, diria que o empate se terá de aceitar, tendo obviamente penalisado bem mais os "leões" do que os nacionalistas.
O que realmente fica para a história é o terceiro jogo consecutivo sem vencer por parte dos púpilos de Paulo Bento e, pior que isso, a perda de mais dois pontos na luta pelo título.

A Máquina começa a funcionar


Manchester United 4-1 Boro

E vão mais quatro! Depois de termos visto um inicio de época ganhador mas pouco deslumbrante por parte dos "red devils", nos últimos tempos temos (finalmente!) visto aquilo que esta equipa é verdadeiramente capaz de fazer. Ganhar, dar espectáculo e, claro está, marcar muitos golos.

Desta vez não tivemos golos do nosso Ronaldo mas houve efectivamente carimbo português. Nani marcou o primeiro do United e abriu caminho para a goleada. Rooney e Tevez por duas vezes foram os outros marcadores de serviço.

Aqui fica a obra de arte de Nani:



PS: Nota de destaque para a goleada (6-0) do Chelsea frente ao Manchester City de Giovanni e Erikson. Vive bons dias o clube londrino após a saída de José Mourinho. Se tivermos em conta que o Arsenal está muito bem e o Liverpool também quer finalmente intrometer-se nas contas do título, este ano podemos ter pela frente um dos mais competitivos campeonatos ingleses dos últimos anos. Assim seja!

sexta-feira, outubro 26, 2007

BRAULIO "DÁ" EMPREGO A MOURINHO??


Esta cara diz-lhe alguma coisa?



Não?

E este video?? (ver 2º golo dos espanhois)



Também não?

Pois este jogador marcou ontem desta bonita forma o golo da vitória do Getafe em pleno White Harte Lane. Ora, este resultado fez com que o técnico Martin Jol fosse despedido do cargo de treinador da equipa.

Será este o futuro do "Special One"?



Berbatov, Defoe, Robbie Keane, Darren Bent, Zokora, Dawson, King, Lee, Huddlestone, Chimbonda, Lennon... Jogadores de grande qualidade e com "fome" de ganharem títulos. Por que não?

DESCUBRAM AS DIFERENÇAS!





Não há dúvida que é uma grande obra de arte, Robinho. Mas daí a ser exclusivamente tua...

quinta-feira, outubro 25, 2007

PARA DESANUVIAR...


1. Ganda apanha-bolas e grandes adeptos estes ingleses. Ora vejam!



2. Não tem a ver com desporto mas... Ora vejam quem é que o Mundo da Bola foi encontrar no Mundo da Música. (que estilo abixanado pá!)



Champions: Benfica consegue primeira vitória na prova



O Benfica conquistou a sua primeira vitória na presente edição da Liga dos Campeões, isto depois de ter vencido de forma difícil o Celtic pela margem mínima. Apesar de uma primeira parte fraca da equipa "encarnada" - também devido à exagerada postura defensiva dos escoceses que praticamente só defenderam -, diria que seria uma profunda injustiça se o Benfica do segundo tempo acabasse por não marcar qualquer golo. Depois de muito porfiar, a equipa de Camacho lá conseguiu marcar e por intermédio de Óscar Cardozo, após grande passe de Di Maria e excelente finalização do paraguaio. Não só mas também pelo golo, creio que o "Tacuara" fez o seu melhor jogo com a camisola do Benfica e foi, porventura, o MVP desta partida. Seria muito ingrato e até penoso para a moral deste atleta se saísse deste encontro sem aquilo que melhor sabe fazer.

Vamos aos mais e aos menos deste jogo:

POSITIVO:

- Obviamente a segunda parte. Se na primeira, tivemos um Benfica tristonho e sem ideias, no segundo tempo a atitude e entrega foi totalmente diferente (e para melhor). Até podiam não ter conquistado os três pontos mas, seguramente, pela determinação, garra e vontade com que se entregaram ao jogo no segundo tempo, deixariam orgulhosos os adeptos do Benfica.

- Di Maria. É daqueles jogadores que eu adoro. Naturalmente que lhe falta maturidade e ainda tem de crescer como futebolista. Agora, não há dúvida que o Benfica tem um diamante para lapidar. Fascina-me ver um jogador que gosta de ter a bola, quer assumir as despesas do jogo, quer mostrar serviço, quer ajudar a equipa... Adoro mesmo. Di Maria até nem foi muito feliz nas suas acções. Agora, mostrou vontade em trazer algo ao jogo. E, no meio de tantos remates infelizes, acabou por tirar um coelho da cartola. Aquela assistência para Cardozo é fabulosa e só está ao alcance dos predestinados. Palavras para quê... DI MAGIA!

- Naturalmente que temos de destacar a exibição de Oscar Cardozo. Já se percebeu que o paraguaio não é daqueles jogadores para jogar muito distante da área. Não é rápido, não tem "rins" para respeitar tabelas ou o que quer que seja... Cardozo é, efectivamente, um homem para andar próximo da área. Já se viu que bem servido, pode ser mortífero nessa zona do terreno. Vira-se bem, remata como poucos e também é perigoso de cabeça. Falta-lhe essencialmente confiança e ser melhor servido pelos médios encarnados. Talvez este jogo tenha sido importante para Cardozo voltar a adquirir indices de confiança mais elevados.

NEGATIVO:

- Antes de mais, obviamente, a equipa do Celtic. É certo que o objectivo passava por pontuar. Agora, é inconcebível uma equipa presente na Liga dos Campeões - onde estão as melhores equipas da Europa - apresentar-se com um autêntico "autocarro", qual Gil Vicente ou Desportivo das Aves. É por essas e por outras que o Celtic continua sem vencer fora de casa. Não compreendo como é que uma equipa é tão forte no seu reduto e tão fraca fora deste.
Ainda bem que o "crime" não compensou!

- Bergessio. Pela segunda vez consecutiva foi titular, pela segunda vez mostrou... RIGOROSAMENTE NADA. É por essas e por outras que, até ao momento, ainda está (juntamente com Luis Filipe) na lista dos flops.

- Primeira parte. Muito fraco o primeiro tempo das duas equipas. O Celtic fechou-se muito atrás e procurou adiar ao máximo o golo do Benfica, isto por forma a enervar a equipa da Luz. Por sua vez, o Benfica, muito lento nas suas transicções, sentiu sempre muitas dificuldades em contrariar a bem organizada defesa escocesa. Nuno Assis não funcionou à direita, Bergessio e Cardozo não tiveram bola, Rui Costa não foi tão incisivo como costuma ser, enfim, uma série de factores que levaram a que o nulo registado ao intervalo traduzisse na perfeição aquilo que fora o primeiro tempo.

Com este triunfo, o Benfica subiu ao 3º lugar do grupo e agora terá obrigatoriamente de ir à Escócia pontuar para sonhar com o apuramento. Seria bom também que o Milan voltasse a vencer o Shakthar, por forma a que o segundo lugar fosse mais possível de alcançar.
PS: Para quem não viu, aqui fica o grande golo de Cardozo e os golos desse Marselha 1 Porto 1






quarta-feira, outubro 24, 2007

Champions League: Dia de Porto e Benfica

Porto's Brazilian goalkepper Helton, left, Argentinian Mariano Gonzalez, in front of  Bruno Alves, Brazilian Paulo Assunao, plays during a training session, at the Velodrome Stadium, in Marseille Tuesday, Oct. 23, 2007.  Porto  will play Marseille in their Champions League Group A soccer match on Wednesday. (AP Photo / Claude Paris)


Porto e Benfica têm, teoricamente, mais probabilidade de conquistar pontos do que o Sporting que, nesta terceira jornada, jogava fora e frente a uma equipa com grande nome a nível europeu. Agora, desenganem-se aqueles que pensam que Marselha e Celtic vão ser autênticos passeios para os clubes portugueses. O Marselha - já o havia analisado no Olho Clínico - é uma equipa interessante e possuí bons jogadores. Tem novo treinador e está efectivamente melhor do que há umas semanas atrás. O Porto tem a felicidade do clube francês não poder contar com Ziani e Nasri, duas das principais figuras desta equipa.
Estou convencido que o Porto vai, apesar das dificuldades, levar de vencida o Marselha. Tem melhor equipa, melhores jogadores e vive efectivamente um bom momento. Agora, o Porto vai querer assumir a partida e isso também pode ser bom para os franceses que dão-se melhor a jogar em contra-ataque. Niang e Cissé são muito rápidos na frente e podem aproveitar espaços na defensiva do Porto. Atenção a este pormenor que pode ser prejudicial para o conjunto português. Ainda assim, o meu palpite simples é 2.
No que diz respeito ao Benfica, antevejo um jogo muito difícil para o conjunto "encarnado". A equipa vive claramente momentos difíceis, principalmente sob ponto de vista animico. Faltam golos, falta moral a muitos jogadores e, naturalmente, faltam atletas importantes e que dariam mais experiência, qualidade e maturidade à equipa. Mesmo com tanta adversidade, penso que é possível vencer o Celtic que, como se sabe, joga claramente melhor em casa do que fora dela.
Acredito na equipa (isto apesar de estar descontente com certas coisas) e, por isso, estou convencido que vamos ter esta noite na luz uma grande noite europeia e com vitória portuguesa. Palpite Simples: 1


Um olhar pelos outros jogos:


Milan - Shakthar:
O Milão, em dificuldades, costuma reagir. E vai certamente reagir com uma vitória. (1)

Real Madrid - Olympiakos: O Real é melhor e também vai ganhar com maior ou menor dificuldade. (1)

Werder Bremen - Lázio: O Bremen não tem mais margem de erro. Não ganhar significa o adeus à Champions. Ora, por causa disso e pelo facto de ter melhor equipa que a Lázio... (1)

Chelsea - Schalke 04: Sinceramente, tenho dúvidas que o Chelsea ganhe a este forte conjunto alemão. Me desculpem os amantes do clube londrino mas... (x)

Rosenborg - Valência: O Valência é melhor equipa e vai ganhar na Noruega. (2)

Besiktas - Liverpool: O Liverpool perdeu em casa com o Marselha e vai querer rectificar isso na Turquia. Não será fácil mas o clube inglês tem argumentos mais que suficientes para vencer e arrumar de vez este modesto clube turco. (2)

terça-feira, outubro 23, 2007

Champions: Boas noticias de Kiev mas...



Mais do mesmo. É impressionante como sempre que uma equipa portuguesa defronta uma italiana, o resultado acaba sempre por "nos" ser desfavorável mas a sensação que fica é que o adversário pareceu, em muitos momentos do jogo, perfeitamente ao alcance e, inerentemente, o resultado positivo esteve sempre mais perto de acontecer do que propriamente o contrário. O que é facto é que a Roma, mesmo sem Totti bem cedo na partida, acabou por chegar à vitória pela margem mínima, resultado que se terá de aceitar, isto apesar do Sporting, a dada altura, ter dado a ideia que podia até mesmo chegar ao 1-2 e partir para uma vitória, quiçá, histórica.

Efectivamente, creio que é fácil explicar este jogo. A vitória romana explica-se pura e simplesmente pela maturidade de uma e (a falta desta) de outra equipa. A experiência conta muito e, nesse capítulo, a Roma foi claramente superior ao Sporting.
A Roma entrou melhor no jogo (já se esperava), tomou a iniciativa do mesmo e rapidamente chegou à vantagem. Golo de Juan na sequência de um canto e de um monumental brinde de Tiago. No caso deste guarda-redes, nem se trata de falta de experiência mas sim falta de qualidade.
A vantagem madrugadora dos italianos poderia revelar-se fatal para os "leões". Esta equipa tem um conjunto de jogadores no ataque que são muito fortes a jogar numa posição de vantagem. Giuly, Mancini e Totti são muito inteligentes na ocupação dos espaços e, com uma mobilidade extraordinária, causam muitos problemas a qualquer defesa.
Ora, para felicidade leonina, a resposta ao golo sofrido foi dada da melhor forma, ou seja, com o golo da igualdade. Abel, em boa forma, subiu no flanco, cruzou de forma perfeita e Liedson, mostrando mais uma vez toda a sua classe, revelou-se mortífero de cabeça e enviou a bola para o fundo das redes do brasileiro Doni. Estava feito o golo do empate, estava dado o sinal que o Sporting estava em Roma para discutir o jogo.
Pois bem, depois da igualdade, o Sporting não se mostrou uma equipa defensiva. Muito pelo contrário. O meio-campo, mesmo sem Miguel Veloso que jogou a central no lugar do lesionado Polga, mostrou-se combativo e sem medo de ter a bola. Nesse aspecto, Pipi Romagnoli foi deveras importante e, dos seus pés, sairam as melhores jogadas de ataque da equipa de Paulo Bento. É certo que a Roma, mesmo sem Totti, teve as suas oportunidades para marcar - destaque para Mancini -, mas, o que é certo é que ao intervalo o empate justificava-se e o Sporting estava com o jogo totalmente controlado.

Na segunda parte, o Sporting foi pior equipa. Os sectores estiveram mais afastados, o meio-campo teve menos bola e a equipa sofreu com isso. Ao invés, a Roma reentrou melhor, dispôs bem cedo de uma grande penalidade - Mancini permitiu a defesa a Tiago -, mas não foi aquela equipa massacrante e dominadora que atormentasse sistematicamente a defensiva leonina; nem nada que se pareça. É verdade que o Sporting deixou de ser perigoso no ataque, é certo que permitiu à Roma ter mais bola, algo que não havia tido com tanta frequência no primeiro tempo, mas, valha a verdade, nunca se sentiu que a Roma iria intensificar a pressão sobre o conjunto leonino, de tal forma que se perspectivasse um segundo golo.
Numa jogada individual, caíu a nódoa no melhor pano e nasceu um novo herói na partida. Abel, que estava a ser um dos melhores em campo por parte do Sporting, deixou-se enganar infantilmente pela jogada individual de Vucinic, avançado que nem é muito dotado tecnicamente, e o montenegrino, enganando também Tonel, rematou colocado para o segundo golo dos romanos. É caso para dizer que, desta vez, não foi o sapo que se transformou em príncipe mas sim o contrário. Se a lesão do "príncipe" Totti foi muito bom para o Sporting, a verdade é que a entrada de Vucinic para o seu lugar acabou por ser um sapo bem duro de engolir.
Até final, diria que aconteceu tudo como se esperava. A Roma, uma equipa bem mais experiente e madura, fez valer toda a sua qualidade e não deu quaisquer veleidades à equipa de Paulo Bento. Por sua vez, o Sporting arriscou tudo em busca do empate - acabou a partida com Celsinho, Romagnoli, Moutinho, Yannick, Liedson, Purovic -, mas, mais uma vez, tivemos a prova provada que há jogadores muito verdes e, pelo menos para já, sem a qualidade e a capacidade competitiva que têm os habituais titulares da equipa. Depois, há outro pormenor muito importante. Falta a este Sporting alguém que ajude Liedson na frente. Purovic ainda pouco ou nada mostrou, Derlei está lesionado e não é opção, Yannick fez uma exibição miserável e ainda não tem maturidade nem argumentos futebolísticos para ser titular deste Sporting.

Apesar das boas noticias de Kiev, o Sporting está mais longe do segundo lugar e, mesmo vencendo em casa à Roma, dificilmente conseguirá tirar a equipa de Spaletti do segundo posto.

PALPITES MILIONÁRIOS


Se anularem o "príncipe"...

Está de volta mais uma jornada da Liga dos Campeões, uma ronda que se avizinha difícil para Porto, Sporting e Benfica. Num plano teórico, diria que o Benfica, pelo facto de jogar em casa frente ao Celtic, terá mais probabilidades de averbar os três pontos. Ainda assim, pelo actual momento que vive o conjunto "encarnado", não será mesmo nada fácil levar de vencida o clube escocês.

Sendo o Sporting o primeiro a entrar em cena, centremo-nos então na complicada deslocação a Roma e, também, nos outros jogos relativos ao dia de hoje.

Antes de mais, aqui ficam os meus palpites para hoje:

CSKA - INTER

- Jogo difícil para o Inter. Os russos costumam ser complicados em casa. Os de Mancini, à boa maneira italiana, não vão correr grandes riscos e, portanto, o empate interessa.

Palpite Simples: X

DINAMO KIEV - MANCHESTER

- O Dinamo, se quer ter uma palavra a dizer neste grupo, vai ter de correr riscos. Ora, isso vai acabar por ser fatal para o conjunto ucrâniano já que, do outro lado, está uma equipa temível no contra-ataque.

Palpite Simples: 2

ESTUGARDA - LYON

- Duas equipas que entraram muito mal nesta competição. A derrota significará o adeus à próxima fase da competição. Sendo que nenhuma das duas pode perder, acho que vão acabar por empatar.

Palpite Simples: X

SEVILHA - STEAUA

- De caras. O Sevilha vai ganhar confortavelmente. O conjunto treinado por Juande Ramos está novamente a subir de forma e vai seguramente vencer este jogo.

Palpite Simples: 1

PSV - FENERBAHCE

- Jogo interessante este. São duas equipas que, acredito, poderão muito bem meter em causa a continuidade do Inter nesta competição. O PSV é uma equipa de grande qualidade e com jogadores muito experientes e habituados a esta prova. São favoritos para este jogo, isto apesar de considerar o Fenerbahce uma equipa incómoda e com excelentes executantes do meio-campo para a frente.
Acho que o PSV vai acabar por vencer mas atenção a esta equipa turca que pode muito bem ir ganhar à Holanda.

Palpite Simples: 1

RANGERS - BARCELONA

- Um jogo mais difícil do que parece para o Barcelona. Atenção que o Rangers está muito moralizado e vive um excelente momento na liga escocesa. Creio que o Barça não vai facilitar e, por isso mesmo, vai mesmo acabar por conseguir trazer da Escócia os 3 pontos. É mais equipa, tem melhores jogadores e, mesmo num ambiente adverso, a experiência conta muito.

Palpite Simples: 2

ARSENAL - SLÁVIA

- Jogo tranquilo para os "gunners". Vitória fácil frente a este modesto adversário.

Palpite Simples: 1

ROMA - SPORTING (19h45 RTP1)

Seria ilógico da minha parte atribuir favoritismo ao clube português. Obviamente que a Roma é favorita e tem a obrigação de ganhar o jogo. Creio que este ano a Roma está mais forte e tem um sistema de jogo complicado de contrariar. O modelo de jogo que Spaletti introduziu o ano passado e a maneira como a equipa o interpreta é extraordinária. Depois, houve a inclusão de alguns reforços que fortaleceram a equipa e encaixaram muito bem neste modelo. Nomes como Juan, Cicinho ou Giuly encaixaram que nem uma luva nesta equipa.

É no meio-campo e no ataque que está a grande virtude desta equipa. Aquilani é um jogador fantástico que faz muito bem a ligação defesa-ataque. Além disso, tem uma fortíssima meia-distância . Depois, há ainda Pizarro, um jogador ao estilo de Karagounis; temos normalmente como interiores Perrotta ou Taddei, jogadores menos dotados sob ponto de vista técnico mas importantes na forma como fazem os equilibrios defensivos na equipa; lá na frente, três jogadores de grande qualidade e que, pela sua constante mobilidade, causam muitas dificuldades à defensiva contrária. Mancini, Giuly e Francesco Totti vão ser, logo mais, as grandes ameaças para a defensiva leonina. Temo até que, nos minutos iniciais, o Sporting tenha muitas dificuldades em assentar nas marcações. E, caso sofra um golo cedo, todos sabemos dos problemas que é tentar igualar a partida, tendo em conta que do outro lado está uma equipa italiana.

Se o Sporting aguentar bem os primeiros 20 minutos, se mostrar maturidade e tranquilidade aquando da posse de bola, se Romagnoli e Moutinho tiverem gás para apoiar bem o ataque, então o Sporting poderá sair de Roma com um resultado positivo. Ainda assim, é ultra necessário à defesa leonina estar atenta a todas as movimentações de Totti e Mancini.

Palpite Simples: 1X


PS: Mais uma vez, tenho de "tirar o chapéu" a Paulo Bento. A decisão de não convocar o guarda-redes Stojkovic demonstra que, para o técnico português, não há jogadores com mais ou menos regalias. Se o sérvio chegou tarde, se não treinou, comparativamente com Tiago e Rui Patricio, o número de treinos suficientes para ser convocado, então acho muito bem que este fique em Lisboa. Até pode correr mal o facto de Tiago assumir novamente a titularidade. Mas isso não altera em nada a minha opinião. Paulo Bento é um excelente treinador e sabe como manter um grupo de trabalho forte, unido e competitivo.

segunda-feira, outubro 22, 2007

OLHO CLÍNICO


Era suposto apresentar o olho clínico esta semana mas não vai ser possível. Assim sendo, contamos apresentá-lo para a próxima semana, altura em que volta também o campeonato nacional.

ROLABOLA Jornada 9

ROLABOLA


Resultados e Marcadores:

Everton 1-2 Liverpool
(Hypia a.g; Kuyt (2))

Boro 0-2 Chelsea
(Drogba, Alex)

Aston Villa 1-4 Man Utd
(Agbonlahor; Rooney (2), Ferdinand, Giggs)

Hamburgo 4-1 Estugarda
(Olic (3), Mathijsen; Tasci)

Valenciennes 0-0 PSG

Corunha 2-4 Valência
(Xisco, Bodipo; Joaquin, Baraja, Morientes (2))

Villarreal 3-1 Barcelona
(Cazorla, Senna (2); Bojan)

Espanhol 2-1 Real Madrid
(Riera, Tamudo; Sérgio Ramos)

Rangers 3-0 Celtic
(Nacho Novo (2), Barry Ferguson)

OLHÓGOLO:

Penafiel 3-1 U. Leiria

OLHÓGOLO MVP: Bakero (Penafiel)



CONSIDERAÇÕES:

- Wayne Rooney foi decisivo para a vitória (mais uma!) de Zé Boinas. O concorrente apostou no goleador do United e este rendeu-lhe 8 preciosos pontos. Rooney até poderia ter completado o hattrick caso tivesse finalizado a grande penalidade que dispôs.

- Que dizer da participação de Vitinho. Começou muito mal mas já está no top 5 da classificação. Tem arriscado e muito nos resultados e não se tem saído nada mal. É um exemplo para todos aqueles que lutam desesperadamente para subir na tabela. Se não arriscarem, certamente não vão petiscar.



domingo, outubro 21, 2007

TAÇA É TAÇA!


SPORTING 1-2 FÁTIMA
(Liedson; Cicero, Falardo)

BENFICA 1-1 SETÚBAL
(Adu; Matheu)

Muito bem o Setúbal na Luz - tal como havia feito em Alvalade -, mostrando personalidade e argumentos para discutir o resultado com o Benfica; extraordinária a prestação do Fátima frente aos "leões". Mais do que falar do demérito dos "grandes", mais do que argumentar que ambos os clubes de Lisboa não se apresentaram na sua máxima força, importa sim destacar a prestação dos mais pequeninos, sobretudo deste Fátima que tem, de facto, uma bela equipa. Para quem, há dois anos atrás, nem sequer estava na Liga Vitalis, bater o pé ao Porto e agora ao Sporting, sendo que, neste jogo, venceu no jogo jogado e nunca se remeteu à defesa... É OBRA!

Creio que, na segunda volta, as coisas vão ser substancialmente diferentes. Paulo Bento e Camacho vão certamente apresentar outras armas e vão, seguramente, impor outro ritmo no jogo. Uma coisa me parece mais que evidente: quer Benfica quer Sporting, sempre que apresentam as chamadas "segundas escolhas", é um "ver se te havias" para ganhar a qualquer equipa.

Para terminar, gostaria só de falar sobre dois elementos, um relativo ao Sporting e outro ao Benfica.
Em relação ao Sporting, gostaria de falar sobre Liedson. É impressionante a diferença de atitude do "levezinho" para os jogadores menos utilizados que Paulo Bento teima em dar oportunidades. Ora, o brasileiro foi, para mim, o melhor jogador do Sporting e, para além do golo, foi sempre o mais inconformado, foi sempre o único onde se acreditava que podia sair qualquer coisa. Sendo que em nomes como Celsinho, Farnerud, Paredes e até Purovic é que deveriamos ver a entrega e a atitude no limite... Creio que não é preciso dizer mais nada.

Relativamente ao Benfica, tenho naturalmente de falar sobre Freddy Adu. Sinceramente, não percebo o porquê de Camacho não lhe dar mais minutos. Digam o que disserem, eu continuo na minha. Acho que Adu poderia ser mais útil a esta equipa se lhe dessem mais minutos. Falta-lhe maturidade? é demasiado egoista? ainda não se adaptou ao futebol português? o que eu sei é que contra o Sporting jogou 10 minutos e arrancou uma ou duas boas jogadas; frente ao Estrela para a taça da Liga, marcou o golo do empate e também entrou bem na partida; ontem, mais uma vez, voltou a ajudar a equipa com um bom golo. Pergunto: o que é que já fez Fábio Coentrão para merecer mais minutos - inclusivé a titularidade em 3 jogos - que o norte-americano? Sinceramente, não percebo!!

sexta-feira, outubro 19, 2007

ÓSCARES!

CATEGORIA:

SE NÃO GANHO O PRÓXIMO JOGO, VOU ANDANDO!

CANDIDATOS:

1. JAIME PACHECO

2. PAULO DUARTE

3. CARLOS BRITO

AND THE OSCAR GOES TO...

quinta-feira, outubro 18, 2007

O QUE UNS TÊM A MENOS, OS OUTROS TÊM A MAIS...




Ontem tive a oportunidade de ver o jogo da Holanda contra a Eslovénia e pude constatar que esta "laranja" vai ser muito difícil de descascar no Euro2008. Diria mesmo que do meio-campo para a frente é, a par da França, a selecção europeia que apresenta mais qualidade e em quantidade. A grande questão em relação ao conjunto treinado por Van Basten prende-se fundamentalmente em termos defensivos. Jogadores como Jaliens, Heitinga, Opdam, Oijer, Bouma e Emanuelson são jogadores de qualidade mas não acompanham a experiência e o nível que existe do meio para a frente.

Escolha um, Socolari

Se é evidente as dificuldades que Portugal tem em arranjar um ponta-de-lança "matador", sugeria então que fossemos ao "lixo" da Holanda e trouxessemos de lá um avançado. São muitos os atacantes à disposição de Van Basten mas, sendo o 4-3-3 a táctica preferida do holandês, apenas um "9" é opção. Então temos:

- Makaay (Feyenoord): sem espaço nesta selecção, titular indiscutível na nossa.

- Hesselink (Celtic): não é um enorme avançado mas, pelas suas características, encaixava bem na nossa equipa.

- Koevermans (PSV): é um avançado muito idêntico a Hesselink. Também ele muito forte fisicamente e bom no jogo aéreo. Foi suplente neste encontro frente à Eslovénia.

- Van Nistelrooy: nem sequer o vimos no banco de suplentes. Presumo que não estivesse em condições físicas para poder jogar. Problema para Van Basten? não, de todo. Huntelaar foi a opção.

- Dirk Kuyt: mais um excelente avançado que não precisa de grandes apresentações. Mais um indiscutível na nossa selecção.

- Ryan Babel: este jogador não é bem um "9" mas também faz bem essa posição. Mais um que foi suplente neste encontro e que nos ajudava imenso.

Aqui ficam os que jogaram para perceberem melhor o nível que há nesta selecção sob ponto de vista ofensivo:

- Seedorf
- Van der Vaart
- Wesley Sneijder
- Van Persie
- Huntelaar

Falta alguém?

Exactamente. Arjen Robben foi suplente. Um luxo!

quarta-feira, outubro 17, 2007

Portugal dá mais um passo rumo ao Euro2008


CAZAQUISTÃO 1-2 PORTUGAL
(Byakov; Makukula, Ronaldo)



Portugal venceu esta tarde em Almaty por duas bolas a uma, dando um passo em frente rumo ao Europeu de 2008. Não foi um grande jogo, muito pelo contrário, mas valeu pelos últimos 20 minutos onde aí vimos um pouco da qualidade da nossa selecção. Nesta altura, o mais importante é mesmo vencer os jogos que faltam. Ainda assim, continuo a dizer que, contra selecções deste nível, podemos facilmente golear, dar espectáculo, enfim, vencer de uma forma mais convicente, algo que, sinceramente, não foi o caso.

Nota de destaque para as substituições operadas por Flávio Murtosa. Desta vez, e contra todas as expectativas, vimos alterações com o propósito de vencer a partida. Não sei se houve ou não dedo de Scolari mas a verdade é que gostei de ver entrar Nani por troca com Maniche. Aliás, já tinha referido no blog que, contra estas equipas, bastaria jogarmos com um médio defensivo e dois criativos, por exemplo, Deco e Simão. Ora, Nani entrou muito bem e foi dos seus pés que sairam algumas claras ocasiões de golo; numa delas, Ronaldo marcou mesmo.
Se Nani entrou muito bem, que dizer da estreia de Ariza Makukula. Sensacional a forma como o avançado do Maritimo entrou nesta partida. Em pouco mais de 20 minutos, tivemos um golo de cabeça e uma série de jogadas bem elaboradas por parte de Makukula. Pois bem, aí temos uma agradável surpresa que poderá muito bem vir a ser uma excelente opção para o futuro da selecção - é sempre bem vindo alguém para este posto específico, ainda por mais sabendo que nele poderá estar Postiga -.
Contas feitas, duas vitórias (ainda que pouco conseguidas) fora de casa e, resultado disso, portas abertas para o tão desejado apuramento.

UMA VERDADEIRA EQUIPA DE FUTEBOL!


VENEZUELA 0-2 ARGENTINA


- mais um recital de Lionel Messi...

Sou suspeito para falar desta selecção argentina já que sou um confesso admirador dos celestes. Claro está que detesto o Brasil, naturalmente.
Para quem teve oportunidade de ver este jogo, pôde mais uma vez deliciar-se com toda a qualidade dos argentinos. Importa referir que a Argentina tem um estilo de jogo muito diferente do Brasil. Apesar de possuir um enorme conjunto de estrelas, o colectivo sobrepõe-se ao individual. Diria mesmo que esta selecção é, sem qualquer tipo de dúvida, aquela que melhor joga COMO EQUIPA no Mundo. A forma como todos os jogadores jogam ao primeiro toque e se envolvem no jogo é extraordinário. Os dois únicos atletas que têm liberdade para fintar e ir para cima dos adversários são Messi e Tevez, ou seja, precisamente as unidades mais avançadas.

Relativamente ao jogo desta madrugada, assistimos a um verdadeiro passeio dos forasteiros. Apesar de achar o técnico Basile muito conservador - acho excessivo ter em campo Javier Zanetti, Cambiasso e Mascherano, portanto, três unidades de cariz defensivo no meio-campo -, creio que a Argentina é imparável quando se encontra em vantagem. A forma como o meio-campo trata a bola e controla as operações é fantástico. Ora, a Argentina marcou bem cedo na partida (Gabi Milito) e isso acabou por revelar-se decisivo para o resto da partida. Depois, houve outro pormenor que desequilibrou totalmente a balança a favor dos celestes: Lionel Messi. Está em grande forma a "pulga". Fantástica exibição do atacante do Barcelona. Marcou um grande golo (o segundo) e arrancou jogadas individuais de ver e rever vezes sem conta. Sem dúvida, a grande figura de um jogo que não teve história.

segunda-feira, outubro 15, 2007

GOLAÇO OU FRANGO??

ROLABOLA Jornada 8

ROLABOLA


Resultados e Marcadores:

Roménia 1-0 Holanda
(Goian)

Escócia 3-1 Ucrânia
(Miller, McCulloch, McFadden; Shevchenko)

Dinamarca 1-3 Espanha
(Tomasson; Tamudo, Sérgio Ramos, Riera)

Moldávia 1-1 Turquia
(Frunza; Aydin)

Croácia 1-0 Israel
(Eduardo da Silva)

Chipre 3-1 Gales
(Okkas (2), Chralambidis; Collins)

Bélgica 0-0 Finlândia

Rep. Irlanda 0-0 Alemanha

Islândia 2-4 Letónia
(Gudjohnsen (2); Klavan, Laizans, Verpakovskis (2))

OLHÓGOLO:

Azerbaijão 0-2 Portugal

OLHÓGOLO MVP: Deco (Portugal)



CONSIDERAÇÕES:

- Numa jornada com poucos pontos, destaque único para Vitinho, participante que arriscou em alguns resultados e deu-se bem. Grande subida na classificação para este jogador.











domingo, outubro 14, 2007

O REGRESSO AOS DISTRITAIS


Tal como havia prometido, o futebol distrital regressa ao blog. Mais uma vez, o jogo escolhido teria que passar, naturalmente, pelos Marrazes, equipa que tive oportunidade de representar e com muito orgulho.

JOGO: MARRAZES 2-1 BENEDITENSE

Árbitro: Carlos Amado

Marcadores: André Braz (23´g.p), Seco (66'); João Simões (90´+1)

EQUIPAS:



Jogo interessante esta tarde entre Marrazes e Beneditense. Diria mesmo que, exceptuando os primeiros 15 minutos de jogo, até podemos adjectivar esta partida como boa, isto se tivermos em linha de conta que estamos obviamente a falar de um jogo da distrital.
Entrou melhor a equipa da Benedita. Não porque se tenha superiorizado ao seu opositor em termos de jogo jogado mas sim pelo facto de, no espaço de 20 minutos, ter criado três ocasiões de golo, tendo sido duas delas através de bolas paradas. Curiosamente, todas essas situações de perigo tiveram o mesmo interveniente: o avançado João Simões. Aos 2´ falhou escandalosamente na cara de Cacola; aos 17, cabeçeou à vontade na área mas longe do alvo; aos 21´, na sequência de um canto, apareceu ao segundo poste e, de cabeça, não aproveitou a saída temerária do guarda-redes marrazense.
Pelo exposto, é facilmente entendível que o Marrazes, mesmo a jogar perante o seu público, demorou e muito a entrar no jogo. Provavelmente, uma das causas para essa apatia incial terá sido as muitas novidades que o técnico dos Marrazes introduziu para este jogo. Jogar com um médio centro como lateral direito (Parreira) e um central (Lourenço) adaptado a lateral esquerdo, naturalmente que fez com que as alas dos da casa revelassem pouca ligação, nomeadamente a nível ofensivo. Depois, no meio-campo, mais uma novidade. Márcio, um atleta formado no clube, foi "lançado às feras" e, apesar de ter feito um bom jogo, naturalmente que, nos minutos iniciais, acusou algum nervosismo, algo que é natural.
O minuto 22 do jogo foi aquele que coincidiu com a viragem do encontro. Nuno Sousa cruzou muito bem da esquerda e Miguel, rodando bem sobre o central, rematou de pé esquerdo obrigando Paulo a defesa apertada. Se ainda não tinhamos visto o Marrazes em situações de ataque, este primeiro momento galvanizou a equipa.
Dois minutos depois de ter ameaçado, o conjunto visitado marcou mesmo. Numa jogada aparentemente sem perigo, o árbitro Carlos Amado descortinou uma falta do central Rodrigo sobre o avançado Bocas. Como não existem pequenas ou grandes faltas, o árbitro, no meu entender, esteve bem já que houve, de facto, um puxar de camisola ao avançado do Marrazes.
Na transformação do castigo máximo, o capitão André Braz, com muita tranquilidade, rematou colocado e fez o primeiro do jogo. Estando o jogo a ser desenvolvido praticamente a meio-campo, diria que o golo apareceu sem nada o fazer prever.
Até ao final do primeiro tempo, tivemos sempre mais Marrazes do que Beneditense. A equipa forasteira acusou o golo e não mais conseguiu acercar-se das redes de Cacola. Por sua vez, o Marrazes desinibiu-se, começou a explorar de uma melhor forma as alas e até dispôs de uma excelente ocasião para ampliar a vantagem, isto numa jogada de contra-ataque. Seco, pela direita, passou de forma bastante rápida pelo seu opositor directo e, de imediato, procurou servir o avançado Bocas. Pois bem, caso a bola tivesse chegado ao avançado - mérito para o último defesa que evitou o pior para a sua equipa -, não tenho dúvidas que Bocas faria o segundo do jogo. Assim não aconteceu e o intervalo chegou com uma vantagem mínima para os caseiros.

A etapa complementar foi ainda melhor que a primeira parte, apenas com a semelhança de termos tido uma má reentrada das duas equipas. Os primeiros 15 minutos do segundo tempo foram pouco interessantes.
A partir desse período de jogo, apetece-me dizer que só houve uma equipa em campo e foi precisamente os Marrazes. O mais curioso é que essa superioridade dos visitados surgiu contra todas as expectativas. E explico porquê. Aos 65 minutos, Bocas envolveu-se com dois jogadores da Benedita e, segundo o árbitro, terá mesmo agredido um adversário. Carlos Amado terá visto algo incorrecto e expulsou o avançado. Pois bem, poder-se-ia pensar que seria um grande revés nas aspirações dos Marrazes. Contudo, as "contas" sairam precisamente ao contrário. Se já havia pouco Beneditense, a partir daqui deixou de existir por completo. É bom salientar que dois minutos depois do vermelho de Bocas, o Marrazes chegou ao 2-0 e quebrou o ânimo do Beneditense. Contudo, mesmo assim, esperava-se mais de uma equipa com uma unidade a mais e a jogar com esse benefício 23 minutos.
Importa salientar a jogada que originou o segundo golo do jogo. Grande jogada de Rocha, jogador que havia entrado para o lugar do lesionado Lourenço - Nuno Sousa foi para lateral esquerdo -, que isolou de forma primorosa o rapidíssimo Seco. O número 7, na cara de Paulo, escolheu um lado e foi feliz.
Até final, reforçando a ideia que havia referido, houve sempre mais Marrazes em jogo do que Beneditense. Aliás, o 3-0 esteve perto de acontecer por duas ou três vezes. Recordo-me, por exemplo, de um chapéu de Márcio ao guarda-redes Paulo que só não teve êxito porque apareceu um defesa a tirar o golo em cima da linha. Já a equipa da Benedita, apesar de todas as tentativas do seu treinador em mudar o rumo dos acontecimentos - acabou o jogo em 3-4-3 e com alas muito rápidos -, foi francamente inconsequente em quase todas as suas jogadas. Digo "quase todas" porque ao minuto 91, já com o jogo perto do seu terminus, João Simões, o mais inconformado dos forasteiros em toda a partida, rematou cruzado e (finalmente) bateu Cacola.
O resultado acabou mesmo por fixar-se num triunfo (2-1) dos Marrazes, num jogo entretido e bem conseguido da equipa da casa que assim conquistou a primeira vitória no campeonato.

DESTAQUES:

MARRAZES:

ANDRÉ BRAZ: Grande jogo do central marrazense. Formou com Portugal uma dupla sólida no centro da defesa. O seu companheiro também esteve muito bem mas Braz, pelo golo que marcou, merece esta distinção.

NUNO SOUSA: Nota também muito positiva para Nuno Sousa que tanto a ala como a lateral cumpriu o seu papel e mostrou-se sempre disponível sob ponto de vista físico.

BENEDITENSE:

ALEXANDRE: Bom jogo deste central. Apesar de bastante alto, não me pareceu ser nada "tosco" este atleta. Muito forte no jogo aéreo e relativamente bom com a bola nos pés.

JOÃO SIMÕES: Foi, sem dúvida, o mais inconformado da turma Beneditense. Excelente a jogar de costas para a baliza, revelou pormenores de grande avançado. Não é daqueles que dá nas vistas por fazer excelentes fintas ou grandes arrancadas mas é um jogador muito inteligente na ocupação dos espaços e na forma como trabalha em prol da equipa.

Viagem low cost ao Azerbaijão

JOGO: AZERBAIJÃO 0-2 PORTUGAL

Bernardo Ricardo of Portugal, right, fights for the ball with Elvin Aliev, left, of Azerbaijan during their Euro 2008 Group A qualifying soccer match between Portugal and Azerbaijan in Baku, Azerbaijan, Saturday, Oct. 13, 2007.

Portugal venceu ontem o Azerbaijão com absoluta facilidade e beneficiou, mais uma vez, da exasperante fragilidade dos seus opositores para subir ao segundo lugar do grupo.
Uma vez que o jogo não teve história, isto apesar da boa réplica dos azerbaijaneses que, mesmo reduzidos a dez unidades quase toda a partida, ainda conseguiram criar 2 ou 3 ocasiões de golo - quando não se corre para trás e passeia a classe é assim... -, serve o presente post para falar/escrever unica e exclusivamente sobre um jogador: Deco.
Não, caros leitores... Não creio que seja importante falar da não utilização do Quim; do porquê de Hugo Almeida não ter justificado mais minutos ao longo da qualificação e de só ter jogado por infortunio de um seu companheiro; da passividade com que Portugal desenvolve as suas jogadas de ataque neste tipo de jogos; da forma como (não) defende e permite a adversários destes ter ocasiões de golo... Não, sinceramente acho que não vale a pena. O importante é ganhar e, a partir de 1-0, seja com que adversário for, para Scolari já é missão cumprida.

Ora então vamos ao caso Deco. Não sei se partilham da minha opinião mas, para mim, é vergonhoso aquilo que o luso-brasileiro tem feito nesta qualificação. O vedetismo deste jogador é deveras irritante. Se fosse eu o seleccionador, Deco não jogava a titular contra as denominadas selecções fracas. Pois bem, se tivermos em linha de conta que, neste grupo, de forte só temos a Sérvia (que, curiosamente, só foi forte contra Portugal!), então, muito simples: Deco não teria feito nenhum jogo a titular nesta campanha rumo ao Euro2008.Jogar a passo, fazer umas cuecas, adornar todos os lances, jogar para trás, não defender, marcar todos os livres e cantos de forma directa para a baliza... Para isto tudo, metam-me também a mim em campo. Garanto-vos que sei fazer na perfeição muitas das coisas que referi. Atenção, continuo a achar Deco um grande jogador e, claramente, uma mais valia para a selecção. Agora, isso não invalida de o criticar quando entendo. E acho que a mentalidade retrógrada do seleccionador nacional que utiliza sempre os mesmos independentemente da condição física e psicológica do jogador tem feito com que Deco se acomode ao lugar. Tiago, como já vimos inumeras vezes, vai à selecção para ver o jogo mais perto que eu; João Moutinho, penso eu, só é opção para aqueles jogos em que Portugal está a ganhar pela margem mínima e precisa de alguém que corra um pouco; Simão, que joga tão bem naquela função,também não é opção como "10" - se bem que, neste caso, até compreendo. Scolari não deve saber que o Benfica de Fernando Santos jogava em 4-4-2 losango e que era precisamente Simão a completar o vertice mais adiantado deste; portanto, Deco está nas suas "sete quintas".

Desabafos à parte, Portugal cumpriu a sua missão numa exibição sem brio e q.b, garantindo praticamente a qualificação - acho que até vamos fazer primeiro no grupo porque ganharemos os restantes jogos e a Polónia não ganhará na Sérvia -. Importa ainda referir que Bruno Alves e Hugo Almeida foram os marcadores dos golos e Ronaldo, apesar de por vezes exagerar nas suas acções individuais e de ter falhado uma série de golos, foi, a par de Miguel Veloso, o melhor jogador de Portugal na partida. Quarta-feira há mais e, esperamos nós, um bocadinho melhor.

sexta-feira, outubro 12, 2007

FUTEBOL DE EXTREMOS

Olhando para o futebol actual, cada vez mais temos visto equipas a jogarem em sistemas sem alas, portanto, no bem conhecido losango. Em Portugal, creio que começámos a assistir com mais relevo a este esquema táctico no Porto de Mourinho (Costinha, Maniche, Alenitchev, Deco), sendo que, actualmente, muitas são as equipas e até selecções (Brasil e Itália) que abdicam completamente dos chamados extremos.
Para ser muito sincero, o losango não é, de todo, o sistema que mais me agrada. Confesso que aprecio ver muito mais uma equipa estruturada num 4-5-1 que se transforma em 4-3-3 quando ataca. Um campo de futebol é bastante largo e, quanto mais aproveitarmos isso, melhor é para a equipa e para o proprio espectáculo (o jogo não fica tão afunilado).
Para melhor perceberem as diferenças que acho de um sistema para o outro, diria que a diferença de jogar com alas ou de jogar com um "molhinho" de quatro no meio-campo é a mesma coisa que correr normalmente ou correr com as mãos nos bolsos. Numa corrida de atletismo, seguramente que, de uma ou de outra forma, chegaremos ao destino mas, correr com as mãos nos bolsos acarreta um desgaste físico muito maior e, esteticamente, parece muito menos elegante.
Como amante da modalidade, adoro ver um futebol de ataque, virado para o espectáculo. Obviamente que a busca do resultado terá de ser sempre o principal objectivo mas, o segredo está em saber conciliar os dois.
Ver a época passada o Chelsea de Mourinho e o Manchester United de Ferguson era como ver a noite e o dia. Até podiam os resultados não terem sido os que acabaram por ser. Agora, uma equipa em 4-4-2 losango (Chelsea) criava, por jogo, 3 ou 4 claras ocasiões de golo e a outra, em 4-3-3 ou 4-4-2 com alas bem abertos (Man Utd), criava 10 ou 15. O espectáculo era outro e quem ganhava era o adepto.
Resultados à parte, a verdade é que não me consigo lembrar de uma equipa que dê espectáculo a jogar em 4-4-2 losango, tendo um pivot defensivo, dois interiores (sem características de ala) e um número 10. Vendo alguns exemplos, se repararem bem, recordo-me do Sporting de Peseiro que, segundo diziam, jogava muito à bola... Pois aí, meus caros, se bem se lembram, havia nesse sistema um tal de Douala, um extremo puro; no Bayern Munique deste ano, temos Ribery, um falso "10" que cria desequilibrios precisamente na ala e Schweinsteiger, um jogador que faz os seus movimentos a partir da ala; no Benfica de Fernando Santos, tinhamos o exemplo flagrande de Simão que fazia as suas jogadas de dentro para fora, ou seja, sempre através de diagonais para as alas; ao invés, vejam como flui o jogo de Barcelona, Manchester United, Arsenal, Sevilha , Porto quando realmente os seus jogadores estão em forma...
Pelo exposto, diria que um sistema losango que possua um jogador capaz de cair nos flancos e que, através da sua velocidade e técnica, desequilibre, até pode, bem trabalhado, vir a dar os seus frutos. Agora, jogar com dois interiores criativos e dois pivots defensivos não terá certamente grande futuro, ainda que nessa equipa estejam dois criativos como Ronaldinho e Kaká. E, se repararem com atenção, é precisamente contra equipas mais defensivas e que apostam no contra-ataque que esse sistema tende a não resultar. Por muita qualidade técnica que haja no meio-campo, se os avançados estiverem a ser bem marcados, obviamente que é mais difícil marcarem golos a serem servidos pelo meio e de costas para a baliza do que pelas alas.
Para quem como eu jogou vários anos como médio ofensivo e adorava fazer aqueles passes em diagonais para a entrada do extremo, não sei o que seria se não o pudesse fazer. Mais, para quem gostava de ter espaços no meio, ter a companhia de mais dois companheiros perto de mim, era como se o meu futebol perdesse alegria.
Olhando para Rui Costas ou Decos, especialistas naqueles passes a rasgar, cortando-lhes os "braços" da equipa, é como se lhes cortarem a alma.

quinta-feira, outubro 11, 2007

ATENÇÃO HUGO ALMEIDA


O Jorge Ribeiro disse que um dos principais motivos por ter escolhido o Boavista foi para estar mais perto de Scolari. Mesmo assim, quando jogava no estrangeiro, mais concretamente no Málaga, até tinha sorte. É que os jogos da liga espanhola passavam na Sportv, pelo que provavelmente ainda teria algum "tempo de antena".

Já Hugo Almeida, é daqueles que terá de vir rapidamente para Portugal, isto se quer finalmente começar a jogar na selecção. Competir contra o filho do Felipão e, ainda por cima, sem Sporttv que o valha, cálculo que seja deveras complicado ganhar um lugar no onze da selecção.

Hugo, se quiseres ser titular na selecção nacional, terás de voltar a Portugal para fazeres isto:



Não, Hugo...




Apesar da globalização, esses golos que fazes lá foram ainda não passam na Caparica...

PS: Scolari não vai estar no banco frente ao Azerbaijão. O quê? Tem estado nos outros jogos???

RONALDINHO FORA DAS CONTAS

Há dois anos, fiz um exercício no blog em relação aos jogadores que melhor formariam um "11" ideal. Deu qualquer coisa como isto:



Dois anos depois,com o aparecimento de novas estrelas e o "arrefecimento" de jogadores sobejamente conhecidos, são algumas as diferenças nesta minha nova equipa ideal. Só Buffon, os centrais e o inevitável Cristiano Ronaldo é que continuam a garantir o estatuto de intocáveis.
A (minha) grande surpresa prende-se pelo facto de Ronaldinho Gaúcho não figurar no meu onze ideal. O futebol é o hoje, é o presente... E, actualmente, este Ronaldinho está muito abaixo daquele que já conhecemos.

Eis o meu 11:


quarta-feira, outubro 10, 2007

PERGUNTA AOS LEITORES




Com Bosingwa e Caneira lesionados, Scolari viu-se obrigado a convocar Jorge Ribeiro (??) para a lateral esquerda. Ora, sabendo de antemão da qualidade de Miguel Veloso e vendo as mais recentes apostas de Paulo Bento no "24" leonino na função de defesa esquerdo, a pergunta que se impõe é a seguinte:

- ACHAM QUE MIGUEL VELOSO SERIA, NESTE MOMENTO, UM BOM LATERAL ESQUERDO PARA A SELECÇÃO NACIONAL?

Tenho uma opinião muito clara em relação a este assunto mas gostaria de saber a vossa.

terça-feira, outubro 09, 2007

OLHO CLÍNICO


EQUIPA DA SEMANA: Ajax Amsterdam (Plantel)





ONZE TIPO:


A Estrela:



9. Klaas Jan Huntelaar (12.08.1983)

- É, sem margem para dúvidas, a grande figura deste Ajax. Não tem a força de Edgar Davids, não tem a velocidade de Dennis Rommedhal e muito menos tem a técnica e o virtuosismo do sub-20 uruguaio Luis Suarez. No entanto, Huntelaar possui uma característica que efectivamente o torna um jogador de top mundial: a sua enorme apetência para fazer golos.
Na Liga Holandesa leva 105 golos em 147 jogos. Só este dado confere a Huntelaar uma qualidade extra, tornando-o num dos melhores finalizadores dessa Europa fora. Não é por acaso que já é comparado ao grande Van Basten. E, a verdade é que as suas características são um tanto ou quanto parecidas. É fundamentalmente um homem de área. Ao mínimo espaço remata quer seja de pé esquerdo, direito ou até de cabeça. Não é daqueles jogadores de encher o olho mas é sobretudo um avançado que faz da simplicidade de processos a sua maior arma. Depois, isso aliado a um tremendo faro pelo golo fazem deste holandês um dos 10 melhores avançados do Mundo.
O salto para um colosso europeu deve estar para breve...

PONTOS FORTES:

ATAQUE: São muitas as soluções que o técnico Ten Cate tem para a zona ofensiva. Nomes como Huntelaar, Luis Suarez, o veterano mas eficaz Urzaiz, Albert Luque, Rommedahl e Mitea são motivos de preocupação para qualquer defesa.

JOGO AÉREO: No futebol actual, muitos dos jogos são decididos nas bolas paradas. Torna-se cada vez mais importante nos dias de hoje ter um plantel com jogadores altos e fortes no jogo aéreo, seja para marcar golos, seja para evitá-los. Pois bem, Stam, Maduro, Urzaiz, Huntelaar e Vertonghen são jogadores exímios nessa matéria.

PLANTEL JOVEM: É de conhecimento público a grande escola que o Ajax tem ao nível da formação. Dar condições aos jovens, formá-los e depois vendê-los é uma política digna de registo. Sneijder foi o mais recente "miudo" a fazer-se jogador no Ajax e a dar o salto para um colosso europeu mas, com toda a certeza, não será o único. Nomes como Emanuelson, Heitinga, Maduro, Luis Suarez, Vertonghen ou Huntelaar começam já a merecer especial atenção por parte das grandes potências europeias.

PONTOS FRACOS:

INEXPERIÊNCIA: Normalmente, ter um plantel demasiado jovem tem os seus prós e, obviamente, os seus contras. O Ajax, com uma equipa de qualidade mas ainda com pouca experiência a nível europeu, tem sido menos feliz no que diz respeito às competições europeias. O ano passado perdeu a hipótese de entrar na Liga Milionária ao ser derrotada na pré-eliminatória pelo Copenhaga; esta época já disse adeus à Uefa depois de na passada quinta-feira ter sucumbido aos pés de uma mais experiente equipa do Dinamo de Zagreb.

STEKELENBURG: Já vi dois jogos do Ajax esta época e em ambos fiquei com a ideia que este guarda-redes não está ao nível da restante equipa.

IRREGULARIDADE: O Ajax destes últimos anos já nos habitou a grandes resultados e também a grandes e surpreendentes derrotas. É uma equipa que é capaz de ganhar com grande espectacularidade no terreno de um dos outros candidatos ao título - recentemente foi ganhar 2-3 ao AZ - e, no fim-de-semana seguinte, é capaz de empatar perante uma equipa do fundo da tabela - ontem empatou a dois golos com o Sparta, equipa que luta para não descer -.
Este ano as coisas parecem mais equilibradas. No entanto, já vimos em termos de competições europeias que juventude e irregularidade combinam várias vezes.

JOGADOR REVELAÇÃO: LUIS SUAREZ (20 anos)



Chegar, ver e vencer. Este cliché aplica-se na perfeição a Luis Suarez. Apesar de ter acompanhado o Mundial sub-20, confesso que não me recordo deste jogador. Contudo, um jogo bastou para constatar a categoria deste polivalente jogador. Pela sua mobilidade e capacidade técnica, faz lembrar Kun Aguero ou até Carlitos Tevez, ou não fosse ele um sul-americano por natureza. A sua entrega ao jogo e a sua qualidade futebolística fizeram com que Ten Cate fosse obrigado a entregar-lhe de forma prematura a titularidade para as "mãos". Quando tiverem a oportunidade de assistir a um jogo do Ajax, saberão do que estou a falar.
É daqueles que não engana!

NOTA FINAL:

Pelo facto de já não estar nas competições europeias, o Ajax pode partir para uma grande época a nível interno. Se não perder Huntelaar em Dezembro e se os "garotos" mantiverem uma bitola exibicional constante, então não tenho dúvidas que Ten Cate e companhia podem voltar a conquistar a Liga Holandesa que vem fugindo nestes últimos anos.
Atenção ao PSV, que tem uma grande equipa - em breve também a merecer referência no Olho Clínico -, e também o Feyenoord que se reforçou bem esta época e tem mostrado argumentos para se intrometer na luta.

segunda-feira, outubro 08, 2007

LUCKY SEVEN





SETE - Foram os golos marcados pelo brasileiro Afonso Alves ao serviço do Herenveen frente ao Heracles na goleada dos da casa por 9-0. O internacional brasileiro, que chegou a ser falado para o Benfica nesta pré-temporada, fez história na Eredivisie.
Um dia para mais tarde recordar! (ver
aqui os golos).

SETE - Paulo Bento apostou no "7" leonino e deu-se bem. Marat Izmailov saíu do banco e foi decisivo na vitória do Sporting ante o Guimarães.

SETE - São as vitórias que o Porto já leva em outras tantas partidas. Lucho González, de grande penalidade, foi suficiente para manter o Porto no comando da Bwin Liga.

SETE - São os golos que Trezeguet e Zlatan Ibrahimovic já levam no campeonato italiano - Kaká e Totti estão logo atrás com 6 golos - o que significa que esta temporada vai ser animada em termos de melhor marcador. Dois verdadeiros matadores e dois "10" de grande classe são os favoritos e, a ver por este inicio de época, prometem continuar a dar espectáculo por essa Itália fora.
Para quem diz que em Itália se marcam poucos golos...

ROLABOLA Jornada 7 - Especial Selecções -

domingo, outubro 07, 2007

ROLABOLA

Resultados e Marcadores:

Saint-Etienne 1-0 Marselha
(Dernis)

Bordéus 1-3 Lyon
(Jussie; Anderson, Benzema, Kallstrom)

Vitesse 0-1 Feyenoord
(Hofs)

Bolton 0-1 Chelsea
(Kalou)

Lázio 1-5 AC Milan
(Mauri; Ambrosini, Kaká (2), Gilardino (2))

Fiorentina 1-1 Juventus
(Mutu; Iaquinta)

Osasuna 3-2 Villarreal
(Venta p.b, Dady, Javier Garcia; Rossi, Godin)

Académica 0-1 FC Porto
(Lucho González)

U.Leiria 1-2 Benfica
(Cadú; Nuno Gomes (2))

OLHÓGOLO:

Sporting 3-0 Guimarães
(Izmailov (2), Tonel)

OLHÓGOLO MVP "abola": IZMAILOV (Sporting)



CONSIDERAÇÕES:


- Grande jornada para André Braz. Apostou na goleada do Sporting e deu-se bem. Depois, sempre pela certa e pelo seguro, acertou em 7 dos 9 jogos e conquistou o primeiro lugar na jornada e também na classificação geral. Há jogadores com azar, outros com alguma sorte ao jogo e há o André Braz. Contra isso, nada a fazer...
- Neves chegou a semana passada à liderança e logo demonstrou não ter estofo para ser campeão. Jornada desastrada deste participante, isto apesar de ter chegado para, de mal o menos, garantir o segundo lugar na geral.
- João Pedro tentou acertar nos resultados finais de todos os jogos do boletim. Não conseguiu acertar em nenhum mas fica o registo da audácia deste participante. Foi de facto uma jornada infeliz do concorrente mas, por vezes, quem arrisca, petisca.
- Nota final para o 14º classificado do Rolabola. Segundo consta, este vai finalmente começar a jogar. Tenham medo...

Bwin: Re(vira)volta encarnada em Leiria



Vitória difícil mas justa do Benfica em Leiria perante um adversário logicamente debilitado fisicamente mas, ainda assim, muito incómodo e lutador.
Entrou melhor a União de Leiria. Paulo Duarte manteve o mesmo esquema que havia apresentado frente ao Leverkusen - Tiago como médio defensivo, Toñito e Cadú como organizadores, Maciel e Sogou a darem velocidade às alas e a tentarem solicitar o avançado João Paulo - e o que é certo é que a equipa voltou, à imagem do jogo da Uefa, a entrar praticamente a ganhar na partida. Dois minutos de jogo, Cadú entrou na área e, perante alguma passividade de Edcarlos, rematou cruzado para o primeiro do jogo. Para uma equipa mal colocada na tabela classificativa, nada melhor que entrar a ganhar; para o Benfica que ultimamente tem vivido dias difíceis, nada pior que bem cedo ter de correr atrás do prejuízo.
Camacho apresentou (finalmente) dois avançados, Cardozo e Nuno Gomes, deu a titularidade a Bynia em detrimento de Di Maria (Katsouranis ocupou a ala direita) e Maxi Pereira assumiu (e bem!) a posição de lateral direito. Ora, este sistema táctico, mesmo com aquele revés que foi o golo de Cadú, mostrou alguns resultados práticos ao longo da partida. Em termos de primeiro tempo, o Benfica não acusou o golo madrugador do adversário e, em desvantagem, partiu de imediato para a frente em busca do golo da igualdade. Vinte minutos de qualidade ofensiva valeram a igualdade por parte de Nuno Gomes. O capitão aproveitou da melhor forma um excelente cruzamento do inevitável Cristian Rodriguez e bateu Fernando.
O Benfica ainda esboçou algum atrevimento em tentar novo golo mas, com o passar do tempo, essa intenção foi-se desvanescendo e o primeiro tempo acabou mesmo com uma igualdade e com alguma monotonia à mistura.

No segundo tempo, o Benfica fez claramente para merecer o golo da vitória. Não que tenha feito uma grande exibição - que não fez -, não que o Leiria tivesse abdicado de atacar - Paulo Duarte apostou no contra-ataque e os leirienses disposeram de duas excelentes ocasiões para fazer o 2-1 e aí a história seria diferente -, mas, pela vontade em buscar o golo e também pelas oportunidades que se sucederam nesta etapa complementar, diria que o segundo golo de Nuno Gomes acabou por trazer alguma verdade à partida.
Na parte final, a União de Leiria através de lances de bola parada ainda causou alguma perturbação ao conjunto encarnado mas o resultado viria mesmo a saldar-se num triunfo encarnado.

DESTAQUES:

- Cristian Rodriguez: Pelos golos que marcou, se calhar Nuno Gomes foi o melhor jogador em campo mas, na minha opinião, pelo que jogou e fez jogar, pelo que correu, pela entrega com que se dá a todos os lances, mais uma vez, o "cebola" foi um jogador fundamental para a obtenção dos três pontos. A assistência deste para o primeiro golo do capitão é sensacional.

- Nuno Gomes: Muito se tem falado mal do capitão encarnado mas hoje, há que dizer, Nuno Gomes foi fundamental na vitória em Leiria. Marcou dois golos mas não foi só nesse capítulo que o "21" se destacou. Desta vez, correu, lutou, tentou abrir espaços para Cardozo e acabou por ser feliz na obtenção de dois importantes golos.
Não há dúvida nenhuma que há mais Nuno Gomes quando joga na companhia de outro avançado.

Bwin Liga: Segunda parte de leão vale 3 pontos



Que grande jogo de futebol pudemos nós assistir ontem em Alvalade. Duas equipas totalmente viradas para o ataque, esquemas tácticos profundamente arrojados, substituições com os olhos postos no golo... houve, portanto, dois conjuntos com total interesse pela conquista dos três pontos e é efectivamente disto que o povo gosta. Levou a melhor a equipa da casa mas, independentemente dos números serem expressivos, o Guimarães sai de Lisboa com uma nota muito positiva e com uma imagem completamente digna de quem tentou proporcionar um bom espectáculo de futebol.

Ora, antes de falar do Sporting - e hoje há alguns aspectos que me interessam destacar, inclusivé em termos de selecção nacional -, tenho necessariamente de falar (e bem!) deste entusiasmante Vitória de Guimarães. Primeiramente, uma palavra para o treinador Manuel Cajuda. Sabendo do desgaste físico que poderia afectar a equipa de Paulo Bento, fruto da deslocação a Kiev durante a semana, o técnico vimaranense poderia muito bem ter apostado numa equipa com cariz defensivo, isto com o intuito de obrigar o Sporting a correr, a buscar espaços, a ter uma maior iniciativa de jogo e, inerentemente a isso, ter uma quebra significativa no segundo tempo que pudesse vir a ser explorada pela equipa minhota. Pois, contra todas as expectativas, Cajuda apresentou uma equipa com 4 unidades de ataque: Alan, Carlitos, Ghilas e Desmarets. Resultado? durante os primeiros 45 minutos, o Guimarães jogou literalmente taco-a-taco com o Sporting. Aquilo que vimos na primeira parte, dificilmente voltaremos a ver esta época, inclusivé quando Porto e Benfica se deslocarem ao reino do leão.
Ao intervalo o marcador assinalava um nulo mas, verdade seja dita, um empate com golos ilustrava melhor aquilo que se havia passado. Recordo-me de uma grande defesa de Stojkovic, uma perdida de Ghilas e uma enorme perdida de cabeça de Liedson.

Se na primeira parte tivemos um grande Guimarães e um Sporting mais surpreendido do que propriamente mal na partida, num segundo tempo continuámos a ter um Vitória com carisma, corajem e determinação mas, em contra-partida, pudemos efectivamente ver um Grande Sporting. E o mérito disso, se me permitem, vai inteirinho para Paulo Bento. O técnico leonino, mais uma vez, mostrou ser grande, mostrou ter uma enorme corajem. O jogo estava tremendamente complicado para o Sporting já que o Guimarães dava muito trabalho à defesa leonina e ameaçava marcar a qualquer momento. Ora, para muitos, a formula ideal para quebrar o impeto vimaranense seria povoar o meio-campo e ter mais bola. Para Paulo Bento, não. Segundo este, a maneira mais fácil de anular o ataque vitoriano foi precisamente com uma maior propensão ofensiva da sua equipa. As coisas poderiam ter saído bem caras ao técnico leonino - se tivesse perdido o jogo, estaria hoje mesmo a ser crucificado na praça pública por ter tirado Ronny -, mas este, indiferente a tudo isso, correu o risco, buscou com todo o arsenal disponível a tão ambicionada vitória (tal como havia tentado fazer frente ao Setúbal) e, tal audácia foi premiada com três golos e uma bela exibição. Registe-se: não foi o Guimarães que caíu no segundo tempo, foi precisamente o Sporting que ligou o turbo e arrancou para uma noite de grande inspiração.

Quando os jogos são tão emotivos e tão equilibrados, normalmente costuma dizer-se que heróis precisam-se. Desta vez, Paulo Bento não viu o "leve" assumir o papel principal e também não viu o capitão Moutinho assumir o controle do barco. O "herói" veio do banco e de leste. Nilson foi surpreendido pela frieza russa de Izmailov no primeiro e segundo golos do Sporting. Isto tudo em apenas 8 minutos. Bento havia lançado ao intervalo Izmailov e Purovic para os lugares de Ronny - Miguel Veloso assumiu a posição de lateral esquerdo - e Yannick Djaló e o que é certo é que a equipa teve outra dinâmica ofensiva. Izmailov, não só mas também pelos golos, foi, sem dúvida, a grande figura do jogo.

Quando se fala em anti-jogo, quando normalmente assistimos a jogos fracos na Bwin Liga muito por causa da forma ultra defensiva com que as equipas forasteiras actuam, este Guimarães mostrou como se deve interpretar um jogo de futebol. É certo que perdeu, é claro e inequívoco que saíu de Alvalade com uma pesada derrota; agora, uma coisa também é certa. Da forma como jogou, da maneira ofensiva com que se apresentou em campo, estou convicto que noutros jogos e com as mesmas oportunidades, o resultado vai ser seguramente diferente. Hoje, caros leitores, o Guimarães só saíu de Lisboa derrotado porque tivemos um Sporting com garra e com veia de leão. Tivesse Paulo Bento mostrado medo e hoje o Vitória tinha "amassado" o leão.

Ainda antes de terminar, gostaria de falar de alguns pormenores que me saltaram à vista na equipa leonina. Em primeiro lugar, falar de Miguel Veloso. Já o tinha visto nos sub-21 na posição de defesa esquerdo e hoje tive novamente essa oportunidade no segundo tempo. Mais uma vez, fiquei com a sensação que o jovem prodígio do Sporting poderia muito bem ser o dono da lateral esquerda da selecção nacional. Estamos de acordo que é no meio-campo que Veloso se sente melhor. Agora, na falta de melhor soluções, parece-me que não era descabido tentar adaptar o "24" nessa posição.
Gostaria também de falar de João Moutinho e Romagnoli. No que diz respeito ao capitão dos "leões", tenho a dizer que custa-me ver Moutinho como interior direito. É certo que cumpre bem essa função mas, sinceramente, acho que não está a mostrar todo o potencial que já demonstrou como "6" ou como "10". Percebo Paulo Bento que "não pode" neste momento abdicar de Miguel Veloso ou de Pipi mas, na minha opinião, é uma pena vermos Moutinho em terrenos que não são aqueles que mais brilha.
Uma palavra final para Romagnoli. Está feito um grande jogador. E nem falo do jogo de hoje onde até esteve algo abaixo daquilo que tem revelado ultimamente. Qualidade técnica, capacidade em causar desequilibrios à esquerda ou à direita, enorme qualidade no último passe, enfim, Romagnoli é, hoje por hoje, titular indiscutível deste Sporting. Mais uma vez, o mérito vai inteirinho para Paulo Bento. Recordo-me na época passada que Romagnoli chegou a fazer vários jogos e a ser substituido sistematicamente ao intervalo. A generalidade dos sportinguistas detestavam ver o argentino no onze do Sporting e não percebiam o porquê da insistência de Paulo Bento no ex-Vera Cruz. O técnico português apostou nele, acreditou no seu valor, porventura terá tido influência na não saída de Pipi no mercado de Inverno para o futebol espanhol e, actualmente, toda essa confiança depositada está a ter finalmente os tão desejados frutos.
É um enorme prazer ter Pipi Romagnoli no futebol português e um treinador português que, afinal, percebe e muito da coisa.