quinta-feira, fevereiro 28, 2008

PURO...VIC...ÍO DA SORTE






Foi muito feliz o Sporting em ter vencido esta partida, não só na forma como obteve o golo, mas também por ter sido já em tempo de descontos.

Quando tem que ser Purovic a decidir um jogo a favor do Sporting, a crítica ao jogo leonino não pode ser muito positiva.
Pois bem, a verdade é que foi um golo (uma verdadeira obra-de-arte, diga-se!!!) do montenegrino, que selou a passagem do Sporting para as meias-finais da Taça de Portugal.
Com pouca mexidas no onze, Paulo Bento deixou bem claro à sua equipa que só havia um objectivo para esta partida: ganhar!
Ainda assim, não foi de grande qualidade o futebol apresentado pelos leões, que tiveram alguns momentos de confrangedora atitude, para desespero dos 7500 espectadores presentes em Alvalade.
O Estrela, por seu turno, apresentou-se bem no recinto leonino, com uma atitude muita digna, a querer disputar o jogo taco-a-taco, e também teve as suas oportunidades para marcar mas, ora por ineficácia dos seus elementos da frente, ora por boas intervenções de Rui Patrício, a bola nunca violou as redes leoninas.
O Sporting controlou quase toda a partida, mas jogando a um ritmo muito lento, com dificuldades de progressão e com uma clara falta de ideias (João Moutinho não pode estar em todo o lado, ainda que por vezes pareça que está!).
O resultado de tudo isto era o empate a zero que se registava ao intervalo, e que se aceitava perfeitamente, face àquilo que as duas equipas (não) fizeram no primeira metade.
Para a etapa complementar, Paulo Bento foi obrigado a ir ao banco e mexer por duas vezes nos primeiros dez minutos, uma por opção e outra forçado, sendo que primeiro lançou o russo Izmailov para o lugar de Abel (recuando Pereirinha para lateral direito), na tentativa de dar mais criatividade ao meio-campo, e depois colocou Purovic no lugar de Liedson (o levezinho saíu com dores na coxa direita, e está inclusivamente em dúvida para o derby de domingo com o Benfica).
Melhorou um pouco mas não muito o Sporting, fruto também da boa organização dos amadorenses que emprestavam muita agressividade (no bom sentido, leia-se) aos lances, e não deixando que os criativos de Alvalade pegassem no jogo.
O jogo arrastava-se quase penosamente para o seu final, quando, eis que não quando surge D.Sebastião!
No meio do nevoeiro, com os defensores estrelistas a tentarem ver o que quer que fosse, Purovic, qual santo milagreiro, vê, literalmente, a bola aparecer-lhe à frente da cabeça e, talvez ainda hoje ele próprio esteja para saber como, conseguiu que esta lhe batesse e se encaminhasse no caminho da baliza. Um golo muito feliz, aparecido quase do nada, mas que valeu a passagem do Sporting à eliminatória seguinte. O Estrela foi sempre uma equipa abnegada, e talvez tivesse feito por merecer, pelo menos, o prolongamento. Ainda assim, caíu de pé!


FICHA DE JOGO:

Estádio Alvalade Século XXI, em Lisboa

ÁRBITRO: Duarte Gomes, de Lisboa

SPORTING: Rui Patrício; Abel, Tonel, Polga e Ronny; Miguel Veloso, Pereirinha, João Moutinho e Romagnoli; Tiuí e Liedson.

SUPLENTES: Stojkovic, Gladstone, Grimi, Adrien, Izmailov e Purovic.

SUBSTITUIÇÕES: Abel por Izmailov (aos 50m), Liedson por Purovic (aos 53m) e Ronny por Grimi (aos 77m)

TREINADOR: Paulo Bento


ESTRELA DA AMADORA: Pedro Alves; Rui Duarte, Hugo Carreira, Maurício e Hélder Cabral; Fernando, Celestino, Vítor Moreno e Mateus; Nuno Viveiros e Mendonça.

SUPLENTES: Filipe Mendes, Wagnão, Marco Paulo, Abdul, Marcelo Goianira, Pedro Pereira e Giancarlo.

SUBSTITUIÇÕES: Hélder Cabral por Pedro Pereira (aos 37m), Nuno Viveiros por Giancarlo (aos 65m) e Mateus por Marco Paulo (aos 75m).

TREINADOR: Daúto Faquirá


DISCIPLINA: Cartão amarelo a Hélder Cabral (aos 36m), a Celestino (aos 54m), a Tiuí (aos 57m), a Miguel Veloso (aos 59m), a Rui Duarte (aos 68m) e a Maurício (aos 93m).

MARCADORES: 1-0 por Purovic, aos 92m.

SÓ O MAESTRO DÁ MÚSICA EM ORQUESTRA DESAFINADA!







Começando pelo fim, o maior elogio que pode ser dado a este Moreirense, é que o Benfica só apresentou alguma qualidade, e só conseguiu chegar ao golo, depois da entrada de Rui Costa. Porque antes, alguns dos seus jogadores, deveriam pensar que este não seria mais do que um simples jogo-treino...

Com mais uma exibição decepcionante (e estarei a ser simpático), o Benfica segue em frente na Taça, depois de bater o Moreirense por 2-0.
Jogando no seu estádio, perante pouco mais de 10.000 espectadores, a turma encarnada voltou a desiludir, mesmo tendo pela frente um adversário da II Divisão Nacional, e só na segunda parte, já com Rui Costa em campo, os golos apareceram, curiosamente ambos apontados por homens vindos do banco.
José António Camacho optou por rodar o plantel, dando minutos de jogo a atletas habitualmente pouco rodados, e o que é facto é que o Benfica nunca se conseguiu impor na totalidade, estando mesmo exposto a alguns dissabores, já que os de Moreira de Cónegos nunca viraram a cara à luta, e espreitaram, sempre que puderam, o ataque, mas encontraram pelo caminho um obstáculo muito forte, um dos melhores em campo, imagine-se!, chamado Hans-Jorg Butt.
A turma de Daniel Ramos não foi uma presa fácil, bem pelo contrário, deixando sempre a defensiva encarnada em sentido, e revelando uma grande consistência defensiva, que ía adiando o golo benfiquista, ainda que as ocasiões não fossem muitas.
O nulo ao intervalo e a monumental assobiadela com que o público se despediu dos jogadores em tempo de descanso, terão levado o técnico espanhol a repensar estratégias, mas, principalmente a olhar para o banco de suplentes e chamar Rui Costa, que havia de ser lançado aos 10m do segundo tempo, para tentar iluminar o futebol encarnado. E, como quem sabe, tanto joga bem com o Milão, como com o Moreirense, o maestro colocou ordem no jogo, lançou o perfume do seu futebol, e foi mesmo o obreiro do primeiro golo, com um grande remate de fora da área, após primorosa assistência de Óscar Cardozo que, com o peito, serviu de bandeja para o 10 atirar a contar. Descansavam um pouco mais os adeptos, mas ainda assim não se livraram de alguns calafrios, por os forasteiros acreditaram sempre que era possível chegar à igualdade e, quiçá, fazer uma gracinha que se poderia tornar escândalo, em pleno Estádio da Luz.
E como vem sendo hábito na turma encarnada esta época, o sofrimento durou quase até ao fim, sensivelmente até ao minuto 87, quando Ariza Makukula, com alguma felicidade à mistura, aproveitou um desvio de Pedro Mantorras, para sentenciar de vez a partida, e carimbar o passaporte do Benfica para a fase seguinte.
Mais uma vez voltou a ter que ser o "jovem" Rui Costa a emprestar uma ponta de classe à equipa, e, se olharmos para um futuro próximo (entenda-se final de época), o Benfica terá que entender, de uma vez por todas que não pode depender quase em regime de exclusividade do maestro, porque, infelizmente, este não dura sempre...


FICHA DE JOGO:

Estádio da Luz, em Lisboa

ÁRBITRO: Elmano Santos, da Madeira

BENFICA: Butt; Luís Filipe, Edcarlos, Zoro e Sepsi; Binya, Maxi Pereira e Nuno Assis; Di María, Freddy Adu e Óscar Cardozo.

SUPLENTES: Moreira, Nélson, Katsouranis, David Simão, Rui Costa, Mantorras e Makukula.

SUBSTITUIÇÕES: Luís Filipe por Rui Costa e Freddy Adu por Makukula (aos 55m) e Cardozo por Mantorras (aos 75m).

TREINADOR: José António Camacho


MOREIRENSE: Rui Marcos; Tiago Lopes, João Duarte, Hélio e Serafim; César Marques, Rui Borges e Bino; Nuno Fonseca, Luisinho e Quim.

SUPLENTES: Ricardo, Artur Jorge, Miki, Jonas, Marquinho, Tiago e Cascavel.

SUBSTITUIÇÕES: Nuno Fonseca por Jonas (aos 75m), César Marques por Cascavel (aos 79m) e Rui Borges por Marquinho (aos 84m).

TREINADOR: Daniel Ramos


DISCIPLINA: Cartão amarelo para Freddy Adu (aos 28m) e para Binya (aos 42m).

MARCADORES: 1-0 por Rui Costa, aos 70m; 2-0 por Makukula, aos 87m.

TARIK ENSINA COMO SE DIZ G(O)ALO EM MARROQUINO...








O FC Porto apurou-se para as meias-finais da Taça de Portugal, depois de uma vitória por 1-0, sobre o Gil Vicente, resultado que acabou por ser melhor do que a exibição.
Num dia em que o Estádio do Dragão registou a pior assistência da sua história (um pouco à imagem dos outros "grandes", que também tiveram os seus estádios praticamente "às moscas"), os azuis-e-brancos jogaram, claramente, em poupança de esforços, mas ainda assim, cumpriram e alcançaram o objectivo.
Jesualdo Ferreira poupou muitos jogadores, deixando de fora 7 dos habituais titulares, não só para lhes dar descanço, mas também para dar oportunidade a jogadores menos rodados. Nesta óptica, houve dois que mais se destacaram, casos do guardião Nuno (3 defesas extraordinárias a impedir o golo do Gil), e Mariano González, que deu seguimento ao golo que havia marcado ao Paços de Ferreira, na última jornada do campeonato.
Os de Barcelos apresentaram-se descomplexados no Dragão, jogando de igual para igual, e criando vários situações de golo, mas acabaram por nunca serem felizes na finaliazação.
O Porto adiantou-se no marcador à passagem do minuto 23, com um golo do internacional marroquino Tarik Sektioui, num lance em que a rapidez e inteligência do extremo vieram ao de cima. A partir daí, e até ao intervalo, o Gil Vicente reagiu, criando duas belas ocasiões de golo, ambas superiormente negadas por Nuno.
Mesmo em vantagem no marcador, Jesualdo mexeu no seu conjunto para a segunda metade, e vendo-lhe "o chão a fugir dos pés", colocou Lucho González, para dar mais experiência à equipa, e dotá-la de uma maior capacidade técnica. Acertada a decisão do técnico, já que, o argentino acabou por ser a melhor unidade em campo, fruto de toda a sua qualidade.
Os visitantes nunca deixaram de acreditar, e durante a etapa complementar acercaram-se várias vezes da baliza de Nuno, mas nunca conseguiram chegar ao empate.
Até ao final da partida, tempo ainda para alguns lances de "frisson", junto a ambas as balizas, mas ainda assim o resultado acabou por não mais sofrer alteração, e o Porto apurou-se para as meias-finais da Taça de Portugal.


FICHA DE JOGO:

Estádio do Dragão, no Porto

ÁRBITRO: Paulo Pereira, de Viana do Castelo


FC PORTO: Nuno, Bosingwa, João Paulo, Stepanov e Lino; Paulo Assunção, Kazmierczak e Mariano González, Tarik Sektioui, Hélder Barbosa e Ernesto Farías.

SUPLENTES: Ventura, Pedro Emanuel, Marek Cech, Castro, Lucho González, Lisandro López e Adriano.

SUBSTITUIÇÕES: Tarik Sektioui por Lucho González (ao intervalo), Hélder Barbosa por Lisandro López (aos 58m) e Ernesto Farías por Adriano (aos 72m).

TREINADOR: Jesualdo Ferreira


GIL VICENTE: Paulo Jorge; Paulo Arantes, Pedro Ribeiro, Diego Gaúcho e João Pedro; Filipe Fernandes, Luís Miguel, Zongo e João Vilela; Maciel e Hermes.

SUPLENTES: Hugo Marques, Valnei, Luís Manuel, Tiago André, Zezinho, Luís Coentrão e Bruno Filipe.

SUBSTITUIÇÕES: Luís Miguel por Luís Coentrão (ao intervalo), Zongo por Tiago André (aos 59m) e João Vilela por Bruno Filipe (aos 71m).

TREINADOR: Paulo Alves

DISCIPLINA: Cartão amarelo para Pedro Ribeiro (aos 80m).

MARCADORES: Tarik Sektioui (aos 23m).

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

VITÓRIA DE SETÚBAL APURADO: LEANDRO NÃO DEIXOU O MARCADOR EM BRANCO...




O Vitória de Setúbal é o primeiro semi-finalista da Taça de Portugal, da época 2007/2008.
Os sadinos foram à Figueira da Foz bater a Naval, por 2-1, e caribaram o passaporte para a fase seguinte.
Numa partida nem sempre bem disputada, foram os comandados de Ulisses Morais que assumiram as rédeas do encontro na primeira parte, jogando em ataque continuado, estando o Vitória à espera do erro adversário para tentar a sua sorte em contra-ataque. Mas como as oportunidades de golo não foram muitas durantes os primeiros 45 minutos, o nulo verificado ao intervalo, era perfeitamente justo.
Para a segunda metade, Carlos Carvalhal lançou Bruno Gama e Leandro Branco, para tentar dar mais vivacidade à sua equipa, e teve sucesso. O Vitória passou a explorar mais as faixas laterais, trazendo assim muitos problemas à defensiva figueirense, que não tinha antídoto para as investidas dos sadinos. E no seguimento desta toada, não estranhou que os forasteiros se adiantassem no marcador, fruto de um golo, precisamente de Leandro Branco, numa jogada onde os protestos quanto à legalidade do lance foram muitos por parte dos navalistas, culminados mesmo com a expulsão de Saulo.



Mas quando tudo indicava para que o Setúbal tivesse um final de jogo tranquilo, já que estava em vantagem no marcador, e tinha um elemento a mais, eis que responde de imediato a Naval, no ataque imediatamente seguinte, com China a bater um pontapé de canto, e Paulão, de cabeça, a fazer o empate. Mas, demonstrando que a grande época que está a fazer não é por acaso, o Vitória voltou a assumir o encontro, e foi recompensado, 5 minutos depois, com a obtenção do segundo golo, por intermédio de Robson, que, também de cabeça, selou o resultado final. Até ao final da partida, a Naval tentou o tudo por tudo, mas com menos um elemento em campo as coisas foram bem mais difíceis, sendo mesmo os setubalenses a beneficiarem da última grande oportunidade, mesmo no último lance do encontro, com Cláudio Pitbull a aproveitar um erro de Taborda e a enviar a bola às malhas laterais da baliza.
Assim sendo, é o Vitória de Setúbal a primeira equipa a apurar-se para as meias-finais da Taça de Portugal, ficando agora à espera dos resultados dos restantes encontros dos quartos-de-final, para depois, no sorteio, ver quem lhe calhará em sorte para a última fase antes da final do Jamor.

FICHA DE JOGO:

Estádio José Bento Pessoa, na Figueira da Foz

ÁRBITRO: Jorge Sousa, da A.F. Porto


NAVAL: Taborda; Mário Sérgio, Paulão, Diego Ângelo e China; Gilmar, Godemeche e Davide; Saulo, Marinho e Marcelinho.

SUPLENTES: Rodrigo Café, Lopes, Gaúcho, Dudu, Hugo Santos, João Ribeiro e Elivelton.

SUBSTITUIÇÕES: Mário Sérgio por João Ribeiro e Gilmar por Elivelton (aos 66m) e Davide por Dudu (aos 76m).

TREINADOR: Ulisses Morais


VIT.SETÚBAL: Eduardo; Janício, Robson, Auri e Jorginho; Sandro, Elias e Ricardo Chaves; Bruno Ribeiro, Paulinho e Cláudio Pitbull.

SUPLENTES: Milojevic, Hugo, Adalto, Filipe Gonçalves, Bruno Gama, Leandro Branco e Bruno Severino.

SUBSTITUIÇÕES: Bruno Ribeiro por Bruno Gama e Paulinho por Leandro Branco (aos 46m) e Ricardo Chaves por Filipe Gonçalves (aos 83m).

TREINADOR: Carlos Carvalhal


DISCIPLINA: Cartão amarelo a Sandro (aos 18m) e a Diego Ângelo (aos 90m). Cartão vermelho directo a Saulo (aos 61m).

MARCADORES: 0-1 por Leandro Branco aos 60m, 1-1 por Paulão aos 64m, 1-2 por Robson aos 69m.


TAÇA DE PORTUGAL: DEPOIS DA SUBIDA AOS QUARTOS, QUEM TIRARÁ AS MEIAS?




Têm lugar esta quarta feira os quartos-de-final da Taça de Portugal. Com 6 equipas da I Liga ainda presentes, aos quais se somam uma da Liga de Honra e outra da II Divisão, os jogos decorrem durante todo o dia, com o pontapé de saída a ser dado na Figueira da Foz, onde, Naval e Vitória de Setúbal medem forças a partir das 15h. No Estádio do Dragão disputar-se-à a segunda partida, com o F.C.Porto a receber o Gil Vicente, actual 5º classificado da Liga de Honra. Para a capital do País estão marcados os outros dois encontros, primeiro no Estádio da Luz, onde pelas 19:45, o Benfica recebe o Moreirense, e depois no Estádio AlvaladeSéculo XXI, com o actual detentor do troféu, o Sporting, a receber o Estrela da Amadora.


EQUIPAS PROVÁVEIS:


NAVAL: Taborda; Mário Sérgio, Paulão, Diego Ângelo e China; Gilmar, Godemeche e Davide; Saulo, Marinho e Marcelinho.

Outros Convocados: Rodrigo Café, Lopes, Elivélton, Dudu, João Ribeiro, Hugo Santos e Gaúcho.

Treinador: Ulisses Morais

VIT.SETÚBAL: Eduardo; Janício, Auri, Robson e Jorginho; Sandro, Elias e Ricardo Chaves; Bruno Ribeiro, Paulinho e Cláudio Pitbull.

Outros convocados: Milojevic, Marco Tábuas, Hugo, Adalto, Filipe Gonçalves, Bruno Gama, Leandro Branco, Bruno Severino e Kim.

Treinador: Carlos Carvalhal

O jogo tem início às 15h, no Estádio José Bento Pessoa, na Figueira da Foz, e será arbitrado pelo portuense Jorge Sousa.



FC PORTO: Nuno; Bosingwa, João Paulo, Pedro Emanuel e Marek Cech; Paulo Assunção, Kazmierczak e Mariano González; Tarik Sektioui, Hélder Barbosa e Ernesto Farías.

Outros convocados: Ventura, Stepanov, Lino, Castro, Lucho González, Lisandro López e Adriano.

Treinador: Jesualdo Ferreira

GIL VICENTE: Paulo Jorge; Paulo Arantes, Pedro Ribeiro, Diego Gaúcho e João Pedro; Zezinho, Filipe Fernandes, Luis Coentrão e Luis Miguel; Hermes e Maciel.

Outros convocados: Hugo Marques, Óscar, Tiago André, Bruno Filipe, Zongo, Valnei, Luis Manuel e João Vilela.

Treinador: Paulo Alves
O jogo tem início às 18:30, no Estádio do Dragão, no Porto, com arbitragem de Paulo Pereira, de Viana do Castelo.
BENFICA: Butt; Luís Filipe, Edcarlos, Zoro e Sepsi; Binya, Maxi Pereira e Nuno Assis; Di María, Freddy Adu e Óscar Cardozo.
Outros convocados: Moreira, Nélson, Katsouranis, David Simão, Rui Costa, Makukula e Mantorras.
Treinador: José António Camacho
MOREIRENSE: Rui Marcos, Tiago Lopes, João Duarte, Hélio e Serafim; César Marques, Bino e Rui Borges; Nuno Fonseca, Luisinho e Cascavel.
Outros convocados: Ricardo, Tiago, Miki, Jonas, Marquinho, Quim e Artur Jorge.
Treinador: Daniel Ramos
O jogo inicia-se às 19:45, no Estádio da Luz, em Lisboa, com arbitragem de Elmano Santos, do Funchal.
SPORTING: Rui Patrício; Abel, Gladstone, Tonel e Ronny; Adrien, Pereirinha, Farnerud e João Moutinho; Liedson e Tiuí.
Outros convocados: Stoijkovic, A.Polga, Grimi, Miguel Veloso, Izmailov, Romagnoli e Purovic.
Treinador: Paulo Bento

ESTRELA DA AMADORA: Pedro Alves; Rui Duarte, Wagnão, Maurício e Hélder Cabral; Fernando, Celestino, Vítor Moreno e Mateus; Mendonça e Anselmo.
Outros convocados: A lista de convocados só hoje é divulgada.
Treinador: Daúto Faquirá

O encontro realiza-se às 20:45, no Estádio Alvalade Século XXI, em Lisboa, com arbitragem do também lisboeta Duarte Gomes, e terá honras de transmissão televisiva, na SIC.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

PARABÓLICA

Uma Parabólica com golos menos espectaculares em relação ao habitual mas, ainda assim, com alguns bons momentos.

PS: O golo do PSG faz-me lembrar os meus tempos de jogador... :)


ACADÉMICA E BOAVISTA EMPATAM... COM CABEÇA!




Está concluída a jornada 20 da Liga Portuguesa. Académica e Boavista empataram a uma bola, no Estádio Cidade de Coimbra, com 4650 espectadores presentes, o que é óptimo, se atendermos ao facto do jogo ser disputado a uma segunda-feira à noite e com transmissão televisiva, ainda que em canal codificado.
Quem, como eu, teve oportunidade de assistir à partida, ao vivo, não terá ficado com grandes saudades do espectáculo, uma vez que, em termos de qualidade de futebol jogado, este deixou muito a desejar... Ainda assim, existe uma atenuante para tal facto, e que tem que ver com a posição de ambas as equipas na classificação, ainda longe dos lugares tranquilos e por isso, qualquer ponto conquistado acaba por ser positivo, especialmente quando se trata de dois adversários que lutam, actualmente, pelos mesmos objectivos, no caso, a manutenção.
Com um domínio repartido ao longo de todo o encontro, foram os estudantes que mais vezes se acercaram com algum perigo da baliza de Petr Jehle, sem, no entanto, conseguirem chegar ao golo, fruto da muita ineficácia dos seus elementos mais adiantados. O Boavista espreitava o erro do adversário, e só em contra-ataque pôs à prova Pedro Roma que, quando foi chamado a intervir, fê-lo sempre a preceito.
Lógica conclusão deste conjunto de factores foi o nulo que se verificava ao intervalo, resultado perfeitamente adequado àquilo que se passou nos primeiros 45 minutos. Para a etapa complementar, ambos os técnicos jogaram as suas armas, na tentativa de darem mais acutilância aos sectores ofensivos das suas equipas, e nesse sentido, os estudantes implementaram melhor as ideias de Domingos Paciência, já que, jogaram muito mais tempo no meio campo adversário, criando mais problemas à defensiva boavisteira que ía resolvendo os problemas como podia. Mas, à passagem do minuto 58, após canto da direita de Vitor Vinha, Orlando, ao segundo poste devolve a bola para o centro da área onde, o seu parceiro de sector, Kaká, de cabeça, abre o activo. Ainda os da casa festejavam o tento alcançado quando, no ataque imediatamente seguinte, os axadrezados chegavam ao empate, também de cabeça, por intermédio de Mateus que respondeu de forma fulminante a um cruzamento da esquerda de Luís Loureiro. Estávamos, por esta altura, a meia hora do final da partida e, diga-se, durante esse período, a Académica foi a equipa que mais procurou o golo que lhe valesse a conquista dos 3 pontos, mas nem sempre as jogadas de ataque foram bem jizadas, e o tento da vitória acabou por não aparecer.
O resultado acaba por se ajustar ao desenrolar dos 90 minutos, e o Boavista acaba por ser a equipa mais satisfeita com o ponto conquistado.
A arbitragem de Lucílio Baptista foi de altíssimo nível, sendo que para isso muito contribuíram os jogadores de ambos os lados, que pouco trabalho deram ao juíz setubalense.

FICHA DE JOGO:

Estádio Cidade de Coimbra, em Coimbra

ÁRBITRO: Lucílio Baptista, de Setúbal

ACADÉMICA: Pedro Roma; Pedrinho, Orlando, Kaká e Vitor Vinha; Pavlovic, Nuno Piloto, Cris e Ivanildo; Lito e Edgar.

SUPLENTES: Ricardo, Markus Berger, Paulo Sérgio, Luís Aguiar, William Tiero, Miguel Pedro e Joeano.

SUBSTITUIÇÕES: Pavlovic por Paulo Sérgio (30m), Ivanildo por Miguel Pedro (ao intervalo) e Lito por William Tiero (69m).

TREINADOR: Domingos Paciência


BOAVISTA: Petr Jehle; Bruno Pinheiro, Moisés, Marcelão e Brayan Angulo; Luís Loureiro, Fleurival e Jorge Ribeiro; Laionel, Mateus e Charles Obi.

SUPLENTES: Carlos, Ricardo Silva, Gilberto, Diakité, Hussaine, Zé Kalanga e Fary.

SUBSTITUIÇÕES: Bruno Pinheiro por Hussaine (23m), Charles Obi por Zé Kalanga (ao intervalo) e Laionel por Gilberto (65m).

TREINADOR: Jaime Pacheco


DISCIPLINA: Cartão amarelo a Bruno Pinheiro aos 14m, a Vítor Vinha aos 26m e a Moisés aos 88m.

MARCADORES: Kaká, aos 58m e Mateus, aos 60m.

ROLABOLA - JORNADA 26 -

BOLETIM:

1. West Ham - Chelsea

2. Bolton - Liverpool

3. Schalke 04 - Bayern Munique

4. Lille - Lyon

5. Nápoles - Inter

6. Espanhol - Valência

7. Corunha - Sevilha

8. Atlético Madrid - Barcelona

9. Boavista - FC Porto

OLHÓGOLO:

10. Sporting - Benfica

MARCADOR DE SERVIÇO:

OLHÓGOLO MVP:

Prazo: Sábado, 12h00

ROLABOLA

Resultados e Marcadores:

Newcastle 1-5 Manchester United
(Faye; Rooney (2), Ronaldo (2), Saha)

Reggina 2-1 Juventus
(Brienza, Amoruso; Del Piero)

Sampdória 1-1 Inter
(Cassano; Crespo)

Bilbao 1-2 Villarreal
(Llorente; Nihat, Capdevilla)

Osasuna 3-1 Atlético Madrid
(Sola, Vela, Font; Forlan)

Toulouse 0-0 Marselha

Leverkusen 1-0 Schalke 04
(Friedrich)

Benfica 1-1 Braga
(Luisão; Zé Manel)

Setúbal 1-0 Sporting
(Bruno Ribeiro)

OLHÓGOLO:

Académica 1-1 Boavista (Kaka, Mateus)

OLHÓGOLO MVP: Moisés (Boavista)

PONTUAÇÕES:

Neves: 24+3=27
Faustino: 8
Gonçalo: 6
André Braz: 17
Faria: 13
Doc: 17
Zé Boinas: 11
Eduardo: 6
João Araújo: 3
Miguel Braz: 20
Pele: 6
Vitinho: 17
Bruno Rocha: 22
Cristina: 9
Sérgio Gouveia: 16

Palpites da Jornada:

Vitinho: Toulouse 0-0 Marselha
Bruno Rocha: Benfica - Braga (x)

CLASSIFICAÇÃO:

1º DOC 434
2º Pedro Faria 404
3º André Braz 400
4º Zé Boinas 397
5º Vitinho 392
6º Sérgio Gouveia 386
7º Bruno Rocha 380
8º Pele 366
9º João Araújo 364
10º Miguel Braz 350
11º Cristina 348
12º Neves 337
13º João Faustino 309
14º João Marques 294
15º Eduardo Marques 264
16º G. Seco 208

ANÁLISE:

- É verdade que não ganhou a jornada mas continua em grande forma o líder do Rolabola. Doc ganhou pontos aos concorrentes mais directos e está mais perto do título. Ainda assim, estou convencido que há jogadores que ainda farão um derradeiro ataque nas últimas jornadas.

- Palavra de destaque para Miguel Braz e Neves. Ambos começaram muito bem o jogo mas tiveram uma quebra que significou praticamente o afastamento pelos lugares do pódio. Ainda assim, nesta jornada mostraram que querem acabar de uma forma mais digna este Rolabola.

- Pela negativa, destaque para as fracas pontuações de Gonçalo Seco, Cristina, Pelé, Faustino, Eduardo e João Araújo. Alguns destes participantes foram alvo de elogios na semana passada. Parece que a "fama" subiu-lhes à cabeça. Toca à trabalhar faz favor...
Uma palavra também para a nossa participante feminina, Cristina Falcão, que depois de ter conseguido a enorme proeza de me ter ultrapassado, voltou a cair na tabela e tem perdido gás. Mesmo assim, não deixa de ser muito positiva a prestação da mesma. Que nos continue a surpreender até final mas, nada de ultrapassagens bruscas...

- Amigo Faustino, a ideia do jantar está a ser pensada pelos organizadores do blog já há algum tempo. Estamos também a pensar dar uma pequena lembrança ao vencedor do Rolabola. Em relação a estes dois assuntos, mais tarde daremos informações mais específicas.

Saudações a todos os participantes e boas apostas!

PS: Pelé e Eduardo, voltaram a perder. Onde é que é o jantar? ;)

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

UNIÃO DE LEIRIA: QUE FUTURO?









São de profunda crise, os tempos que se vivem em Leiria. Com o clube à beira do abismo no plano desportivo, consumada que está, praticamente, a descida à Liga de Honra, também na óptica administrativa o emblema leiriense já viveu melhores dias.
Depois de um incío de época abrilhantada pela participação na Taça Intertoto, e pela presença na primeira eliminatória da Taça Uefa, onde foi derrotado pelo Bayer Leverkusen, numa eliminatória onde, no conjunto das duas mãos, a turma então orientada por Paulo Duarte, demonstrou uma grande atitude, e grande qualidade individual e colectiva, a equipa caíu num fosso sem saída, que terminará, mais que provavelmente no Liga Vitalis, com diminutas perspectivas de regresso ao convívio entre os grandes do futebol português num futuro próximo.
Assim sendo, é de todo pertinente tentar perceber o porquê desta situação, numa colectividade relativamente recente, com "apenas" 42 anos de história mas que, ao longo, essencialmente, da última década, habituou todos os amantes da redondinha a bom futebol, a campeonatos tranquilos, e até a presenças regulares nas competições europeias.
Começando pelo topo da hierarquia, há que destacar o grande trabalho desenvolvido pelo presidente João Bartolomeu, que chegou à presidência em 1987, e muito fez para que o clube subisse, degrau a degrau até à primeira divisão, depois de muitos mas bons anos na extinta II Divisão. Posto isto, a criação da SAD, em 1999, e respectiva profissionalização do clube, a construção do estádio, a recente e moderníssima Academia UDL, tudo isto são pontos que jogam a favor do trabalho deste empresário que um dia chegou à presidência do clube, e que hoje acumula essas funções com as de presidente da própria SAD.
Como a alta roda do futebol profissional, nos dias que correm, exige altos montantes financeiros envolvidos em tudo um pouco, João Bartolomeu rodeu-se sempre de pessoas ou instituições com capacidade financeira para fazer frente às adversidades, e o que é certo é que, nos últimos anos, têm sido bastantes as "exportações", quer de jogadores, quer de treinadores, para clubes de maior nomeada, quer para o estrangeiro. Porém, todas estas "remodelações" pelo próprio operadas, provocaram diversas ondas de choque na cidade, que, a cada dia que passou, se alheou cada vez mais da equipa de futebol, tendo hoje por hoje, uma das piores médias de assistência no seu recinto, no moderníssimo e funcional Dr.Magalhães Pessoa.



Muitos "forasteiros" questionam a razão de tal confrangedorismo e, muitos habitantes e naturais de Leiria são incapazes de responder. "Não gosto de futebol", dizem uns, "Estou farto de vigaristas", rematam outros, "O futebol já deu o que tinha a dar", finalizam ainda.
Pois bem, me parece de todo pertinente analisar esta questão a fundo, para depois olharmos o plano meramente desportivo, onde aí aparecerão treinadores, jogadores, empresários, e outros que tais...
É completamente absurdo afirmar-se que Leiria é uma cidade que não gosta de futebol. Recordo-me, em tempos que já lá vão, finais da década de 80, e toda a época de 90, de assistir, ao vivo, a quase todos os jogos do União, no antigo estádio, a deslocações por esse Portugal de norte a sul, com milhares (e escrevo bem, milhares) de adeptos a apoiarem a equipa, ainda que estivesse em disputa, à época, a II Divisão Nacional, com claros objectivos de subida, ano após ano. Logo, estou em crer que, quanto a este aspecto estamos conversados...
Então e o que é feito desses adeptos, perguntarão?
Fácil... Desligaram-se, por completo da relação de amor que tinham pela equipa, não que ainda não sofram pelo clube, mas porque, as pessoas que o lideram, não lhes oferecem qualquer tipo de credibilidade.
Chegámos ao ponto crítico e, quanto a mim, ao cerne da questão!
Foi a ausência de ligação que os responsáveis pelo clube, época após época, tiveram com os sócios e adeptos que fez com que estes deixassem de acreditar na sobrevivência do clube, e daí nasceu o respectivo afastamento de toda a cidade, eu diria.
Pouco há a fazer para inverter tal tendência, e talvez mesmo a única solução passe pela remodelação completa das pessoas que lideram o clube e a SAD, por forma a que os habitantes da cidade possam voltar a acompanhar a equipa, quer em casa, quer fora, e que reavivem o espírito já existente no próprio clube, mas que cada vez mais desaparece nos dias que correm.
Com pouco mais de um milhar de sócios pagantes, com pouco mais de meio milhar presentes nos jogos caseiros, com a equipa de futebol cada vez mais na cauda da tabela classificativa, com a descida à Liga de Honra, dez anos depois, praticamente consumada, impõe-se a pergunta: QUE FUTURO PARA A UNIÃO DESPORTIVA DE LEIRIA?

Estão marcadas para Abril as eleições para a direcção do clube, e aí, mais que provavelmente só haverá uma lista a sufrágio, presidia por João Bartolomeu, que se apresta para cumprir o seu último mandato, como o próprio já teve oportunidade de afirmar publicamente.

Assim, e com a manutenção de toda a estrutura profissional da SAD, é de esperar que o clube aposte forte na próxima temporada para regressar ao principal escalão do futebol português.
Neste prisma, aguardar-se-á, com alguma ansiedade a chegada da nova época desportiva, para que, a equipa possa voltar a dar alegrias aos seus adeptos. Mas será que algo mudará, na relação CLUBE-CIDADE? Não creio... Tudo continuará na mesma, repito, até novas caras aparecerem, e terem a credibilidade suficiente para, junto dos adeptos, voltar destes a nutrir total simpatia e apoio.

Então e como tudo isto aconteceu ao clube?

Mais uma questão de fundo, que por muitos é debatido, mas não por todos é acertada.
Se com a visão directiva que em cima apresentei, as coisas piroraram nos últimos tempos, olharei agora ao plano mais desportivo, para tentar verificar o grave da coisa...

Os últimos anos foram bastante proveitosos para o clube leiriense, não só em termos de resultados desportivos (o objectivo da permanência garantido em bom tempo, as constantes classificações europeias, o bom futebol apresentado, etc), mas também em exportação de jogadores e até treinadores. Com grandes executantes que saltaram para a ribalta do futebol nacional (Derlei, Maciel, Hélton, Tiago, Nuno Valente, Éder Gaúcho, João Paulo, entre outros), e com o estandarte José Mourinho, esse tal que é por muitos considerado o melhor treinador do Mundo, o Leiria foi, nos últimos anos, um autêntico viveiro.

Supostamente, todas estas saídas deram lucro ao clube, que foi conseguindo equilibrar as suas contas, e também fazer chegar a Leiria jogadores com qualidade, que acabavam sempre por protagonizar épocas agradáveis, quer a nível individual, quer a nível colectivo.

E o que falhou este ano no conjunto leiriense?

Comecemos pelo início: Paulo Duarte pegou na equipa, preparou-a para uma época tranquila, com várias provas em disputa (Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Taça Intertoto), construíu um plantel com valor, com alternativas válidas para os vários sectores e lugares, e arrancou em grande estilo na Intertoto (primeira competição oficial da temporada), apurando-se para a primeira eliminatória da Taça Uefa, onde foi derrotado pelo Bayer Leverkusen, um clube, em tudo superior ao Leiria, como é sabido, mas onde os seus pupilos foram dignos e saíram de cabeça levantada.
Depois de um início de época que deixou muito a desejar em termos de pontos conquistados, porque as exibições até eram bem conseguidas, passando pela eliminação das Taças (de Portugal e da Liga), o jovem técnico leiriense entendeu por bem pedir a demissão que, primeiramente não foi aceite pela direcção, mas a saída acabou por se tornar inevitável, algum tempo depois. "Só estava lá porque era genro do presidente", ouvia-se, numa clara alusão à relação familiar por demais conhecida entre João Bartolomeu e Paulo Duarte.
Estou em crer, deixando o direito a opinião contrária, que essa relação, ao contrário do que muitos apregoaram, até acabou por prejudicar o jovem técnico e não o inverso.
Quando, e perante um cenário que muitos desconhecem, um balneário é formado por bons atletas mas maus profissionais, é mais fácil saír um do que uma dezena, e a corda esticou pelo lado do treinador.
Injusto, dirão alguns, porque quem o conhece sabe que, Paulo Duarte é um homem com "h" grande, profissional, digno, justo e coerente.
Um dia, José Maria Pedroto afirmou: "Um brasileiro é bom, dois são demais, e três são uma escola de samba". Sem qualquer tipo de chauvinismo, concordo em absoluto.
Perante este cenário o trabalho tornou-se quase impossível, eu diria que, quer com Paulo Duarte, quer com qualquer outro treinador.
Após esta ruptura, eis que regressa a Leiria um homem bem conhecido da casa, no caso, Vítor Oliveira, para tentar inverter o rumo dos acontecimentos.
Sem sucesso algum, já que a equipa afundou-se cada vez mais, e a qualidade de jogo até diminuíu substancialmente.
Em suma, a Liga de Honra é já ali, mas muito mais importante do que lutar pelo regresso à Primeira Liga, será repensar toda uma estratégia de liderança!

E é por aí, na minha óptica, que o Leiria tem que pegar, para se organizar e ter um futuro risonho.

TOTTENHAM VENCE CARLING CUP








Em Portugal só este ano "entrou em vigor", mas em Inglaterra, a Taça da Liga (Curling Cup) é já um ritual antigo.
E depois de tantos títulos ter conquistado ao serviço do Sevilha, qual papa-taças, Juande Ramos voltou a fazer das suas, e anexou mais um troféu ao seu currículo, desta feita no comando técnico do Tottenham, em claro prejuízo do Chelsea, que não conseguiu repetir a façanha do ano anterior onde, com José Mourinho ao leme, havia conquistado esta mesma Taça da Liga.
Foi num repleto Estádio de Wembley que os dois rivais de Londres mediram forças, e à boa maneira inglesa, o jogo foi bastante atractivo, com muitos pontos de interesse, e com lances de parada e resposta, fazendo brilhar, ora cá, ora lá, os guarda-redes de ambas as equipas.
Mas, como em qualquer grande equipa, os grandes jogadores aparecem nos momentos decisivos, e sem muito o fazer prever, o Chelsea chegou à vantagem, fruto de um grande golo de Didier Drogba, na conversão de um livre directo.
A turma do norte de Londres não se deixou atemorizar, e durante a segunda metade, já bem perto do final do encontro, beneficiou de uma grande penalidade, que Dimitar Berbatov não desperdiçou, deixando tudo adiado para o prolongamento.
E aí, com um Chelsea super ofensivo (Avram Grant não pediu licença para pôr "a carne toda no assador"), mas sem frieza na hora da finalização, os Tottenham quase que foi convidado a resolver a final a seu favor quando, após um livre de Jermaine Jenas, Petr Cech não foi feliz na forma como abordou o lance, e ao tentar socar a bola, colocou-a direitinha na cabeça de Woodgate que, não se fez rogado e atirou a contar.
Até final dos 120 minutos os blues deram tudo na busca do empate mas, ora por inoperância ofensiva, ora por mérito dos defensores contrários, o resultado manteve-se inalterado, e o Tottenham Hotspurs levantou o troféu, pelas mãos do seu regressado capitão Ledley King.
Avram Grant não conseguiu o seu primeiro troféu ao serviço do Chelsea, ao passo que Juande Ramos volta a entrar na galeria dos notáveis, conquistando o sexto trofeú num reduzido espaço de tempo, desta feita no comando técnico do Tottenham.
Honra lhe seja feita, portanto...

PS - Mesmo depois da saída de José Mourinho do comando técnico do Chelsea, ainda continua a haver muitos amantes dos "blues" em Portugal. Para eles, aos quais me junto, porque também lhes pertenço, um forte abraço de solidariedade, nesta hora particularmente difícil.
Já para os seguidores dos "spurs", também no nosso País, e não sendo preciso procurar muito para os encontrar, os meus sinceros PARABÉNS, já que, assumir a derrota é uma grande virtude!


Bwin Liga: Sporting e Benfica voltam a marcar passo

Mais uma jornada sem sabor para os grandes de Lisboa. Apesar de haver algum mérito do Braga e principalmente do Setúbal, a verdade é que o futebol praticado por Sporting e Benfica deixa muito a desejar. É certo que ambos os conjuntos tentaram e lutaram para alcançar os três pontos mas, para ser muito sincero, continua a ser muito pouco o futebol praticado pelos mesmos.

Em relação ao jogo da Luz, num plano de comparação com aquilo que se tem visto, é óbvio que a equipa esteve uns furos acima. Agora, daí a dizer que o Benfica teve azar ou está no bom caminho se continuar a jogar desta forma vai uma enorme distância. É inacreditável como é que qualquer equipa que jogue no Estádio da Luz consegue entrar nos jogos de forma tranquila, a controlar o jogo e a posse de bola, a criar situações de golo; e tudo isto perante uma enorme passividade do clube "encarnado". Falta capacidade de pressão, tranquilidade, sentido de orientação e entreajuda dentro de terreno de jogo... falta fundamentalmente classe a esta equipa do Benfica.
Efectivamente, uma equipa que quer ser campeã em Portugal e quer ter dimensão na Europa não pode querer fazer passar aos adeptos que por se ter esforçado mais na segunda parte e por ter tentado tudo de forma desesperante nos últimos minutos de jogo que é suficiente para ganhar uma partida de futebol e afastar qualquer cenário de crise. Assim sendo, justo ou injusto, o que é para mim claro é que com este sistema de jogo pouco dinâmico e altamente aborrecido, com um ataque em que para além de ser mal servido não tem capacidade de pressão e, exceptuando Di Maria, velocidade e com um onze em que há vida no lado esquerdo e há um deserto de ideias no lado direito... meus amigos, não se pode pedir muito mais.

No que diz respeito ao jogo de Setúbal, apesar de o ter visto de forma intermitente, parece-me que o empate seria o resultado mais justo. Para sermos honestos, não podemos esquecer os minutos iniciais do encontro em que o árbitro auxiliar de Olegário Benquerença anulou de forma incrível um golo limpo a Tonel. Obviamente que o Sporting não se pode agarrar a este aspecto já que tinha todo o jogo pela frente e, como tal, obrigação de fazer mais e melhor mas o que é certo é que para uma equipa que tem tido dificuldades a jogar fora de casa, naturalmente que ter um golo mal anulado logo nos minutos iniciais faz muita diferença.
Tal como o disse em relação ao Benfica, apesar de vislumbrarmos maior qualidade no jogo do Sporting com mais nervo nas transições ofensivas e uma pressão mais intensa sobre o portador da bola, o que é certo é que continua a ser pouco tendo em conta a dimensão do Sporting. Em determinadas alturas, podemos estar de acordo que a equipa de Paulo Bento não tem tido sorte. Basta ver a forma como o Setúbal chegou ao golo para comprovarmos isso mesmo. O problema é que a sorte também se procura e, na minha opinião, salvo um ou outro lance de maior frisson na segunda parte, o guarda-redes Eduardo teve praticamente uma tarde-noite tranquila. Nesse contexto, mais do que queixar-se da arbitragem ou da infelicidade, o Sporting tem é de queixar-se de si próprio já que, com todo o respeito pelo Setúbal, um outro Sporting teria tido muito maior capacidade para virar este encontro.
Mais do que falar naquilo que faltou ao Sporting, importa realçar a postura deste Vitória de Setúbal. Creio que não fez aquela exibição de encher o olho, também é verdade que foi feliz na forma como não sofreu aquele golo anulado e na forma como chegou ao golo mas o que realmente ficou na retina foi a capacidade de sofrimento dos vitorianos e a postura correcta com que esteve em campo já que respeitou o adversário e, em situação de vantagem, deu a iniciativa ao Sporting e procurou explorar o contra-ataque. Atendendo às armas que dispõe, tendo em conta os problemas que teve ao nível de salários e também ao nível das perdas que Carvalhal conheceu neste mercado de Inverno, não deixa de ser notável aquilo que o técnico português tem feito no clube sadino. Estar nos quartos-de-final da Taça de Portugal, ter chegado à final da Taça da Liga eliminando, entre outros, Benfica e Braga; ter conseguido duas vitórias e um empate contra o Sporting... perante este cenário, não há muito a dizer do brilhantismo com que o Vitória de Setúbal tem caminhado na presente temporada.

Se os do Norte podem encomendar as faixas e dar-se ao luxo de descansar jogadores para atacar a Liga Milionária, já os dois grandes de Lisboa vão ter de trabalhar muito para continuar a levar gente aos Estádios. A continuar assim, quem sabe se não é o Guimarães quem ri melhor.

domingo, fevereiro 24, 2008

SÁBADO DE LUXO!



Este Sábado, posso dizer, tive o prazer de estar colado à televisão a ver futebol. Comecei no Newcastle - Manchester e depois estive em simultâneo no Porto - Paços de Ferreira e no Sevilha - Zaragoça.
Começando por Inglaterra, tivemos aquilo que, se Alex Ferguson quisesse, podiamos ter tido na Liga dos Campeões frente ao Lyon: espectáculo, golos, uma equipa totalmente vocacionada para o ataque e mais um recital de Rooney e Ronaldo. Percebo que o escocês jogue com mais preocupações defensivas na liga milionária mas, na minha opinião, a equipa está completamente rotinada para jogar no 4-2-4 e é assim que deve jogar seja contra quem for. Assim sendo, mais uma vitima e mais dois golos do melhor do Mundo.

Passando para Espanha, mais uma alegria do "meu" Sevilha. Se o Manchester é muito ofensivo,então que dizer deste clube andaluz que joga num sistema igual ao do United, sendo que neste jogo frente ao Zaragoça os dois laterais (Adriano e Dani Alves) mais pareciam dois extremos. O Sevilha pode não ser tão regular como o Barcelona e (principalmente) o Real mas procura quase sempre dar espectáculo e mostrar um futebol de ataque.
O clube sevilhano está em franca recuperação na tabela classificativa e está concentrado em fazer história na Liga dos Campeões. Quanto a mim, Porto e Sevilha podem ser as surpresas nesta Champions.
Em relação ao jogo frente ao Zaragoça, foram cinco golos sem resposta mas poderiam ter sido muito mais. Luis Fabiano continua a mostrar a sua veia goleadora; Kanouté continua a revelar-se muito inteligente na forma como combina com o seu companheiro; Daniel Alves continua a justificar a titularidade na selecção brasileira; e Capel continua a ser a revelação desta liga espanhola. Sinceramente, por aquilo que havia visto no Mundial de Sub-20, não me surpreendeu esta ascensão do extremo-esquerdo espanhol à primeira equipa do Sevilha. Temos ali o novo Ryan Giggs.
Para terminar o tema Sevilha, digo com toda a convicção que o Fenerbhace vai cair nos oitavos. E a seguir que venha o Chelsea para levarem um banho de bola...

Por último, referência também à vitória tranquila do Porto frente ao Paços de Ferreira. Apesar de uma primeira parte pouco conseguida, os "dragões" melhoraram na segunda parte e arrancaram para mais uma vitória na liga. Mais uma vez, Lisandro Lopez e Lucho González tiveram simplesmente brutais. É impressionante a regularidade destes dois jogadores e a forma como ambos jogam entre si de "olhos fechados". Dois golos de Lisandro e duas assistências de Lucho fizeram, mais uma vez, com que estes fossem as grandes figuras do jogo. Como adepto argentino que sou, espero bem que o seleccionador celeste esteja atento ao futebol português porque estes dois, nesta altura, têm lugar de caras na selecção. Chamem-me o que quiserem mas, hoje por hoje, não trocava Lucho González por Riquelme. É verdade que o "10" do Boca é um jogador extraordinário, com uma grande qualidade de passe e muito forte nos lances de bola parada mas também é verdade que a sua condição física deixa muito a desejar comparativamente aos grandes médios que jogam na Europa.
Não sou portista mas, estando o campeonato decidido e não tendo necessariamente de torcer para que o Porto perca, é um regalo para os olhos ver o futebol que Lucho, Lisandro, Farias, Quaresma e Bosingwa praticam.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

UMA VERGONHA



Perante a exibição miserável (mais uma) que tivemos em Nuremberga, só me resta entrar em blackout, isto para não baixar o nível deste blog. Não vou falar sobre o jogo nem sobre as inacreditáveis opções de José António Camacho. Também não quero falar sobre aquela espécie de jogador que anda pelo lado direito da defesa do Benfica porque, muito sinceramente, a culpa não é dele.
Há uns dias falei no Mundo da Bola sobre a possibilidade de Scolari ser o novo treinador do Benfica na próxima época. Afinal, a noticia parece ter algum cabimento. É que, perante uma paupérrima exibição em Nuremberga e, com tanta sorte à mistura no final da partida, quase que diria que nesta equipa já há dedo do brasileiro.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Champions: Bom resultado em França mas...

Lyon 1-1 Man Utd



Se olharmos estritamente para o resultado, é claro e inequívoco que o Manchester deu em França um passo muito importante para a resolução da eliminatória. Se marcar fora é sempre positivo, marcar tantos golos quanto o adversário, não sendo uma vitória, deixa desde logo a eliminatória no lado de quem joga a segunda mão na qualidade de visitado. Neste sentido, o Manchester cumpriu a sua missão e só uma noite transcendental do Lyon - sinceramente não acredito - é que poderá fazer pender a balança para o lado francês.

No que diz respeito ao jogo jogado, diria que o Manchester esteve muitos furos abaixo daquilo que já habituou os adeptos de futebol. Naturalmente que o adversário tem muito valor (isto apesar de estar mais fraco comparativamente às últimas temporadas) mas, muito honestamente, creio que se o United interpretasse este jogo de outra forma, talvez tivesse sentenciado de vez estes oitavos-de-final.
Alex Fergusson optou por apresentar uma equipa com mais força ao nível do meio-campo. O habitual 4-2-4 (ou 4-4-2 se preferirem) deu lugar a um 4-3-3 com um miolo composto por Hargreaves, Anderson e Paul Scholes. Percebo perfeitamente a opção de Sir Fergusson já que na Liga dos Campeões todo o cuidado é pouco e o facto de serem jogos com duas mãos permite aos "red devils" actuar de uma forma mais cautelosa fora de portas para, em casa, resolver de vez a contenda. O que se passa é que esta maneira mais defensiva de entrar em campo, dando maior iniciativa de jogo ao adversário na tentativa de explorar o contra-ataque, não está, de todo, no sangue da equipa. Um pouco à imagem do FC Porto, sempre que o United se mascara de equipa defensiva, esta tem muitas dificuldades em fazer o seu jogo. Com efeito, o Manchester tem sempre mais problemas se tiver de correr atrás do resultado.
Para quem teve a oportunidade de ver o jogo, o Lyon teve sempre muito respeito em relação ao Manchester e mostrou-se sempre mais preocupado em não sofrer golos do que propriamente em marcá-los. Imaginem no que poderia ter acontecido se o Manchester entrasse em campo na sua forma habitual e, desde o primeiro minuto, impusesse o seu futebol. Basta ver que quando se encontrou em desvantagem, Alex Fergusson lançou para a partida Tevez e Nani, passou a jogar no seu habitual sistema e, inerentemente a tudo isso, o Lyon sentiu, desde logo, muitas dificuldades. É verdade que não tivemos muitas oportunidades de golo por parte do conjunto inglês mas o que é certo é que o volume ofensivo foi outro e daí à igualdade foi como um estalar de dedos.

Não crítico a opção de Fergusson mas a verdade é que normalmente quando esta equipa se mostra satisfeita com a igualdade tem dissabores. Ainda na última temporada tivemos um Manchester retraído em Milão e todos sabemos os efeitos desse baixar das linhas. Toda a gente respeita o Manchester United. É, de longe, a equipa que melhor futebol pratica no Mundo e já nos habituou a jogar sempre com os olhos postos na baliza. No meu entender, mudar esta filosofia é dar tiros nos próprios pés. Percebo que o resultado fora seja importante mas mesmo que este atrevimento seja maléfico ao nível do resultado, Fergusson e companhia nunca se podem esquecer que há sempre o teatro dos sonhos para rectificar. E todos nós sabemos que, num dia bom, o Arsenal pode levar quatro ou a Roma sete. Portanto, há que "salir a ganar" seja fora seja em casa.

PS: Karim Benzema está feito jogador. Conheci-o como extremo onde lhe detectava uma qualidade técnica e uma velocidade de execução muito interessante. Hoje em dia é um jogador mais perto da área e que joga mais em zonas centrais. Não recorre tanto à capacidade técnica, prefere mais a espontaneidade de remate e a explosão rumo à área. Já se percebeu que, à mínima oportunidade, é letal. Sem dúvida, um jogador de grande futuro, talvez o sucessor de Titi Henry.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Champions: Porto perde em Gelsenkirchen



Esperava-se mais do Porto em Gelsenkirchen. Mais, creio que a estratégia de Jesualdo Ferreira falhou completamente. Não estando em causa o apuramento - o Porto é superior a este conjunto alemão -, a verdade é que a equipa portuguesa deixou muito a desejar na forma como demorou a entrar na partida, revelando talvez um desconhecimento em relação ao estilo e maneira de jogar deste Schalke. Um bom planeamento de jogo era meio caminho para perceber que Quaresma, contrariamente àquilo que faz em Portugal, teria de defender mais e estancar as investidas de Rafinha; depois, Lucho teria que actuar como interior direito e Meireles na sua habitual posição já que o português defende mais e bem melhor que Lucho e seria muito mais útil na ajuda a Fucile. Por outro lado, Westermann, um adaptado lateral esquerdo, não teria tanta propensão ofensiva, o que permitia ao argentino jogar com maior liberdade e menor preocupação defensiva.
A todos estes pormenores, importa também salientar o posicionamento de Lisandro Lopez. A ausência de Bosingwa condicionou e muito o rendimento do argentino, principalmente no primeiro tempo. Tivemos um "Lixa" muito aberto na ala e muito distante de Ernesto Farias. Ora, os movimentos interiores são precisamente os pontos fortes de Lisandro e isso nunca aconteceu neste jogo, pelo menos enquanto esteve na posição de extremo-direito. É óbvio que é mais fácil analisar e criticar no final da partida mas, com a ausência de José Bosingwa, seria de todo lógico a inclusão de Tarik - para dar dimensão e velocidade a ala - e, inerentemente a isso, a natural inclusão de Lisandro na frente de ataque.

Antes do jogo tinhamos falado da importância de Kuranyi e de Rakitic. Ora, na minha opinião, enquanto tivemos um Schalke dominador, estes dois jogadores foram os mais influentes na equipa germânica.
Kuranyi é um excelente avançado, tem muita mobilidade, facilidade de remate, é bastante forte fisicamente e fascina-me pela sua simplicidade de processos. Desta vez não foi tão influente ao nível do jogo aéreo mas foi o principal desestabilizador no ataque do Schalke.
Quanto a Rakitic, é, quanto a mim, o grande jogador desta equipa. Atenção que estamos perante um jovem de apenas 19 anos mas que tem uma qualidade técnico-táctica extraordinária. Aliás, é perfeitamente invulgar um jovem com tamanha cultura táctica. Rakitic não deslumbrou sob ponto de vista técnico mas foi de uma simplicidade de processos notável. O croata funcionou como um autêntico "vagabundo" e, um pouco à imagem do "nosso" Lucho González, parecia que estava em todo o lado. Possuidor de um excelente domínio de bola, este faz da qualidade de passe - muitas vezes de ruptura - uma das suas melhores armas; além do mais, os movimentos para as laterais deste jogador nunca conseguiram ser resolvidos por Paulo Assunção e, como tal, tivemos um pouco de tudo vindo de Rakitic, incluindo alguns remates perigosos, revelando outra qualidade do croata. Infelizmente para o Schalke, o "miudo" correu muito e cedo se apresentou bastante desgastado, isto numa altura em que o mesmo poderia ser útil para lançar venenosos contra-ataques.


Em suma, pareceu-me que o Schalke 04 foi um justo vencedor, especialmente por aquilo que fez na primeira parte. Já o Porto, sentiu muito a ausência de Bosingwa e pareceu-me demasiado convencido de que era melhor que o seu adversário. Talvez tenha havido algum excesso de confiança e, tal como havia dito anteriormente, um desconhecimento em relação à valia do seu adversário. Agora, para poder seguir em frente, o Porto precisa de entrar forte no Dragão e estar particularmente atento ao contra-ataque do Schalke. Neste aspecto, será necessário vigiar Rakitic e Asamoah, este último um jogador rápido e muito forte fisicamente, especialista em acções de contra-golpe. Mesmo assim, o Porto é superior e, na minha opinião, vai seguir em frente.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

PARABÓLICA

Destaque para mais um grande golo de Roy Beerens e saliência para Mladen Petric, um croata que tem brilhado no Borussia Dortmund e que em breve será alvo de análise no Olhó Player.
João Moutinho e Elias são os "embaixadores" portugueses da Parabólica desta semana.


segunda-feira, fevereiro 18, 2008

ROLABOLA - JORNADA 25 -

BOLETIM:

1. Newcastle - Manchester United

2. Reggina - Juventus

3. Sampdória - Inter

4. Bilbao - Villarreal

5. Osasuna - Atlético Madrid

6. Toulouse - Marselha

7. Leverkusen - Schalke 04

8. Benfica - Braga

9. Setúbal - Sporting

OLHÓGOLO:

10. Académica - Boavista

OLHÓGOLO MVP:

MARCADOR DE SERVIÇO:

PRAZO: Sábado 12h00

ROLABOLA


Resultados e Marcadores:

Manchester Utd 4-0 Arsenal
(Fletcher (2), Nani, Rooney)

Parma 0-0 Milan

Juventus 1-0 Roma
(Del Piero)

Bétis 2-1 Real Madrid
(Edu, Pavone; Drenthe)

Espanhol 2-4 Sevilha
(Luis Garcia, Corominas; Fabiano, Kanouté, Poulsen, Capel)

Saragoça 1-2 Barcelona
(Ricardo Oliveira; Henry, Ronaldinho)

Naval 0-2 Benfica
(Rodriguez, Nuno Assis)

Nacional 1-0 Guimarães
(Oliveira)

Maritimo 0-2 FC Porto
(Lisandro (2), Tarik)

OLHÓGOLO:

Sporting 2-0 Estrela Amadora (Moutinho, Liedson)

OLHÓGOLO MVP: João Moutinho (Sporting)

PONTUAÇÕES:

Neves: 6
Zé Boinas: 17
Pedro Faria: 20
Doc: 19
Miguel Braz: 33+3=36
André Braz: 25
João Araújo: 25
Gonçalo Seco: 27
Faustino: 6
João Marques: 23
Pele: 17
Eduardo: 8
Vitinho: 16
Bruno Rocha: 22
Cristina: 19
Sérgio Gouveia: 27

VENCEDOR DA JORNADA: MIGUEL BRAZ "36 PONTOS"

CLASSIFICAÇÃO:

1º DOC 417
2º Pedro Faria 391
3º Zé Boinas 386
4º André Braz 383
5º Vitinho 375
6º Sérgio Gouveia 370
7º João Araújo 361
8º Pele 360
9º Bruno Rocha 358
10º Cristina 339
11º Miguel Braz 330
12º Neves 310
13º João Faustino 301
14º João Marques 294
15º Eduardo Marques 258
16º G. Seco 202
17º Pedro Rodrigues 199

ANÁLISE:

- Antes de mais, parabéns a todos aqueles que meteram o Liedson como Marcador de Serviço. Foi um excelente golo do "levezinho" que alimentou muita gente com mais 5 pontinhos preciosos.

- Há 3 jogadores em excelente momento de forma: Gonçalo Seco, João Marques e Sérgio Gouveia. Se os dois primeiros lutam desesperadamente para fugir aos lugares de despromoção, já Sérgio Gouveia tem subido na tabela e procura agora "atacar" o top5. Sérgio tem jogado pelo seguro e a verdade é que tem tido palpites acertados, principalmente no olhógolo.

- Faustino e Neves começaram muito bem mas têm vindo a cair na classificação. Ambos a correrem atrás do prejuízo, têm arriscado mais na tentativa de recuperar. Não têm sido feliz...

- Palavra final para João Araújo. É verdade que não está sequer nos 5 primeiros mas tem feito uma segunda volta notável. Acredito que este participante ainda vai dar que falar no Rolabola desta época. Cinquenta e seis pontos de diferença para o lider não é assim tanto. Quem sabe...

MAIS DO MESMO



Mais uma jornada sem novidades. O Porto voltou a passear-se tendo goleado o Marítimo na Madeira com mais dois golos de Lisandro Lopez. Dá gosto ver a dupla Lixa-Lucho a jogar, é impressionante como estes dois argentinos combinam na perfeição. Já o disse e volto a dizer: Lucho González e Lisandro Lopez são, neste momento, jogadores para qualquer equipa do Mundo. Mais, não sei até que ponto era descabido um 4-3-3 na selecção argentina com Riquelme e Lucho no meio-campo a organizarem e um ataque com Lisandro à esquerda, Messi à direita e Tevez ou Aguero na frente de ataque. Nem quero pensar...
Assim sendo, o Porto averbou uma moralizante vitória em vésperas do encontro europeu frente ao Schalke 04. Apesar de achar o conjunto germânico uma excelente equipa - atenção a Kuranyi e a um croata chamado Rakitic -, estou convencido que o Porto vai seguir em frente e, mais do que isso, atendendo ao momento de forma das duas equipas, provavelmente a eliminatória fica já resolvida na Alemanha. É o meu palpite.

Olhando para as prestações de Benfica e Sporting, ambas venceram por dois golos sem resposta mas, muito honestamente, quer uma quer outra equipa mereciam era um "2" numa escala de 0 a 5. Tem alguma desculpa o Sporting que encontrou condições climatéricas bastante adversas e, valha a verdade, as expulsões de dois jogadores do Estrela fizeram com que, objectivamente, o Sporting relaxasse um pouco de modo a gerir o esforço físico.
Já o Benfica, muito sinceramente, não tem desculpa nenhuma. Na ausência por opção de Rui Costa, os outros jogadores tinham a obrigação de mostrar que o futebol "encarnado" não está assim tão dependente do maestro como a imprensa o quer fazer parecer. Ora, a verdade é que este jogo só veio dar razão a esses críticos. É triste ver uma equipa sem velocidade, sem mobilidade e fundamentalmente sem classe. Acho que só faltou jogar Zoro e Edcarlos para a "palhaçada" ser completa.
Em relação a este sistema táctico, continuo sem perceber como é que se pode apostar numa dupla de avançados daquela dimensão sem se jogar pelas alas. Nuno Assis não é um extremo; Cristian Rodriguez parece-me ser mais um médio interior do que propriamente um ala - se repararem, Rodriguez prefere sempre fintar para dentro do que para a linha -; depois, nas laterais, só Léo tenta ganhar a linha de fundo, ainda que, comparativamente com os anos anteriores, se note que o brasileiro está mais comedido em termos ofensivos preferindo garantir a segurança defensiva.
Nota de destaque para Bynia que emprestou alguma força ao meio-campo. O camaronês está, quer queiramos quer não, num patamar acima do que Petit e, como tal, merece nesta altura ser titular.

Mesmo com tão pouco futebol, estou plenamente convencido que Benfica e Sporting vão seguir em frente na Uefa. Provavelmente o conjunto "encarnado" vai sofrer mais que o leonino mas seguramente que a passagem será um dado adquirido para ambos já que Nuremberga e Basileia são das equipas mais fracas que ainda estão em prova na Uefa.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

PREFIRO CAMACHO



Antes de falar sobre o rumor que já ouvi por aí, uma palavra para a prestação das equipas portuguesas:

Braga: Esteve mal em termos defensivos mas tentou fazer golos em Bremen. Naturalmente que uma equipa que falha dois penalties não pode seguir em frente. Além do mais, tantos erros a nível defensivo pagam-se caros. Tem como atenuante o facto de ter jogado frente a um dos candidatos à vitória final da Uefa.

NOTA: (0 a 5) - 2

Sporting: Apesar do Basileia ser uma equipa fraquíssima, o Sporting respeitou o adversário e "fez pela vida". Este era um jogo muito importante para os "leões" e os mesmos, com grande humildade e determinação, fizeram por cumprir o seu papel. Marcaram dois golos mas podiam ter feito mais um ou outro. Ainda assim, missão cumprida e, estou em crer, apuramento garantido.

PS: Atenção que Liedson está a voltar e cuidado com Grimi, um senhor jogador, pelo menos ao nível ofensivo.

PS1: Infeliz Vukcevic que se lesionou por excesso de empenho. Como eu gostava de ver Di Maria a pisar os terrenos que Vuk pisa. Uma ausência importante para os próximos compromissos.

NOTA: 4

Benfica: Exibição ridícula do conjunto "encarnado". Mais, das três equipas que jogaram contra clubes portugueses, não tenho dúvidas em relação ao conjunto mais fraco. Qualquer equipa com um nível semelhante ao Bremen tinha "abafado" este pobre Benfica.
Desculpem alongar-me um bocadinho mais em relação ao Benfica (e ainda não expliquei o porquê do título mas já lá vamos!) mas é que há coisas que têm de ser ditas. Vamos por partes:

1. Senhor Camacho, apesar da dupla Makukula-Cardozo não ser a minha primeira opção, considero que há efectivamente espaço para poder fazer actuar estas duas torres ao mesmo tempo. Naturalmente que não correu bem o jogo a qualquer um deles (apesar do golo de Maku) mas, não se pode colocar em causa uma situação táctica por causa de um mau (e estou a ser simpático) jogo.

2. Sr. Camacho, o Benfica jogou muito mal e, garanto-lhe, não foi por ter actuado num sistema com dois avançados. O Benfica jogou mal porque não teve bola. Desdobremos este ponto 2 para percebermos o porquê do Benfica não ter tido bola:

2.1: Pedir a um jogador de 35 anos que faça aquilo que Gerrard, Lampard, Iniesta, Carrick ou Sneijder fazem é efectivamente pedir muito. Não se pode pedir a Rui Costa que defenda e ataque como se fosse um jovem, ainda por mais se do outro lado estiver um meio-campo que vive da raça e do pulmão. (Muito fez o "maestro")

2.1.1: Jogar com um "velho" que só joga com bola e com um Petit que, neste momento, está com os indices físicos a roçar os 25%, torna-se ainda mais difícil. Petit tentou, esforçou-se, deu tudo o que tinha mas, a verdade é que não teve argumentos nem disponibilidade física para segurar o meio-campo benfiquista.

2.2: Se é verdade que o Benfica não teve meio-campo (principalmente ao nível das transições defensivas), o que não se percebe é o porquê de não ter tido meio-campo ao nível das transições ofensivas. Neste aspecto, aponto o dedo a Camacho. Para os mais atentos, não estarei a fugir à verdade se disser que Luisão e Katsouranis fizeram mais de 30 balões em busca dos avançados. Ora, senhor Camacho, este estilo de jogo já nem em Inglaterra se usa. Foi precisamente no oposto, portanto, com a bola no chão, que o Benfica criou as suas ocasiões de golo. Já agora, é com a "redondinha" junta ao relvado que se consegue extrair o "sumo" de Rui Costa, Rodriguez ou Di Maria.

2.3: Pelo exposto nos pontos anteriores, só posso concluir que o sistema de jogo do Benfica (sem meio-campo, pontapé para a frente e fé em Deus) não é o 4-2-3-1 nem o 4-4-2 mas sim o 5-0-5 à la distrital. É triste mas foi o que tivemos em pleno Estádio da Luz.

Não me querendo alongar em relação ao jogo, gostaria apenas de dizer que o Braga teve mais ocasiões de golo em Bremen do que o Benfica frente ao Nuremberga. Acho que isto diz tudo.
Perante tudo isto, NOTA ZERO PARA O BENFICA E PARA CAMACHO que, muito sinceramente, tem-me desiludido imenso.

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O PROPÓSITO DESTE POST:

Caros leitores, tenho ouvido uns rumores que, muito sinceramente, espero que não se venham a confirmar. Passo a explicar.

- Conforme já tiveram oportunidade de ler aqui no blog, este Benfica não me convence. Acho que a época está totalmente perdida e o segundo lugar seria mesmo um prémio para esta época "encarnada".
No que diz respeito ao trabalho de Camacho, acho que tem sido mau. Como aqui em Portugal as avaliações aos treinadores se determinam ano após ano, o espanhol termina este primeiro ano com nota claramente negativa. É verdade que tem como atenuante o facto de não ter começado a época nem de ter formado este plantel mas, ainda assim, esperava-se muito mais do seu trabalho.

Tendo em conta as recentes declarações de Luis Filipe Vieira onde referiu que o Benfica ia mudar e em vários aspectos, não pude deixar de ligar a um rumor que até pode ter algum fundamento: não sei se tem alguma ponta de verdade ou não mas fico incomodado só de pensar nisto. Ao que parece, SCOLARI PODERÁ SER O PRÓXIMO TREINADOR DO BENFICA. Já se sabe que o brasileiro termina o contrato no final do Europeu, também é sabido do seu interesse em continuar em Portugal (a comer e a ganhar bem), também é do conhecimento geral a sua ideia em prosseguir a sua carreira como treinador de clubes. Mais, a contratação de Makukula (um internacional português) e as recentes declarações de LFV onde a aposta na formação e no mercado português, podendo não ter qualquer ponta de relação com este rumor, o que é certo é que também poderá ter.

Para não prolongar em demasia este post, creio que, perante este cenário, está explicado a escolha do título. É verdade que Camacho não me tem agradado, é também óbvio que a equipa do Benfica está muito mal e, em certa medida, devido a algumas embirrações do espanhol. Uma possível saída de Camacho poderia agradar-me desde que fosse para melhor. Agora, para pior... perdão... para muito pior, prefiro efectivamente o espanhol.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Questão Di Maria



O Benfica entra amanhã em campo frente ao Nuremberga, um adversário que, mesmo estando a passar um mau momento em termos de Bundesliga, não deixa de ser um opositor de respeito. Ainda assim, creio que o Benfica tem mais que obrigação de seguir em frente na Taça.

O propósito deste post incide-se sobre a frente de ataque dos "encarnados". A generalidade dos adeptos gostaria de ver a dupla Makukula-Cardozo em acção; outros preferem o efeito Mantorras no apoio a uma das torres; poucos são aqueles que respeitam a opção de Camacho em colocar Cardozo ou Makukula isolados na frente de ataque tendo o apoio de Rui Costa, portanto, num 4-2-3-1 que é, no fundo, o sistema favorito de José António Camacho.
Antes de dar a minha opinião sobre este assunto, devo dizer que acho muito pouco provável que o técnico espanhol aposte num sistema que contemple dois avançados. Mesmo jogando em casa, mesmo sendo totalmente favorito, Camacho vai querer ter o controlo do jogo a meio-campo, não vai querer correr riscos (entenda-se, sofrer golos) e, com efeito, estou plenamente convencido que apenas um ponta-de-lança terá lugar no onze. Visto estarmos a falar em puras especulações, desde já também digo que Camacho optará por Makukula em detrimento de Oscar Cardozo já que o "português" parece ser mais esclarecido a jogar de costas para a baliza e mais forte que o paraguaio no jogo aéreo, factor determinante para o espanhol frente a um adversário alemão.

Especulações à parte, passo a expor a minha ideia. Entre o 4-2-3-1 e o 4-4-2, confesso que prefiro aquilo que, no fundo, todos os adeptos benfiquistas preferem: a utilização em simultâneo das torres gémeas. Ainda que tenha sido contra o Paços de Ferreira, creio que Cardozo e Makukula mostraram que, no futuro, podem ser uma dupla compatível, bem ao estilo daquela que tivemos no passado, precisamente com João Tomás e o tosco que marcava livres na perfeição, Pierre Van Hooidjonk.
Contudo, no meu entender, acho que dentro do plantel do Benfica há ainda uma melhor solução. No meu ponto de vista, o Benfica precisa de velocidade no ataque. Apesar do meu sistema ideal ser o 4-5-1 (que se desdobra num 4-3-3), gosto de ver equipas a jogar numa táctica com dois avançados. Mais, acho que um 4-4-2 com um avançado mais fixo e um outro mais móvel é o ideal. Olhando por exemplo para o Sporting de Peseiro, quem não se lembra da temível dupla Douala-Liedson onde o primeiro procurava espaços laterais com o intuito de baralhar os defesas e desgastar os mesmos sendo que o "levezinho", numa zona mais de finalização, ocupava-se quase que exclusivamente por terminar as jogadas de ataque da equipa. Passando este exemplo para o outro lado da 2ª circular, tendo em conta as características de Cardozo (e agora Makukula), parecia-me bastante interessante fixar um deles mais no centro do terreno e mais perto da baliza adversária, sendo que, uma unidade móvel (que não Rui Costa como devem calcular) tivesse a tal missão-Douala de desgaste e de abrir os tais espaços para o finalizador.

Ora, falar de velocidade e de quebras nas alas é falar em Di Maria. Para quem está recordado das minhas análises do Mundial de Sub-20, Di Maria deu nas vistas precisamente na frente de ataque ao lado de Sérgio Aguero. Para quem não se lembra, Di Maria começou como suplente nesta selecção mas beneficiou da lesão de Mauro Zarate. Fez um grande Mundial e foi a tal unidade móvel que permitiu a Sérgio Aguero brilhar e fazer golos atrás de golos.
É notório e evidente que Di Maria está a crescer. A adaptação ao futebol português está em progresso e o argentino tem demonstrando nos últimos compromissos que está melhor ao nível do passe. Naturalmente que ainda não está o jogador maduro que o Benfica precisa mas é daqueles que eu particularmente acredito.
Não sei se alguém partilha desta minha opinião mas, tendo em conta o adversário e, mais importante que isso, tendo em conta que em jogos da Uefa é importante jogar em contra-ataque fora de casa, acho que seria uma boa opção conciliar a força e o poder de choque de Makukula ou Cardozo e a irreverência, velocidade e capacidade técnica de Di Maria em zonas de finalização. Quando o Benfica tinha Miccoli (e também Simão), era essa velocidade e mobilidade no ataque que permitia ao clube encarnado jogar em contra-ataque fora de casa e com resultados práticos bastante assinaláveis (Liverpool , por exemplo). No fundo, seria bom para o Benfica e, quem sabe, bom para Di Maria esta alteração do estilo de jogo.

OLHÓ PLAYER "9"

NOME: EDERSON Campos (Nice)
POSIÇÃO: Médio ofensivo



DATA DE NASCIMENTO: 13-01-1986 (22 ANOS)
NACIONALIDADE: Brasileiro
PÉ PREFERIDO: Direito
ALTURA: 1,81
NÚMERO: 10

CLUBES POR ONDE PASSOU:

2004: Juventude
2004-2008: Nice (64 jogos, 10 golos)

EDERSON no Lyon em Junho

- O Lyon já adquiriu o passe deste jovem brasileiro. 15 Milhões de Euros foi quanto o campeão francês teve de desembolsar ao Nice pelo médio brasileiro, sendo que ficará emprestado ao Nice até final da época. Ao que tudo indica, Ederson será o mais provável sucessor de Juninho Pernambucano.

ANÁLISE:

- Esta época já tive oportunidade de assistir vários jogos e resumos do Nice. Confesso que fiquei impressionado com este número 10 brasileiro. Tem feito uma temporada notável no Nice e, a par do costa-marfinense Bakari Koné e do guarda-redes Hugo Lloris, tem sido, sem sombra de dúvidas, o grande responsável pela excelente campanha do Nice no campeonato.
Ederson é essencialmente um médio de ataque. Para o leitor ter uma ideia das características deste brasileiro, comparo-o um pouco a Silas do Belenenses. É um jogador relativamente rápido, muito bom tecnicamente (finta curta) e, à boa maneira brasileira, tem uma excelente visão de jogo, característica essa que tem permitido a Koné isolar-se várias vezes em busca do golo. Recordo-me do jogo do Nice em Marselha onde esta dupla fez o que quis da defesa marselhesa, mostrando que nos jogos mais difíceis quer Koné quer principalmente Ederson não se escondem.
Ederson estava sob alçada do Manchester United e do Real Madrid mas escolheu o Lyon, talvez pelo facto de já estar há muitos anos em França e, por conseguinte, bastante familiarizado com o futebol lá disputado. Não tenho dúvidas que será uma mais valia para o Olympique até porque, quer queiramos quer não, Juninho não vai durar sempre e a sua idade começa a traduzir-se numa menor disponibilidade física.

VÍDEO:

1. Grande golo de Ederson frente ao Mónaco



2. Ederson marca à sua futura equipa

terça-feira, fevereiro 12, 2008

PARABÓLICA


ROLABOLA - JORNADA 24 -

BOLETIM:

1. Manchester United - Arsenal* (Taça de Inglaterra)

2. Parma - AC Milan

3. Juventus - Roma

4. Bétis - Real Madrid

5. Espanhol - Sevilha

6. Zaragoça - Barcelona

7. Naval - Benfica

8. Nacional - Guimarães

9. Marítimo - FC Porto

OLHÓGOLO:

10. Sporting - Estrela Amadora

* conta o resultado no final dos 90 minutos

ATENÇÃO: PRAZO ATÉ ÀS 20h20 de SEXTA-FEIRA (devido ao jogo Marítimo - Porto)