domingo, junho 29, 2008

ROLABOLA EURO 2008 - FINAL

Resultados e Marcadores:

1. Alemanha 0-1 Espanha
MVP: Torres

Pontuações:

Neves: 25+3=28
Seco: 10
Araújo: 5
Cristina: 5
André Braz: 10
Miguel Braz: 15
Carlos Coelho: 5
Pele: 10
Faria: 10
Rocha: 15
Vitinho: 20
Sérgio: 5
Letícia: 5

VENCEDOR DA JORNADA: Pedro Neves "28 pontos"

APOSTA ESPANHA:

Araújo: 12
Faustino: 12
Miguel Braz: 12
Nuno Matos: 12
Filipe Costa: 12

APOSTA MELHOR MARCADOR:

Bruno Rocha: (David Villa) - 10 pontos

CLASSIFICAÇÃO FINAL:

1º VITINHO 100 PONTOS
2º Neves 79
3º João Araújo 78
4º Sérgio Gouveia 70
5º Letícia Santos 69
6º Miguel Braz 67
7º Bruno Rocha 61
8º Cristina Falcão 60
9º Pelé 55
10º Paulo Meles 54
11º Nelson Soares 51
12º Filipe Costa 50
13º João Marques 45
14º Faustino 45
15º Eduardo Marques 44
16º André Braz 43
17º Pedro Faria 42
18º Paulo Mota 41
19º Nuno Matos 40
20º Daniel da Silva 39
21º Gonçalo Seco 39
22º Claudio 37
23º Nuno Pascoal 36
24º Helder Marques 36
25º Pedro Dinis 34
26º Amândio Santo 31
27º Doc 31
28º Carlos Coelho 31
29º Pedro Violante 24
30º Laranjeiro 19
31º Paulo da Silva 12

CONSIDERAÇÕES:

- E pronto, chega ao fim mais um Rólabola, desta feita do Europeu. Antes de mais, agradecer a todos os participantes. Graças a vocês todos, foram batidos recordes não só a nível de visitas do blog como também a nível de participantes no concurso. O meu muito obrigado pela vossa participação!

- Como em todos os jogos, há vencedores e vencidos. Muitos parabéns ao Vitinho pela excelente participação que teve ao longo do torneio. Costuma dizer-se que um vencedor é sempre um vencedor justo mas, neste caso, é ainda mais justo e correcto usar esse clichê. A estratégia deste participante foi simples: arriscar de início e gerir a vantagem até final. Para aqueles que ainda ousavam roubar-lhe o primeiro lugar, o mesmo fez questão de responder acertando em cheio no resultado. Parabéns a este concorrente que, é bom dizer, não tem internet e nunca se preocupou com os palpites da concorrência.

- Palavra especial para os dois participantes que completaram o pódio: Pedro Neves e João Araújo. Falamos no principio da prova que ambos podiam ser as "surpresas" deste torneio. Ora, numa ponta final de loucos, os mesmos provaram que estavam prontos para atacar os lugares do pódio. Neves foi o vencedor da jornada fazendo a pontuação máxima e João Araújo teve a premonição de acreditar no início da prova que os espanhois iriam conquistar o título europeu.

- Se na vida há vencedores, obviamente também tem de haver "derrotados". Sérgio Gouveia e Letícia foram os grandes derrotados da jornada. Ainda assim, uma palavra de conforto para ambos. Quer um quer outro fizeram uma prestação sensacional até final. Morreram na praia mas deixaram tudo em campo. Paciência!

- Uma palavra também para a minha prestação no Rola. Não consegui os meus objectivos mas, de mal o menos, consegui acertar no resultado da final e fui o único participante que apostou em David Villa como Marcador de Serviço. Ao contrário de Docs, Farias, Violantes, Eduardos e companhia (algumas das grandes desilusões da prova), saio com um honroso 7º lugar.

- Meus amigos, espero que tenham gostado. Da parte da organização tentámos fazer o nosso melhor. Resto de boas férias para todos.

PS: Em breve entraremos em contacto com os vencedores para a entrega dos prémios.

1º Prémio: 77,5 BOLAS

2º Prémio: 46, 5

3º Prémio: 31

sexta-feira, junho 27, 2008

ROLABOLA EURO 2008 - FINAL




FINAL - VALE 15 PONTOS

*Só é permitido o resultado (ex: 1-0) (vale o resultado no final dos 90 minutos)

1. ALEMANHA - ESPANHA
MVP:

MARCADOR DE SERVIÇO:

NOTA: Vitinho, Sérgio Gouveia e Letícia são obrigados a enviar os palpites por e-mail.

PRAZO: Domingo, 19h40

ROLABOLA EURO 2008

Resultados e Marcadores:

1. Alemanha 3-2 Turquia (Schweinsteiger, Klose, Lahm; Boral, Senturk)
MVP: Lahm

2. Espanha 3-0 Rússia (Xavi, Guiza, Silva)
MVP: Iniesta

Olhógolo:

Espanha 3-0 Rússia

Pontuações:

Neves: 2
Miguel Braz: 6
Faustino: 3
Nelson: 1
Meles: 2
André Braz: 2
Faria: 7
Araújo: 9+3=12
Mota: 2
Seco: 2
Nuno Matos: 0
Nuno Pascoal: 1
Eduardo: 0
João Marques: 6
Doc: 6
Pedro Violante: 6
Amândio: 6
Black Ice: 6
Pele: 2
Cristina: 8
Rocha: 1
Dinis: 1
Vitinho: 8
Sérgio: 8
Letícia: 3

VENCEDOR DA JORNADA: João Araújo "12 PONTOS"

CLASSIFICAÇÃO:

1º VITINHO 80 PONTOS
2º Sérgio Gouveia 65
3º Letícia Santos 64
4º João Araújo 61
5º Cristina Falcão 55
6º Paulo Meles 54
7º Neves 51
8º Nelson Soares 51
9º Pelé 45
10º João Marques 45
11º Eduardo Marques 44
12º Paulo Mota 41
13º Miguel Braz 40
14º Daniel da Silva 39
15º Filipe Costa 38
16º Claudio 37
17º Bruno Rocha 36
18º Nuno Pascoal 36
19º Helder Marques 36
20º Pedro Dinis 34
21º André Braz 33
22º Faustino 33
23º Pedro Faria 32
24º Amândio Santo 31
25º Doc 31
26º Gonçalo Seco 29
27º Nuno Matos 28
28º Carlos Coelho 26
29º Pedro Violante 24
30º Laranjeiro 19
31º Paulo da Silva 12

CONSIDERAÇÕES:

- Por um ponto se ganha, por um ponto se perde. João Araújo bateu toda a concorrência por um precioso pontinho e, ganhando o bónus do vencedor da jornada, colou-se ainda mais aos primeiros lugares. Parece já ser difícil roubar a liderança ao Vitinho mas, tal como cá em Portugal, a luta pelo segundo posto está ao rubro.

- Não esquecer que a final vale 15 pontos. Para quem apostou na Alemanha e na Espanha, poderá ser uma jornada com muitos pontos. Um palpite certeiro poderá fazer com que um participante que esteja lá mais para baixo chegue, pelo menos, ao último lugar do pódio. Avizinha-se uma última jornada dramática...

segunda-feira, junho 23, 2008

ROLABOLA EURO 2008 - MEIAS FINAIS




1. Alemanha - Turquia
MVP:

2. Espanha - Rússia
MVP:

OLHÓGOLO:

Espanha - Rússia

MARCADOR DE SERVIÇO:

NOTA: Vitinho, Letícia Santos e Sérgio Gouveia são obrigados a mandar os seus boletins por e-mail (Brunorocha25@hotmail.com). Só serão validados os boletins se o fizerem dessa forma, tal como vem nos regulamentos. Os boletins serão depois por mim colocados no respectivo espaço de comentários, isto quando os prazos estiverem já fechados.
Por uma questão de segurança, é bom que não enviem os vossos boletins à última da hora. Os participantes em causa receberão um mail da minha parte a confirmar a "inscrição" para a jornada (se não receberem um mail meu é porque não enviaram o mail nas devidas condições).

* Não sei se ficou claro para todos ou não mas o Marcador de Serviço é válido não só nos 90 minutos como também no prolongamento.

PRAZO: Quarta-feira, 25 Junho (19h30)

ROLABOLA EURO 2008

Resultados e Marcadores:

1. Portugal 2-3 Alemanha (Gomes, Postiga; Schweinsteiger, Klose, Ballack)
MVP: Schweinsteiger

2. Croácia 1-1 Turquia (0-0 no final dos 90 - Klasnic; Senturk)
MVP: Haltintop

3. Itália 0-0 Espanha
MVP: Casillas

4. Holanda 1-3 Rússia (1-1 no final dos 90 - Nistelrooy; Pavlyuchenko, Torbinsky, Arshavin)
MVP: Arshavin

OLHÓGOLO:

Portugal 2-3 Alemanha

Pontuações:

Mota: 5
Miguel Braz: 0
André Braz: 0
Neves: 0
Amândio Santo: 0
Eduardo: 5
Nuno Pascoal: 3
Seco: 5
Araújo: 0
Faria: 5
Doc: 6
Faustino: 1
Vitinho: 16+3=19
Black Ice: 5
Pedro Violante: 0
Pele: 0
Nelson Soares: 13
João Marques: 0
Meles: 0
Nuno Matos: 3
Filipe Costa: 5
Paulo da Silva: 0
Carlos Coelho: 0
Bruno Rocha: 1
Daniel da Silva: 8
Cristina: 0
Letícia: 5
Dinis: 12
Sérgio: 0

VENCEDOR DA JORNADA: Vitinho "19 PONTOS"

CLASSIFICAÇÃO:

1º VITINHO 72 PONTOS
2º Letícia Santos 61
3º Sérgio Gouveia 57

4º Paulo Meles 52
5º Nelson Soares 50
6º João Araújo 49
7º Neves 49
8º Cristina Falcão 47
9º Eduardo Marques 44
10º Pelé 43
11º João Marques 39
12º Daniel da Silva 39
13º Paulo Mota 39
14º Filipe Costa 38
15º Claudio 37
16º Bruno Rocha 35
17º Nuno Pascoal 35
18º Miguel Braz 34
19º Pedro Dinis 33
20º André Braz 31
21º Faustino 30
22º Helder Marques 30
23º Nuno Matos 28
24º Gonçalo Seco 27
25º Carlos Coelho 26
26º Amândio Santo 25
27º Pedro Faria 25
28º Doc 25
29º Laranjeiro 19
30º Pedro Violante 18
31º Paulo da Silva 12

CONSIDERAÇÕES:

- Numa jornada completamente atípica (a grande maioria dos participantes não fez qualquer ponto), foi Vitinho, mais uma vez, a grande figura da jornada. Com um tiro certeiro no resultado de ontem (Itália 0-0 Espanha), Vitinho deu um grande passo rumo ao título. É verdade que ainda há muitos pontos em disputa (recordo, por exemplo, que o jogo da final vale 15 PONTOS) mas também é certo que pela regularidade exibicional que vem exibindo, vai ser difícil alguém parar este participante.

- Destaque também para a boa prestação de Nelson Soares. Começou de forma discreta este europeu mas, à medida que a prova vai avançando, o mesmo tem vindo a subir de forma. Já está no 5º lugar e certamente que ambiciona pelo menos chegar ao pódio, lugar esse que lhe permitia ganhar um prémio.

- Aqui fica a lista dos participantes que ainda estão em prova para o Melhor Marcador do Europeu (VALE 10 PONTOS) e para a Equipa Vencedora do Euro (VALE 10 (Alemanha) ou 12 PONTOS (Espanha):

LISTA:

Doc: Alemanha + Klose
João Araújo: Espanha + Torres
Faustino: Espanha + Torres
Miguel Braz: Espanha + Torres
André Braz: Alemanha + Klose
Nuno Matos: Espanha + Torres
Pedro Violante: Torres
Nelson Soares: Alemanha
Pele: Fernando Torres
Vitinho: Klose
João Marques: Klose
Dinis: Alemanha
Cristina: Alemanha + Klose
Sérgio Gouveia: Alemanha + Klose
Filipe Costa: Espanha + Torres
Claudio: Fernando Torres
Laranjeiro: Alemanha
Bruno Rocha: David Villa

Continuação de bons palpites!

sábado, junho 21, 2008

GRANDE RÚSSIA!


Holanda 1-3 Rússia
(Nistelrooy; Pavlyuchenko, Torbinsky, Arshavin)



Grande equipa, grande treinador, enorme frescura física, extraordinário espírito colectivo, esta Rússia só foi surpresa para quem desconhecia Hiddink, Arshavin, Zhirkov, Pavlyuchenko... ou então para quem não acompanhou a carreira do Zenit.

A partir de agora, sou russo até ao final do Euro. E atenção, acredito que esta selecção possa muito bem não se ficar por aqui.

Uma palavra em especial para três jogadores: Zhirkov, Arshavin e Pavlyuchenko. Três jogadores que merecem jogar nas melhores ligas do Mundo. Qualquer um deles encheu o campo frente a uma Holanda que se mostrou surpreendida perante tanta velocidade, tanta mobilidade e tão boas transições desta Rússia.

MVP UEFA: ARSHAVIN (A melhor exibição individual até ao momento)

sexta-feira, junho 20, 2008

Sobre Scolari


Ontem quando estava a escrever a crítica, pensei para mim mesmo que não devia falar muito sobre Scolari. Para além de estar "a quente", entendia que não era o momento ideal para falar do seleccionador já que, como é habitual, é fácil falar mal e dizer mal de tudo e todos depois de sabermos os resultados.
Depois de algumas horas de sono, pensei para mim mesmo: - Não, se eu sempre falei sobre Scolari antes e depois dos bons resultados ou antes e depois dos maus resultados, não tenho porque deixar de emitir a minha opinião sobre uma pessoa que francamente não gosto. Nesse sentido e sem querer "chover no molhado", aqui ficam algumas considerações sobre todo o seu percurso na selecção:

AS SUAS MAIORES VIRTUDES:

- Por 35 mil contos por mês e em 5 anos e meio, conseguiu sempre formar bons balneários. Bom espírito de grupo, de amizade, sem intrigas, sem guerrilhas por lugares, foi a sua grande virtude ao serviço da selecção.

- Um líder. Ficou bem explícito que toda a gente respeitava Scolari, sendo que alguns (Federação) em demasia. Para mim esteve para a selecção como Hitler esteve para a Alemanha. Queria, podia e mandava.

- Mentalidade dos jogadores. Scolari conseguiu, de certa forma, trazer alguma experiência e inteligência aos nossos atletas. Antes de Scolari, também tivemos grandes selecções mas que tinham o problema de, em jogos decisivos, querer ir demasiado para a frente, impor o seu futebol, descurando a parte defensiva. Com Scolari, as transições ataque-defesa foram sempre melhores que as de defesa-ataque.

OS SEUS MAIORES DEFEITOS:

1. Incompetente sob ponto de vista técnico-táctico. Ao contrário do que se diz por aí, Scolari não falhou exclusivamente nos jogos decisivos (Grécia, Alemanha, França, etc...). Scolari falhou principalmente nos jogos de treino e nos de apuramento porque não soube criar planos secundários para o caso de o plano principal falhar nos momentos importantes.

2. Formou um plantel dentro da selecção e, a partir daí, deixou de olhar a momentos de forma ou a jogadores que por muito talento que tivessem, fossem conhecidos na praça pública como atletas algo problemáticos ou algo indisciplinados. Nesse sentido, queimou Vitor Baía, Sérgio Conceição, João Pinto, Maniche, Caneira, Ricardo Rocha, Ricardo Quaresma e Quim (este por outros motivos que todos conhecemos).

3. Teimoso.

4. Mourinho é o melhor treinador do Mundo porque estuda todos os dias para ganhar títulos. Scolari não estuda dia nenhum, é pago para não ver jogos de jogadores portugueses e ainda por cima é herói por quase ganhar quando outros foram despedidos e enxovalhados na praça pública por quase ganhar um campeonato nacional e uma taça uefa na mesma época.

5. Humberto Coelho qualificou-se de forma brilhante para o Euro2000 e chegou às meias-finais da prova, caíndo no prolongamento e de pé frente à selecção campeã do Mundo (e que viria a sagrar-se campeã da Europa). Scolari fez uma qualificação sofrida e chegou ao Europeu e fez menos que Humberto Coelho e fez igual a António Olveira (em 1996). Pergunto: o que é que este senhor fez a mais?

6. Já tinha revelado a falta de estudo deste seleccionador mas quero acrescentar mais alguns pormenores que me ajudam a explicar de uma melhor forma este ponto: Nas bolas paradas, sofremos um golo contra a Grécia na pequena área por falha de Ricardo (hoje, passados 2 anos, voltamos a cair no mesmo erro); frente à Alemanha, vimos Cristiano Ronaldo a marcar Miroslav Klose que é só um dos melhores cabeceadores da equipa. São estes detalhes que fazem a diferença entre selecções do mesmo nível mas também são este tipo de pormenores que fazem a diferença entre os bons treinadores e os grandes treinadores.

7. Burro. Não conheço mais nenhum treinador no Mundo que em 5 anos e meio não tenha utilizado um sistema de dois avançados numa posição de desvantagem ou, melhor ainda, num jogo de treino para fazer experiências. Scolari, fosse contra quem fosse, ou apostava em Pauleta ou em Nuno Gomes, ou em Postiga, ou em Hugo Almeida. Sinceramente não me recordo de ter visto um jogo com dois destes em campo.

8. Demasiado emocional. Um treinador deve viver o jogo mas (quase) sempre por dentro. É muito mau quando um técnico transmite más vibrações ou más energias para dentro de campo. Ainda ontem se viu que Scolari trabalha muito com o coração e muito pouco com a cabeça. Basta relembrarmo-nos daquele triste episódio que o mesmo foi protagonista frente à Sérvia.

9. Mal educado. Quando não comenta jogadores não convocados, quando faz o que lhe apetece no seio da selecção, quando goza com os jornalistas na conferência de imprensa, quando procura ser engraçado em vez de ter graça, Scolari demonstra a sua falta de respeito e até alguma falta de educação.

Por tudo isto e muito mais, contínuo na minha: Scolari foi importante ao início pela forma como quebrou algumas regras no seio da selecção e também pela força psicológica que transmitiu aos jogadores portugueses e à comunidade em geral mas, a partir de dada altura, tornou-se arrogante, prepotente, teimoso e imperial nas suas decisões.
Só tenho pena que Humberto Coelho, treinador que admiro bastante, não tenha tido a oportunidade de fazer um Europeu em casa, ter José Mourinho como adjunto e, mais importante que isso, uma quantidade de jogadores de classe mundial.

quinta-feira, junho 19, 2008

Euro 2008: Portugal afastado pela Alemanha

TRISTE ADEUS!

Portugal 2-3 Alemanha
(Nuno Gomes, Postiga; Schweinsteiger, Klose, Ballack)



NOTAS SOLTAS:

- Mérito total para o seleccionador germânico na forma como preparou a equipa para este jogo. Friedrich como lateral a fechar ao meio; introdução de Rofles e Hitzlsperger como duplo pivots defensivos de forma a libertar Michael Ballack; inclusão de Schweinsteiger a dar mais dimensão à ala direita; retirada de Gomez do onze deixando Klose sozinho na frente.
Todas estas ideias, aliado a uma incrível eficácia na finalização, fizeram a diferença.

- Confirmaram-se os piores receios em relação ao onze-base que Scolari apresentou: Ricardo é um dos piores guarda-redes do Euro - e aqui a culpa é do seleccionador porque meteu-o em campo quando temos melhores - e Paulo Ferreira não pode ser titular de uma equipa que tem como ambição a conquista do título (falha tremenda no primeiro golo).

- Algum azar. Moutinho teve a primeira grande oportunidade de jogo. Falhou na cara de Lehmann e pouco depois tomámos o primeiro; na segunda-parte, Pepe falhou incrivelmente de cabeça e minutos mais tarde, na primeira vez que a Alemanha vai à baliza portuguesa... golo de Ballack. Há mérito da Alemanha mas também temos de referir, a sorte foi sempre mais deles do que nossa.

- Estamos fora naquela que era uma grande oportunidade para chegarmos à final. Não aconteceu, parabéns à Alemanha que, pé ante pé, está mais uma vez muito próxima de chegar a uma final europeia.
Parabéns também ao Sr. Scolari pela sua confiança no Ricardo que fez questão de a retribuir contra a Grécia e agora contra a Alemanha.

MVP UEFA: Bastian Schweinsteiger

OS MELHORES NO EURO

Terminada que está esta primeira fase do Euro2008, é tempo de fazer um balanço daquilo que foram estas três primeiras jornadas. Em primeiro lugar, importa dizer que, salvo raras excepções, o nível deste campeonato foi muito aceitável. Tivemos jogos com muitos golos e outros em que a qualidade do futebol foi francamente boa.

Em plano de destaque, temos as selecções da Holanda, Portugal, Espanha e Croácia. Foram, sem dúvida, as equipas que mostraram melhor futebol e, principalmente, uma melhor condição física. Não seria por isso de estranhar que fossem estas mesmas as semi-finalistas da prova.

Num plano intermédio, temos as selecções da Turquia, Itália, Rússia e Alemanha. Vimos coisas boas destas equipas mas também vimos coisas muito más. A ver vamos o que é que as mesmas vão fazer nos jogos a eliminar, sendo que é de esperar muito da Itália que, quer queiramos quer não, torna-se ainda mais forte quando entramos em jogos desta envergadura. Uma palavra em particular para a Rússia. Apesar de ter começado muito mal, a pouco e pouco Gus Hiddink e os seus pupilos têm mostrado qualidade e um forte espírito colectivo. Sinceramente, não me espantaria se a Holanda caísse nos quartos-de-final. Não vai ser nada fácil para a Rússia seguir em frente mas também é bom dizer que os holandeses vão ter de expremer muito a laranja para carimbar o passaporte para as meias.
Apesar de não ter sido apurada, uma palavra para a Roménia que, de forma inteligente, soube admitir o favoritismo das selecções que defrontou e, apoiando-se num rigoroso sistema defensivo e em rápidos contra-ataques, quase que conseguia o feito de deixar pelo caminho França e Itália. Ficará, de facto, na memória de todos, a grande penalidade falhada por Mutu ou então, se preferirem, a excelência de Buffon, naquela que foi a defesa do Euro.

Pela negativa, três nomes: República Checa, Grécia e França. Sinceramente, esperava-se muito mais destas três equipas. Os checos partiam, a par de Portugal, como os favoritos a passar aos quartos. Mais do que terem sido eliminados, o que impressionou foi a falta de ideias e o futebol ultra-defensivo. Quem foi habituado a ver uma República Checa com um futebol atractivo e até espectacular, desta vez ficou com uma ideia completamente oposta.
Quanto à Grécia, só é surpresa esta paupérrima prestação pelo facto de ostentarem o título de campeões da Europa. Muito honestamente, considero uma selecção vulgar e sem argumentos para lutar por lugares importantes da competição. Ainda bem que o milagre não se repetiu.
Por último, temos a França. É verdade que o grupo não era fácil mas esperava-se mais desta selecção que em tempos dominou o Mundo do futebol. Aquilo que fica dos três jogos foi a qualidade de Ribery e Evra, dois jogadores que mostraram uma qualidade física muito superior a todos os outros. Quanto ao restante, péssima condição física, algum cansaço psicológico em jogadores já em final de carreira e um colectivo que, efectivamente, não funcionou. Muito justamente, de regresso a casa.

Analisando cada equipa a nível individual, aqui ficam os melhores das melhores selecções da Europa:



- Neste onze escolhido, todos os nomes são conhecidos pela Europa do futebol. Talvez Pavlyuchenko e Zhirkov sejam os nomes menos concensuais mas para quem tem assistido à selecção russa rapidamente fica com estes dois jogadores na retina. Pavlyuchenko é um extraordinário avançado - faz lembrar Marco Van Basten pela classe, pelo domínio de bola e pelo sentido de baliza - que, seguramente, não vai ficar muito mais tempo na Rússia. É, sem dúvida, um avançado para outros palcos e tem tudo para vingar num grande clube. Quanto a Zhirkov, já é um nosso conhecido - jogou, ao serviço do CSKA, contra Sporting, Benfica e Porto. Contudo, o que surpreende é que sempre fomos habituados a ver este esquerdino como médio ala. Ora, Guus Hiddink adaptou-o à lateral esquerda e o mesmo tem arrasado. Grande qualidade técnica, grande pulmão, veloz, faz o corredor todo sem grandes problemas. Que agradável surpresa.
Quantos aos outros, nada a dizer. Deco e Pepe têm sido os melhores portugueses, Lahm, quer à esquerda quer à direita, tem sido de uma regularidade incrível e Sneijder tem sido o jogador do Euro até ao momento. Outros nomes poderiam estar neste onze - Pirlo, Bosingwa, Sérgio Ramos, Fernando Torres ou Nistelrooy já que, como havia dito, temos assistido a muitos e bons jogos.



No que diz respeito ao onze revelação, tentei apresentar onze jogadores que não conhecia ou então que conhecendo, não tivesse à espera de tão boas prestações neste campeonato da Europa.

Akinfeev: Grande guarda-redes. Muito seguro entre os postes, rápido ao nível de reflexos, é daqueles que dá garantias a qualquer defesa. Como revelação poderia ter escolhido Boruc (Polónia), Macho (Austria) ou Pletikosa (Croácia) mas Akinfeev parece-me que foi aquele que mostrou mais frieza e demonstrou mais estabilidade.

Anyukov: Este jogador já me tinha deixado "água na boca" nos jogos que realizou ao serviço do Zenit para a Taça Uefa. Trata-se de um tremendo lateral direito, muito parecido com Bosingwa pela velocidade que trás à ala e pela sua incrível capacidade ofensiva. Coloquem os olhos neste atleta porque está ali um valor seguro.

Tamas: Não conhecia este romeno mas a sua classe a sair a jogar, a sua capacidade de passe (principalmente longo) e também a forma como, sem recorrer à falta, roubava a bola aos avançados chamou-me a atenção. É uma pena que a Roménia tenha sido afastada pois gostava de seguir com mais pormenor este bom central.

Hansson: Foi o melhor defesa da Suécia. Ficou na retina não só o golo que marcou à Grécia mas também o seu forte jogo aéreo. Não sendo um crack, foi regular ao longo deste Euro.

Pranjic: Mais um que não conhecia e mais um jogador que me impressionou. Por favor metam os olhos neste croata frente à Turquia. Faz todo o corredor esquerdo.

Modric: A primeira vez que o vi jogar foi nas competições europeias contra o Ajax. Na altura jogou a ala esquerdo. Neste campeonato da Europa tem sido o organizador de jogo da sua selecção. Faz lembrar Deco em certos movimentos mas pela forma rápida com que maneja a bola e pela sua baixa estatura, tem alguns traços de Rosicky. Numa coisa não há dúvidas, o agora jogador do Tottenham tem futebol para dar e vender. É um dos maiores responsáveis por esta sensacional prestação croata.

Engelaar: Um desconhecido. Nunca tinha ouvido falar no nome deste jogador. O que é certo é que Van Basten não teve problemas em apostar nele na estreia e em boa hora o fez. Alto, forte fisicamente, bom pé esquerdo... bom jogador!

Kazim Kazim + Arda Turan: Nihat e Emre são as estrelas desta equipa mas talvez Kazim Kazim e Arda Turan tenham sido aqueles que mais brilharam nos três jogos. Dois jogadores que fazem da qualidade técnica a sua maior arma. Ambos têm a particularidade de aparecer com regularidade em zonas de finalização. Dois jogadores de inegável qualidade.

Bylialetdinov: Pois é, o nome não é fácil de pronunciar. No entanto, estou convencido que o Mundo do futebol vai, num futuro próximo, ter de se habituar a dizer este nome. É que, o pé esquerdo deste menino faz maravilhas. Mais uma grande unidade nesta forte selecção russa, um jogador com uma habilidade e visão de jogo acima da média.

Ivica Olic: Não é um desconhecido, mas tem sido interessante ver a forma como, não sendo um ponta-de-lança, tem trabalhado muito bem nessa função. Rápido, bom pé esquerdo, faz da mobilidade a sua maior arma, isto para permitir as entradas dos médios ofensivos (Kranjkar, Rakitic, Srna ou Modric). A melhor forma de analisar o trabalho de Olic é referir que os médios têm estado muito activos no ataque por culpa dele.


Venham os quartos, as meias e a final, venham outros tantos bons jogos que é para termos matéria para analisar.

quarta-feira, junho 18, 2008

ROLABOLA EURO 2008



QUARTOS-DE-FINAL:

1. Portugal - Alemanha*
MVP:

2. Turquia - Croácia
MVP:

3. Itália - Espanha
MVP:

4. Holanda - Rússia
MVP:

OLHÓGOLO:

5. Portugal - Alemanha

MARCADOR DE SERVIÇO:

* É um jogo normal. O participante pode apostar no palpite simples (1x2) ou no resultado. Naturalmente que caso aposte no palpite, obviamente que terá de ter aposta semelhante no Olhógolo. Quem quiser, pode apostar num resultado diferente daquele que vai apostar no Olhógolo para tentar, de mal o menos, ter mais probabilidade de ter pelo menos um palpite correcto.

NOTA: Para todos os jogos, vale apenas o resultado no final dos 90 minutos.

- Alguma dúvida, postem as mesmas no espaço de comentários.

PRAZO: QUINTA-FEIRA, 19h45

ROLABOLA EURO 2008

Resultados e Marcadores:

Turquia 3-2 República Checa (Arda, Nihat (2); Koller, Plasil)
MVP: Nihat

Austria 0-1 Alemanha (Ballack)
MVP: Ballack

Polónia 0-1 Croácia (Klasnic)
MVP: Klasnic

Holanda 2-0 Roménia (Van Persie, Huntelaar)
MVPL: Van Persie

Itália 2-0 França (Pirlo, De Rossi)
MVP: De Rossi

Pontuações:

Pedro Faria: 12
Nelson Soares: 20
Doc: 9
Neves: 20
Faustino: 13
Amandio: 6
Pedro Violante: 9
Mota: 12
Araújo: 14
Eduardo: 14
Miguel Braz: 12
Black Ice: 10
Meles: 16
Pele: 6
Nuno Pascoal: 15
Seco: 3
Letícia: 19
André Braz: 22+3 (bónus)=25
João Marques: 12
Paulo Silva: 7
Dinis: 3
Carlos Coelho: 7
Daniel da Silva: 15
Vitinho: 8
Nuno Matos: 8
Cristina: 14
Claudio: 15
Sérgio: 14
Bruno Rocha: 3

VENCEDOR DA JORNADA: André Braz "25 PONTOS"

CLASSIFICAÇÃO:

1º SÉRGIO GOUVEIA 57 PONTOS
2º Letícia Santos 56
3º Vitinho 53

4º Paulo Meles 52
5º João Araújo 49
6º Neves 49
7º Cristina Falcão 47
8º Pelé 43
9º João Marques 39
10º Eduardo Marques 39
11º Claudio 37
12º Nelson Soares 37
13º Bruno Rocha 34
14º Paulo Mota 34
15º Miguel Braz 34
16º Filipe Costa 33
17º Nuno Pascoal 32
18º Daniel da Silva 31
19º André Braz 31
20º Faustino 29
21º Carlos Coelho 26
22º Amândio Santo 25
23º Nuno Matos 25
24º Helder Marques 25
25º Gonçalo Seco 22
26º Pedro Dinis 21
27º Pedro Faria 20
28º Laranjeiro 19
29º Doc 19
30º Pedro Violante 18
31º Paulo da Silva 12

CONSIDERAÇÕES:

- E à 3ª jornada... André Braz mostrou-se. Depois de um início de prova muito negativo, Braz conseguiu finalmente uma jornada bastante rentável. Tal como à Itália, este participante ainda quer ter uma palavra a dizer neste europeu. Atenção que o mesmo é muito forte nos jogos a eliminar.

- Jornada muito positiva para Neves e Nelson Soares. Ambos não conseguiram ganhar a jornada mas conquistaram muitos pontos que lhes possibilitou subir muitos lugares na tabela.

- Referir ainda que houve mudança de líder. Sérgio Gouveia voltou, de certa forma, mostrar o porquê de ser, nesta altura, o mais forte candidato à conquista do Euro.

- Por último, uma palavra para a minha prestação. Para além de ter sido (a par de Dinis e Seco) o menos pontuado da ronda, a minha selecção candidata (França) disse adeus ao campeonato da Europa. Resta-me acreditar que David Villa vai ser o melhor marcador do Euro para poder conquistar alguns pontos extra.

Continuação de bons palpites!




terça-feira, junho 17, 2008

EM ANÁLISE: ALEMANHA




Como era esperado, é a Alemanha o nosso adversário nos quartos-de-final do Euro. Frente a uma selecção da Austria esforçada mas com pouca qualidade, os germanicos cumpriram a sua missão e carimbaram o passaporte para a fase a eliminar da competição.

Serve este post para, de certa forma, fazer a antevisão desse grande jogo (talvez o cabeça de cartaz dos quartos já que provavelmente Itália e França serão eliminadas e a Roménia jogará com a Espanha ao passo que a Holanda medirá forças com Suécia ou Rússia, jogos em que há claramente uma diferença de potencial) que oporá o 3º e 4º classificados do Mundial de 2006.

FAVORITO?

- Ouvi ontem Rui Pedro Rocha, comentador Sporttv, afirmar que a Alemanha é uma selecção que está perfeitamente ao alcance de Portugal. Ora, como é óbvio, acho um exagero colocarmos as coisas nesse modo. Mesmo sabendo que os dois últimos jogos dos alemães mostraram-nos uma selecção muito pouco entusiasmante e até algo cansada, não nos podemos esquecer que estamos a falar de uma selecção com um historial muito superior ao nosso e de um país habituado a estar em todas as fases finais quer de Euros quer de Mundiais. Por tudo isto e muito mais, mesmo que Ballack ache que Portugal é favorito, na minha opinião, estamos perante um jogo de tripla e, nesse sentido, o detalhe será determinante. Assim, claramente 50/50 de possibilidades para cada um.

PONTOS FORTES DA ALEMANHA

- Experiência. É uma equipa habituada a jogos deste calibre. Se é verdade que Portugal terá alguma vantagem neste aspecto caso passe às meias-finais e jogue contra Croácia/Turquia, neste jogo, não vejo claramente vantagem para a selecção nacional.

- Jogo aéreo. Poderá ser uma arma dos alemães. Como é sabido, Portugal tem muitas dificuldades no jogo pelo ar, em especial a arara que está na baliza. Ora, particular atenção para os centrais desta Alemanha (atenção que Friedrich pode voltar a ser titular na direita e é mais um jogador muito forte de cabeça) e também à dupla Klose e Gomez que, apesar de ainda não o ter mostrado, tem também aptência para jogar de cabeça.
Por último mas não menos importante, muita atenção às entradas de Ballack que aparece muito bem na área e por várias vezes dá seguimento de cabeça aos cruzamentos vindos das alas.

- Michael Ballack. Não é novidade nenhuma, é, sem qualquer dúvida, a grande estrela desta selecção. Apesar de me parecer que este sistema não o favorece (já lá vamos!), não deixa de ser um jogador a ter em conta. De cabeça, de bola parada, através de remates de média/longa distância, é um perigo público. Para bem de Portugal, é bom que Scolari tenha alguém que esteja bem perto da estrela do Chelsea.

- Capacidade de choque. Como se sabe, quase todos os alemães (Lahm é talvez a excepção que contraría a regra) são altos e muito fortes fisicamente. Ora, num plano oposto, temos jogadores como Paulo Ferreira, Moutinho, Deco, Simão ou Nuno Gomes que se revelam bastante vulneráveis nesse capítulo. Haverá outros atributos que temos e que os alemães não têm mas, ainda assim, não deixa de ser uma arma que os germanicos costumam utilizar.

PONTOS A EXPLORAR:

Respeito sim mas medo nem por isso. Confesso que estou optimista para o jogo de quinta-feira até porque a nossa selecção já mostrou neste europeu que, num dia bom, pode fazer coisas muito bonitas. Todos sabemos que a qualidade está lá, também conhecemos as nossas principais armas e virtudes e, nesse sentido, há que explorá-las ao máximo e, aliado a isso, há que forçar os aspectos menos bons da selecção alemã.
Como tal, aqui ficam as lacunas que mais me chamaram à atenção nestes três jogos que vi da Alemanha:

- zona central da defesa. Mertesacker e Metzelder são dois jogadores muito parecidos, ou seja, ambos são muito fortes no jogo aéreo mas ambos têm algumas dificuldades quando a bola está rente à relva. Sendo Nuno Gomes um jogador mexido e inteligente na forma como abre espaços e joga quase sempre ao primeiro toque, poderá ser bom para o capitão da selecção nacional defrontar este tipo de defesas. Ainda assim, estou convicto que quando Cristiano Ronaldo passar para o meio, os centrais germanicos terão ainda mais dificuldades já que, me parece, estes têm muitas dificuldades em marcar avançados rápidos e que vão muitas vezes para o um-para-um.

- Lehmann. Apesar de achar que nas balizas as forças vão estar mais ou menos equivalentes, não deixa de ser uma incógnita aquilo que ambos (e Lehmann em particular) vão fazer em campo. Vamos torcer para que o alemão esteja naqueles dias em que uma das bolas passe por baixo das pernas ou então que se lhe escape, como tantas vezes o fez ao longo da sua carreira.

- Sistema táctico. Sem querer dar em seleccionador alemão, creio que o sistema de 4-4-2 não é o mais indicado tendo em vista as características dos jogadores que possui. Em primeiro lugar, parece-me que Frings e Ballack estão muito sozinhos no meio, a zona nevrálgica do campo. Frings tem sido, a par de Lahm, o jogador que tem apresentado uma melhor condição física mas, ainda assim, creio que não chega para todas as encomendas. Além do mais, para Frings não ficar com todas as despesas defensivas, obriga Ballack a recuar em demasia no terreno. Salvo raras excepções, temos visto um Ballack mais preocupado em garantir estabilidade defensiva à equipa do que propriamente um Ballack mais perto de zonas de finalização.
Estando plenamente convencido que Low vai manter a mesma estrutura, arriscar-me-ia a dizer que um sistema de 4-3-3 seria o ideal para esta equipa. Podolski e Schweinsteiger nas alas a servir Klose e um meio-campo com Borowski/Rolfes e Frings mais recuados e Ballack como cérebro traria, provavelmente, mais benefícios à equipa.
Isto leva-nos a outra "falha" neste sistema táctico. Pelo que temos visto, não tem sido muito compatível a dupla Klose-Gomez. Não há dúvida que ambos são jogadores de eleição. Ambos têm uma incrível veia goleadora. Contudo, aliado talvez ao facto de não estarem nas melhores condições físicas, o que é certo é que não têm correspondido às exigências. As movimentações não têm sido as melhores e o facto de muitas vezes ocuparem os mesmos espaços, retira fluidez ao jogo ofensivo da equipa. Como já havia dito também, o facto de Ballack estar muito recuado e muito alheado dasa suas tarefas de playmaker faz com que os avançados também não sejam servidos tantas vezes como era desejável. Isto leva-nos à tal questão: para Ballack estar mais vezes em sintonia com o ataque, é preciso haver uma melhor cobertura a meio-campo. Ora, para haver essa cobertura, um dos dois da frente tem de sair. Gomez seria a melhor solução para todos estes problemas organizacionais.

- Alas. A grande dúvida que paira na minha cabeça é saber como vai Joachim Low ocupar as alas. Há efectivamente várias possibilidades mas só um dado adquirido: Lahm será seguramente opção ou para o lado esquerdo da defesa ou para o direito. Poderemos ter Lahm e Podolski à esquerda e Friedrich com Fritz na direita; poderemos ter Janssen com Podolski e Lahm com Fritz; há ainda a hipótese Schweinsteiger para qualquer uma das alas.
Analisando a hipótese mais provável (Janssen+Podolski/Lahm+Fritz), poderá ser uma boa noticia para Portugal. Olhando para a esquerda, temos dois jogadores que têm algumas dificuldades no processo defensivo. Janssen, o lateral esquerdo, é um jogador forte fisicamente, bom pé esquerdo, mas dá-se mal perante jogadores rápidos. Ora, Ronaldo e Bosingwa dispensam apresentações ao nível da velocidade. Depois, Podolski tem sido claramente uma adaptação e, como é óbvio, é bastante mais forte a atacar do que a defender. Assim sendo, se Scolari for inteligente, perante este cenário, só tem de colocar Ronaldo no lado direito, evitando assim o embate com Lahm e explorando a ala mais frágil sob ponto de vista defensivo.
No lado direito, se Low utilizar Lahm e Fritz, creio que Simão e Paulo Ferreira vão estar francamente habilitados para anular quaisquer veleidades dos mesmos. Simão é um jogador muito bom tacticamente e tem pulmão e inteligência para travar as investidas de Lahm no corredor. Depois, o facto de Fritz não ser um jogador particularmente ofensivo, fará com que Paulo Ferreira tenha capacidade para estar atento ao seu marcador directo e ao mesmo tempo ajudar Simão na cobertura a Lahm, esse sim o grande dinamizador do flanco.
Em suma, se Low for previsível no onze escolhido, Portugal poderá tirar dividendos disso.

PROGNÓSTICO:

- Obviamente que tenho muita esperança num resultado positivo para Portugal. Acho que se os centrais encaixarem bem nos dois avançados, se a luta de 3 (Petit, Deco, Moutinho) contra 2 (Frings e Ballack) no meio-campo for ganha por nós e se nas alas Ronaldo, Simão e Bosingwa desequilibrarem, então acredito piamente numa vitória portuguesa. Pelo exposto, com alguma prudência aposto numa vitória pela mínima dos nossos rapazes. Força Portugal!

segunda-feira, junho 16, 2008

Grupo A: Portugal "B" desilude

Suiça 2-0 Portugal
(Hakan Yakin (2))



Apesar de não haver grandes motivos para preocupação, não deixa de ser lamentável aquilo que se passou ontem na Suiça. Não, nem sequer me estou a referir à má prestação da equipa de arbitragem já que, como sabem, para mim esse assunto é quase sempre secundário. Refiro-me, sim, à vergonhosa prestação da segunda linha portuguesa e em especial àqueles que tanto reclamavam pela titularidade. Tudo bem que nada estava em jogo mas, por isso mesmo, exigia-se mais. A busca do risco, a procura de um futebol ofensivo, atractivo e descomplexado, a ausência de nervosismo, a procura de um lugar no onze de quinta-feira, o facto de se jogar frente a um modesto e já condenado adversário, tudo isto deveriam ser factores mais que estimulantes para termos uma selecção diferente daquela que tivemos. Mais, independentemente de tudo, há um nome a defender, há uma imagem a deixar ao país e ao Mundo e há o respeito por todos nós e em particular por todos aqueles que fizeram sacrifícios para poder ver Portugal ao vivo. Por tudo isto e muito mais, a palavra vergonha é a palavra chave para o ocorrido.

Uma vez que não há muito para dizer sobre o jogo de ontem, gostaria apenas de tecer algumas considerações sobre o seleccionador. Relativamente ao "onze" que apresentou, nada a dizer. Podia ter jogado Nuno ou Patrício (mas também aceito que não o tenha feito), podia ter feito descansar mais ou menos jogadores, podia fazer o que ele bem entendesse já que, no fundo, a missão estava cumprida. Agora, o que mais me revolta é a falta de ambição deste seleccionador. Apesar de não compreender, ainda consigo engolir que, nos jogos a doer, Scolari seja fiel aos seus principios, fiel ao seu modelo de jogo preferindo manter quase sempre as bases e as linhas com que trabalha durante a semana. Não posso nem consigo aceitar é que em jogos deste calibre não se arrisque um milímetro, não se estude alternativas, não se procure inventar soluções em situação de desvantagem.
A perder 2-0 contra a grande Suiça, Scolari troca Moutinho por Veloso e Hugo Almeida por Helder Postiga. Ora, qual era a ideia? é que se a ideia era apenas rodar por rodar, então a estratégia foi conseguida. Pergunto: por que é que, durante todo o estágio do pré-euro, Scolari andou a experimentar na equipa "B" a dupla Postiga-Hugo Almeida? Seria assim tão descabído testá-los aos dois nos últimos 20 minutos de jogo, isto a perder por 2-0? Fica a interrogação...

É por estas e por outras - por exemplo a vergonhosa conferência de imprensa que o mesmo deu na véspera do jogo revelando falta de respeito pelos jornalistas e um "estilo à Mourinho" só que sem graça - que contínuo na minha: por muito jogos que ganhe, por muito que eleve o nome de Portugal, jamais será um treinador do meu agrado.

sábado, junho 14, 2008

ROLABOLA EURO 2008



JORNADA 3

1. Turquia - R.Checa
MVP FIFA:

2. Polónia - Croácia
MVP FIFA:

3. Austria - Alemanha
MVP FIFA:

4. Holanda - Roménia
MVP FIFA:

5. França - Itália
MVP FIFA:

OLHÓGOLO:

6. Portugal - Suiça
MVP FIFA:

MARCADOR DE SERVIÇO:

PRAZO: Domingo, dia 15 de Junho (19h45)

ROLABOLA EURO 2008

Resultados e Marcadores:

1. Suiça 1-2 Turquia (Yakin; Senturk, Arda)
MVP: Arda

2. Croácia 2-1 Alemanha (Srna, Olic; Podolski)
MVP: Modric

3. Áustria 1-1 Polónia (Vastic; Guerreiro)
MVP: Guerreiro

4. Itália 1-1 Roménia (Panucci; Mutu)
MVP: Pirlo

5. Holanda 4-1 França (Kuyt, Van Persie, Robben, Sneijder; Henry)

OLHÓGOLO:

6. Portugal 3-1 Rep. Checa (Deco, Ronaldo, Quaresma; Sionko)
MVP: Cristiano Ronaldo

Pontuações:

Amandio Santo: 8
Neves: 13
Vitinho: 11
Faria: 5
Pele: 13
Letícia: 21+3 (Bónus) =24
Faustino: 7
Nelson Soares: 8
Dinis: 5
Eduardo: 6
Pedro Violante: 3
Araújo: 9
Nuno Pascoal: 8
Doc: 1
Claudio: 13
André Braz: 0
Nuno Matos: 15
Laranjeiro: 13
Paulo da Silva: 2
Daniel da Silva: 5
Carlos Coelho: 3
Filipe Costa: 21 +3 (Bónus) =24
Cristina: 21+3 (Bónus)=24
Miguel Braz: 16
Meles: 12
Mota: 6
Helder Marques (Black Ice): 6
Sérgio Gouveia: 21+3 (Bónus) =24
Bruno Rocha: 18
João Marques: 8

VENCEDOR(ES) DA JORNADA: CRISTINA + SÉRGIO + LETÍCIA + FILIPE COSTA "24 PONTOS"

CLASSIFICAÇÃO:

1º VITINHO 45 PONTOS
2º Sérgio Gouveia 43
3º Letícia Santos 37

4º Pelé 37
5º Paulo Meles 36
6º João Araújo 35
7º Filipe Costa 33
8º Cristina Falcão 33
9º Bruno Rocha 31
10º Neves 29
11º João Marques 27
12º Eduardo Marques 25
13º Miguel Braz 22
14º Claudio 22
15º Paulo Mota 22
16º Gonçalo Seco 19
17º Carlos Coelho 19
18º Amândio Santo 19
19º Laranjeiro 19
20º Pedro Dinis 18
21º Nuno Pascoal 17
22º Nelson Soares 17
23º Nuno Matos 17
24º Daniel da Silva 16
25º Faustino 16
26º Helder Marques 15
27º Doc 10
28º Pedro Violante 9
29º Pedro Faria 8
30º André Braz 6
31º Paulo da Silva 5

CONSIDERAÇÕES:

- Meus amigos, fui roubado. Tudo corria bem (estava prestes a ganhar a jornada) quando, do nada, Wesley Sneijder tira aquele coelho da cartola e faz um golo de levantar o estádio, garantindo automaticamente o prémio de melhor jogador em campo. Não fora isso e estaria ainda mais lá para cima. Ainda assim, aviso já que o Euro começou agora para mim e para muitos está prestes a acabar.

- Jornada memorável para as "meninas" do blog. Cristina Falcão e principalmente Letícia Santos mostraram, mais uma vez, que isto da bola não é só para homens. Estão, e muito bem, nos 10 primeiros, sendo que a Letícia está inclusivé no pódio à procura de algum prémio.

- Mais uma vez, tivemos prestações miseráveis para alguns participantes que apostavam forte neste europeu. Sem ser necessário voltar a referir nomes, me parece que tal como França e Itália, os ex-campeões estão sem pernas e sem estofo para almejarem o que quer que seja.

- Olhando lá para cima, seria injusto não destacar Sérgio Gouveia. Depois de uma fantástica segunda volta no Rolabola normal, tem mostrado no Europeu que mereceu esta chamada à selecção e merece que o seu nome esteja, para já, incluído no "onze ideal" deste Europeu. A ver vamos se vai manter esta boa forma física nas fases decisivas do torneio.

Continuação de bons palpites!

quinta-feira, junho 12, 2008

Nota


Pessoal, só para avisar que a 3ª jornada começa no Domingo à noite. Ou seja, para quem costuma aceder à Internet no trabalho ou só durante a semana, não esquecer de fazer o Rolabola. Para os mais distraídos, basta apenas clicar no link relativo à 3ª jornada (parte lateral do blog).

Suiça1 -2 Turquia: MVP Arda Turan (Turquia)
Alemanha 1-2 Croácia: MVP Luka Modric (Croácia)
Áustria 1-1 Polónia: MVP Roger Guerreiro (Polónia)

Ainda sobre o jogo de ontem...


Ainda sobre o jogo de ontem, apesar de muito daquilo que penso já ter sido dito na crónica apresentada abaixo pelo Eduardo Marques, gostaria de deixar mais algumas impressões que me parecem importantes de salientar.

1. O jogo frente aos checos mostrou-nos aquilo que, no fundo, eram e são as minhas maiores preocupações em relação ao onze-base que Scolari tem apresentado: Ricardo e Paulo Ferreira. É verdade que os checos não foram tão audazes e tão incisivos como vão ser as equipas que apanharemos numa fase mais avançada da prova. No entanto, a espaços pudemos verificar que é no lado esquerdo da nossa defesa e na instabilidade que o nosso guarda-redes transmite (nomeadamente nos lances aéreos) as raízes dos nossos maiores problemas. No que diz respeito a Paulo Ferreira, aceito que tenha alguma desculpa pelo facto de ser uma adaptação. No entanto, com uma defesa em que no lado direito está Bosingwa, um jogador de cariz ofensivo, nada melhor que ter no lado esquerdo Marco Caneira, um jogador mais forte que Ferreira no jogo aéreo e mais capaz de fechar ao meio, isto para muitas vezes Portugal jogar com uma defesa de três. Apesar do tema Caneira já ser passado, não deixa de ser preocupante esta situação.
Quanto a Ricardo, continua a revelar os problemas que todos sabemos: um autêntico pesadelo sempre que a bola vem pelo ar. Com uma equipa tão frágil sob ponto de vista aéreo, nada melhor que ter na baliza um guarda-redes como Ricardo. Esta é uma das situações que não podemos alterar no futuro. Assim sendo, resta-nos acreditar que os "Kollers" deste campeonato europeu não sejam felizes contra nós.

2. Contrariamente ao que é habitual, tenho gostado das substituições de Scolari. Em primeiro lugar, confesso ser um admirador de Fernando Meira. Acho que é um jogador importante para a nossa selecção e creio ser uma boa aposta de Scolari, inclusivé para o meio-campo. Me desculpem a observação mas fico contente por ver que Meira está, na cabeça do seleccionador, à frente de Bruno Alves.
Uma vez que estamos a falar de prioridades, tenho a dizer que também gostei de ver Hugo Almeida à frente de Helder Postiga. Estou plenamente convencido que Hugo Almeida pode ser uma boa solução para a frente de ataque. Ainda assim, estou com Scolari na aposta de Nuno Gomes. Apesar do "21" ser um avançado que não tem qualquer faro pelo golo, tem características importantes para o estilo de jogo da selecção. Acredito até que Nuno Gomes vai ter um papel ainda mais relevante quando jogarmos frente a equipas que joguem "taco-a-taco" connosco. É que Nuno Gomes é muito bom a jogar ao primeiro toque e é inteligente na forma como abre espaços para os seus companheiros. Ora, espaço, é algo que iremos ter daqui para a frente já que as Holandas, Espanhas e Alemanhas deste Euro gostam de avançar no terreno e de controlar o jogo.

3. Para finalizar, gostaria de falar dos centrais, de Deco e de Ricardo Quaresma. Relativamente a Carvalho e Pepe, este jogo mostrou-nos algumas dificuldades que ambos têm, isto se tiverem pela frente um jogador demasiado móvel. Tanto Ricardo como Pepe gostam de jogar soltos, funcionado muitas vezes como bombeiros ou libros se preferirem. Ora, como não gostam de marcar em cima, têm algumas dificuldades com este tipo de avançados que andam um pouco por todo o lado. Apesar de ambos serem excelentes na antecipação e na forma rápida como resolvem os problemas, o facto de serem muito iguais pode trazer-nos alguns problemas no futuro. É bom que Scolari tenha em atenção esta situação e que rapidamente obrigue (por exemplo) Ricardo Carvalho a jogar mais na marcação e Pepe mais nas sobras.
Quanto a Deco, este tem sido para mim a grande surpresa da selecção. Confesso que não esperava um rendimento tão elevado do luso-brasileiro. É certo que falha alguns passes, por vezes é bastante displicente na forma como perde a bola mas estou completamente de acordo com Scolari quando este diz que fácil é jogar pela certa sem querer assumir o risco. Ora Deco é precisamente a antitese de tudo isso. O número "20" procura quase sempre a bola, nunca se esconde do desafio, umas vezes opta por jogar curto, noutras arrisca o passe longo, enfim, é um autêntico maestro. Um dos aspectos que os entendidos mais criticavam em Deco era a sua péssima condição física. Ora, nem isso tem sido um aspecto relevante dado que Deco tem aparecido em condições muito aceitáveis, tendo muitas vezes "bagagem" para aparecer em situações de finalização (o 1º golo e os vários remates que efectuou são disso exemplo). ´
Aí está, portanto, uma excelente noticia para Portugal e para os portugueses. É que, quando há Deco, a musica é outra!
Por falar em magia, nada melhor que nos reportarmos a Ricardo Quaresma. Mesmo não tendo feito nenhuma trivela ou nenhuma finta de encher o olho, o que é facto é que a sua entrada foi importante para a nossa selecção. Para além do golo, mostrou uma atitude e postura muito diferente daquela que poderiamos imaginar, isto tendo em conta o facto do "harry potter" estar previsivelmente insatisfeito com a sua situação de suplente. É essa a postura Ricardo, é esse o espírito. Efectivamente, ganhou pontos diante de Scolari para jogar mais tempo nos próximos compromissos. A titularidade espera-o frente à Suiça.

Mesmo com estas situações todas, a fé no título continua bem viva. FORÇA PORTUGAL!

quarta-feira, junho 11, 2008

SOB A BATUTA DO MELHOR DO MUNDO

GRUPO A

REPÚBLICA CHECA 1 PORTUGAL 3
(Sionko; Deco, Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma)




Portugal é a primeira equipa deste EURO 2008, a conseguir o apuramento para os quartos-de-final da competição.
Desta feita a "vítima" foi a República Checa, que ainda conseguiu assustar os portugueses, mas que, com o desenrolar da partida, não fez mais do que defender, e tentar impedir a todo o custo que a selecção nacional voltasse à vantagem no marcador, e conseguisse a vitória.
Com um início de jogo muito intenso, Portugal chegou à vantagem logo aos 8 minutos, depois de uma boa combinação entre Deco e Nuno Gomes, com o ainda jogador do Barcelona a conseguir o desvio final para a baliza contrária, abrindo o activo.
Depois do golo, pensava-se que a nossa selecção poderia tranquilizar-se ainda mais, mas a verdade é que a resposta checa logo se fez sentir, com Milan Baros a semear o pânico na defensiva portuguesa, e pouco depois, na sequência de um pontapé de canto, Sionko, cabeceou à vontade, batendo inapelavelmente Ricardo, restabelecendo a igualdade no marcador. Corria o minuto 20, e tudo voltava à primeira forma.
O problema é que, depois de conquistar de novo a igualdade no marcador, a selecção checa não mais fez do que defender, colocando um autêntico autocarro à frente da baliza, esperando depois que, com alguma das bolas que ía bombeando, Milan Baros resolvesse.
Portugal controlava as operações a meio-campo, mas até ao intervalo nunca conseguiu chegar ao nível do que tinha apresentado frente à Turquia, e raramente Petr Cech era incomodado.
Previam-se alterações, mas a verdade é que Luiz Felipe Scolari optou por não mexer. A grande diferença da primeira para a segunda parte, esteve na atitude dos jogadores, e, principalmente, na sua entrega ao jogo, disputando os lances como se fossem os últimos, tendo por isso, dominado inteiramente toda a segunda metade, até chegarem ao segundo golo, obra de Cristiano Ronaldo, depois de passe de Deco.
Voltava Portugal à vantagem, mas, desta feita, os pupilos de Scolari souberam controlar a partida, definiram bem os tempos de jogo, tentaram ter sempre a posse de bola junto à área contrária, e os checos não mais voltariam a criar perigo exceptuando um lance de bola parada, onde Ricardo se opôs muito bem a um cabeceamento de Sionko, que quase bisava.
As substituições foram muito bem operadas por Scolari, colocando Meira no lugar de Moutinho, para prevenir o jogo aéreo checo, depois da entrada do gigante Koeller, e tambem importantes foram as entradas de Hugo Almeida, para segurar a defesa contrária, e ajudar nas tarefas defensivas, nomeadamente, nos lances de bola parada, bem como o lançamento de Ricardo Quaresma, que se viria a tornar decisivo, já que, o extremo do FC Porto, acabaria mesmo por marcar o terceiro golo português, em contra-ataque, mesmo em cima do minuto 90, e depois de assistência em bandeja de ouro de Cristiano Ronaldo.
Portugal carimbou o passaporte para os quartos-de-final do EURO 2008, com uma vitória justa, mas não pode deixar de ser um motivo de preocupação, o facto de a primeira parte não ter sido bem conseguida.
É certo que a República Checa defendeu muito atrás, mas também não é menos verdade que Portugal tem que estar preparado para responder às adversidades que lhe aparecem pela frente, pois, para sermos campeões da Europa, não podemos estar à espera de apanhar selecções tão ingénuas como a Turquia, ou tão pouco objectivas como a República Checa.
Ainda assim, penso que Portugal se soube adaptar às condições do próprio jogo, e por isso conseguiu responder à altura de uma nação que tanto sonha, e que tanta confiança deposita na sua selecção.
Cristiano Ronaldo, por fim, apareceu, e ainda que não tenha estado ao nível que esteve durante a época, não sendo tão espectacular, contribuiu, e de que maneira, para a vitória portuguesa, demonstrando que também sabe ser um jogador de equipa, e que o colectivo está sempre acima de qualquer individualidade.

MVP UEFA: 7. Cristiano Ronaldo

FICHA DE JOGO:

Estádio de Genebra, na Suiça

ÁRBITRO: Kyros Vassaras, da Grécia

REPÚBLICA CHECA: Petr Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozenhal e Jankulovski; Polak, Galasek e Matejovsky; Plasil, Sionko e Milan Baros.

SUBSTITUIÇÕES: Matekovsky por Vlcek, aos 67 minutos, Galasek por Koller, aos 72 minutos e Plasil por Jarolim, aos 84 minutos.

TREINADOR: Karel Bruckner


PORTUGAL: Ricardo; Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; Petit, João Moutinho e Deco; Simão, Cristiano Ronaldo e Nuno Gomes.

SUBSTITUIÇÕES: João Moutinho por Fernando Meira, aos 74 minutos, Nuno Gomes por Hugo Almeida, aos 78 minutos e Simão por Ricardo Quaresma, aos 79 minutos.

TREINADOR: Luiz Felipe Scolari

DISCIPLINA: Cartão amarelo a Polak, aos 23 minutos e a Bosingwa, aos 31 minutos.

GOLOS: 0-1 por Deco, aos 8 minutos; 1-1 por Sionko, aos 17 minutos; 1-2 por Cristiano Ronaldo, aos 63 minutos; 1-3 por Ricardo Quaresma, aos 90 minutos.

terça-feira, junho 10, 2008

RELÓGIO SUECO DESPERTOU APÓS O INTERVALO




GRUPO D


GRÉCIA 0 SUÉCIA 2
(Zlatan Ibrahimovic e Hansson)




Tentando aplicar um rótulo aos primeiros 45 minutos deste último jogo da primeira jornada do EURO 2008, a nulidade será talvez o que melhor se aplica.
Tanto Grécia como Suécia desiludiram todos os amantes do futebol, não só os que assitir in loco à partida, mas também aqueles milhões que, por esse mundo fora, acompanharam o jogo pela televisão.
Ambos os conjuntos, mantiveram-se até ao intervalo, com apenas uma preocupação: não sofrer golos. E conseguiram-no!
Com esta condicionante fortíssima, pela negativa, claro está, apenas por duas vezes o perigo rondou as balizas, uma para cada lado. Primeiro, foi Zlatan Ibrahimovic a aparecer na área grega, a tentar o desvio, contudo, a bola saíu por cima do travessão da baliza à guarda de Nikopolidis.
Depois, já perto do intervalo, foi a vez de Basinas tentar a sua sorte, de fora da área, mas Isaksson opôs-se bem.
A história da segunda parte foi outra, tendo havido uma equipa a dominar por completo, a Suécia, e a outra, literalmente, a ver jogar, a Grécia.
Baseada num futebol apoiado, sempre com vistas para a dupla de atacantes, Larsson e Ibrahimovic, a Suécia realizou uma segunda parte de bom nível, jogando quase sempre no meio campo adversário, explorando as faixas laterais, com Ljungberg e Wilhelmsson em plano de destaque, tendo por isso chegado com toda a naturalidade ao golo, por intermédio do inevitável Zlatan Ibrahimovic, que, de fora da área, disferiu um autêntico míssil, ao canto superior direito da baliza de Nikopolidis, não dando quaisquer hipóteses de defesa ao guardião grego.
Estava aberto o activo, e diga-se, em abono da verdade, de forma totalmente justa. Tão justa que, apenas 5 minutos mais tarde, Hansson, aproveitou um lance muito confuso na área grega para, de cabeça, fazer o segundo golo e sentenciar a partida.
Era o vergar por completo da turma orientada por Otto Rehhagel, que, diga-se em abono da verdade, nada fez, ao longo dos 90 minutos para conseguir o empate que fosse, quanto mais a vitória.
Haverá talvez muita gente, depois de assistir à partida, a questionar se esta é a mesma Grécia que se sagrou Campeã da Europa em 2004, em Portugal. Pois, bem, o conjunto grego até é quase o mesmo, tem muito poucas alterações desde há 4 anos, mas o que é facto é que, o seu futebol é ainda mais triste, mais lento, porventura muito por culpa da idade avançada de alguns dos seus jogadores nucleares.


FICHA DE JOGO:

Estádio Wals-Siezenheim, em Salzburg

ÁRBITRO: Massimo Busacca, da Suiça

GRÉCIA: Nikopolidis; Seitaridis, Kyrgiakos, Dellas e Torosidis; Antzas, Katsouranis, Basinas e Karagounis; Gekas e Charisteas.

SUBSTITUIÇÕES: Gekas por Samaras, ao intervalo, Dellas por Amanatidis, aos 71 minutos,

TREINADOR: Otto Rehhagel


SUÉCIA: Isaksson; Alexandersson, Mellberg, Hansson e Nilson; Andersson, Svensson, Wilhelmsson e Ljungberg; Larsson e Ibrahimovic.

SUBSTITUIÇÕES: Ibrahimovic por Elmander, aos 71 minutos, Alexandersson por Stoor, aos 74 minutos e Wilhelmsson por Rosenberg, aos 78 minutos.

TREINADOR: Lars Lagerback

DISCIPLINA: Cartão amarelo a Charisteas, aos 2 minutos; a Seitaridis, aos 52 minutos, a Torosidis, aos 61 minutos.

GOLOS: 0-1 por Zlatan Ibrahimovic, aos 67 minutos; 0-2 por Hansson, aos 72 minutos;

A FÚRIA DA ARMADA ESPANHOLA




GRUPO D


ESPANHA 4 RÚSSIA 1
(David Villa [3] e Fabregas; Pavlyuchenko)




Entrou com tudo, a Espanha, na fase final do EURO 2008!
Depois de muitas discussões em torno da capacidade ou não, de Luís Aragonés conseguir comandar com sucesso a armada espanhola, sobretudo com a não inclusão de um dos mais carismásticos jogadores espanhóis, Raúl, no lote dos 23 presentes na Suiça e na Áustria, o que é certo é que, a avaliar por este primeiro jogo, ninguém se poderá lamentar da ausência do capitão merengue, já que "nuestros hermanos" venceram e convenceram.
Perante uma Rússia que muito prometia, a Espanha entrou a todo o gás, se bem que tivesse pela frente um adversário com uma grande entrega ao jogo, mas que definia quase sempre mal os lances ofensivos.
Nos minutos iniciais, a bola rondou as duas balizas com algum perigo, mas a equipa que acabaria por ser mais fria na hora da finalização foi, precisamente, a Espanha, que, por intermédio de David Villa, abriu o activo aos 20 minutos.
A partir daí, a tranquilidade foi quase absoluta, com os espanhóis a jogarem a seu bel-prazer, e a dominarem por completo o jogo até ao intervalo, sem que antes do apito final para o termo dos primeiros 45 minutos houvesse novo golo, e outra vez com o mesmo autor, David Villa.
O ponta de lança do Valência esteve imparável, e levou a sua selecção à vitória!
Na segunda metade o cariz do jogo não se alterou, com a Rússia, esforçada, é certo, sempre a tentar contraria a tendência, mas sem nunca conseguir incomodar verdadeiramente Iker Casillas.
A Espanha sentiu que não corria grandes riscos, e controlava tranquilamente o desenrolar da partida, sem nunca forçar muito, tendo também em conta as substiutições operadas pelo seu comandante, que, diga-se em abono da verdade, não forma bem conseguidas, e retiraram poder de fogo ao ataque espanhol.
A Rússia ainda conseguiu chegar ao tento de honra, através de um belíssimo cabeceamento de Pavlyuchenko, na sequência de um pontapé de canto, mas já era tarde.
Mesmo ao caír do pano, o resultado avolumava-se ainda mais, com o quarto golo da Espanha, marcado por Fabregas, beneficiando de uma posição de fora-de-jogo não sancionado pelo árbitro auxiliar.
A vitória espanhola é perfeitamente justa, se bem que os números tenham sido algo exagerados.


FICHA DE JOGO:

Estádio Tivoli Neu, em Innsbruck

ÁRBITRO: Konrada Plautz, da Áustria

ESPANHA: Casillas; Sérgio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevilla; Marcos Senna, Xavi e Iniesta; David Silva, David Villa e Fernando Torres.

SUBSTITUIÇÕES: Fernando Torres por Fabregas, aos 54 minutos, Iniesta por Santi Cazorla, aos 62 minutos e David Silva por Xabi Alonso, aos 77 minutos.

TREINADOR: Luis Aragonés


RÚSSIA: Akinfeev; Anyukov, Shirokov, Kolodin e Zhirkov; Zyryanov, Semshov, Semak e Sytchev; Bilyaletdinov e Pavlyuchenko.

SUBSTITUIÇÕES: Sytchev por Bystrov, ao intervalo, Semshov por Torbinskiy, aos 57 minutos e Bystrov por Adamov, aos 70 minutos.

TREINADOR: Guus Hiddink

GOLOS: 1-0 por David Villa, aos 20 minutos; 2-0 por David Villa, aos 44 minutos; 3-0 por David Villa, aos 74 minutos; 3-1 por Pavlyuchenko, aos 85 minutos; 4-1 por Fabregas, aos 90 minutos.

ROLABOLA EURO 2008



JORNADA 2

1. Suiça - Turquia
MVP:

2. Croácia - Alemanha
MVP:

3. Austria - Polónia
MVP:

4. Itália - Roménia
MVP:

5. Holanda - França
MVP:

OLHÓGOLO:

6. Portugal - República Checa
MVP:

MARCADOR DE SERVIÇO:

PRAZO: Até ao início do primeiro jogo (dia 11, 17h00)

segunda-feira, junho 09, 2008

ROLABOLA EURO 2008

Resultados, marcadores e figuras:

Suiça 0-1 República Checa (Sverkos)

MVP: Ujfalusi (Rep. Checa)

Austria 0-1 Croácia

MVP: Pletikosa (Croácia)

Alemanha 2-0 Polónia

MVP: Podolski (Alemanha)

Roménia 0-0 França

MVP: Makelele (França)

Holanda 3-0 Itália

MVP: Sneijder (Holanda)

OLHÓGOLO:

Portugal 2-0 Turquia (Pepe, Meireles)

MVP: Pepe (Portugal)

Pontuações:

Neves: 16
Doc: 9
Gonçalo Seco: 19
Nuno Pascoal: 9
João Araújo: 26
Faustino: 9
Pedro Faria: 3
Miguel Braz: 6
André Braz: 6
Amandio Santo: 11
Paulo Mota: 16
Eduardo Marques: 19
Nuno Matos: 2
Pedro Violante: 6
Nelson Soares: 9
Pele: 24
Vitinho: 31+3 (bónus)=34
João Marques: 19
Pedro Dinis: 13
Paulo Meles: 24
Cristina Falcão: 9
Sérgio Gouveia: 19
Filipe Costa: 9
Carlos Coelho: 16
Daniel da Silva: 11
Claudio: 9
Laranjeiro: 6
Bruno Rocha: 13
Paulo da Silva: 3
Helder Marques: 9
Letícia Santos: 13

VENCEDOR DA JORNADA: VITINHO "34 PONTOS"

CLASSIFICAÇÃO:

1º VITINHO 34 PONTOS
2º João Araújo 26
3º Pelé 24

4º Paulo Meles 24
5º Sérgio Gouveia 19
6º Eduardo Marques 19
7º Gonçalo Seco 19
8º João Marques 19
9º Neves 16
10º Carlos Coelho 16
11º Paulo Mota 16
12º Bruno Rocha 13
13º Pedro Dinis 13
14º Letícia Santos 13
15º Amândio Santo 11
16º Daniel da Silva 11
17º Helder Marques 9
18º Cristina Falcão 9
19º Doc 9
20º Claudio 9
21º Nelson Soares 9
22º Filipe Costa 9
23º Faustino 9
24º Nuno Pascoal 9
25º Pedro Violante 6
26º Laranjeiro 6
27º Miguel Braz 6
28º André Braz 6
29º Pedro Faria 3
30º Paulo da Silva 3
31º Nuno Matos 2

CONSIDERAÇÕES:

- Muito interessante esta primeira jornada. Contrariamente ao que é habitual, foi quem jogou mais no risco que se saíu melhor. Destaque para a extraordinária prestação de VITINHO que acertou em cheio no resultado da Croácia, também na Roménia e finalmente no Olhógolo. Depois, com a felicidade de Lukas Podolski ter sido eleito o melhor em campo fruto dos dois golos que marcou, foi só somar até garantir a vitória nesta primeira jornada. Parabéns a este participante pelo risco, pela audácia e pela procura da felicidade.

- Destaque também para a grande entrada de João Araújo no campeonato da Europa a querer finalmente mostrar que tem valor para lutar por títulos. As próximas jornadas vão servir para nos mostrar até que ponto Araújo é ou não candidato ao título. Sinceramente, não acredito!! :)

- Por falar em surpresas, que dizer da prestação de Paulo Meles. Para quem pouco ou nada percebe de bola, não foi nada má esta jornada inaugural. Tenho quase a certeza que a partir de agora é "a descer" mas, ainda assim, não deixa de poder dizer que já esteve entre os melhores nesta edição do Rolabola.

- Pela negativa, temos de destacar Pedro Faria, André Braz e Pedro Violante. Para os mais distraidos, estamos a falar do vencedor do Rolabola em 2007 (Faria), do vencedor em 2006 (Braz) e do vencedor do Mundial 2006 (Pedro Violante). No mínimo, pedia-se mais a estes participantes. É certo que ainda há muito jogo pela frente, é verdade também que há muitos pontos em disputa, e é igualmente correcto dizer que abanaram mas, tal como a Itália, ainda não caíram. A ver vamos o que o futuro nos reserva.

Continuação de bons palpites!!


GRUPO C: Grande Holanda derruba Itália na estreia


Holanda 3-0 Itália
(Van Nistelrooy, Sneijder, Van Bronckhorst)



Depois de Portugal e Alemanha, foi a vez da Holanda apresentar a sua candidatura ao título europeu. E que apresentação! Para quem só através de livros ou dos canais história tinha ouvido falar da famosa laranja mecânica, pois bem, a Holanda desta noite voltou a ser tão ou mais demolidora que aquela conhecida no passado. No melhor jogo do Euro, ficará para a história esta exibição dos holandeses e esta sensacional vitória frente à Itália, 30 anos depois.

Num plano antagónico tivemos uma Itália completamente irreconhecível. Confesso que apesar da vitória ser totalmente justa, os números são porventura exagerados, atendendo à melhoria dos italianos em termos ofensivos após as entradas de Grosso, Del Piero e Cassano em campo. No entanto, pelas inacreditáveis falhas defensivas que os pupilos de Donadoni tiveram ao longo do jogo, não se pode dizer que a Holanda não merecesse marcar três golos. Neste contexto, tivemos uma Itália algo perdolária na hora de finalizar e muito débil em termos defensivos, algo que é totalmente surreal e contra-natura.

Analisando individualmente os melhores e piores de cada equipa, diria que haveria muito por escolher para MVP do lado holandês e, por outro lado, muito por escolher no lado italiano se tivessemos de escolher o candidato a pior em campo. Nesse sentido, destacaria na Holanda Van der Saar que defendeu tudo o que havia para defender - aquela defesa ao livre de Pirlo é, talvez, a melhor defesa do Europeu até ao momento -; no eixo defensivo, Ooijer e Mathijsen foram enormes na forma como quase sempre conseguiram segurar Luca Toni e Van Bronckhorst mostrou, também ele, toda a sua experiência a defender e também em acções ofensivas (marcou o terceiro golo da forma mais improvável); no meio-campo, uma surpresa: Orlando Engelaar. Confesso que nunca tinha visto jogar este jogador do Twente mas deu para ver que Marco Van Basten não se equivocou quando o "lançou às feras". Diria que se Sneijder foi o melhor em campo e pôde mostrar todo o seu potencial (já lá vamos!), muito se deveu ao trabalho de De Jong e principalmente deste Engelaar que apresentou 1,98 m de força, raça, vontade, determinação e de inteligência na forma como realizou o seu trabalho. Seguramente que não teve tanta influência em termos ofensivos como vimos em Sneijder ou Van der Vaart mas foi fundamental na forma como equilibrou a equipa e revelou a segurança necessária para os fantasistas da equipa. Até agora (e porque não o conhecia), a revelação deste Europeu.
Para falarmos com mais pormenor da excelente exibição da Holanda, teremos obviamente de olhar para duas unidades fundamentais para o desfecho do jogo: Ruud Van Nistelrooy e Sneijder, o MVP da Uefa. Nistelrooy foi aquilo ao qual nos habituou: seguro com a bola em seu poder, inteligente na forma como se movimenta dentro da área e decisivo quando tem de o ser. Dois pormenores que ficam, no entanto, ligados à sua pessoa; no 1º golo do jogo Nistelrooy beneficiou de posicionamento irregular para marcar e no final da primeira parte o avançado do Real ficou a dever um golo ao jogo mas unicamente pelo facto do outro lado estar o melhor guarda-redes do Mundo. Ainda assim, foi mais que convicente a sua prestação e, por que não dizê-lo, provou também estar na luta pelo melhor marcador deste campeonato da Europa.
Quanto a Sneijder, que PARTIDAZO. Um jogador fabuloso com uma capacidade técnica fora do vulgar. É um tanto ou quanto parecido com Pirlo pela forma como joga e faz jogar quer com o pé esquerdo quer com o direito e tem, tal como o italiano, a fantástica capacidade em resolver jogos de meia-distância. É, no entanto, um jogador mais ofensivo que Pirlo e aparece mais vezes em zonas de finalização, como ficou provado no golo que marcou. Foi, sem dúvida, o grande organizador de jogo desta selecção e foi, obviamente, o principal maestro desta grande orquestra.



Virando agulhas para o lado italiano, naturalmente que a máquina falhou no geral. Sem querer tirar o mérito à Holanda, me parece que Roberto Donadoni não fez tudo o que estava ao seu alcance para a obtenção de um resultado diferente. Obviamente que é mais fácil falar ou escrever depois do jogo ter finalizado mas ficou a ideia que a equipa foi mal formada e as substituições algo tardias e conservadoras. Em primeiro lugar, não compreendo o porquê de Del Piero ter ficado sentado no banco. Num meio-campo profundamente táctico e defensivo (Gattuso, Pirlo e Ambrosini), custa a entender como é que alguém como Del Piero ou Cassano, jogadores que pensam o jogo do meio-campo para a frente, ficaram fora do onze. O que é certo é que Cassano e Del Piero, no pouco tempo que estiveram em campo, foram mais perigosos que Di Natale e (principalmente) Mauro Camoranesi. Depois, custa a perceber o que Ambrosini ficou a fazer em campo depois da Holanda ter chegado ao 2-0. Se a ideia era perder por poucos, nem isso foi conseguido. Finalmente, uma palavra para a dupla de centrais (Barzagli e Materazzi) que estiveram num dia horrível. Lentos, bastante faltosos, falta de combinação, enfim, foram dois motivos pelo qual a defesa italiana não funcionou. Certamente que o infeliz Gigi Buffon dar-se-ia muito mais satisfeito se à sua frente tivessem nomes como Alessandro Nesta ou Fábio Cannavaro.

Em suma, grande jogo de futebol entre duas grandes selecções, muito embora uma muito mais feliz que a outra. Importa dizer que a Holanda deu um grande passo para a qualificação ao passo que a Itália, com um resultado tão negativo, não pode sequer pensar em empatar os jogos que lhe restam. Ainda assim, acredito que a Itália vai ainda mostar o porquê de ser a campeã mundial e estou esperançado que dêem a volta a este cenário tão negro.
Quanto à Holanda, com uma equipa jovem, dinâmica e virada para o ataque, a continuar assim, vai ser um caso sério. Parabéns ao seu treinador e aos jogadores que proporcionaram ao Mundo um dos melhores jogos de futebol que temos memória em jogos desta envergadura.
MVP UEFA: Sneijder (Holanda)

GRUPO C


França 0-0 Roménia

MVP: Claude Makelelé (França)

QUIM LESIONA-SE E ESTÁ FORA DO EURO. NUNO ESPÍRITO SANTO É O SEU SUBSTITUTO



O INFORTÚNIO DE QUIM...



DEU A HIPÓTESE A NUNO...




O azar de uns é a sorte de outros. O ditado é velho, mas expressa bem o que se passou no último treino da selecção nacional antes do jogo com a Turquia.
Quim, guarda-redes do Benfica, e habitual suplente de Ricardo na turma das quinas, lesionou-se num exercício que efectuava-se e confirmaram-se os piores cenários: fractura de um pulso, com consequente período de inactividade a rondar as oito semanas.
Posto isto, a Federação Portuguesa de Futebol expôs o caso à Uefa, pedindo permissão para a respectiva substituição do atleta em causa, o que, à luz dos regulamentos ainda era permitido. Perante tal situação, Luiz Felipe Scolari e a sua equipa técnica estudaram o caso, e as possibilidades existentes para solucionar a questão, tendo a opção recaído em Nuno Espírito Santo, guarda-redes do FC Porto, que, não jogou muitas partidas durante a época, visto ser suplente do indiscutível Hélton, na baliza dos dragões.
Ponderados os prós e os contras, a experiência de Nuno, aliada à belíssima exibição que fez na final da Taça de Portugal, no Jamor, apesar da derrota da sua equipa, deram pontos ao keeper que nasceu em Cabo Verde, e Scolari não hesitou em pedir a Raúl Meireles, seu colega no Porto, para lhe ligar, anunciando-lhe a boa nova.
Nuno ainda pensou tratar-se de uma brincadeira, mas assim que percebeu que o assunto era sério, abandonou o Algarve, onde estava já de férias com a família, e rumou à Suiça, para se juntar aos restantes companheiros.
Está assim recompleto o lote de 23 eleitos de Scolari no Euro 2008, e esperemos que a infelicidade não volte a bater à porta da selecção portuguesa, que tão boa resposta deu no primeiro jogo, frente aos turcos, e que tanto promete para o restante da competição
.

ESTÁ DE VOLTA A ALEMANHA DOS BONS VELHOS TEMPOS




GRUPO B


ALEMANHA 2 POLÓNIA 0
(Lukas Podolski, 2)



Atenção a esta Alemanha! Uma selecção muito experiente, habituada a estas andanças, que sabe o que é ganhar Campeonatos da Europa, e que demonstrou neste jogo o porquê de ser considerada uma das favoritas à conquista deste EURO 2008.
Ainda que com uma selecção relativamente jovem, com uma média de idades a rondar os 26 anos (e isto porque o seu guarda-redes, Jens Lehmann, conta 38 primaveras!!!), a Alemanha tem muita qualidade, jogadores chave, nas posições fulcrais, e logicamente que a Polónia foi impotente para travar todos estes argumentos.
Com uma dupla de centrais muito sólida, Metzelder e Mertesacker, um lateral direito de enorme qualidade, Phillip Lahm, um recuperador de bolas por excelência, Frings, um maestro que pauta todos os tempos de jogo, Ballack, e um ponta-de-lança altamente qualificado, Klose. E, como se isto não bastasse para o rol de preocupações de Leo Beenhakker, ainda apareceu no jogo, o jovem Lukas Podolski que, mesmo actuando fora da sua posição de origem (actuou como médio ala esquerdo), acabou por ser a figura do jogo, bisando, e dando os três pontos à sua equipa.
Baseada em princípios de jogo fiéis à sua história, a Alemanha actuou num 4-4-2 clássico, com a surpresa a chamar-se Mário Gomez, ponta-de-lança do Estugarda, que actuou na frente de ataque ao lado de Klose, derivando Podolski para a esquerda, tendo sido sacrificado Bastian Schweinsteiger, que começou a partida no banco de suplentes.
O jogo foi muito intenso, com os germânicos a dominarem quase sempre, mas com uma Polónia que nunca se encolheu, e tentou sempre responder ao ímpeto contrário, chegando a pôr à prova Lehmann, por várias vezes.
Depois de ter aquirido vantagem no marcador, a Alemanha tranquilizou-se ainda mais, e controlou até ao intervalo.
Aí, Leo Beenhaker operou uma substituição, que revolucionou por completo a forma de jogar da sua equipa, uma vez que, com a entrada do brasileiro, naturalizado polaco, Roger Guerreiro, o conjunto que estava no grupo de Portugal na fase de apuramento, tomou conta do jogo, e criou ainda mais dificuldades a Lehmann.
Só por mera infelicidade a Polónia não chegou ao empate, visto que teve várias oportunidades para o conseguir.
Mas, o futebol não vive de "ses", e a Alemanha não esteve pelos ajustes, e matou o jogo. Depois de falha incrível da defesa polaca, a bola ficou à mercê de Podolski que, de primeira, com o seu pé esquerdo, rematou fortíssimo, não dando quaisquer hipóteses de defesa a Boruc. O jogador do Bayern de Munique bisava e sentenciava a partida, que até final não teria grandes motivos de interesse, já que, a Polónia sentiu, e de que maneira, o segundo golo, e resignou-se.
O jogo voltou a dar alma a uma frase sobejamente conhecida: "São 11 contra 11, e no fim ganha a Alemanha!"
Não esquecer também que este grupo é o que cruzará com o de Portugal nos quartos-de-final, e inerentemente nas meias-finais. Ou seja, o primeiro classificado do Grupo A, jogará com o segundo do Grupo B, e o segundo do Grupo A, com o primeiro do Grupo B.


FICHA DE JOGO:

Estádio Worthersee, em Klagenfurt

ÁRBITRO: Tom Henning, da Suécia

ALEMANHA: Lehmann; Lahm, Metzelder, Mertesacker e Jansen; Frings, Ballack, Fritz e Podolski; Gomez e Klose.

SUBSTITUIÇÕES: Fritz por Schweinsteiger, aos 55 minutos, Gomez por Hitzlsperger, aos 75 minutos e Klose por Kuranyi, aos 91 minutos.

TREINADOR: Joachim Low


POLÓNIA: Boruc; Wasilewski, Zewlakow, Bak e Golanski; Lewandovski, Dudka, Krzynowek e Lobodzinski; Smolarek e Zurawski.

SUBSTITUIÇÕES: Zurawski por Guerreiro, ao intervalo, Lobodzinski por Pisczek, aos 65 minutos e Golanski por Saganowski, aos 75 minutos.

TREINADOR: Leo Beenhakker


DISCIPLINA: Cartão amarelo a Smolarek, aos 39 minutos; a Lewandowski, aos 60 minutos e a Schweinsteiger, aos 64 minutos.

GOLOS: 1-0, por Lukas Podolski, aos 20 minutos; 2-0, por Lukas Podolski, aos 72 minutos.

VENCEU A MELHOR EQUIPA, MAS NÃO A QUE JOGOU MELHOR




GRUPO B


ÁUSTRIA 0 CROÁCIA 1
(Luka Modric, g.p.)




Tal como no dia anterior tinha feito a Suiça, o outro organizador deste EURO 2008, a Áustria, entrou da pior forma na competição, perdendo por uma bola a zero frente à Croácia.
Num jogo pouco interessante, as duas equipas demonstraram que não terão grandes objectivos na prova, ainda que a Croácia tenha alguns bons jogadores, que tratam bem a bola, mas enquanto conjunto, deixam algo a desejar.
Perante uma plateia entusiasta, o jogo começou logo mal para os da casa, que aos 3 minutos viram Luka Modric apontar o único golo da partida, na conversão de uma grande penalidade indiscutível, cometida por Aufhauser sobre Olic. O futuro jogador do Tottenham não acusou o peso da responsabilidade, e converteu aquela que foi a grande penalidade mais rápida da história dos Europeus.
Em vantagem no marcador, a Croácia optou pela circulação de bola, mas pouco ou nada progredia no terreno, e quase nunca voltou a incomodar verdadeiramente o guardião contrário, Macho.
Ao invés, a Áustria chegava algumas vezes à área contrária, mas quase nunca tinha o engenho necessário para desenhar as melhores jogadas, e tomar as opções correctas para pôr à prova Pletikosa. Quando o fazia, o guardião croata respondia à altura, de forma que até viria a ser considerado o MVP da partida, sem que tenha tido muito trabalho, é certo, mas quando o teve, decidiu sempre bem, e manteve as suas redes invioláveis.
Com Alemanha e Polónia no grupo, pouca esperança restará à selecção austríaca, no que ao apuramento diz respeito. Quanto à Croácia, terá todas as possibilidades de seguir em frente, e ao que tudo indica, o jogo decisivo será o último do grupo, precisamente frente à Polónia.


FICHA DE JOGO:

Estádio Ernst Happel, em Viena

ÁRBITRO: Pieter Vink, da Holanda

ÁUSTRIA: Macho; Prodl, Stranzl, Pogatetz e Standfest; Aufhauser, Saumel, Gercaliu e Ivanschitz; Harnik e Linz.

SUBSTITUIÇÕES: Saumel por Vastic, aos 61 minutos, Gercaliu por Korkmaz, aos 67 minutos e Linz por Kienast, aos 72 minutos.

TREINADOR: Josef Hickersberger


CROÁCIA: Pletikosa; Corluka, Robert Kovac, Simunic e Prankic; Srna, Niko Kovac, Modric e Kranjkar; Olic e Petric.

SUBSTITUIÇÕES: Kranjkar por Knezevic, aos 61 minutos, Petric por Budan, aos 71 minutos e Olic por Vukojevic, aos 82 minutos.

TREINADOR: Slaven Bilic

DISCIPLINA: Cartão amarelo a Pogatetz, aos 2 minutos; a Saumel, aos 20 minutos; a Robert Kovac, aos 51 minutos e a Prodl, aos 67 minutos.

GOLOS: 0-1, por Luka Modric, aos 3 minutos, de grande penalidade.

Grupo B


Austria 0-1 Croácia (Modric)
MVP: Pletikosa (Croácia)

Alemanha 2-0 Polónia (Podolski (2))
MVP: Podolski (Alemanha)

domingo, junho 08, 2008

SUIÇA DESILUDE FRENTE A REPÚBLICA CHECA À "ITALIANA"

Não entrou bem na competição que organiza, a par da Áustria, a selecção da Suiça. Apesar de ter realizado uma exibição satisfatória, o resultado foi negativo, e compromete e muito o apuramento da Suiça.
Aproveitando o factor casa, os helvéticos tiveram sempre o controlo do jogo, dominaram quase sempre em todas as vertentes, mas, ainda assim, não criaram muitas ocasiões de golo. Porém, quando as criaram, os homens da casa depararam-se com um muro intransponível na baliza contrária, nem mais, nem menos, do que um dos melhores guarda-redes do mundo, Petr Ceh.
Num jogo intenso mas nem sempre bem jogado, longe mesmo de ser espectacular, a turma de Jakob Kuhn tentou um pouco de tudo para dar uma alegria aos seus adeptos, mas nunca conseguiu violar as redes contrárias. Ao invés, a República Checa, optando por um futebol de contenção, preferiu sempre dar o domínio de jogo ao adversário, tentando defender bem e contra-atacar melhor. Nem sempre o conseguiu, é certo, mas sendo uma selecção mais experiente, nunca se desmoronou, e aproveitou um erro da defensiva suiça (má coordenação de uma saída em linha da defesa), para dar a estocada final no jogo, corria o minuto 70. O recém entrado Sverkos, apareceu isolado na cara do nosso bem conhecido Diego Benaglio (antigo guarda-redes do Nacional da Madeira, actualmente no Wolfsburgo, da Alemanha), e aí, só teve que escolher o lado, para fazer o primeiro golo do EURO 2008, e o único da partida inaugural do certame.
Até final, mais com o coração do que com a cabeça, a Suiça tentou chegar, pelo menos, ao golo do empate, mas nunca teve a destreza necessária para o fazer.
Nota final para a lesão de Alexander Frei, capitão da Suiça, e melhor marcador da história dos helvéticos, que foi obrigado a ficar nos balneários ao intervalo, correndo agora sérios riscos de não mais poder actuar na competição.


FICHA DE JOGO:
Estádio St.Jakob-Park, em Basileia


ÁRBITRO: Roberto Rosetti, de Itália


SUIÇA: Diego Benaglio; Lichtsteiner, Muller, Senderos e Magnin; Inler, Gélson Fernandes, Behrami e Barnetta; Streller e Frei.


SUBSTITUIÇÕES: Frei por Hakan Yakin, ao intervalo, Lichtsteiner por Vonlanthen, aos 75 minutos e Behrami por Derdiyok, aos 84 minutos.


TREINADOR: Jakob Kuhn


REP.CHECA: Petr Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozehnal e Polak; Galasek, Plasil e Jarolim; Sionko, Jankulovski e Koller.


SUBSTITUIÇÕES: Koller por Sverkos, aos 56 minutos, Sionko por Vlcek, aos 83 minutos e Jarolim por Kovac, aos 87 minutos.


TREINADOR: Karel Bruckner


DISCIPLINA: Cartão amarelo para Magnin, aos 59 minutos, para Vonlanthen, aos 76 minutos e para Barnetta, aos 93 minutos.


GOLOS: 0-1, por Sverkos, aos 70 minutos.