sábado, outubro 06, 2007

Liga Inglesa: Manchester arrasa Wigan


JOGO: MANCHESTER 4-0 WIGAN
(Tevez, Ronaldo (2), Rooney)

O MANCHESTER QUE TEM SIDO E O QUE QUER SER!



Duas partes distintas. Na primeira parte, tivemos um Manchester United apático, sem ideias, sem velocidade e fundamentalmente sem golos. No fundo, observámos um Manchester à imagem daquilo que tem sido nesta pré-temporada: com muita bola mas com pouco fio de jogo. Aliás, já o tinha escrito e volto a reiterar a ideia que tem havido demasiada mobilidade nos jogadores mais ofensivos da equipa. É bom saber que Ronaldo tanto joga à direita, ao meio ou à esquerda, é bom ter um Tevez, um Giggs e um Rooney totalmente polivalentes mas, tanta mobilidade tem feito com que, por vezes, os jogadores da frente ocupem efectivamente os mesmos espaços.
Curiosamente ou não, a verdade é que no segundo tempo, Giggs foi quase sempre um ala esquerdo, Ronaldo ocupou mais vezes a ala direita e Tevez e Rooney preocuparam-se mais com as funções de avançado do que propriamente com as habituais incursões pelas alas. Resultado? a equipa ganhou rotinas e partiu para uma segunda parte absolutamente fantástica. Quatro foram os golos obtidos mas muitos mais poderiam ter havido.
Com Anderson a sair cedo do banco para substituir o lesionado Vidic - O' Shea, hoje no meio-campo, rapidamente passou para o centro da defesa -, o United apresentava-se em campo com 6 jogadores totalmente virados para o ataque. É um luxo ter, à disposição e ao mesmo tempo, Scholes, Anderson, Ronaldo, Giggs, Tevez e Rooney. Ora, com tanto gás a nível ofensivo, era natural que, mais minuto menos minuto, o golo viesse a aparecer.
Tevez foi o primeiro a abrir o activo. Força, garra, determinação e classe são os adjectivos que melhor classificam o golaço do argentino. Não é daqueles golos de meter a bola "na gaveta" mas, pelo acreditar e pela forma hábil com que tirou do caminho dois defesas mais o guarda-redes, é efectivamente um golo de grande requinte.
Com o golo, obviamente que o Wigan teve de se abrir em busca da igualdade. Pois bem, é precisamente assim que esta máquina do United se mostra ainda mais. Com espaços, Ronaldo e companhia agradecem. Do primeiro golo à goleada foi uma questão de minutos. Nani só entrou aos 80 minutos e foi do banco que viu Ronaldo bisar e Wayne Rooney colocar o seu nome na lista de marcadores. O português mais mediático dos "red devils", sem fazer um enorme jogo, foi completamente decisivo e, mais uma vez, eficaz. Primeiro de cabeça e depois com o pé direito a finalizar uma boa jogada de Rooney pela esquerda.
Goleada, grande segunda parte, espectáculo, Ronaldo a marcar... enfim... que mais se pode pedir a esta grande equipa. Só se espera é que esta vitória gorda tenha continuidade. E se assim for...

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