sábado, setembro 27, 2014

RÁPIDAS SOBRE O CLÁSSICO


- Grande jogo de futebol. Melhor o Sporting no primeiro tempo, boa reacção do Porto na segunda parte em virtude das substituições introduzidas por Lopetegui. No geral, houve mais Sporting mas o empate aceita-se.

- Carrillo. Enorme primeira parte. Como era defendido aqui nestes lados, sempre foi o jogador mais excitante em termos técnicos (até à chegada de Nani) do Sporting e sempre achei estranhíssimo não ter mais minutos. Haja um treinador que aposta COM CONTINUIDADE num jogador desta craveira. Os resultados estão à vista e o mérito também passa muito por Marco Silva.

- Oliver. Acho fascinante como é que se empresta um jogador desta categoria. Um jogador tremendo e com uma inteligência acima da média. Com a sua entrada, o Porto passou a ter alguém a pautar o jogo. 

- Quaresma a noite; Tello o dia. Também já por aqui defendido, o futebol do nosso Ricardo tem bastante falhas que prejudicam a dinâmica ofensiva da equipa. É muito bom para desbloquear certos jogos em que as defesas estão muito cerradas mas, no geral, não compensa os riscos que RQ teima em assumir. Com o elenco que Lopetegui tem à disposição, quanto a mim vejo Quaresma muito mais como suplente do que como titular. E isto já para não falar no seu feitio (poderia, mais uma vez, ter prejudicado a sua equipa em virtude de uma entrada bárbara sobre Nani).

- Ilógico. Jogar com Nani e Carrillo nas alas e ter Slimani na frente é algo que me faz alguma confusão. Estes extremos gostam de vir para o meio, driblar e tabelar para aparecerem em zonas de finalização. Ora, o argelino é tudo menos um jogador forte a jogar longe da área. Penso que a equipa leonina ganharia mais com outro tipo de avançado, sendo que Slimani, um pouco à imagem de grande parte da época passada, poderia ser uma boa solução vindo do banco.

- Martins Indi à direita da defesa. É por estas e por outras que é muito raro vermos dois defesas esquerdinos como centrais. Muitas dificuldades em sair a jogar - nomeadamente na primeira parte - pela tal "falta" de pé direito. Foram inúmeras as perdas de bola (mérito também na pressão alta do Sporting) e bastante sentidas as dificuldades em explorar o flanco direito do ataque porque, invariavelmente, quando a bola chegava ao holandês a solução passava sempre por devolver a Marcano ou Fabiano. Também por este pequeno pormenor, não foi de estranhar a ausência total da dupla Danilo-Quaresma no primeiro tempo.

- Conferência de imprensa. Nem vale a pena acrescentar muito. De um lado o mau perder (ou empatar) e as desculpas sem motivo aparente de um; do outro, a classe e honestidade intelectual do discurso. Os nomes, nem vale a pena referi-los. Vocês sabem de quem é que eu estou a falar.

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