quarta-feira, agosto 30, 2006

ALECSANDRO É O NOVO REFORÇO DO SPORTING







Está encontrado o sucessor de Deivid na frente de ataque do Sporting. Chama-se Alecsandro, também é brasileiro, e é a nova aquisição dos "leões" para a temporada 2006/2007. Com 25 anos e uma estampa física notável (1,85m e 81kg), Alecsandro foi recrutado ao Cruzeiro de Belo Horizonte e chega a Alvalade por empréstimo de uma temporada (500 mil euros), ficando o Sporting com opção de compra por um valor a rondar os 3 milhões de euros.
Com passagens por Ponte Preta e Vitória da Bahia, entre outros, Alecsandro tem características diferentes dos actuais dianteiros leoninos, já que é um avançado possante, com apreciável estatura física, o que pode ser benéfico para o conjunto verde-e-branco, já que poderá ser o parceiro ideal para o intocável Liedson.
Sendo certo que no Brasil os golos são o prato forte dos avançados, é facilmente verificável que as características de Alecsandro foram estudadas pela SAD leonina para beneficiar o seu mais que provável parceiro de ataque, Liedson. Claro que os adeptos sportinguistas estarão à espera de golos, ainda para mais depois da semi-desilusão que tem sido Carlos Bueno, mas o novo dono da camisola 19, mais do que golos, promete trabalho e dedicação para "obrigar" os dirigentes da SAD a comprarem o seu passe no final da temporada. Para além de Liedson, Yannick Djaló, Carlos Bueno e Douala (?), Paulo Bento conta agora com mais um elemento para a frente de ataque, com vista a atacar da melhor forma as provas em que o clube está inserido, nomeadamente a Liga Portuguesa, a Taça de Portugal e a Liga dos Campeões.

segunda-feira, agosto 28, 2006

LIGA BWIN: 1ª Jornada




Resultados:

FC Porto 2-1 U. Leiria

Beira-Mar 2-2 Aves

Braga 2-1 Paços Ferreira

Sporting 3-2 Boavista

Naval 2-0 Estrela Amadora

Maritimo 1-0 Nacional

Setúbal 1-1 Académica

Benfica vs Gil Vicente/Belenenses (adiado)


ANÁLISE

Começou este fim-de-semana a Liga Portuguesa, agora designada por BWIN. Porto, Sporting e, por que não acrescentar também, Sporting de Braga, entraram no campeonato a ganhar, isto apesar de terem sentido algumas dificuldades em alcançar o triunfo, tal como o proprio resultado o demonstra. Devido aos problemas por todos já conhecidos, o Benfica não pôde estrear-se na Liga, algo que em termos puramente desportivos acabou por ser uma boa noticia já que os encarnados iriam apresentar-se bastante desfalcados para este encontro.

PORTO vs LEIRIA



O jogo de abertura reservou-nos um interessante FC Porto - U.Leiria. Jesualdo Ferreira apresentava-se aos adeptos dos dragões e logo com um teste nada fácil. Tal como o ano passado, Jesualdo entrava no campeonato contra o Leiria, uma equipa sempre incómoda que explora muito bem o contra-ataque, algo que poderia causar algumas dificuldades ao sistema de 3 defesas do FC Porto.
Até ao primeiro golo do Porto, as dificuldades da equipa da casa foram evidentes. O Porto mostrava-se bastante ansioso e algo lento nas transposições defesa-ataque. Já o Leiria, apesar de relativamente organizado defensivamente, mostrava-se um conjunto muito precipitado quando tinha a bola não conseguindo por isso accionar o contra-ataque.
Após uma excelente jogada individual de Tarik pelo flanco esquerdo, chegou o primeiro golo do Porto, um excelente golpe de cabeça por intermédio de Adriano, um avançado que continua a mostrar toda a sua qualidade mesmo actuando sozinho no eixo do ataque. Sem estar a justificar muito o golo, a verdade é que a meio da primeira parte o Porto adiantava-se no marcador e desbloqueava algum tipo de pressão que estava já a ser transmitida por parte dos adeptos.
A partir do golo e até final da primeira parte, só deu Porto. Lucho González e Andersson tinham mais espaço para ter a bola e, com mais facilidades em ler o jogo, os ataques do dragão saíam bem mais elaborados, com mais objectividade e classe. Depois, apareceu Ricardo Quaresma. Trinta e tal minutos que passou ao lado do jogo e, de repente, eis que aparece toda a magia do "Harry Potter" num lance de grande arte culminado com um remate feliz mas colocado, não dando hipótese a Bruno Vale. Mesmo à beirinha do intervalo, estava feito o segundo do Porto, resultado que dava grande tranquilidade aos azuis para o segundo tempo.



Na etapa complementar a história do jogo foi outra. Domingos Paciência, na sua estreia oficial como treinador, mostrou alguma qualidade na interpretação do jogo. Muitos treinadores lançariam atacantes em busca de um resultado mais animador e, possivelmente, acabariam sendo goleados no dragão. Ora, Domingos, analisando a primeira parte, entendeu que era no meio-campo que estava a perder o jogo. Lucho e Andersson jogavam à vontade, Raúl Meireles, sem grandes preocupações defensivas, integrava-se muitas vezes em acções ofensivas à procura do desequilibrio. Pois bem, Domingos lançou Paulo Gomes e Cadú da Silva tirando do jogo o apagado Harisson e o inconsequente Paulo César. Com estas alterações, Faria, o médio defensivo, tinha agora a companhia de Paulo Gomes permitindo a Paulo Machado jogar no campo todo, sem preocupações defensivas. Lá na frente, Sogou e Touré, sem posições, procuravam baralhar as marcações dos defesas portistas.
Com efeito, neste segundo tempo, vimos um Leiria muito melhor organizado e com mais dimensão ofensiva. Por outro lado, Andersson e Lucho, agora muito melhor vigiados, foram perdendo fulgor e acabaram mesmo por ser substituidos dado a sua pouca produtividade no segundo tempo.
Aos 66 minutos, o Leiria chegou, com justiça, ao golo. Sogou foi o marcador e trazia ao jogo maior incerteza no vencedor final.
Com o golo da União e com o receio de uma igualdade, o Porto teve de mostrar o porquê de ser o campeão nacional. A experiência e maturidade dos seus jogadores fizeram com que o resultado final não mais fosse beliscado. Entra assim da melhor forma Jesualdo Ferreira no campeonato, isto apesar de não ter efectuado uma grande exibição.

SPORTING vs BOAVISTA



O Sporting entrou a ganhar no campeonato, isto apesar de ter conhecido enormes dificuldades. Não fosse um minuto de sonho e um herói improvável e estariamos perante o primeiro deslize da equipa leonina no campeonato.
O jogo conheceu duas fases bem distintas. Num primeiro tempo, vimos um Sporting muito apático e com os seus principais jogadores profundamente apagados. Em termos defensivos, Abel e Custódio estavam numa noite perfeitamente desastrada, a nível ofensivo, João Moutinho revelava-se esforçado mas pouco produtivo à direita, Carlos Martins e Romagnoli nem sequer possibilitavam aos adeptos um eventual aplauso ou assobiadela, Liedson e Carlos Bueno, no eixo do ataque, mostravam uma distância a nível de processos.
A jogar de uma forma bastante descontraida, o Boavista adiantou-se no marcador através de um grande golo de Zé Manuel de fora da área, isto depois de um brinde de Custódio. Na altura ainda nenhuma das equipas havia assustado qualquer um dos guarda-redes mas, a coesão defensiva boavisteira e o à vontade com que estava a jogar em Alvalade, permitiu-lhes chegar à vantagem sendo a mesma um prémio para o trabalho realizado pelo conjunto nortenho no primeiro tempo.
Ao intervalo, vantagem do Boavista que só surpreendia quem não estava a assistir ao encontro.



No segundo tempo, o jogo foi outro. Apoiado num tendencioso Lucilio Baptista, o Sporting arrancou para uma exibição muito mais convicente. O Boavista embora aqui e ali prejudicado, revelava-se uma equipa muito curta em termos ofensivos. Assim sendo, esperava-se o golo do Sporting mais minuto menos minuto. Paulo Bento, como sempre, leu muito bem o jogo e mexeu muito bem na equipa. Abel e Custódio estavam numa noite não e, ao intervalo, ficaram nos balneários em detrimento de Ronny e Nani. Marco Caneira passou a ser o lateral direito leonino e Ronny e Nani assumiram todo o flanco esquerdo. Neste segundo tempo, também Moutinho subiu de rendimento, curiosamente, depois da sua passagem para o meio do terreno onde, efectivamente, se sente outro jogador.
No primeiro quarto de hora da segunda parte, vimos um Sporting mais objectivo, com melhores trocas de bola e mais rematador. O único problema prendia-se com a zona de finalização. Liedson não estava no seu melhor e mostrava-se pouco entrosado com Carlos Bueno. Pois bem, Paulo Bento, mais uma vez, detectou o problema leonino e rapidamente lançou em campo Deivid para o lugar do uruguaio. Ora, nesta coisa das substituições é preciso sorte e foi essa mesma que acompanhou o técnico leonino. Deivid, 5 minutos de pois de entrar em campo, resolveu o encontro. Primeiro, numa assistência de grande qualidade para o remate colocado de Nani, também ele uma substituição feliz de Bento. Como se não bastasse, um minuto depois, foi o proprio Deivid a finalizar, num excelente golpe de cabeça, isto depois de um cruzamento da direita, imagine-se, de Ronny, também ele uma cartada feliz do treinador do Sporting. O Sporting apresentava-se pela primeira vez em vantagem no marcador e, poucos minutos depois, em vantagem numérica dado que Ricardo Sousa, poucos minutos depois de entrar em campo, decidiu perder a cabeça e agredir Carlos Martins.
Até final, o jogo foi morno sendo que o epilogo do mesmo contou com dois golos e alguma intranquilidade leonina. Aos 90 minutos, Deivid bisou e despediu-se dos adeptos leoninos (vai para a Turquia); aos 92, Zé Manuel ainda causou alguma estranheza no resultado ao fazer o seu segundo golo num lance em que Ricardo não ficou bem na fotografia.
O que fica para a história é a primeira vitória do Sporting no campeonato, triunfo esse que se aceita pela segunda parte de grande qualidade por parte dos leões.

OS MAIS DOS RESTANTES JOGOS:



Falar dos outros jogos da primeira jornada sem falar de Mário Jardel seria de todo impossível. O brasileiro, apesar de bastante pesado, voltou a fazer aquilo que, no fundo, todos nós lhe reconhecemos: uma enorme capacidade em fazer golos. Jardel, como nos velhos tempos, fez um grande golo de cabeça, golo esse que deu o empate do Beira-Mar frente ao Aves. Ao contrário do que acontecia no passado, Jardel não resolveu mas ajudou a resolver, algo que, a repetir-se, vai certamente trazer muitas alegrias ao conjunto aveirense.

De destacar também o triunfo do Maritimo frente ao Nacional, naquele que é o Benfica vs Sporting da Madeira. Num jogo interessante e bastante bem disputado se tivermos em conta que estamos no principio do campeonato, o Maritimo acabou por ser a equipa mais feliz. O Nacional, por aquilo que fez durante todo o jogo, talvez justificasse um empate.

Um golo de Geraldo na própria baliza e ao cair do pano deu um triunfo bastante suado ao Sporting de Braga. Os minhotos, a jogarem em casa, sentiram enormes dificuldades para bater um Paços de Ferreira muito bem organizado defensivamente. Carvalhal entrou a ganhar no campeonato. A ver vamos até onde vai este Braga.

No jogo que fechou a jornada, Setúbal e Académica empataram a uma bola. Nandinho abriu o activo para o Setúbal e Helder Barbosa fez o tento dos estudantes naquele que foi o GOLO DA JORNADA.

quinta-feira, agosto 24, 2006

SORTEIO DA LIGA DOS CAMPEÕES








Realizou-se à poucos instantes, no Mónaco, o sorteio da Liga dos Campeões 2006/2007.
Pela primeira vez no seu historial, a prova conta com a presença de três equipas portuguesas. Se FC Porto e Sporting haviam conseguido a qualificação directa, já o Benfica teve que se submeter a uma pré-eliminatória, que viria a ganhar, derrotando o Áustria de Viena (4-1), no total das duas mãos.
Que os sorteios são puros e claros, disso nisso ninguém duvida, mas que existem também algumas curiosidades, lá isso também é verdade. Senão vejamos: o que dizer do reencontro do Benfica e do Manchester United nesta fase de grupos? e a coincidência de Barcelona e Chelsea integrarem novamente o mesmo grupo? e o que dizer sobre novo regresso de Luís Figo a Alvalade, para defrontar o seu clube do coração?
Pois é, os sorteios têm destas coisas! Mas para passarmos a perceber um pouco mais, aqui fica o alinhamente do sorteio:

GRUPO A: Barcelona (ESP); Chelsea (ING); Werder Bremen (ALE) e Levski Sófia (BUL).

GRUPO B: Inter Milão (ITA); Bayern Munique (ALE); SPORTING (POR) e Spartak Moscovo (RUS).

GRUPO C: Liverpool (ING); PSV Eindhoven (HOL); Bordéus (FRA) e Galatassaray (TUR).

GRUPO D: Valência (ESP); Roma (ITA); Olympiacos (GRE) e Shakhtar Donetsk (UCR).

GRUPO E: Real Madrid (ESP); Lyon (FRA); Steaua Bucareste (ROM) e Dínamo Kiev (UCR).

GRUPO F: Manchester United (ING); Celtic Glasgow (ESC); BENFICA (POR) e Copenhaga (DIN).

GRUPO G: Arsenal (ING); FC PORTO (POR); CSKA Moscovo (RUS) e Hamburgo (ALE).

GRUPO H: AC Milan (ITA); Lille (FRA); AEK Atenas (GRE) e Anderlecht (BEL).


A primeira jornada está marcada para os dias 12 e 13 de Setembro.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Particular: Benfica bate Estrela



A PRIMEIRA VEZ DE KIKIN!!





O Benfica venceu o Estrela da Amadora naquele que foi o último jogo de preparação para a nova temporada. A partir de agora, não mais haverá tempo para experimentar novas tácticas, não mais haverá tempo para dar minutos a jogadores menos utilizados.
Em relação à partida de ontem à noite, pouco há a dizer. O jogo foi demasiado desinteressante para podermos retirar notas positivas deste ou daquele jogador. Ainda assim, creio que ficaram claras certas e determinadas coisas. Em primeiro lugar, jogadores como Beto, Marco Ferreira, Diego, Marcel, Tiago Gomes mostraram que estão muito longe de se constituirem como alternativas válidas para Fernando Santos. Por outro lado, Nuno Assis e Kikin Fonseca poderão ser boas soluções para a longa época que se avizinha. Se Nuno Assis é um nosso bem conhecido e um atleta que pela sua forma de jogar trás sempre alguma irreverência ao ataque, já Kikin Fonseca, na sua estreia como titular, revelou pormenores de verdadeiro ponta de lança. O mexicano, sem dislumbrar, mostrou aquilo que um verdadeiro homem de área deve fazer, ou seja, jogar prático, ser paciente, lutar muito entre os centrais e, à mínima hipótese, tentar facturar. Ora, Kikin, não só revelou boa capacidade para jogar de costas para a baliza, como também mostrou saber estar dentro da área, denotando, por exemplo, um excelente jogo aéreo. Sinceramente, creio que Kikin poderá ser uma boa surpresa neste campeonato.

QUE TÁCTICA PARA ESTE BENFICA?

Fernando Santos, para este encontro particular, apostou num tradicional 4-4-2 com Marco Ferreira e Nuno Assis a assumirem as alas e Kikin e Marcel como avançados fixos. Na Champions League, o técnico encarnado havia utilizado um 4-2-3-1 com Petit e Katsouranis mais recuados, Paulo Jorge e Manú a jogarem nos corredores e com Rui Costa a pautar o jogo atrás de Nuno Gomes. Na altura, foi um Benfica possível este que jogou na Austria.
Com o aproximar do campeonato, algumas questões pairam na minha cabeça. Como irá fazer Fernando Santos quando tiver à sua disposição Simão, Miccoli e um melhor adaptado Kikin Fonseca?

Ora, parece-me lógico que o Benfica não vai abdicar de jogar com um número 10, no caso, Rui Costa. No entanto, como é natural, para jogar Rui Costa, dois jogadores com características mais defensivas terão de actuar nas costas do maestro. Assim sendo, parece-me lógico que Katsouranis e Petit também vão ser titulares. O problema prende-se precisamente com o ataque. Se Simão ficar, e é praticamente certo que isso aconteça, o capitão tem, de certeza absoluta, lugar garantido no onze. Assim sendo, a ala esquerda estaria composta e ficaria a faltar duas posições para 4 jogadores, Kikin, Miccoli, Nuno Gomes e Manú.
Num possível sistema de 4-2-3-1, parece-me claro que seria Manú o jogador a ocupar o flanco direito. Depois, lá na frente, Nuno Gomes, Miccoli, Kikin, Mantorras e Marcel terião que lutar para ocupar o único posto de ponta de lança. O problema é que com tanto jogador para a frente de ataque, jogadores que certamente são mais valias, parece-me uma situação complicada se Fernando Santos só optar por jogar com um ponta de lança.

Analisando o plantel que Fernando Santos tem à sua disposição, talvez o sistema de 3-4-1-2 fosse um modelo de jogo apropriado. O Benfica dispõe de 3 bons centrais que trariam qualidade e estabilidade ao sector defensivo. Depois, nas alas, Léo à esquerda e Simão, jogador que não só ataca bem como também é um atleta que mostra-se sempre disponível para defender, poderia ser uma boa solução para a direita. No miolo, Petit e Katsouranis mais recuados davam total liberdade a Rui Costa para fazer aquilo que sabe, portanto, meter a equipa a jogar; e na frente, tal como defendo, os dois atacantes, Nuno Gomes/Miccoli/Kikin com a missão de fazer golos e dar alegrias aos adeptos encarnados.
Creio que seria uma boa solução para este Benfica mas, nesta altura, seria bastante arriscado testar tal situação já que estamos muito perto dos jogos a sério. Ronald Koeman testou um sistema de 3 centrais na temporada passada e não teve resultados imediatos. Este sistema necessita de muito treino e precisa de tempo, algo que no Benfica não existe.
Uma das alternativas para este Benfica que possivelmente traria resultados imediatos poderia ser o 4-2-1-1-2 com Petit, Katsouranis e Rui Costa no meio, Simão a fazer de extremo direito e esquerdo alternadamente e dois avançados.
Mas como não sou eu o treinador, com este ou aquele sistema, espero que o Benfica esteja a altura da díficil temporada que se avizinha.

sexta-feira, agosto 11, 2006

PODERÁ FERNANDO SANTOS ESPERAR MAIS UMA SURPRESA?




Poderá estar por horas o anúncio oficial do novo reforço do Benfica.
Miguelito, lateral-esquerdo português do Nacional da Madeira, estará a caminho da Luz, concretizando-se assim o desejo de Fernando Santos, que havia pedido o reforço do lado esquerdo da defesa e/ou do meio-campo. Pois bem, assim sendo, o "engenheiro" ficará satisfeito em ambas as situações, visto que Miguelito desempenha bastante bem qualquer uma das posições, o que permitirá ao novo técnico encarnado ter alternativa credível a Léo, visto que nunca foi seu desejo que Ricardo Rocha ou Nélson suprissem uma eventual ausência do lateral esquerdo canarinho!
Segundo informações de última hora, Benfica e Nacional já chegaram a acordo para a transferência, por uma verba a rondar os 1,5 milhões de euros, faltando apenas o acordo entre Benfica e jogador, acordo esse que se prevê fácil, já que é vontade expressa do jogador dar o salto na carreira.
Aos 25 anos, o ex-jogador do Rio Ave, terá assim a oportunidade de chegar a um "grande", e quem sabe, à selecção nacional.

QUE FUTURO PARA O COMANDO TÉCNICO DO FC PORTO?




O F.C.Porto está a preparar a sucessão de Co Adriaanse. Depois da demissão do técnico holandês, os azuis-e-brancos estão a estudar as melhores alternativas para aquele que será o novo timoneiro dos campeões nacionais!
Até ao momento não existem ainda certezas, mas tudo leva a crer que o sucessor de Co Adriaanse seja português, desde logo se levantando um nome que parece ganhar cada vez mais força: o de Jesualdo Ferreira.
Embora esteja no início de uma nova era (recorde-se que Jesualdo chegou esta época ao Boavista depois de trabalho brilhante em Braga), o técnico que já passou pelo Benfica e pelas selecções mais jovens, é muito bem visto em todos os quadrantes da SAD portista, e mesmo pelos próprios adeptos, o que poderá facilitar uma possível transferência.
João Loureiro, presidente dos axadrezados, já afirmou que não será fácil que Jesualdo Ferreira deixe o Bessa, opinião que não será alheia à vontade dos sócios e adeptos boavisteiros, que nas últimas horas se têm concentrado nas imediações do Estádio do Bessa, protestando contra uma eventual saída do professor.
Sabendo-se no entanto que Pinto da Costa é perito em negociar rapidamente neste tipo de situações (lembrem-se os casos de José Couceiro e José Mourinho), podemos esperar novidades nos próximos dias.
Entretanto, se por qualquer motivo Jesualdo Ferreira não transitar para o Dragão, a SAD azul e branca tem mais nomes em carteira, para o comando técnico dos portistas: José Pekerman, que actualmente se encontra sem clube depois de ter orientado a selecção Argentina no Mundial FIFA 2006, José António Camacho, que deixou excelente imagem em Portugal, depois belissímo trabalho no comando técnico do Benfica, Wanderley Luxemburgo, antigo seleccionador brasileiro, ou mesmo José Peseiro, que também tem boas relações com alguns membros da direcção portista.

COMUNICADO



Os editores deste blog, Bruno Rocha e Eduardo Marques, vêm por este meio informar todos os seus estimados leitores, que nos últimos tempos tem sido muito complicado actualizar o blog. Tal facto, deve-se exclusivamente a questões profissionais, visto que ambos têm estado bastante ocupados nesta fase das suas vidas. Como tal, a tarefa de actualizar o blog diariamente (aliás, tal como habituámos os nossos estimados leitores!), tem sido impossível.
Estamos em crer que brevemente voltaremos a estar mais disponíveis para "reactivar" este NOSSO espaço, para voltarmos a ter o blog que sempre tivemos!
Com um enorme pedido de desculpas e esperando a maior compreensão de todos,

Bruno Rocha

Eduardo Marques

sexta-feira, agosto 04, 2006

Aí está a Liga Francesa!



ÉPOCA NOVA... O VENCEDOR DO COSTUME!

NANTES 1-3 LYON



O Lyon entrou da melhor forma no campeonato francês ao arrancar um importante e díficil triunfo no terreno do Nantes, uma das melhores equipas da Liga. Apesar de surpreendidos logo aos 4 minutos com um golo de Boukhari, o Lyon rapidamente reagiu e virou o jogo a seu favor. Um minuto depois de estar em desvantagem, o Olympique empatou por intermédio de Karim Benzema, um jogador que pelo que mostrou hoje, vai certamente dar muito que falar. Quer na ala esquerda quer na direita, Benzema mostra-se um jogador técnicamente muito evoluido e com um sentido de baliza notável.
Ao intervalo, o resultado indicava uma igualdade isto apesar da superioridade do Lyon.
No segundo tempo, o jogo curiosamente foi mais equilibrado, pelo menos até ao segundo golo do Lyon. Aos 62 minutos, na transformação de um canto, o Lyon passou para a frente com um golo do central Squillaci, jogador que jogava no Mónaco na temporada passada. Curiosamente, o golo teve a colaboração dos dois centrais do Lyon. Cáçapa, o capitão de equipa, assistiu Squillaci e este colocou os campeões no comando do marcador.
Ora, daqui até final, a superioridade dos penta-campeões franceses foi perfeitamente evidente. Baseando-se na qualidade de passe interpretada por três unidades de meio-campo de grande qualidade, na circunstância, Diarra, Toulalan (ex-Nantes) e Kim Kallstrom (ex-Rennes), o Lyon foi o senhor do jogo nesta meia hora final. Ainda em relação a estas três unidades do meio-campo, é impressionante como o Lyon tem 6 jogadores para o meio campo com este valor. Para os mais distraidos, Juninho Pernambucano e Tiago nem sequer foram convocados. Pedretti, mais um médio de grande valia, teve de contentar-se com o banco de suplentes. Gerrard Houllier vai ter muitas dores de cabeça para encontrar os 3 jogadores de meio-campo. Diarra e Juninho Pernambucano, ainda assim, parecem levar vantagem. Tiago vai ter vida díficil, especialmente com Toulalan, um jogador que tivemos oportunidade de ver no Campeonato da Europa de sub-21 ao serviço da França. Pelo que vi hoje, trata-se de um jogador fantástico. Foi, na minha opinião, o melhor jogador em campo. A continuar assim, a curto prazo estará a dominar o meio campo da selecção gaulesa.
Até final, no meio de tanta qualidade de jogo, o Lyon teve tempo ainda para fazer mais um golo, desta feita por intermédio do suplente (!) Fred que havia substituido John Carew já no segundo tempo.

Se tivermos em linha de conta que nesta equipa de hoje faltavam o guarda-redes Coupet, o central Cris que, dado ao seu pouco tempo de competição, sentou-se no banco dos suplentes, o lateral e internacional francês Abidal, os médios Juninho Pernambucano e Tiago e, no ataque, Gouvou, Wiltord e Malouda, portanto, oito jogadores que, no ano passado eram titulares quase indiscutiveis, chegamos à conclusão que este Lyon é uma equipa de grande nível e grande candidata a ganhar o campeonato francês com um mínimo de 10 pontos de vantagem. É abismal a diferença desta equipa para as demais.

Porto perde com Manchester United



PORTO 1-3 MAN UTD



O Porto entrou a perder no Torneio de Amesterdão. Os dragões foram derrotados pelo Man Utd por 1-3. Amanhã os azuis defrontam o Inter de Milão.
Para este encontro, Co Adriaanse fez alinhar um onze ofensivo mas com a particularidade de não contar com nenhum ponta-de-lança de raíz. Fiel ao seu sistema, o técnico holandês fez alinhar Pedro Emanuel, Pepe e Bosingwa à frente do guarda-redes Helton, no meio campo defensivo figuraram os habituais Paulo Assunção e Raúl Meireles, sendo que Marek Cech foi o terceiro homem para ajudas defensivas. Lá na frente, Andersson funcionou como o armador de jogo enquanto que Tarik, Alan e Vieirinha eram as unidades de ataque, atletas sem posição definida.

O Porto entrou bem no jogo mas foi surpreendido logo aos 11 minutos com o primeiro golo dos "red devils", através de um remate de fora da área do médio Paul Scholes. Com Carrick a jogar de inicio como médio defensivo, Paul Scholes pôde adiantar-se mais no terreno e jogar como tanto gosta, ou seja, atrás dos avançados.
Abalado com o golo, o Porto procurou reagir. No entanto, nove minutos depois, a defesa azul facilitou e Rooney aproveitou para fazer o segundo dos ingleses, num golo simplesmente sensacional. O internacional inglês, isolou-se e fez um espectacular chapéu a Helton.
Ao intervalo, o United vencia tranquilamente por dois golos de vantagem.

Para a segunda parte, Adriaanse trocou Pedro Emanuel por Adriano. O Porto, que havia jogado todo o primeiro tempo num abusado 3-4-3, passava a jogar num louco 3-3-4. Cech ocupou a posição de lateral esquerdo, Andersson recuou um pouco no terreno e, no ataque, Tarik, Alan, Vieirinha e Adriano procuravam virar o resultado.
Ora, se para consumo interno estas tácticas malucas de Adriaanse parecem dar frutos, no que às competições internacionais diz respeito, a conversa parece ser diferente. Custa muito a acreditar que o Porto, por muito boa equipa que tenha (e tem!), vá conseguir ombrear com os grandes colossos europeus num sistema de 3-4-3 ou 3-3-4. Não que este teste seja de todo conclusivo mas, a verdade é que factos são factos e depois de uma Liga dos Campeões perfeitamente desastrada no ano passado, o Porto volta novamente a fraquejar frente a uma equipa europeia com este sistema ultra ofensivo. Louve-se, ao menos, o facto de Adriaanse ser fiel às suas ideias e arrojado a este nível.
Voltando ao jogo, o Porto, mesmo beneficiando das expulsões de Rooney (exagerada) e Scholes (justa), voltou a sofrer novo golo, desta feita por intermédio de Solskjaer, avançado norueguês que parece estar definitivamente de volta aos relvados.
Aos 76 minutos, Pepe, num grande remate de fora da área, fez o único golo do Porto, golo esse que nada fez mudar o rumo dos acontecimentos.

FICHA DO JOGO:

FC Porto - Helton; Bosingwa, Pepe e Pedro Emanuel (Adriano, 46 m); Raul Meireles, Paulo Assunção (Jorginho, 72 m) e Cech; Anderson; Vieirinha (Bruno Alves, 72 m), Alan (Quaresma, 59 m) e Tarik.

Manchester United - Van der Saar (Foster, 60 m); Bardsley, Brown, Ferdinand (O’Shea, 46 m) (Simpson, 59 m) e Evra; Park (Fletcher, 72 m), Carrick (Martin, 78 m), Scholes e Giggs (Richardson, 67 m); Rooney e Solskjaer.

terça-feira, agosto 01, 2006

Benfica perde em Atenas...



QUARTA DERROTA NA PRÉ-TEMPORADA



Assim não! Mais um jogo do Benfica e mais uma derrota, a quarta na pré-época, a terceira consecutiva. Depois de ter perdido com Sporting e Corunha, o Benfica voltou a desiludir, desta feita perante o AEK de Athenas, ex equipa de Fernando Santos e Katsouranis. Mais do que a derrota, custa ver a forma como os encarnados (não) jogam, custa ver como o sumo extraido deste mês e pouco de trabalho é diminuto.

Para este encontro, Fernando Santos fez algumas alterações em relação aos últimos jogos. Quim voltou a ser titular o que, na minha opinião, é uma excelente noticia. Se a opção de Santos passar por qualquer guarda-redes menos Moretto é optimo. Na linha defensiva, Nélson ganhou a corrida a Alcides e Ricardo Rocha a Anderson. Mais uma vez, a minha total aprovação.
No meio campo, Fernando Santos alinhou com Petit e Katsouranis no miolo e Rui Costa como organizador de jogo. Depois, penso eu que Karagounis tinha a função de jogar como falso médio esquerdo e Manu na frente com Nuno Gomes mas com tendência a descair para o flanco direito. Segundo o que percebi, era mais ou menos assim que o Benfica entrava em campo.

Numa breve análise ao encontro, podemos começar por falar da vergonhosa primeira parte que o Benfica realizou. Se dúvidas existissem, neste jogo ficaram totalmente desfeitas. O Benfica não funciona neste sistema de 4-4-2 em losangulo. Aliás, creio que Fernando Santos não vai jogar assim para a semana com o Austria de Viena, pelo menos, com a prematura alteração de Karagounis por Paulo Jorge, cedo mostrou que parece cada vez mais claro que este sistema tarda em dar frutos. Como tal, e quanto a mim bem, o melhor é voltar ao sistema de 4-3-3, táctica essa em que grande parte dos jogadores estão mais familiarizados.
Este assunto do possível 4-3-3 com alas leva-nos a outra questão. Com as saídas de Simão e Geovanni, fica claro que o Benfica não tem jogadores para jogar dessa forma. Manú foi um jogador bastante voluntarioso neste jogo e mostrou ter valor para acrescentar algo ao futebol do Benfica mas, sinceramente, creio que, nesta altura, é o único jogador capaz de desempenhar com alguma capacidade uma posição de extremo. Paulo Jorge, autor do único golo encarnado, esforçou-se muito, fez porventura o seu melhor jogo com a camisola do Benfica mas, como é natural, está muito longe de ser um sucessor à altura de Simão. Ou seja, o Benfica é, hoje por hoje, uma equipa profundamente desequilibrada. Se o sistema de 4-4-2 em losangulo funcionar, muito bem... caso contrário, o Benfica não tem praticamente mais nenhuma solução.

Depois, há outra questão. Katsouranis ainda não mostrou ser reforço, joga muito parado e para trás e Petit ainda não está sequer a 50% da sua capacidade. Se tivermos em conta que Rui Costa já não é um jovem e que já não tem frescura para defender, o que salta à vista é um autêntico buraco no meio-campo. E depois há ainda a situação das alas. Viu-se inumeras vezes na primeira parte jogadores como Manú, Karagounis e o proprio Nuno Gomes perto da sua própria grande área. Ou seja, a equipa recuperava a bola e não podia fazer a transição defesa-ataque.

No primeiro tempo, a superioridade do AEK foi total. O Benfica não criava perigo, jogava de forma bastante lenta e quase sempre pelo centro do terreno. Só Manú mostrava uma velocidade diferente.
Se é verdade que o AEK não tinha feito muito para chegar ao primeiro golo, o que é certo é que a partir desse momento, as ocasiões foram aparecendo com frequência e daí até à goleada foi um instante. Foram três golos sem resposta na primeira meia hora e até podiam ter sido mais.
Aos 44 minutos, quando nada fazia prever, Manú arrancou pela direita, tirou um bom cruzamento ao segundo poste onde encontrou a cabeça de Paulo Jorge para o único golo do Benfica no jogo. Só para terem uma ideia da exibição encarnada, esta foi mesmo a única situação de golo em todo o encontro o que equivale a dizer que a eficácia vermelha foi de 100%.

No segundo tempo, Alcides e Anderson formaram a dupla de centrais, sendo que a táctica de 4-3-3, que tinha surgido a meio do primeiro tempo com a inclusão de Paulo Jorge em detrimento de Karagounis, continuou a ser a aposta de Fernando Santos. Nuno Gomes era a única referência no centro do ataque.
A segunda parte não foi grande coisa. As muitas substituições efectuadas por ambos os lados tiraram ainda mais qualidade ao jogo. Ainda assim, vimos um Benfica melhor, não que tenha sido mais perigoso mas pelo menos mostrou maior organização. As alas estavam melhor preenchidas e no miolo havia menos confusão e um maior encaixe nas marcações.
Gostaria de tentar aqui e ali revelar algum detalhe positivo deste ou daquele jogador mas sinceramente é dificil. O melhor que se pode dizer desta segunda parte é que foi menos má que a primeira. Léo e Nélson tiveram maior intervenção nas acções ofensivas, Petit também subiu um pouco, Paulo Jorge tentou mostrar serviço assim como Fonseca que jogou 15 minutos mas, no cômpto geral, a exibição foi muito fraca e deixa profundas preocupações para o futuro.

Em jeito de conclusão, diria que pelo que se tem visto nestes jogos de preparação, é necessário reforçar o plantel, fundamentalmente, nas alas. Léo, por exemplo, é a única opção para a lateral esquerda e, nos extremos, a equipa poderia sofrer um ligeiro ajuste dado que é praticamente certo que Simão vai sair do Benfica.
A ver vamos o que o futuro nos reserva. Uma coisa é certa, os problemas são evidentes mas ainda estamos a mais que tempo de remediar os mesmos. É bom que se cometam agora todos os erros para que quando for a doer a máquina esteja afinada. Longes são os tempos das eufóricas pré-temporadas encarnadas que depois tinham desfechos profundamente tristonhos no final das épocas. SERÁ A HISTÓRIA AO CONTRÁRIO?