segunda-feira, abril 30, 2007

Bwin: Benfica e Sporting anularam-se mutuamente!



BENFICA 1-1 SPORTING



Benfica e Sporting empataram a uma bola num jogo que acabou por ser interessante e até bem disputado, pelo menos enquanto as pernas o permitiram. Ambas as equipas procuraram aqui e ali a vitória mas o medo de perder foi sempre maior do que a vontade de ganhar.
O resultado acaba por aceitar-se já que nenhum conjunto se superiorizou verdadeiramente ao outro. Quem ganhou com isso foi o FC Porto que, mesmo tendo perdido, acaba por sair relativamente satisfeito com o desfecho da jornada. Diria mesmo que só com muita azelhice é que a equipa de Jesualdo Ferreira perde este campeonato que, apesar de tudo, o dominou desde a primeira jornada.

O POSITIVO DO JOGO:

- Ambiente na Luz. Quem lá esteve pôde constatar que afinal as claques de futebol também se sabem comportar e sabem como apoiar a sua equipa. Não houve petardos, não houve confusões nem pancadarias, não houve policia de choque em acção. Os adeptos do Benfica estiveram bem no apoio ao seu clube e os adeptos leoninos mostraram como poucos incomodam muitos.

- Miguel Veloso. Mais uma vez, o jovem médio do Sporting mostrou toda a sua qualidade. Com o pé esquerdo, com o direito, passes curtos ou passes longos, a verdade é que a bola sai sempre redonda dos seus pés. É, sem dúvida, o grande jogador deste Sporting e foi o príncipal responsável pelo grande final de época do conjunto leonino.

- Liedson e Miccoli. Ambas as equipas jogaram com dois avançados e, em ambos os casos, os seus melhores marcadores voltaram a facturar. Um é levezinho mas é uma autêntica carraça para as defesas contrária, o outro é um puro rato com fome de bola e faro pelo golo. O curioso é que o futebol de ambos podia ganhar muito mais se estivessem lado a lado. Como não estiveram, ambas as equipas sentiram a falta de qualquer coisa...

- Petit. Quem vê este jogador dentro do campo, quem vê a atitude e raça com que o mesmo ataca qualquer tipo de lance, quem vê o espírito de sacrifício que o trinco encarnado tem mesmo estando debilitado fisicamente, só pode bater palmas e ficar satisfeito, independentemente da côr clubística. É que, no fundo, quem agradece é Scolari e a nossa selecção. Um jogador fundamental para o Benfica e para as cores portuguesas.

O NEGATIVO:

- Ambição. Parece-me que para quem luta pelo título, houve alguma falta de ambição de parte a parte. Creio até que isso notou-se mais no futebol do Sporting. Na minha opinião, Paulo Bento procurou sobretudo garantir o acesso directo na Liga dos Campeões. Até posso entender a sua perspectiva, mas, efectivamente, não concordo com ela.
Relativamente ao Benfica, não houve muita ambição porque as pernas e as soluções vindas do banco não o permitiram. A vontade e determinação esteve lá mas faltou a sempre preciosa ajuda do banco. Quando assim é, não se pode fazer milagres e,como tal, o conjunto encarnado vai mesmo ficar no terceiro lugar, posição que, de resto, me deixa com um sentimento praticamente igual àquele que ficaria se o clube da Luz ficasse em segundo. A desilusão desta época foi tanta que o segundo ou terceiro lugar tornam-se praticamente como um prémio de consolação.

- Simão. Naturalmente que a ausência de um jogador com a categoria de Simão pesa sempre num jogo desta dimensão. O futebol ofensivo do Benfica perdeu obviamente qualidade, não querendo com isto dizer que se o capitão estivesse em campo que a equipa automaticamente venceria.

- Nuno Gomes. Parece-me que seria bom para o "21" da Luz mudar de ares. São muitos anos de Benfica e creio que o avançado português está a tornar-se uma espécie de "Pedro Barbosa" encarnado. Há quem o admire bastante e o considere o melhor avançado português da actualidade, há quem não o suporte e o assobie à mínima falha. A falta de confiança é uma realidade, a desconfiança que o próprio sente por parte dos adeptos é notória e, neste sentido, seria melhor para todos que Nuno Gomes procurasse um lugar onde fosse mais feliz e mostrasse que a carreira e o curriculum que conseguiu não foi por acaso.
A exibição do avançado ontem foi, a todos os títulos, miserável.


quarta-feira, abril 25, 2007

Champions: Tudo por decidir em Milão!



MAN UTD 3-2 MILAN



Tudo em aberto. Manchester United e Ac Milan (!) proporcionaram um grande espectáculo de futebol, digno de uma meia-final da maior competição de clubes da Europa. Emoção, golos, jogadas individuais de grande qualidade, incerteza no resultado até final... portanto, houve de tudo um pouco no teatro dos sonhos. Quem saíu a ganhar foi o magnífico público que, mais uma vez, encheu por completo Old Trafford e, naturalmente, os espectadores que, por esse Mundo fora, assistiram via televisão.

Em relação à partida, há alguns pormenores que gostaria de destacar. Em primeiro lugar, não poderia deixar de falar da grande prestação do AC Milan (até aos 60 minutos de jogo) que vendeu muito cara a derrota em Manchester. Esperava uma equipa italiana muito defensiva e profundamente calculista. A humilhação que a Roma sofreu em Inglaterra era motivo mais que suficiente para um maior resguardamento. Ora, o que é certo é que depois de 10 minutos muito complicados em que o Manchester United entrou "a matar" e chegou rapidamente à vantagem, a equipa milanesa começou a ter mais bola e a controlar os ritmos da partida. A dada altura, a posse de bola dos italianos era reveladora do seu maior dominio de jogo. O Manchester não conseguia jogar, as linhas estavam muito recuadas e, tirando as correrias loucas de Ronaldo, não mais veriamos sinais de vida dos púpilos de Alex Fergusson, no primeiro tempo como é obvio.

De referir também um pormenor que me pareceu muito interessante e, ao mesmo tempo, muito estranho, isto se tivermos em conta que estamos na presença de uma equipa italiana. Propositadamente ou não, a melhor forma que Ancelotti encontrou para travar os temíveis extremos do United foi obrigá-los a recuar inumeras vezes no terreno. Nesse aspecto, os laterais "rossoneri" tiveram um papel fulcral. Massimo Oddo à direita e Jankulovski à esquerda foram extremos por variadíssimas vezes e obrigaram Ronaldo e Giggs a acompanhar quase sempre as investidas dos seus opositores. Neste sentido, quando os alas dos "red devils" tinham bola, normalmente estavam muito longe da área adversária o que, logicamente, facilitava a tarefa dos italianos que tinham sempre muitos homens para travar qualquer tipo de malabarismos.

Como segunda nota relevante, não poderia deixar de falar nas inumeras ausências que afectaram o futebol do United. Jogar com O'Shea, Heinze (como central!), Brown e Fletcher não é a mesma coisa que actuar com Neville, Ferdinand, Vidic e Saha. É curioso que há umas semanas atrás falava em três clubes que possivelmente iriam pagar caro o facto de jogarem praticamente com os mesmos jogadores durante toda uma época e em tantas competições ao mesmo tempo. Na altura, Benfica, Barcelona e Manchester United foram os exemplos. Estamos conversados em relação ao clube da Luz; por terras espanholas, as oscilações têm sido muitas e o fraco rendimento de jogadores chave tem sido evidente; e agora, de forma mais flagrante, o Manchester começa a acusar níveis elevados de fadiga que levam ao aparecimento de lesões musculares. Bastaria o United ter um plantel tão equilibrado como o do Chelsea e, nesta altura, não tenho dúvidas que o campeonato estaria definitivamente arrumado já que, nesta temporada, o Manchester tem revelado uma qualidade, a todos os níveis, muito superior aos "blues".

Apesar de todas as condicionantes no futebol do Manchester, apesar da enorme primeira parte do Milão, parece-me que o resultado acabou por ser justo. O Milão mereceu marcar golos em Inglaterra, aliás, nesse capítulo, Kaká foi preponderante (2 golos), mas, na minha opinião, uma derrota ou até mesmo um empate seria um castigo muito duro para o United que, mormente na segunda parte, foi sempre melhor que o seu adversário e foi sempre a equipa que mais procurou o golo. Já agora, e ainda em relação a este último aspecto, creio que foi a única pecha de Ancelotti. O técnico italiano cedo se mostrou mais interessado em segurar a vantagem ou até mesmo o empate a dois golos do que propriamente tentar arrumar por completo a eliminatória. A entrada do médio Gourcouff em detrimento de Gilardino é um exemplo claro disso mesmo.
Para terminar, estou convencido que mesmo com uma defesa de recurso - para além das lesões já conhecidas, Evra, castigado, vai também falhar o jogo da 2ª mão - o Manchester United tem tudo para carimbar o seu passaporte para Atenas. O Milão vai ter de atacar e vai certamente expor-se aos contra-ataques do United. Não acredito que o Manchester fique em branco em Milão e, muito honestamente, estou em crer que a equipa de Fergusson vai ter mais facilidades do que aquelas que teve na primeira mão. Assim espero!

terça-feira, abril 24, 2007

Video da Semana



2º Lugar: Pirlo na vitória do Milan frente ao Cagliari.



1º Lugar: Golo de Diego com dedicatória para Co Adriaanse.


RolÀbola



Resultados:

1. Real Madrid - Valência (2-1)
2. Villarreal - Barcelona (2-0)
3. Newcastle - Chelsea (0-0)
4. Tottenham - Arsenal (2-2)
5. Lázio - Fiorentina (0-1)
6. Auxerre - Lyon (0-0)
7. Marítimo - Benfica (0-3)
8. FC Porto - Belenenses (3-1)
9. Estugarda - Bayern Munique (2-0)

OLHÓGOLO:

10. Sporting - Naval (4-0)

Pontuações:

João Faustino: 3
André Braz: 12
Neves: 6
Pedro Faria: 9
Eduardo Marques: 12
Bruno Rocha: 9
João Marques: 15

VENCEDOR DA JORNADA: João Marques "19 pontos"

CLASSIFICAÇÃO:

1º PEDRO FARIA 371 PONTOS
2º João Faustino 321
3º Duarte 302
4º João Marques 292
5º Neves 286
6º Rui Faria 266
7º Bruno Rocha 264
8º Eduardo Marques 263
9º André Braz 257
10º Nelson Granado 233
11º Blackbird 183
12º Doc 168

PRÓXIMA JORNADA:

1. Bilbao - Real Madrid

2. Gimnastic - Villarreal

3. Everton - Manchester United

4. Portsmouth - Liverpool

5. Roma - Lázio

6. Torino - Milan

7. Toulouse - PSG

8. Boavista - FC Porto

9. Académica - Braga

OLHÓGOLO:

10. Benfica - Sporting

segunda-feira, abril 23, 2007

CONDIÇÃO FÍSICA!



Um artigo colocado no jornal "A Bola", este Domingo, a respeito do Hannover não estar interessado no regresso do boavisteiro Ricardo Sousa, fez-me pensar sobre um assunto que é cada vez mais importante no futebol actual: a condição e preparação física de um jogador.

HANNOVER não quer R. Sousa

"Apesar de ainda ter contrato com os alemães, Ricardo Sousa está fora dos planos do Hannover 96 para a próxima época" (...). "Ele parece que quer voltar mas não estamos interessados. Faz pouco sentido possibilitar o terceiro regresso do Ricardo Sousa. Não encaixa na nossa concepção de jogo e, além disso, não tem condição física" - disse Christian Hochstaetter, director desportivo, ao site do clube.

Efectivamente, parece-me que esta confissão do agente desportivo deste mediano clube alemão quer dizer muita coisa. Ricardo Sousa, o visado, serve de exemplo para uma série de opiniões que venho criando na minha cabeça há muito tempo. Vamos por pontos.

1. Creio que ninguém tem dúvidas da qualidade de Ricardo Sousa. É o típico número 10, um jogador cerebral, com um bom pé esquerdo, forte nas bolas paradas, portanto, um atleta que trata com requinte a bola. Penso que não há muitas dúvidas sobre isso. Aliás, não foi por acaso que despertou o interesse do FC Porto ou até mesmo de clubes estrangeiros.

2. Todos estes requisitos atrás referidos fazem de Ricardo Sousa um jogador com capacidade para jogar em equipas de top nacional? na minha opinião, deviam fazer. Um jogador que pensa bem o jogo e tem a capacidade técnica suficiente para resolver partidas, naturalmente que deveria facilmente encaixar numa equipa grande.

3. Se me perguntassem se eu gostaria de ver o Ricardo Sousa no Benfica? a resposta também era simples e objectiva. NÃO. O jogador do boavista não tem aquilo que um médio do futebol moderno deve ter: argumentos físicos.

4. Infelizmente no futebol português, temos vários casos que fazem com que os "Ricardos Sousas" do nosso futebol se percam ano após ano. Quem não se recorda da magia de Dani que lhe permitiu o ingresso para o Ajax; quem não se lembra de Hugo Porfírio, um esquerdino com uma classe acima da média; que dizer de Dominguez, a "minhoca" que possuia um vasto leque de truques. Todos estes exemplos, tinham algo em comum: eram artistas com a bola nos pés mas não possuiam valores preponderantes para vingar no futebol actual: falta de cabeça, muitas noites perdidas, treinos com muito pouca disponibilidade e, obviamente, má condição física para atacar uma longa temporada com várias competições em disputa.
Podemos também dar um outro exemplo que nos ajuda a explicar a importância da condição física dos atletas. Tome-se o caso do jogador Zahovic. Aí está mais um esquerdino fabuloso, um número 10 "à antiga" que deu cartas no futebol português e no futebol espanhol. O esloveno foi sempre um jogador válido não só pela sua preponderância ofensiva como também pela sua capacidade em jogar sem bola. Naturalmente que para durar uma temporada com campeonato, taça, liga dos campeões e selecção à mistura, Zahovic teria que ter uma capacidade física minimamente aceitável para poder ser o jogador que foi na realidade. Ora, a partir do momento que Zahovic perdeu a componente física, possivelmente devido à idade e também às sucessivas épocas ao mais alto nível, o esloveno tornou-se um jogador vulgar, tornou-se parte do problema e não da solução. Como tal, foi inevitável o seu afastamento das equipas de top.

5. Outro aspecto que me parece fundamental para o sucesso ou insucesso de determinado jogador é a componente atlética. Esta está indissociada, naturalmente, à componente física. José Mourinho já o referia, e quanto a mim, muito bem, ao facto da altura ser um factor fundamental no futebol. Hoje em dia, o futebol é cada vez mais um jogo de pormenor e, normalmente, são os lances de bola parada que fazem pender a balança para um lado. Parece-me que ter uma defesa e um médio defensivo de boa estatura é essencial. Se repararmos, o Benfica possui dois laterais que quase passavam na porta de um sotão. Apesar de terem qualidade, jamais Mourinho aceitava tal coisa numa equipa de alto nível. Possuir um jogador mais pequeno mas rápido na sua defensiva era aceitável; dois laterais dessa natureza era impensável.

Sintetizando, parece-me que é fundamental uma equipa apostar em jogadores com capacidade técnica e capacidade mental mas é deveras importante adquirir atletas com um bom suporte físico e uma boa estrutura atlética para poder enfrentar as batalhas internas e externas. Não tenho dúvidas que houve equipas que falharam os seus objectivos pelo simples facto de não estarem preparados para o enorme desgaste de toda uma temporada. Apontar o dedo ao treinador é o mais fácil de fazer quando os objectivos propostos não são alcançados. Pois bem, tal facto é legitimo e muitas vezes tem a sua razão de ser. Agora, há que ter em atenção que muitas vezes o treinador não tem culpa das contenções financeiras da direcção que faz com que o plantel não seja homogéneo, não seja vasto em quantidade e essencialmente qualidade.

Como se esperava...







sábado, abril 21, 2007

BOLA AO POSTE!



É incrível como um simples jogo de futebol tem a capacidade de mudar opiniões e estados de espírito numa fracção de segundos. É a bola que vai ao poste e caprichosamente não entra, é o avançado que isolado não consegue desfeitear o guarda-redes contrário, é a bola que é salva na linha de golo pelo defesa; enfim, é o Mundo do futebol que, por tudo aquilo que envolve, tem a capacidade de apaixonar multidões.

Confesso que ultimamente ando um pouco desiludido. Sim, estou a falar particularmente do Sport Lisboa e Benfica. Um pouco à imagem daquilo que se passou com o Sporting de José Peseiro, parece que, num curto espaço de tempo, todos os "sonhos" caíram em "saco roto".

Analisando com algum pormenor o trajecto do Sporting de Peseiro e do Benfica de todos os Santos, parece-me evidente que em ambos os casos, houve sentimentos muito similares. Qualidade de jogo, motivação, atitude, vitórias moralizadoras e muita esperança por um lado; falta de consistência, desgaste psicológico, irregularidade exibicional e bolas ao poste, por outro.
José Peseiro tentou fazer do Sporting uma equipa de ataque e bastante pressionante. Creio que, na larga maioria das vezes, o conseguiu. O Sporting fez jogos de grande qualidade e mostrou-o não só no plano interno. Recordo-me por exemplo de dois jogos fantásticos da equipa em Feyenoord e com o Newcastle. Houve, no entanto, factores que vieram a revelar-se fatais para o pobre desfecho da época leonina e, na minha opinião, não tão parecidos como aqueles que podemos apontar a este Benfica. Ao contrário de Fernando Santos, José Peseiro primava pelas constantes rotações no plantel. Havia jogos em que o técnico do Sporting fazia 6 e 7 alterações sem qualquer tipo de problema. Assim sendo, problemas de ordem física, salvo raras excepções, nomeadamente o excesso de peso de Rochemback, nunca foi um problema. Costuma dizer-se que por vezes a manta é curta. Para se tapar a cabeça destapa-se os pés e vice-versa. Pois bem, neste aspecto, podemos desde logo apontar uma grande diferença na equipa de Peseiro em comparação com a de Fernando Santos. A equipa do Sporting nunca era a mesma. De jogo para jogo, Peseiro efectuava sempre alterações. A equipa ganhava em termos físicos mas perdia claramente ao nível das rotinas. O resultado disso era a forma como o Sporting tanto era capaz de ganhar na Holanda como depois perder em casa com o Penafiel.
Com Fernando Santos, a história é outra. Desde o início de época que não há rotação para ninguém. Há 13 jogadores para 11 lugares e os outros limitam-se a ver os jogos mais de perto que o comum adepto. Se é certo que a equipa ganhou muito em termos de rotinas e de uma melhor interligação entre sectores, naturalmente que o perdeu num plano físico. E todos nós sabemos o quão fundamental é este aspecto no futebol moderno. É impossível uma equipa ter resultados minimamente positivos se não tiver um plantel competitivo e capaz de enfrentar duras batalhas em várias frentes. E se tivermos em linha de conta que quase todos os jogadores do onze base do Benfica são internacionais e, como tal, ainda têm mais jogos e menos dias de férias, fica claro que é muito difícil conseguir aguentar uma época sempre a um alto nível.

Propositadamente, comecei no início deste post por falar na incerteza que é o futebol. O título do texto também não foi escolhido ao acaso.
Analisadas algumas semelhanças e algumas diferenças nas temporadas do Sporting de há duas épocas e do Benfica de agora, optei por deixar para último o factor que me parece mais importante no meio disto tudo: a bola que vai ao poste e que não entra!
Nem mais. Depois de expostos alguns dos pontos fortes e fracos de cada equipa, há claramente um aspecto que nenhum dos dois tem a capacidade de controlar ou até mesmo de contratar: o factor sorte e o factor azar. Parece-me de todo lógico falar neste ponto porque é este mesmo que muda literalmente o estado de espírito de uma equipa, do adepto, do treinador, do presidente, de todos aqueles que vivem o futebol. Bastaria a bola não ter ido duas vezes ao poste contra o CSKA e o Sporting teria no seu curriculum uma Taça Uefa conquistada; bastaria que as bolas ao poste que o Benfica enviou nos últimos tempos se transformarem em pontos e golos para que falássemos hoje num Benfica perto do título e num Benfica perto de Glasgow; bastaria mas não bastou porque não entraram e é essa a triste realidade para os dois históricos alfacinhas. Foi sorte para os outros? azar para Sporting e Benfica? sim, podemos facilmente chegar a essa conclusão. Agora, o problema é que não nos podemos agarrar a estas coisas da felicidade ou infelicidade no futebol. Para mim, e falando do Benfica, é mais importante saber os aspectos que fizeram com que a infelicidade aparecesse mais vezes do que devia. Porque é que José Mourinho é mais feliz que todos os outros? será que é por ter mais sorte? será que é por ter menos azar? será que é por a bola bater no poste e entrar mais vezes do que aquelas que sai? a resposta é simples. Há varios aspectos (todos nós sabemos quais!) que fazem com que a sorte sorria mais vezes ao treinador português. Costuma dizer-se que a sorte proteje os audazes. Nem mais!!
A verdade é que o Sporting de Peseiro e o Benfica de Fernando Santos não tiveram a estrelinha da sorte porque efectivamente tiveram precalços que fizeram com que os seus sonhos se tornassem autênticos pesadelos. E quando assim é...

Espero sinceramente que o Benfica aprenda com os erros que cometeu nesta temporada. Mais importante do que ficar em 2º ou 3º lugar - para mim a época perdeu o interesse -, é essencial começar a preparar a próxima temporada. Se o Benfica quiser efectivamente ser uma equipa competitiva em todas as frentes, então terá de procurar construir um plantel competitivo e com mais qualidade, especialmente no banco. Desde já alerto que não é com Zés do Gol que a coisa lá vai. Depois queixem-se que a bola vai ao poste e não entra!

sexta-feira, abril 20, 2007

HONRA E GLÓRIA DE VOLTA AO RESTELO!!!


AFINAL QUEM É O QUARTO GRANDE?



CLUBE DA CRUZ DE CRISTO TIRA BILHETE PARA O JAMOR!

O Belenenses está na final da Taça de Portugal! Depois de baterem o Sp.Braga, os azuis do Restelo ganharam direito ao sonho do conquistar o seu quarto troféu, uma vez que já por três vezes o clube inscreveu o seu nome na lista dos vencedores, em 1942 (vitória por 2-0, sobre o Vitória de Guimarães), em 1960 (curiosamente, levando de vencida o Sporting, por duas bolas a uma), e em 1989 (batendo o Benfica também por 2-1).
Foi com algum sofrimento que o Belenenses adquiriu o último bilhete de acesso ao Jamor, já que, apenas no prolongamento conseguiu superar o seu adversário da meia-final, o Braga. Os golos foram da autoria de Dady e José Pedro, este de grande penalidade, enquanto que o tento bracarense foi apontado por Maciel.
Com um Dady cada vez mais goleador, e com uma equipa completamente entrosada entre sectores, só mesmo a turma de Jorge Jesus podia fazer companhia à de Paulo Bento, na grande final do Vale do Jamor.
Com uma linha defensiva muito segura, composta por Amaral, Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim, e com um misto de entrega e talento no meio-campo, onde pontificam Rúben Amorim, Cândido Costa, Silas e José Pedro, os avançados tem assim muitas oportunidades para poderem visar as balizas contrárias, o que tem acontecido, e de que maneira!!! com Dady, que, por entre jogos do campeonato e taça, leva já, nada mais nada menos do que 6 jogos consecutivos a marcar! É obra!



Sendo assim, Jorge Jesus tem a oportunidade de assistir a mais uma final da Taça de Portugal "in loco", situação que se repete, segundo o próprio, desde os seus 13 anos de idade, mas desta feita na pele de treinador de uma das equipas finalistas.
Mérito tem que ser dado ao ex-treinador da União de Leiria, que, construíndo um plantel que, à partida, iria jogar na Liga de Honra, está num brilhante 4º lugar do campeonato e tem agora, mais do que nunca, hipótese de conquistar um grande troféu em Portugal!
E como o próprio já disse, a conquista do ceptro servirá para homenagear o avô, que faleceu há 30 anos, precisamente no Estádio Nacional, quando a seu lado, assistia a um Vitória de Setúbal - Académica.
A grande final do Jamor está agendada para o próximo dia 27 de Maio.

Video da Semana



Escolha fácil esta semana. Simplesmente um dos melhores (se não o melhor!) golos da presente temporada.
Vejam com atenção e, já agora, descubram as diferenças!

LIONEL MESSI (Barcelona)


quinta-feira, abril 19, 2007

SPORTING NA FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL


CONSEGUIRÁ O SPORTING CONQUISTAR OUTRO TROFÉU ESTA TEMPORADA?



O Sporting está na final da Taça de Portugal. Com a vitória sobre o Beira-Mar, em Alvalade, por duas bolas a uma, os leões dão assim um passo de gigante, rumo a um dos objectivos da temporada, precisamente a conquista do segundo troféu mais importante do nosso País.
Se é verdade que os comandados de Paulo Bento tiveram uma caminhada relativamente acessível rumo à final do Jamor, também não é menos verdade que a realizaram com mérito, tendo por isso, com toda a justiça, conquistado presença na grande final!
A caminhada leonina começou na Pérola do Atlântico, com uma deslocação ao terreno do União da Madeira (vitória por 1-3), prosseguiu depois com a recepção ao Rio Ave (vitória por 2-1), seguida de uma deslocação ao sintético do Pinhalnovense (goleada por 6-0), culminando com duas recepções com o mesmo resultado (vitória por 2-1), primeiro à Académica e depois ao Beira-Mar.
Se com um plantel tão jovem, o Sporting "poucas" hipóteses teria de conquistar qualquer troféu esta época, a verdade é que os comandados de Paulo Bento estão "somente" a 4 pontos do líder F.C.Porto, e ocuparam uma das duas vagas de acesso à final do Jamor. Perante tal cenário, e ainda que os jovens leões possam nada conquistar, mérito seja dado ao jovem técnico, mostrando que, apesar de algumas críticas em relação à construção do plantel, se fôr seguida uma linha mestra de trabalho, os resultados, mais tarde ou mais cedo, aparecerão.
Pois bem, perante tudo isto, logicamente que a SAD leonina reconhece méritos à equipa técnica, e, ao que tudo indica, o processo de renovação com Paulo Bento, está prestes a ser concluído com êxito.
Resta ao Sporting saber qual o seu opositor da grande final, sendo a outra meia-final disputada por Belenenses e Sp.Braga.

quarta-feira, abril 18, 2007

Good Bowling - 3ª Jornada - 2ª FASE



* JORNADA A REALIZAR-SE DURANTE ESTA SEMANA

GRUPO I

Jorge Marcelino 4-0 Pedro Serralheiro
Paulo Oliveira 2-4 Nuno Laranjeiro
Joaquim Labronço 2-4 Manel (Francesinhas)
João Pedro Costa 3-4 Paulo Sanches

GRUPO J

Vasco Carvalho 3-4 Bruno Rocha
Pedro "BA" - Fernando Vala
Vitor Costa 4-0 Pedro Pump (F.C)
Luis Miguel 3-4 Tó Clemente

GRUPO K

Nuno Matos 4-0 João Santo
Eduardo Marques - Helder Marques
Pedro Oliveira 4-0 Vitor Crespo
Horácio Sandro 3-4 Paulo Mota

GRUPO L

Filipe Margarido 3-4 Luis Gradil
Francisco Marques 4-2 Marco Morais
Miranda 3-4 Sérgio Paulo
José Carvalho 4-1 Zé Carlos

Good Bowling - 2ª Jornada - 2ª FASE



GRUPO I

Jorge Marcelino 1-4 Nuno Laranjeiro
Paulo Oliveira 4-3 Pedro Serralheiro
Joaquim Labronço - Paulo Sanches
João Pedro Costa 1-4 Manel (Francesinhas)

GRUPO J

Vasco Carvalho 4-2 Fernando Vala
Pedro "BA" 4-3 Bruno Rocha
Vitor Costa 1-4 Tó Clemente
Luis Miguel 4-0 Pedro Pump (F.C)

GRUPO K

Nuno Matos 4-2 Helder Marques
Eduardo Marques 2-4 João Santo
Pedro Oliveira 1-4 Paulo Mota
Horácio Sandro 3-4 Vitor Crespo

GRUPO L

Filipe Margarido 4-1 Marco Morais
Francisco Marques 0-4 Luis Gradil
Miranda 4-0 Zé Carlos
José Carvalho 3-4 Sérgio Paulo

RolÀbola



Resultados:

1. Celta Vigo - Deportivo (1-0)
2. Racing - Real Madrid (2-1)
3. Valência - Sevilha (2-0)
4. Man City - Liverpool (0-0)
5. Wigan - Tottenham (3-3)
6. Dortmund - Werder Bremen (0-2)
7. Bordéus - PSG (0-0)
8. Académica - FC Porto (1-2)
9. Benfica - SP. Braga (0-0)

OLHÓGOLO:

10. Sporting - Maritimo (4-0)


PONTUAÇÕES:

Neves: 12
João Faustino: 3
Rui Faria: 0
Pedro Faria: 9
Doc: 12
André Braz: 15
Blackbird: 9
João Marques: 9
Eduardo Marques: 9
Nelson: 6
Bruno Rocha: 9

VENCEDOR DA JORNADA: André Braz "19 PONTOS"

CLASSIFICAÇÃO:

1º PEDRO FARIA 362 PONTOS
2º João Faustino 318
3º Duarte 302
4º Neves 280
5º João Marques 273
6º Rui Faria 266
7º Bruno Rocha 255
8º Eduardo Marques 251
9º André Braz 245
10º Nelson Granado 233
11º Blackbird 183
12º Doc 168


Próxima Jornada:

1. Real Madrid - Valência

2. Villarreal - Barcelona

3. Newcastle - Chelsea

4. Tottenham - Arsenal

5. Lázio - Fiorentina

6. Auxerre - Lyon

7. Marítimo - Benfica

8. FC Porto - Belenenses

9. Estugarda - Bayern Munique

OLHÓGOLO:

10. Sporting - Naval

sexta-feira, abril 13, 2007

Bwin: Sporting em alta arrasa Marítimo!



1...2....3...4.... PRÓXIMO!



Fácil, muito fácil a vitória do Sporting frente a um frágil Marítimo. Não foi a melhor estreia para o espanhol Alberto Pazos que viu a equipa madeirense ser goleada perante uma equipa leonina muito motivada e tremendamente eficaz. É certo que houve muito mérito do conjunto liderado por Paulo Bento mas, também há que referir, esta equipa madeirense está muito longe daquelas equipas competitivas que provinham das ilhas e que tantas dores de cabeça davam aos denominados "grandes".
Num jogo totalmente dominado pela equipa leonina, podemos destacar o bom funcionamento do meio-campo que mostrou uma excelente dinâmica, grande qualidade de passe e, num plano defensivo, uma enorme capacidade em recuperar a bola em zona alta;o meio-campo tem uma tremenda flexibilidade que lhe permite numa primeira instância pressionar bem perto da grande área adversária e, num segundo plano, encostar bem a linha intermédia à linha defensiva de forma a criar um bloco muito difícil de superar.
Relativamente aos golos, Liedson abriu logo aos 10 segundos, numa incrível falha do defesa central marítimista; Romagnoli, após bom entendimento com Nani, mostrou a sua recente boa forma e marcou o segundo dos leões; já na segunda parte, Moutinho e o mal amado Alecsandro fecharam as contas.
Assim, resultado justo com números condizentes com aquilo que foi o jogo e uma maior pressão para Porto e Benfica que terão amanhã e segunda-feira de ultrapassar os seus compromissos, mais precisamente com Académica e Braga, respectivamente.

Uefa: Benfica empata e diz adeus!



FOMOS!



Acabou-se tudo. O Benfica empatou a zero com o Espanhol e disse adeus à Taça Uefa. À semelhança do que acontecera ao Sporting de José Peseiro, a equipa de Fernando Santos, numa semana importante, deitou tudo a perder nas suas aspirações de conquistar títulos nacionais e internacionais. Azar, falta de frescura física, bolas nos postes, ineficácia ofensiva, falta de soluções... o que lhe queiram chamar. A verdade é que o Benfica está fora da Uefa e está praticamente arredado do título nacional.
A ver vamos se vamos ter um final de época penoso para a equipa encarnada, ou se, pelo contrário, vamos ver uma equipa forte mentalmente e com capacidade para deixar uma imagem positiva, com boa atitude e essencialmente bons resultados.
E mais não digo!

quarta-feira, abril 11, 2007

Video da Semana



GABILONDO (à Madjer!) na importante vitória do Bilbao sobre o Valência.

RolÀbola

Resultados:

1. Villarreal - Atlético Madrid (0-1)
2. Saragoça - Barcelona (1-0)
3. Portsmouth - Manchester United (2-1)
4. Chelsea - Tottenham (1-0)
5. Reading - Liverpool (1-2)
6. Hannover - Bayern Munique (1-2)
7. Hamburgo - Estugarda (2-4)
8. Braga - Sporting (0-1)
9. Beira-Mar - Benfica (2-2)

OLHÓGOLO

10. FC Porto - Setúbal (5-1)

PONTUAÇÕES:

Rui Faria: 12
Neves: 18
Eduardo Marques: 6
Pedro Faria: 12
André Braz: 12
João Faustino: 6
Blackbird: 9
Bruno Rocha: 6
Nelson: 12
João Marques: 12
Duarte Silva: 15

VENCEDOR DA JORNADA: Pedro Neves - 22 PONTOS -

CLASSIFICAÇÃO:

1º PEDRO FARIA 353 PONTOS
2º João Faustino 315
3º Duarte 302
4º Neves 268
5º Rui Faria 266
6º João Marques 264
7º Bruno Rocha 246
8º Eduardo Marques 240
9º Nelson Granado 227
10º André Braz 226
11º Blackbird 174
12º Doc 156

PRÓXIMA JORNADA:

1. Celta Vigo - Deportivo

2. Racing - Real Madrid

3. Valência - Sevilha

4. Man City - Liverpool

5. Wigan - Tottenham

6. Dortmund - Werder Bremen

7. Bordéus - PSG

8. Académica - FC Porto

9. Benfica - SP. Braga

OLHÓGOLO:

10. Sporting - Maritimo

Champions: Noite de gala no Teatro dos Sonhos!



O MÁGICO NÚMERO 7!!

MAN UTD 7-1 ROMA



Na Rtp1 tinhamos um Valência - Chelsea e na Sportv um Manchester United - Roma. É inegável que há mais portugueses adeptos do Chelsea do que propriamente do Manchester United, isto apesar da consensual simpatia pela magia de Ronaldo. Contudo, ontem, creio que foi fácil escolher qual dos jogos era preferível acompanhar. Em Espanha, pelo que me foi dado a perceber, tivemos um jogo mais táctico, mais desenvolvido a meio-campo, com mais tempos mortos, com mais faltas, com mais nervos; em Inglaterra, tivemos um jogo fabuloso protagonizado pela equipa mais espectacular do Mundo. O Manchester United, mesmo com uma equipa bastante longe da habitual - Gary Neville, Vidic e Saha lesionados, Scholes por castigo e Evra por opção - humilhou por completo a equipa romana. A equipa italiana levou um autêntico banho de bola e apenas leva para Roma como aspecto positivo o fabuloso golo do centro-campista De Rossi.
É difícil explicar este jogo porque o mesmo não teve história. Houve uma equipa a atacar a toda a hora e sem poupanças mesmo com o dilatar do marcador; houve outra que limitou-se a assistir àquilo que o adversário fazia. Resultado? 7-1 com uma grande noite do português (sem dúvida o melhor em campo) que marcou mais dois golos e mostrou o porquê de ser, nesta altura, o melhor jogador do Mundo.
Para finalizar, aqui ficam alguns dos golos da partida que entram directamente para os melhores golos da semana:

1-0 Carrick




6-0 Carrick




6-1 De Rossi






Good Bowling - 2ª Fase -



1ª JORNADA

Resultados:

GRUPO I

Jorge Marcelino 3-4 Paulo Oliveira
Nuno Laranjeiro 4-2 Pedro Serralheiro
João Pedro Costa 4-1 Joaquim Labronço
Paulo Sanches 2-4 Manel (Francesinhas)

GRUPO J

Vasco Carvalho 4-1 Pedro "BA"
Bruno Rocha 4-1 Fernando Vala
Vitor Costa 3-4 Luis Miguel
Pedro Pump 0-4 Tó Clemente (F.C)

GRUPO K

Nuno Matos 1-4 Eduardo Marques
Helder Marques 4-3 João Santo
Pedro Oliveira 3-4 Horácio Sandro
Paulo Mota 4-1 Vitor Crespo

GRUPO L

Filipe Margarido 4-3 Francisco Marques (Balakov)
Marco Morais 4-3 Luis Gradil
Miranda 1-4 José Carvalho
Zé Carlos 2-4 Sérgio Paulo

segunda-feira, abril 09, 2007

Bwin: Benfica perde dois pontos e vê fugir (de vez!?) o FC Porto



EDUARDO MÃOS DE TESOURO!

BEIRA-MAR 2-2 BENFICA



Para quem costuma visitar o blog, já facilmente reparou que o mesmo é escrito por benfiquistas. Nunca o escondemos e nunca deixámos que esse factor fosse decisivo para as nossas análises. Além do mais, procuramos dizer aquilo que pensamos e evitamos quase sempre cair na subjectividade de analisar o trabalho da equipa de arbitragem. Raramente nas análises falamos do árbitro porque, neste espaço, o que nos interessa é falar do jogo propriamente dito. Como tal, não vou falar de Lucilio Baptista como, por norma, não falo de qualquer outro seu colega. Não justifico derrotas do meu clube com erros de arbitragem e não é meu feitio pegar nesse assunto quando os rivais ganham de forma mais dúbia, se assim se pode dizer.
Posto isto, com toda a naturalidade digo que infelizmente o Benfica deu um grande (quase que definitivo) passo atrás na luta pelo título. Infelizmente o meu último texto pós-vitória do Sporting em Braga teve algum fundamento. Quer queiramos quer não, a verdade é mesmo esta: neste momento, o Benfica não tem argumentos para lutar pelo título. Quando falo em argumentos, não me refiro obviamente à qualidade da equipa encarnada. Não. A equipa de Fernando Santos já deu provas suficientes do seu valor e da sua qualidade. No onze base encarnado, facilmente constatamos que todos os jogadores são internacionais "A" pelo seu país. Em Aveiro a excepção foi David Luíz mas sabemos que falta Luisão. E não estamos a falar de selecções sem grande nome. Estamos a falar dos campeões do Mundo (Itália), dos anteriores campeões (Brasil) e dos campeões e vice campeões europeus (Grécia e Portugal). Só isto mostra a valia do onze do Benfica.
Agora, há efectivamente outros argumentos que fazem com que o Benfica, nesta altura, não seja candidato ao título. Naturalmente que o factor fundamental é o aspecto físico. Os jogadores não são máquinas e, como tal, têm de ter quebras inerentes ao brutal desgaste que têm conhecido nesta época. Um único exemplo é suficiente para chegarmos a tal conclusão. Vejamos o caso do grego Katsouranis. Há quanto tempo o número 8 não faz um golo? qual foi a última vez que vimos o grego dentro da área a procurar dar seguimento a um cruzamento vindo da ala quado, como todos sabemos, esse aspecto era uma imagem de marca do mesmo? quantas foram as recuperações de bola nestes últimos dois meses comparativamente aos dois meses imediatamente anteriores? sinceramente, não me lembro e não sei responder a muitas destas questões mas o que sei é que o grego é a imagem do actual Benfica.
Depois vem o aspecto que mais me preocupa. O banco de suplentes. Estou convencido que o Benfica, comparativamente às equipas que lutam para os primeiros lugares nos mais importantes campeonatos europeus, é aquele que possuí um maior número de jogadores no seu plantel com menos minutos nas pernas. Visto bem as coisas, Moretto/Moreira, Pedro Correia, Miguelito, Beto, João Coimbra, Manú, Paulo Jorge, Karyaka e o próprio Mantorras não têm mais de 450 minutos jogados, ou seja, o equivalente a 5 jogos completos. E estes números para muitos deles, está bem nivelado por cima.
Parece-me claro como a água que o Benfica não pode enveredar pela política que tem seguido nestes últimos anos. Espero bem que o empate (derrota!) em Aveiro tenha servido, de uma vez por todas, para explicar ao Senhor Luis Filipe Vieira que uma equipa como o Benfica não se pode dar ao luxo de ter no banco o salvador Mantorras, sendo o resto paisagem. É que se é para isso, contratem-me já. Peço seguramente menos dinheiro que os que lá estão e trato certamente melhor a bola que muitos dos pseudo-jogadores que têm vestido ao peito o símbolo de um clube com tamanha dimensão. Razão tinha a "velha raposa" quando simplesmente abdicou da Taça Uefa. É mesmo assim. O italiano tinha um plantel de 13 jogadores (11 + Mantorras e João Pereira) e entendeu que só podia ser campeão tendo o menor desgaste físico possível. Como a Taça de Portugal, contrariamente à Uefa, era uma competição onde só se jogava esporadicamente, o italiano entendeu (e muito bem) concentrar-se nas competições internas. Todos nós sabemos que esse objectivo foi alcançado muito arduamente mas todos também ficámos com a sensação que o futebol demonstrado foi fraquinho e, mais importante ainda, todos nós sabemos que as péssimas épocas dos rivais Porto e Sporting ajudaram bastante ao êxito encarnado.
Há dois anos atrás o final foi feliz, diria, muito feliz até, mas... hoje por hoje, a conversa é outra. De quando em vez ainda aparece o salvador Mantorras mas não podemos estar todos os anos à espera que o Deus angolano salve o Benfica ou então, vendo por outro prisma, não podemos estar sempre à espera que Sporting e Porto percam sistematicamente e ajudem o glorioso.Há, portanto, necessidade de tomar medidas, há, efectivamente, a obrigatoriedade de ter, nos próximos anos, um plantel bastante mais equilibrado. Percebo perfeitamente os esforços que a direcção encarnada faz em manter, ano após ano, os melhores jogadores; sei perfeitamente que é muito díficil um clube português conseguir tal coisa, mas, por outro lado, não percebo porque não se aposta mais no mercado português onde há jogadores que querem aparecer no Mundo da bola, querem mostrar serviço, querem aprender e, como segundas opções, até podiam ser benéficas para o clube; não percebo como é possível que uma equipa profissional e de classe europeia "ataque" um final de época somente com 3 defesas centrais, um defesa lateral direito ou um médio defensivo. Sinceramente, não dá para perceber.

Em relação à partida de ontem, é díficil falar da justiça ou injustiça do resultado. O Beira-Mar, dentro das suas possibilidades e com todas as limitações que possuí, procurou fazer o seu jogo, baseou-se na luta, na entrega e na fé em aproveitar qualquer tipo de erro do adversário. Podemos apontar o anti-jogo aveirense (com o autocarro lá bem atrás) ou também as inumeras faltas que sistematicamente faziam como justificação do empate benfiquista mas, muito honestamente, tal facto seria, de certa forma, desviar as atenções daquilo que, quanto a mim, me parece mais importante: aquilo que o Benfica fez e aquilo que faltou.
Na minha opinião, acho que a equipa treinada por Fernando Santos fez tudo o que podia fazer. Faltou discernimento? obviamente que sim. Faltaram pernas? é evidente que faltaram. Faltaram alternativas no banco? isso já todos sabemos. O Beira-Mar foi feliz na forma como chegou aos golos? claro que sim. Agora, o que é certo é que a equipa mostrou uma tremenda atitude e enorme vontade de vencer, mostrou uma fantástica disponibilidade em querer ir para a frente com tudo, mesmo que as pernas já revelassem sinais de fraqueza, mostrou argumentos válidos e suficientes para adquirir três preciosos pontos. Não o conseguiu mas fez para o conseguir, o que, por si só, me deixa menos triste.

Com tudo isto, parece-me que é fácil a análise a este jogo. O Benfica entrou em campo como saíu. Dominador, muito atacante e muito ansioso em querer rapidamente chegar ao golo e empatado. Costuma dizer-se que a ansiedade é inimiga da perfeição. Foi precisamente o que se passou no Mário Duarte. Contra a corrente do jogo, e num dos poucos ataques que o Beira efectuou, chegou ao golo. Mais uma vez, Anderson podia ter feito melhor, mais uma vez o Benfica viu-se perante a incómoda situação de ter de reverter um resultado, algo que tem acontecido nos últimos encontros.
A partir desse importante momento, o Benfica aventurou-se desesperadamente no ataque e o Beira-Mar, perante uma prenda caída do céu, agarrou-se com "unhas e dentes" ao resultado e defendeu como pôde tal preciosidade. Para isso contou com Eduardo. O guarda-redes aveirense, muito embora não tenha efectuado aquelas defesas que ficam na retina, mostrou sempre uma enorme segurança e agarrou tudo o que havia para agarrar. Sinceramente, não conhecia muito bem este Keeper mas, pelo que vi, fiquei muito impressionado.
Até final, e já com Mantorras em campo, o Benfica lutou, trabalhou e, novamente ao minuto 82, foi premiado com mais um golo do angolano que, mesmo limitado fisicamente, demonstra um carácter e uma atitude fabulosa, digna de um grande profissional que, só por esse simples facto, merece ester no Benfica ano após anos.
Como era sabido, a igualdade não interessava e, nesse contexto, a equipa encarnada foi para cima de forma desesperante em busca do golo da vitória. Antes mesmo do Beira-Mar ter chegado ao 2-1, Simão teve uma excelente jogada pela esquerda e, não fora uma má conclusão da jogada pelo próprio, podiamos estar perante novo tento encarnado que seria, sem dúvida, o golpe final nas pretensões aveirenses de pontuar. Tal não aconteceu e, para piorar as coisas, Matheus e Delibasic aproveitaram a natural desorganização defensiva do Benfica para dar um novo "soco no estômago" a Fernando Santos e companhia.
Com 6 ou 7 minutos para jogar (já com os descontos), louve-se a atitude encarnada que nunca desistiu e ainda conseguiu chegar à igualdade com um golo de Simão de grande penalidade. Fernando Santos ainda acreditou na vitória perante um ou dois cantos que a equipa teve no último suspiro mas o resultado ficou mesmo numa exasperante igualdade a dois golos, resultado que, por aquilo que se passou, deixou tremendamente desanimado os dois técnicos.

Parece-me que resta ao Benfica apostar todas as suas forças na Taça Uefa e se, para isso, tiver de passar pelo poupar de algumas peças no campeonato, sou o primeiro a assinar por baixo.
Venha o Espanhol, venha essa recuperação física e, logicamente, mental; venha essa vitória e a consequente passagem às meias-finais onde certamente o Werder Bremen nos esperará.

domingo, abril 08, 2007

Bwin: Sporting está bem vivo na luta pelo título!



ESFORÇO, DEVOÇÃO, NANI E MUITA FÉ!

BRAGA 0-1 SPORTING



Está confirmado. O Sporting está mesmo interessado em complicar a vida a Benfica e, quem sabe, FC Porto. O leão está bem e recomenda-se. Ontem foi feliz ao passar em Braga, campo tradicionalmente difícil para os "grandes", mas, há que dizê-lo, fez por merecer essa felicidade. Trabalhou muito, correu enormidades e arriscou sempre mais que o adversário quando o jogo se encontrava empatado. Naturalmente que, a partir do momento que chegou à vantagem com um golo de Nani, o Sporting viu-se confrontado com uma excelente reacção do Braga, recuou as suas linhas mas, também importante no futebol, para além de contar com o factor sorte, a equipa nunca se desuniu e mostrou sempre uma boa organização defensiva.

A vitória leonina acaba por se aceitar, muito embora o empate fosse um prémio justo para a empolgante reacção bracarense após o golo de Nani.

O PESO DE UMA TEMPORADA DESGASTANTE!

Colocando um pouco de lado o jogo de ontem, gostaria de falar um pouco sobre o momento do Sporting e não só. Parece-me que, nesta altura, a equipa liderada por Paulo Bento está melhor do que Porto e Benfica. E explico porquê. O factor que, nesta altura mais interessa é, sem dúvida alguma, o aspecto físico. Por muito que as equipas tenham excelentes jogadores, por muito bom que seja o nível psicológico deste ou daquele jogador, se, efectivamente, as pernas começarem a falhar, a equipa ressente-se quase que de imediato. Tome-se por exemplo o caso de Barcelona, Manchester United ou, no caso interno, o Benfica. Em qualquer uma destas equipas, os respectivos treinadores prendem-se com duas situações: apostar sistematicamente nos melhores ou utilizar, de quando em vez, jogadores de segundo plano? pois bem, em qualquer uma destas equipas percebemos que as soluções de segunda linha não são nada famosas. Ou seja, qualquer um deles (nem tanto Rijkaard) quando não coloca em campo o onze-tipo, entra, de certa forma, menos desconfortável. Ora, a curiosidade é que Rijkaard, Fergusson e Santos não têm entrado tão desconfortáveis por colocarem jogadores teoricamente suplentes porque, basicamente, têm exprimido os seus melhores jogadores ao máximo. E a verdade é que, tal como sucede no Benfica, estas equipas estão, como se costuma dizer, a dar as últimas. Muitos jogos, muitos minutos nas pernas, pouco tempo de recuperação, poucos dias de férias gozadas, enfim, estão de rastos. Naturalmente que o crer é enorme, a vontade de vencer é uma realidade e a esperança em conquistar o título é algo bem vivo. Depois de uma época tão desgastante, depois de tantas etapas superadas, naturalmente que fraquejar tão perto da praia seria algo dramático para estes grandes colossos europeus.
Pois, o grande problema que se coloca leva-nos a outro ponto importante que vai ao encontro da minha opinião em relação, por exemplo, ao momento de forma do Sporting. Já lá vamos. Existe algo que toda a gente sabe: uma equipa não joga sozinha num campeonato. Há adversários e há equipas que partem com os mesmos objectivos para uma temporada. Pois bem, em Portugal, Porto, Benfica e Sporting lutam pelo título, na Inglaterra, neste momento, há duas equipas com essa mesma ideia. Olhando para o caso do United, vemos que, apesar de todos os pólos positivos que encontramos, desde a motivação, o facto de liderarem a prova, a moral elevada, a chama acesa de um possível triunfo na Liga dos Campeões, sabemos que, objectivamente, a frescura física e a qualidade do plantel do rival Chelsea é melhor. E, todos nós sabemos que estes dois pequenos pormenores costumam ser decisivos nesta altura da época. Se exceptuarmos Frank Lampard e possivelmente Ricardo Carvalho, não acredito que os outros jogadores do Chelsea tenham tantos minutos como qualquer outro titular do Manchester. E isso naturalmente que pesa. Se calhar não tem tanta influência em Inglaterra como tem, por exemplo, em Portugal. E, se isso me deixa menos preocupado em relação ao Manchester, equipa que simpatizo bastante, por outro lado, deixa-me muito céptico em relação às próximas prestações do Benfica.
Voltando à realidade portuguesa, parece-me que, para as próximas jornadas, Porto e Sporting têm alguma vantagem em relação ao Benfica. Em relação ao Porto, para além de ser líder, factor que é, desde logo, muito importante para um grupo de trabalho, tem a seu favor o facto de estar concentrado unicamente no campeonato, o facto de ter um calendário bastante apetecível e a importância de poder contar com Anderson, um jogador fabuloso e que trás muito mais qualidade ao jogo azul e branco. Joga contra si, e daí a minha ideia de o Sporting estar em vantagem em relação aos outros candidatos, o facto de o Porto ter algumas lesões importantes como são os casos de Pepe, Paulo Assunção e Lisandro Lopez, jogadores fundamentais para Jesualdo Ferreira.
Relativamente ao Benfica, parece-me que o peso de andar a jogar três vezes por semana tem sido evidente, sobretudo, ao nível físico. É impensável uma equipa utilizar 13 jogadores numa temporada. O Benfica tem de rever esta política de apostar no onze forte e o restante serem soluções dúbias. Não me venham com a conversa que os clubes portugueses não têm capacidade financeira para formar um plantel de 23 jogadores de grande qualidade. O adepto não quer 23 jogadores da valia do Simão ou do Luisão; o adepto quer ter 23 jogadores que tenham valor suficiente para vestir a camisola do Benfica. Apostar em jogadores jovens, apostar em jogadores bons que militem em clubes da liga portuguesa é a aposta certa. Há efectivamente muitos bons atletas por este país fora. Braga, Paços de Ferreira, Belenenses, entre outros, são exemplos disso mesmo.
Assim, a verdade é que o Benfica vai ter dificuldades em estar ao seu melhor nível em duas competições tão exigentes. Parece-me que abdicar da Uefa, nesta altura, seria um erro. Também não me parece correcto abdicar do campeonato já que, em termos matemáticos, é efectivamente possível conquistar o título. A política de rotatividade também não creio ser a melhor opção. Que fazer então? creio que há que ser feito aquilo que Fernando Santos tem feito e, quanto a mim, muito bem. Não acredita nos outros, não aposta neles. Jogam os melhores mesmo que os melhores sejam os piores em termos físicos. Será suficiente para conquistar algum troféu? sinceramente, é complicado porque a nível interno Porto e Sporting estão a subir e no plano externo há outras equipas que estão a viver grandes momentos nos seus campeonatos. A ver vamos até onde Fernando Santos vai levar os seus pupilos...

Finalmente, em relação ao Sporting, creio que o bom momento que se vive não é por acaso. Em termos físicos a equipa encontra-se muito bem. O precoce abandono das competições europeias, a jovialidade do plantel leonino e as sucessivas alterações no onze inicial efectuadas por Paulo Bento são factores que fazem toda a diferença. Nestes aspectos, o Sporting ganha a potes a Porto e Benfica.
Depois, parece-me evidente que Paulo Bento limou melhor algumas arestas que prejudicavam o futebol lenonio. O modelo de jogo manteve-se mas, e quanto a mim bem, as alterações efectuadas trouxeram largos beneficios à qualidade de jogo da equipa. Em primeiro lugar, parece-me que Bento percebeu finalmente que neste sistema losângo, os laterais têm de ser ofensivos. A aposta tem recaído em Tello e Abel. Ora, ambos têm tremenda vocação atacante, o que fazem o futebol do Sporting parecer mais amplo e com os espaços melhor preenchidos.
Depois, outro aspecto em que o treinador do Sporting falhava redondamente era na aposta do trinco. O mau momento da temporada dos leões coincinde com o inexplicável desaparecimento de Miguel Veloso da equipa. Jogar Custódio a médio defensivo ou jogar Veloso é como a história da lebre e da tartaruga. O futebol do Sporting ganha idade mas perde em tudo o resto. A dupla Veloso-Moutinho é algo absolutamente fantástico e é um dueto que facilmente será desfeito nos próximos anos. A Europa, para estes dois grandes atletas é seguramente o destino.
Há ainda um terceiro e quarto ponto que me parecem importantes para a melhoria do jogo leonino. Primeiramente, a reintegração de Nani. Este miudo, com a cabeça limpa e longe de problemas, é uma mais valia para qualquer equipa portuguesa. Corre que se farta e tem uma habilidade fabulosa. Mais importante ainda, Paulo Bento percebeu que o talento de Nani não pode ser simplesmente encostado a uma ala. Nani é um vagabundo da bola e precisa de ter bola, precisa de ter espaço, precisa de ser ele a fazer o desenho do jogo à sua maneira e feitio. E é isso que tem sido. Nani e Romagnoli têm conseguido interiorizar bem a complexidade desde modelo de jogo em que não existem alas. E quem ganha é obviamente a equipa.
Finalmente, um último ponto que, apesar de menos relevante, também me parece importante para a manobra ofensiva dos leões. Acabaram as experiências no ataque. Bueno é esforçado mas não passa de uma opção de recurso, Alecssandro não tem capacidade para vestir as cores do Sporting e, como tal, a hipótese só pode recair em Yannick Djaló. O atacante português é mais jovem, corre mais, abre mais espaços, tem maior qualidade técnica e, mais importante que tudo isso, não obriga Liedson a cair com tanta frequência nas faixas laterais, algo que era muitas vezes visto no príncipio da temporada. O levezinho está mais perto da área e é precisamente nessa zona que o brasileiro é "fera".
Por tudo isto e muito mais, parece-me que o Sporting está bem vivo na luta pelos dois primeiros lugares. Uma ida à Luz pode parecer com que o leão não tenha tantas hipóteses comparativamente aos outros. Contudo, a ver pelos últimos embates fora, tanto no Dragão como em Braga, não teria tanta certeza em relação a isso.

sexta-feira, abril 06, 2007

Uefa: Benfica perde em Barcelona frente ao Espanhol



A derrota mais saborosa da temporada!

ESPANHOL 3-2 BENFICA



O Benfica perdeu ontem frente ao Espanhol de Barcelona num jogo em que ficou a sensação que a equipa espanhola está perfeitamente ao alcance do conjunto português. Ainda assim, o Benfica terá que jogar muito mais do que aquilo que fez em Montjuic, isto se pretender seguir em frente.

A QUESTÃO FÍSICA

Para mim, esta questão é muito clara. O Benfica não está bem fisicamente. Isso é evidente. Nenhuma equipa do Mundo consegue jogar com 12/13 jogadores, sempre a bom nível, três vezes por semana. O Benfica tem pago muito caro a factura de ter um plantel tão reduzido em qualidade. Parece-me obvio que em circunstâncias normais, o Benfica é melhor que o Espanhol. A defesa deles é fraca, no meio-campo De La Peña destaca-se dos demais mas já não tem a frescura física de autrora; no ataque, aí sim, o Espanhol tem jogadores de grande qualidade, casos de Riera, Pandiani, Luis Garcia ou o capitão Tamudo.
Parece-me também evidente que a paupérrima primeira parte do Benfica não se deveu às questões físicas. Houve muito mais para contar do que isso. Tinha escrito na análise ao Benfica - Porto que possivelmente houve jogadores que propositadamente não deram tudo inicialmente para depois estarem mais frescos no segundo tempo. Eu próprio, quando era jogador, tinha (se calhar erradamente) essa mentalidade de não dar o máximo no primeiro tempo para na etapa complementar conseguir responder minimamente, por forma a aguentar, dentro do possível, os 90 minutos. Sem querer entrar em pormenores de pura especulação, creio que, mais uma vez, poderá ter sucedido isso com alguns jogadores. O facto de não estarem nas melhores condições físicas e o facto de estarmos perante um jogo que não é decisivo e que tem a particularidade de poder ser rectificado numa segunda-mão poderá ter levado determinados jogadores a baixarem propositadamente o ritmo de jogo.
Tal como aconteceu com o Porto, a equipa teve dificuldades em segurar o jogo porque raramente teve qualidade de passe, raramente pressionou o adversário, raramente obrigou o Espanhol a errar. E daí que, sem fazer muito por isso mas muito por culpa da má exibição encarnada, o clube catalão chegou rapidamente à vantagem e obrigou o Benfica a ter de mudar de atitude.

SEGUNDA PARTE DIFERENTE

A perder por duas bolas a zero ao intervalo, o Benfica viu-se obrigado a correr riscos. Uma equipa que está mal fisicamente, normalmente, ressente-se mais no segundo tempo. Pois bem, o Benfica do segundo tempo foi mais pressionante e, curiosamente, correu mais. Tal como acontecera na Luz com o Porto, é impressionante como uma equipa se mostra fisicamente tão debilitada primeiramente, e num segundo tempo aparece mais fresca, mais móvel e mais rápida. É obvio que o Espanhol também recuou e também deu a iniciativa de jogo ao adversário. Contudo, não me parece que esse factor seja suficiente para vermos um Benfica diferente, e para melhor, em termos físicos.
O Benfica entrou mais dominante mas foi o Espanhol que voltou a marcar. Cruzamento de Riera, falha (mais uma!) de Anderson e golo de Pandiani. Com 3-0, se o Benfica não reagisse, certamente que a eliminatória estava acabada.
Sem nunca jogar realmente bem, a verdade é que o Benfica reagiu e mostrou vontade em recolocar-se na eliminatória. A entrada de Miccoli foi também um factor determinante para o grito de revolta encarnado. Assim, num espaço de dois minutos, o Benfica fez dois golos e, até final, esteve mais perto do 3-3 do que o Espanhol do 4-2. O Espanhol só por uma vez teve oportunidade de marcar novo golo e já foi em período de compensações, num lance em que Quim salvou o Benfica.

Parece-me que, feitas as contas, o resultado acabou por ser justo dado que o Benfica mereceu perder mais por aquilo que não fez do que propriamente aquilo que o Espanhol mostrou. Ainda assim, acredito que o Benfica, a jogar perante o seu público, e com Luisão e Katsouranis de regresso, vai levar de vencida este mediano clube espanhol.




GOOD BOWLING - 2ª FASE -



Eis os Grupos:

GRUPO I

1- Jorge Marcelino
2- Paulo Oliveira
3- Nuno Laranjeiro
4- Pedro Serralheiro
5- Joaquim Labronço
6- João Pedro Costa
7- Paulo Sanches
8- Manel (Francesinhas)

GRUPO J

1- Vasco Carvalho
2- Pedro "BA"
3- Fernando Vala
4- Bruno Rocha
5- Vitor Costa
6- Luis Miguel
7- Tó Clemente
8- Pedro Pump

GRUPO K

1- Nuno Matos
2- Eduardo Marques
3- Helder Marques
4- João Santo
5- Pedro Oliveira
6- Horácio Sandro
7- Paulo Mota
8- Vitor Crespo

GRUPO L

1- Filipe Margarido
2- Francisco Marques
3- Marco Morais
4- Luís Gradil
5- Miranda
6- José Carvalho
7- Zé Carlos
8- Sérgio Paulo

NOTA: Esta segunda fase teve inicio nesta semana que agora findou. Nos próximos dias serão colocados no blog todos
os resultados relativos à primeira jornada.

quarta-feira, abril 04, 2007

Rolàbola



Resultados:

1. Real Bétis - Villarreal (3-3)

2. Celta Vigo - Real Madrid (1-2)

3. Osasuna - Sevilha (0-0)

4. Liverpool - Arsenal (4-1)

5. Atalanta - Fiorentina (2-2)

6. Udinese - Lázio (2-4)

7. AS Roma - AC Milan (1-1)

8. Académica - União de Leiria (0-0)

9. Benfica - Porto (1-1)

OLHÓGOLO:

10. Sporting - Beira-Mar (2-0)

VENCEDOR DA JORNADA: DUARTE SILVA - 22 PONTOS -

CLASSIFICAÇÃO:

1º PEDRO FARIA 341 PONTOS
2º João Faustino 309
3º Duarte 287
4º Rui Faria 254
5º João Marques 252
6º Neves 246
7º Bruno Rocha 240
8º Eduardo Marques 234
9º Nelson Granado 215
10º André Braz 214
11º Blackbird 165
12º Doc 156

PRÓXIMA JORNADA:

1. Villarreal - Atlético Madrid

2. Saragoça - Barcelona

3. Portsmouth - Manchester United

4. Chelsea - Tottenham

5. Reading - Liverpool

6. Hannover - Bayern Munique

7. Hamburgo - Estugarda

8. Braga - Sporting

9. Beira-Mar - Benfica

OLHÓGOLO

10. FC Porto - Setúbal

Video da Semana



Riise soltou a bomba na vitória tranquila do Liverpool sobre o PSV


terça-feira, abril 03, 2007

Bwin: Sporting vence o Beira-Mar com tranquilidade!



SPORTING 2-0 BEIRA-MAR



Vitória natural e esperada do Sporting que, mesmo sem contar com João Moutinho, não teve quaisquer dificuldades em superar este frágil Beira-Mar que justifica, jornada a jornada, o porquê de estar nos lugares de despromoção.
A primeira parte do Sporting foi boa e produziu os dois golos, um de Abel e outro de Liedson que voltou à equipa após cumprir castigo. Na segunda parte, não houve nada de mais, o Beira-Mar lutou, tentou assustar Ricardo e companhia mas, valha a verdade, nunca o conseguiu fazer da melhor forma porque, na realidade, o plantel aveirense é fraco e não merece figurar no escalão principal do futebol português.
Na próxima jornada o Sporting desloca-se a Braga onde terá naturalmente muito mais dificuldades do que aquelas que teve no jogo de ontem. Uma coisa joga contra a equipa de Paulo Bento: um resultado que não seja a vitória deixa praticamente afastada a hipótese de conquistar o título. A favor, o Sporting até costuma dar-se bem em Braga.
Vamos ver até onde vai este leão que tem a vantagem de poder contar com a totalidade do seu plantel e também, há que dizer, evidencia uma maior frescura física derivada da precoce ausência das competições europeias e também pela enorme rotação de jogadores que Paulo Bento tem efectuado ao longo da época.

segunda-feira, abril 02, 2007

Bwin Liga: Benfica e Porto empatam na Luz



E TUDO HELTON LEVOU...

BENFICA 1-1 FC PORTO



Tudo na mesma! Benfica e Porto empataram a uma bola e mantêm-se separados por um ponto, sendo que os encarnados passam a depender de terceiros para conquistar o título.

Houve um jornalista que perguntou a Fernando Santos o porquê de termos visto dois "benficas" neste jogo frente ao FC Porto. Passo a analisar essa mesma questão dando o meu ponto de vista.

1. Parece-me claro que o sistema montado por Jesualdo Ferreira baralhou completamente a equipa encarnada. O 4-4-2 que o técnico portista montou para este jogo, em que Jorginho foi a surpresa e Quaresma apareceu perto de Adriano, foi fundamental para a superioridade que o Porto teve em termos de posse de bola no primeiro tempo. Contudo, creio que não foi este o aspecto fundamental para termos visto um primeiro tempo mais em tons de azul.

2. Na primeira parte, Simão Sabrosa não existiu. O capitão encarnado mostrou-se sempre mais preocupado em não deixar Paulo Assunção iniciar o ataque portista do que propriamente em fazer jogar a sua equipa como ele sabe, ou seja, a vir buscar a bola aos centrais, a descair na esquerda e na direita, portanto, a encher o campo como é habitual. Simão não foi desequilibrador, Simão não teve bola também porque, valha a verdade, não a procurou muito e, obviamente, o Benfica teve enormes dificuldades em organizar o seu jogo. Além do mais, Petit foi sempre bem vigiado por Jorginho e não tinha espaço para construir e Katsouranis não entrou em jogo. Com uma unidade a menos no meio-campo, naturalmente que o Porto aproveitou e, como é sabido, é nesse sector do campo que se ganham os jogos.

3. Apesar destes dois primeiros pontos que me parecem terem muita influência para a superioridade do FC Porto nos 45 minutos iniciais, há um terceiro aspecto que foi fundamental para o menor fulgor encarnado no primeiro tempo. A ausência de Simão e Katsouranis, o pouco atrevimento dos laterais, o distanciamento entre as linhas, o nervosismo, a ansiedade, o esquema do Porto... sim, tudo isso teve influência. Mas, no meu ponto de vista e correndo o risco de estar completamente errado, creio que houve algo que não é visivel aos olhos do adepto comum. Só quem como eu andou lá dentro é que consegue explicar o porquê de numa parte a equipa está adormecida e na outra aparece com uma força e uma vontade do outro Mundo. É que, quando se tem uma imensidão de minutos nas pernas, quando num espaço tão reduzido se fazem 4 jogos, 360 minutos, naturalmente que isso se reflecte em qualquer ser humano. E, quer queiramos quer não, no futebol português, essa sobrecarga de jogos reflecte-se imediatamente.
Os adeptos do Benfica podiam questionar como é possível uma equipa jogar tão mal numa parte e na segunda parte ter uma força e, pelos vistos, uma capacidade física bem melhor do que àquela evidenciada na primeira parte. Pois bem, acho que propositadamente os jogadores encarnados não deram tudo na primeira parte. Acho que houve jogadores que interiorizaram que era importante não pressionar alto, não cair na tentação de entrar "a matar", isto com o intuito de, num segundo tempo, aí sim, a equipa arriscar vencer o jogo. Percebo perfeitamente que uma equipa como o Benfica, a jogar em casa e com a oportunidade de ouro de chegar à liderança, tenha obrigatoriamente de pensar em ganhar, em entrar com toda a força e toda a velocidade no sentido de impor o seu jogo e surpreender o adversário. Contudo, e acho que foi o que aconteceu, o Benfica não tem soluções no banco e não tem capacidade para, por exemplo, fazer o jogo que fez contra o Manchester United no seu Estádio onde pressionou a primeira parte toda e dominou por completo. Talvez a ideia de Fernando Santos passasse, numa primeira fase, por controlar o jogo a meio-campo, anular bem as investidas contrárias e, quem sabe, num contra-ataque, fazer o golo, para depois, numa segunda fase, e com Rui Costa em campo, "atacar o jogo" e procurar a vitória.
O momento do jogo acabou por ser o golo do Pepe que confundiu um bocado as contas de Fernando Santos. Ainda assim, o técnico encarnado mexeu bem na equipa, nas suas substituições nunca perdeu a cabeça e nunca perdeu a organização que, por esta altura, imperava no meio-campo encarnado - tirar Karagounis e colocar Derlei seria um enorme risco - e acabou por ser (meio) premiado com o golo de Lucho na própria baliza que colocou (meia) justiça no marcador.

Em conclusão, até porque creio que as respostas dadas à pergunta que coloquei inicialmente ajudam a mostrar a minha opinião em relação ao jogo, acho que o Benfica acabou por merecer mais qualquer coisa, isto apesar do Porto, na parte final, também ter tido duas ou três boas ocasiões para marcar. No entanto, se tal tivesse acontecido, teria sido muito injusto não só por aquilo que o Benfica fez, mormente no segundo tempo, como também por aquilo que havia feito no Estádio do Dragão onde, também aí, foi injustamente derrotado.
Temos campeonato e, atenção, vem aí o Rei Leão III.