Sem surpresa. O FC Porto venceu com naturalidade o modesto Desportivo das Aves e sagrou-se bicampeão nacional. O Sporting goleou o Belenenenses e somou o seu 23º jogo sem conhecer o sabor da derrota. Para uma equipa tão jovem e vista por muitos como um outsider na luta pelo título, é obra aquilo que Paulo Bento e companhia conseguiram fazer a partir do momento que a cabeça começou a funcionar somente nas competições internas. Relativamente ao Benfica, apetece dizer que o lugar que conseguiu reflecte exactamente aquilo que foi o seu percurso durante toda a temporada. O Benfica nunca conseguiu chegar ao primeiro lugar mas mostrou-se sempre oposição caso houvesse deslizes significativos no reino do dragão. Enquanto as pernas permitiram, o Benfica incomodou sempre mais o Porto do que propriamente o Sporting. A partir do momento que as pernas quebraram, não mais tivemos um Benfica ameaçador e, pior ainda, não mais vimos um Benfica capaz de segurar o prémio de consolação, portanto, o segundo lugar e a consequente entrada directa na Liga dos Campeões.
Nos lugares europeus, destaque para o quarto lugar do Braga que acaba por ser um prémio para a difícil temporada que os bracarenses conheceram e saliência para o sensacional Paços de Ferreira que conseguiu, pela primeira vez na sua história, abrir o seu futebol além fronteiras. Má sorte para o Leiria.
Finalmente, nas contas da descida, a fava acabou por sair a Aves e Beira-Mar. Se por parte dos Avenses já era esperado, o Beira-Mar tinha uma derradeira oportunidade para se salvar. O que é certo é que, mais uma vez e perante o seu público, a equipa falhou. Quem agradeceu foi o Vitória de Setúbal que mesmo debaixo de uma profunda crise acabou por manter (para já!) o seu nome inscrito nos maiores do futebol português.
Para o ano há mais!
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