sexta-feira, março 15, 2013

COMPETÊNCIA

Foi sobretudo um Benfica competente em Bordéus. Alguma desconcentração incial mas depois o barco navegou por águas tranquilas, fundamentalmente após o golo de Jardel. A chegada aos quartos é um dado adquirido (começa a ser um hábito ver o Benfica de Jesus nesta fase das competições europeias) e agora, venha quem vier, penso que há chances reais do percurso se extender um pouco mais. 

É fantástico como a equipa consegue dar resposta, independentemente do onze incial escolhido. Recordo que não tivemos Maxi, Luisão, Garay, Lima e Cardozo e nem por isso a equipa deixou de ser solidária a defender e oportunista na forma como explorou a velocidade e a qualidade técnica nos jogadores mais ofensivos. Neste último capítulo, é verdade que, até à entrada de Cardozo, a equipa não teve o volume e a dinâmica ofensiva que costuma ter - jogadores como Sálvio, Rodrigo ou Ola John raramente desequilibraram - mas as suas presenças e o conhecimento dos defensores do Bordéus em relação às características dos atacantes encarnados fizeram com que o respeito e a intranquilidade estivesse sempre latente nos respectivos defesas franceses.

Destaques:

MVP: Cardozo. Quem em vinte e poucos minutos faz dois golos tem, obviamente, de merecer especial atenção. Foi determinante e, mais uma vez, revelou frieza e serenidade na hora da conclusão, algo que, por vezes, escapa a Rodrigo.

Enzo Perez. Impossível ficar indiferente à raça e à entrega do argentino. Parece que já joga a médio centro há anos. É verdade que por vezes abusa no transporte de bola mas também é justo dizer que essas tais situações provocam, por diversas ocasiões, desequilibrios no adversário. Um grande reforço para esta temporada e, convém sublinhar, com dedo, uma vez mais, de Jorge Jesus. Foi ele que fez questão de lhe dar nova oportunidade, isto depois dos problemas que causou aquando da sua chegada ao clube.

Nico Gaitán. Uma primeira parte de bom nível. Critério a definir, qualidade no drible e inteligência na forma como marcou ritmos. Com Nico em campo há sempre a esperança que algo mágico possa acontecer a qualquer momento. E isso, quer queiramos quer não, é uma mais valia num médio de ataque.

Quanto ao sorteio? Acima de tudo, espero evitar o Rubin Kazan. Em termos teóricos os clubes ingleses (menos o Newcastle) são os mais fortes mas, muito honestamente, não desgostava que nos calhasse um deles. Seria uma boa oportunidade para ver o Benfica fora de portas.

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