sexta-feira, dezembro 01, 2006

Vitória muito SAB(O)ROSA, com uma defesa dura que nem uma ROCHA...

SPORTING 0 BENFICA 2





O Benfica venceu o Sporting, por duas bolas a zero, no grande jogo da 12ªjornada da Liga Bwin 2006/2007, disputado no Estádio Alvalade Século XXI.



Era ponto assente que os encarnados ficariam praticamente afastados da luta pelo título se saíssem derrotados de casa do grande rival, logo, esse factor poderia ser de inibição para os comandados de Fernando Santos. E, para além de não o ser, ainda permitiu aos da Luz construírem processos defensivos bastantes sólidos, esperando pelo erro do adversário, para produzir lances de ataque. Ora bem, foi precisamente aí que se começou a desenhar a vitória do Benfica, entregando deliberadamente o domínio de jogo ao adversário, esperando o erro contrário, para explorar depois o contra-ataque, onde, invariavelmente, aparecia um auntêntico vagabundo, no caso, Simão Sabrosa, o melhor homem em campo.
O Sporting apresentou-se em campo com uma postura claramente dominadora, de quem queria mandar no jogo, para não permitir qualquer veleidade ao adversário, tentando ter sempre vantagem no meio-campo, a zona do terreno mais importante, e onde se decidem muitos destes jogos.
Pois bem, Paulo Bento surpreendeu com as inclusões de Romagnoli e Bueno no onze inicial, mas o que é facto é que ambas as opções, à imagem da restante equipa, não se mostraram válidas para suportar as ideias do jovem técnico leonino.
Claro está que, num derby tão apaixonante como este, o facto de uma equipa chegar à vantagem logo aos 3 minutos, acaba por dar uma tranquilidade fora do normal, num jogo de alta tensão, e onde os nervos costumam imperar e inibir os jogadores.



Beneficou com isso, pois, o Benfica, que depois do golo de Ricardo Rocha (segundo consecutivo em jogos fora de casa), foi sempre a equipa mais tranquila em campo, e mesmo com o Sporting a tentar de várias formas criar perigo para a baliza de Quim, nunca se deixou atemorizar, conseguindo aniquiliar as linhas de passe construídas pelos jovens leões, já que Nani ou João Moutinho, por exemplo, raramente conseguiram explorar as (poucas) desmarcações dos apagados Liedson e Carlos Bueno.
Sempre com um espírito de entrega bastante grande, o Benfica não só conseguiu anular as principais pedras leoninas, como também conseguiu saír em contra-ataque, de onde viria a nascer o segundo golo da partida, apontado pelo capitão Simão Sabrosa, num lance puro de transição rápida, onde o número 20 dos encarnados passou por Custódio, e depois, na cara de Ricardo, desviou para o fundo das redes da baliza do internacional português.
Estava feito o 0-2, e depois disso, até foi o Benfica, até ao intervalo, que dispôs da melhor chance de golo, em lance protagonizado por Miccoli, que com um grande remate de fora da área, fez a bola embater com estrondo na barra da baliza verde e branca.
No regresso dos balneários, o Sporting trouxe duas novidades, com as entradas de Carlos Martins e Yannick Djaló, para os lugares de Custódio e Romagnoli, com o intuito claro de Paulo Bento de dar mais profundidade à sua linha ofensiva, e tentar também aproveitar a forte meia-distância do médio português. Nem uma coisa nem outra, já que o jogo dos leões continuou na mesma toada, muito parada, e com pouca objectividade e clarividência em todos os processos ofensivos.
O Benfica, por seu turno, continuava a adotar a mesma estratégia, permitindo que os visitados jogassem mais tempo no seu meio campo, que tivessem maior tempo de posse de bola, mas com uma concentração elevadíssima, o que praticamente aniquilou todas as intenções dos comandados de Paulo Bento.
Mesmo com a entrada de Alecsandro para o refresco da frente de ataque, o Sporting nunca criou grande perigo para Quim, que apesar de aqui e ali ter sentido a bola a rondar a sua baliza, só por uma ou duas ocasiões teve que se aplicar a fundo para negar o golo contrário.
Era precisamente o que o Benfica pretendia, deixando que o tempo jogasse a seu favor, que o próprio público se enervasse, o que, logicamente, se arrastaria para a equipa, inibindo-a ainda mais explanar o seu futebol.
À passagem do minuto 80, Anderson Polga via o segundo cartão amarelo, o que acabaria de vez com qualquer intenção do Sporting, ainda que o jogo acabasse com 10 elementos para cada lado, já que Nuno Gomes também veria do bolso de Jorge Sousa o cartão vermelho (directo), por entrada duríssima sobre João Moutinho.
Daí até final da partida, foi só esperar que os minutos passassem, de forma a que se concretizasse uma vitória inteiramente justa do Benfica, que se relança na luta pelo título, ficando agora a 4 pontos do eterno rival (e ainda com menos um jogo), o que quer dizer que o grande beneficiado deste resultado poderá ser o FC Porto que, em caso de vitória no derby da Invicta, aumenta para 5 pontos a vantagem sobre o segundo classificado, precisamente o Sporting.

FICHA DO JOGO:


Estádio de Alvalade, em Lisboa.

ÁRBITRO: Jorge Sousa (Porto).


SPORTING: Ricardo, Miguel Garcia, Tonel, Polga, Tello, Custódio (Djaló, 46), Nani, João Moutinho, Romagnoli (Carlos Martins, 46), Carlos Bueno (Alecsandro, 66) e Liedson.

BENFICA: Quim, Nelson, Luisão, Ricardo Rocha, Leo, Katsouranis (Karagounis, 89), Petit, Nuno Assis (Beto, 92), Simão Sabrosa, Nuno Gomes e Miccoli (Paulo Jorge, 68).

AO INTERVALO: 0-2.

MARCADORES: 0-1 Ricardo Rocha, 3 m;0-2 Simão Sabrosa, 36.

ACÇÃO DISCIPLINAR: cartão amarelo para Simão (40), Polga (40 e 81), Katsouranis (56), João Moutinho (77). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Polga (80). Cartão vermelho directo para Nuno Gomes (83).

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