domingo, setembro 27, 2009

DEU PORTO NO CLÁSSICO



Porto 1-0 Sporting
(Falcao)




Ponto prévio: É inconcebível uma equipa como o Sporting apresentar, como titular e em pleno dragão, um jogador que não competia há quase 7 meses. Mais ridículo se torna se tivermos em linha de conta que, nesse ponto específico, o atleta (Grimi) teria a tarefa de marcar (só) o melhor jogador do rival. Paulo Bento acabou, ao intervalo, por emendar o erro mas o mal já estava feito.

Para analisar este jogo, mais do que escalpelizar aquilo que o Porto fez, importa sim anotar o que o Sporting deixou de fazer. Em primeiro lugar, os erros de casting: já falámos de Grimi, podemos também falar de Polga que continua a não justificar a titularidade. Depois, as bolas paradas. Cada canto ou livre contra o Sporting é um verdadeiro susto. Já o tinha referido e volto a dizer: é muito difícil uma equipa ser campeã com uma equipa de tão baixa estatura. Para além de estar em melhor forma que o brasileiro (Polga), até neste particular Tonel seria uma mais valia. Portanto, quando no ataque não se tira proveito desta situação - ainda que Postiga tenha ameaçado - e na defesa é aquilo que todos vemos (estou curioso em ver como é que o Sporting vai travar o fortíssimo jogo aéreo do Benfica), por muito que uma equipa lute e tente obter um bom resultado - e foi o caso da equipa do Sporting -, é difícil resistir a tantos problemas.
Foi, como disse, um bom Sporting. Apesar do resultado negativo, a equipa lutou, deixou tudo em campo, teve inumeras ocasiões mas não foi capaz de materializá-las em golo. Esta vitória moral (que nada vale em futebol) e este jogo em particular, mostraram precisamente aquilo que é o Sporting desta temporada: do meio-campo para a frente é uma coisa - isto apesar de Liedson ainda não ter um companheiro à altura -, de Miguel Veloso para trás, é outra equipa - salva-se Daniel Carriço, um senhor jogador. Ora, se no futebol a lógica imperar, os ataques ganham jogos, as defesas campeonatos. A menos que muita coisa mude na defensiva leonina, não me parece que esta equipa consiga funcionar como um todo de modo a lutar pelo campeonato. Veremos.

Ainda antes de referir o que quer que seja sobre o vencedor, importa deixar umas notas em relação ao árbitro Duarte Gomes. Primeiramente, achei pouco sensata a nomeação do mesmo. Tendo em contas os problemas com o Sporting, era de todo evitável esta situação. Relativamente à sua prestação, diria que teve um erro que se revelou determinante para o desenrolar da partida: a não expulsão de Raúl Meireles ainda no primeiro tempo. É verdade que, na minha opinião, esteve bem de um modo geral (acertou na expulsão de Polga - ainda que não tenhamos imagens completamente esclarecedoras sobre o primeiro amarelo ao brasileiro -, no penalty e na amostragem do segundo amarelo ao imprudente Miguel Veloso) mas, naquele momento capital, não reduziu o Porto a dez unidades - reduzindo mais tarde o Sporting, algo que se revelou determinante para o desfecho do jogo -.

No que diz respeito ao Porto, acabou por merecer o triunfo tendo em conta que entrou melhor no jogo, chegou à vantagem e, apesar de ter sofrido em determinadas situações, nunca se desorganizou em campo. Após a expulsão de Polga, talvez pudessem ter gerido melhor o jogo e tentado matar o encontro mas, neste tipo de jogos, a pressão é outra e porventura a ansiedade é uma realidade. Tendo também em conta que o FC Porto falhou uma grande penalidade e Rui Patrício acabou por ser o melhor jogador do Sporting, acho que tais factos ajudam a explicar a justeza do triunfo do dragão.
Individualmente, destacaria Hulk como o melhor jogador do Porto. Esta semana questionava-se na imprensa se o brasileiro seria solução ou problema. Meus amigos, mais uma vez ficou dada a resposta por este enorme jogador. Impressionante as suas cavalgadas e o seu poder de fogo. É verdade que por vezes é individualista mas é esse o seu estilo e é essa sua maneira de ir para cima do adversário que faz a diferença.

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho que o Paulo Bento tem muitas responsabilidades no resultado final do jogo. É mais que obvio que os níveis de confiança do Polga não permitem que ele seja titular, encontrando-se o resultado à vista: O adversário directa marca um golo com um cabeceamento a 1 metro do chão e comete um penalti infantial, acabando por ser expulso.

Por outro lado Duarte Gomes teve muita influencia em não deixar o sporting empatar. Nos primeiros 15 minutos, conseguiu marcar dois livres perigosos na lateral esquerda da área do SCP, incluindo o que deu origem ao golo, e um lançamento (nas barbas do fiscal) a favor do Porto quando estes pertenciam ao SCP. Os primeiros amarelos do Polga e do Veloso são claramente rídiculos... e faltaram amarelos ao Fucile e Meireles. Critério diferente claramente com medo do sítio onde estava a apitar.

Depois do apito dourado, parece que a vergonha continua: Um conhecido meu esteve no porto num casamento e ficou num hotel onde, no bar, Pinto da Costa e um árbitro confraternizavam alegremente. Não me soube dizer o nome do árbitro.

Pedro Roque