
Vitória que, tal como os números demonstram, teve tanto de tranquila como de fácil. Deu para gerir o plantel e utilizar jogadores com poucos minutos de jogo. No fundo, aquilo que sempre defendi. Até às meias-finais, estas taças (da liga e de Portugal) devem servir para isso mesmo: rodar a equipa e mostrar que os jogadores ditos de "segunda linha" têm valor para jogar numa equipa grande. Há quem defenda que as taças são para se jogar com seriedade e que os clubes de maior nomeada a devem respeitar. Meus amigos, percebo esse argumento mas, no meu ponto de vista, estas taças devem servir para mostrar que jogar numa equipa grande tem uma imensa dose de responsabilidade. Por conseguinte, os jogadores de "segunda linha" têm de ter a responsabilidade de, em jogos de taça, ganhar. Seja em que campo e contra que adversário for (exceptuando clubes com o mesmo orçamento, como é óbvio). Perante isto, volto a referir que, até às meias-finais, se fosse eu a mandar, operava sempre revoluções na equipa.
Olhando para este jogo nas Aves, aqui ficam algumas observações individuais sobre os atletas que Jesus utilizou:
Moreira: é um guarda-redes que gosto particularmente. Comete muito poucos erros sempre que é chamado e tem uma qualidade que falta a Roberto ou Júlio César: a capacidade para estar constantemente a dialogar com os seus companheiros. Quem estiver atento, ouve várias vezes a voz de Moreira na televisão.
No meu ponto de vista, é um guarda-redes que deve ficar nos quadros do Benfica até terminar a carreira, não só por ser benfiquista mas também por ser bom profissional e, essencialmente, bom guarda-redes.
Luis Filipe: arrepia-me pensar numa possível lesão de Maxi Pereira. Sem Rúben, penso que este pseudo lateral é, nesta altura, a segunda opção. Jogador muito fraco e sem qualidade para jogar no Benfica.
Sidnei: é um central que aprecio. É rápido, bom na antecipação e com alguma qualidade a sair a jogar com bola (por vezes exagera nos pontapés para a frente). Precisa ainda de limar algumas arestas - ainda comete alguns erros infantis - mas com o tempo vai tornar-se num excelente central. Para continuar nas próximas épocas.
Jardel: Foi, talvez, a primeira vez que vi com pormenor este central. Robusto, jogou simples e revelou alguma qualidade. Ainda é cedo para dizer mais mas a verdade é que a sua estreia prometeu. Para ser sincero, serei muito exigente para com este jogador. É que, gosto de Sidnei, sou fã de Roderick e aprecio bastante Miguel Vitor. Vai ter de fazer as coisas muito bem para me conquistar.
César Peixoto: Não esteve assim tão mal neste jogo mas aquilo que escrevi para Filipe vale também para ele. A dispensar no final da temporada.
Javi Garcia: é um trinco incrível. Nem a "feijões" facilita. Um dos melhores em campo.
Felipe Menezes: Ora aí está um jogador que não gera consenso entre os adeptos. Há quem lhe reconheça qualidade técnica, há quem diga que não é jogador para o Benfica. Eu sou daqueles que acredito que Menezes tem qualquer coisa de bom dentro de si. É verdade que ainda tem muitas deficiências típicas de quem jogou no futebol brasileiro mas revela uma qualidade técnica (e com os dois pés) que lhe pode ser favorável no futuro. É como digo, neste momento está muito longe de poder constituir uma opção válida para Jorge Jesus mas, com mais trabalho de ginásio e com maior tempo de adaptação à Europa e ao futebol português, poderá crescer e tornar-se num jogador válido. Esperar para ver.
Aimar: Não há muito para dizer. A passo ou a ritmo acelerado, para mim é o melhor jogador do Benfica. Tenho dito.
Fernandez: Não foi muito prometedora a estreia mas também era difícil pedir mais a um jogador acabado de chegar. Mostrou capacidade de combate e vontade em ajudar o Peixoto. Em termos atacantes não revelou nada de especial mas, como disse, ainda é cedo para analisar este atleta.
Jara: Na minha opinião, foi o melhor jogador em campo. Nota-se que está a crescer (revela alguns tiques de Tevez) e que tem toque de bola. Falta-lhe, na minha opinião, maior capacidade de choque e maior prontidão a soltar a bola. É um jogador muito individualista. Tem a seu favor a idade, a natural adaptação à Europa que os sul-americanos têm de ter e o facto de ter uma qualidade técnica, mobilidade e entrega ao jogo bastante assinaláveis.
Kardec: Já mostrou muito mais do que o que tem vindo a mostrar ultimamente. Acho que tem muita qualidade e, no meu ponto de vista, ainda vai ser muito útil ao Benfica num futuro próximo. Não é fácil para um jovem brasileiro sentir que, por muito bem que jogue, o lugar é de Cardozo. Ainda assim, tem obrigação de fazer mais e melhor. Não me esqueço do que já mostrou mas o futebol é o momento e, nesta altura, a verdade é que Kardec não tem mostrado serviço. As recentes não convocatórias assim o demonstram.
Airton: É um jogador de futuro e de enorme qualidade. Tem a desvantagem de ter, na sua posição, Javi Garcia. Ainda assim, sempre que joga revela bons pormenores. Não foi o caso de hoje mas também não era preciso.
Sálvio: Entrou e mexeu com o jogo. O novo Pobosrky, sem dúvida alguma.
Nuno Gomes: Ora bem, aqui temos um caso complicado. Em primeiro lugar, acho que Nuno Gomes está em final de carreira e já não é aquele jogador que era indispensável no Benfica e que ajudava na selecção nacional. Olhando para a concorrência, é difícil ver o Nuno jogar mais tempo quando temos Cardozo, Saviola, Jara, Kardec e Weldon. No entanto, acho que Nuno Gomes também não é nenhum Mantorras e, como tal, acho que merecia mais respeito por parte do treinador. Pelo seu passado, pela sua inteligência dentro de campo e pela sua experiência, creio que o Nuno merecia muitos mais minutos do que aqueles que tem vindo a jogar. Percebo o que vai na cabeça de Jorge Jesus mas só até um certo ponto.
Quanto ao jogo de hoje, no pouco tempo que esteve em campo, a verdade é que fez mais que Kardec: um golo e uma assistência. No fundo, cumpriu (e de que maneira) a sua missão. Mais uma vez, diga-se.
Olhando para este jogo nas Aves, aqui ficam algumas observações individuais sobre os atletas que Jesus utilizou:
Moreira: é um guarda-redes que gosto particularmente. Comete muito poucos erros sempre que é chamado e tem uma qualidade que falta a Roberto ou Júlio César: a capacidade para estar constantemente a dialogar com os seus companheiros. Quem estiver atento, ouve várias vezes a voz de Moreira na televisão.
No meu ponto de vista, é um guarda-redes que deve ficar nos quadros do Benfica até terminar a carreira, não só por ser benfiquista mas também por ser bom profissional e, essencialmente, bom guarda-redes.
Luis Filipe: arrepia-me pensar numa possível lesão de Maxi Pereira. Sem Rúben, penso que este pseudo lateral é, nesta altura, a segunda opção. Jogador muito fraco e sem qualidade para jogar no Benfica.
Sidnei: é um central que aprecio. É rápido, bom na antecipação e com alguma qualidade a sair a jogar com bola (por vezes exagera nos pontapés para a frente). Precisa ainda de limar algumas arestas - ainda comete alguns erros infantis - mas com o tempo vai tornar-se num excelente central. Para continuar nas próximas épocas.
Jardel: Foi, talvez, a primeira vez que vi com pormenor este central. Robusto, jogou simples e revelou alguma qualidade. Ainda é cedo para dizer mais mas a verdade é que a sua estreia prometeu. Para ser sincero, serei muito exigente para com este jogador. É que, gosto de Sidnei, sou fã de Roderick e aprecio bastante Miguel Vitor. Vai ter de fazer as coisas muito bem para me conquistar.
César Peixoto: Não esteve assim tão mal neste jogo mas aquilo que escrevi para Filipe vale também para ele. A dispensar no final da temporada.
Javi Garcia: é um trinco incrível. Nem a "feijões" facilita. Um dos melhores em campo.
Felipe Menezes: Ora aí está um jogador que não gera consenso entre os adeptos. Há quem lhe reconheça qualidade técnica, há quem diga que não é jogador para o Benfica. Eu sou daqueles que acredito que Menezes tem qualquer coisa de bom dentro de si. É verdade que ainda tem muitas deficiências típicas de quem jogou no futebol brasileiro mas revela uma qualidade técnica (e com os dois pés) que lhe pode ser favorável no futuro. É como digo, neste momento está muito longe de poder constituir uma opção válida para Jorge Jesus mas, com mais trabalho de ginásio e com maior tempo de adaptação à Europa e ao futebol português, poderá crescer e tornar-se num jogador válido. Esperar para ver.
Aimar: Não há muito para dizer. A passo ou a ritmo acelerado, para mim é o melhor jogador do Benfica. Tenho dito.
Fernandez: Não foi muito prometedora a estreia mas também era difícil pedir mais a um jogador acabado de chegar. Mostrou capacidade de combate e vontade em ajudar o Peixoto. Em termos atacantes não revelou nada de especial mas, como disse, ainda é cedo para analisar este atleta.
Jara: Na minha opinião, foi o melhor jogador em campo. Nota-se que está a crescer (revela alguns tiques de Tevez) e que tem toque de bola. Falta-lhe, na minha opinião, maior capacidade de choque e maior prontidão a soltar a bola. É um jogador muito individualista. Tem a seu favor a idade, a natural adaptação à Europa que os sul-americanos têm de ter e o facto de ter uma qualidade técnica, mobilidade e entrega ao jogo bastante assinaláveis.
Kardec: Já mostrou muito mais do que o que tem vindo a mostrar ultimamente. Acho que tem muita qualidade e, no meu ponto de vista, ainda vai ser muito útil ao Benfica num futuro próximo. Não é fácil para um jovem brasileiro sentir que, por muito bem que jogue, o lugar é de Cardozo. Ainda assim, tem obrigação de fazer mais e melhor. Não me esqueço do que já mostrou mas o futebol é o momento e, nesta altura, a verdade é que Kardec não tem mostrado serviço. As recentes não convocatórias assim o demonstram.
Airton: É um jogador de futuro e de enorme qualidade. Tem a desvantagem de ter, na sua posição, Javi Garcia. Ainda assim, sempre que joga revela bons pormenores. Não foi o caso de hoje mas também não era preciso.
Sálvio: Entrou e mexeu com o jogo. O novo Pobosrky, sem dúvida alguma.
Nuno Gomes: Ora bem, aqui temos um caso complicado. Em primeiro lugar, acho que Nuno Gomes está em final de carreira e já não é aquele jogador que era indispensável no Benfica e que ajudava na selecção nacional. Olhando para a concorrência, é difícil ver o Nuno jogar mais tempo quando temos Cardozo, Saviola, Jara, Kardec e Weldon. No entanto, acho que Nuno Gomes também não é nenhum Mantorras e, como tal, acho que merecia mais respeito por parte do treinador. Pelo seu passado, pela sua inteligência dentro de campo e pela sua experiência, creio que o Nuno merecia muitos mais minutos do que aqueles que tem vindo a jogar. Percebo o que vai na cabeça de Jorge Jesus mas só até um certo ponto.
Quanto ao jogo de hoje, no pouco tempo que esteve em campo, a verdade é que fez mais que Kardec: um golo e uma assistência. No fundo, cumpriu (e de que maneira) a sua missão. Mais uma vez, diga-se.