segunda-feira, novembro 11, 2013

DERBY

Apesar de não o ter visto na sua totalidade, não posso deixar de tecer algumas considerações sobre o mesmo.

Já muito foi dito e escrito. Partilho a opinião da generalidade. O jogo foi excelente porque teve golos, emoção, imprevisibilidade no resultado e talento puro à solta, isto apesar de nem sempre ter sido bem jogado por parte a parte. Além disso, ambas as equipas mostraram aquilo que de melhor e pior tem sido detectado pelos seus adeptos: claramente melhores a atacar do que a defender.

Sobre o árbitro, naturalmente que errou. Ainda que os casos do jogo sejam praticamente todos eles de difícil análise para quem tinha de decidir no momento e sem recurso a repetição, não podemos branquear tal situação e, como tal,  há que dizer que houve claro benefício a favor da equipa da casa e é pena porque ambos os conjuntos e respectivos adeptos mereciam ter tido um juiz à altura.

Olhando para o Sporting. Se no dragão esperava mais, na Luz esperava menos do que mostraram. A começar no seu treinador que revelou audácia na forma desinibida com que entrou no jogo e, mais significativo, na maneira como mexeu na equipa em busca da igualdade. Sem qualquer tipo de problemas, mandou um puto às feras e lançou um segundo avançado em detrimento de um médio. Bem sei que era um jogo a eliminar mas fica bem um treinador ter esta coragem.

O melhor deles? A atitude, o acreditar que era possível mudar o cenário negativo da primeira parte, a classe de Montero, a raiva de Adrien e a irreverência de Mané.

O pior? A defesa. Muitos erros. A começar logo no primeiro golo. Tive um treinador nos juniores que me ensinou uma coisa muito simples. Nos livres, a barreira nunca mas NUNCA deve saltar. Os jogadores devem, isso sim, meter-se em bicos de pés. Quem conseguir ter o mérito de fazê-la (a bola) passar por cima e colocá-la na gaveta, muito bem. Por baixo nunca pode passar.
Depois, aquela dupla de centrais. Más decisões, entradas fora de tempo, maus posicionamentos. Já não é de hoje. O grande calcanhar de aquiles dos leões. 


Olhando para o Benfica. Depois de um jogo tremendamente desgastante na terça-feira, foi boa a resposta sob ponto de vista físico e mental. O trio do meio-campo voltou a dar sinais muito positivos e a transmitir ao treinador de que este novo sistema tem pernas para andar. Depois, lá na frente, as individualidades resolveram. Gaitán e Cardozo mostraram aquilo que quase sempre acontece neste tipo de jogos: quando há equilibrio a meio-campo e quando as tácticas se anulam mutuamente, tem de ser um rasgo de génio a fazer a diferença. Neste jogo, foi Cardozo a estrela, sendo que Nico, como é seu hábito neste tipo de jogos, esteve fantástico também.

O melhor? Os quatro golos, o equilibrio no meio-campo, a mobilidade e criatividade ofensiva, a superação física depois de um jogo de grande intensidade durante a semana e o facto de se ter terminado uma partida com 5 portugueses.

O pior? Mais dois golos sofridos de bola parada, a lesão de Rúben Amorim e a habitual dificuldade em controlar resultados já que a equipa não está formatada para recuar linhas e defender. Houve mérito do Sporting no segundo tempo mas fiquei com a ideia de que se podia ter feito mais qualquer coisa nesse periodo de jogo. 

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