Leixões 1-1 Benfica
(Wesley; Cardozo)
Surpresa só para quem não assistiu ao jogo. Aliás, a haver um vencedor, esse teria que ser a equipa leixonense que fez um jogo absolutamente fantástico. Muitas justificações poderiamos dar de forma a explicar o jogo menos bom da equipa benfiquista. O desgaste físico derivado aos dois jogos duríssimos que o Benfica conheceu na semana passada e a precoce lesão de Reyes, o jogador talismã das últimas partidas, são dois argumentos que me parecem ter algum fundamento. Contudo, há um argumento que merece ser muito mais enaltecido e, por suposto, colocado como o factor mais importante de todos: o Leixões surpreendeu o Benfica e jogou como uma equipa Grande. Desde o primeiro minuto de jogo vimos a equipa de Matosinhos mandona, disposta em 4x3x3, sem medos, com uma dinâmica de jogo elevada e a impor o ritmo da partida. Desde cedo se percebeu que o Benfica iria ter muitas dificuldades para dominar o jogo e empurrar a equipa do Leixões para o seu reduto. Nem mesmo o golo de Cardozo - totalmente contra a corrente de jogo - animou a equipa. É verdade que faltou frescura física, também é certo que Katso, Martins e Yebda nunca conseguiram ganhar os duelos individuais nem a segunda bola mas, mais do que falar de uma exibição pouco conseguida dos "encarnados", temos, efectivamente, de realçar a postura do Leixões que nunca olhou o Benfica com sentido de inferioridade. Muito mérito para José Mota que, até mesmo pelas substituições que fez - recordo que acabou o jogo sem os dois laterais -, demonstrou uma vontade enorme em ganhar e assumir a liderança do campeonato. Nota-se que a equipa respira moral e tranquilidade fruto dos bons resultados que vem conseguindo. Começo a perceber o porquê do Braga, por exemplo, ter sido humilhado no Estádio do Mar. Perante um treinador que passa para os seus jogadores um espírito guerreiro e perante uma massa adepta - eu estive lá e sei do que falo - que abafou completamente os adeptos do Benfica, creio que são pormenores (a juntar a tantos outros) que explicam muito do sucesso que esta equipa vem vivendo esta temporada.
Para finalizar, dizer que estes dois pontos perdidos pelo Benfica não têm grande significado. A equipa vai certamente continuar a crescer e, estou convencido, os erros primários que mais uma vez ficaram latentes, creio que vão desaparecendo à medida que mais treinos e mais jogos vão aparecendo. É óbvio que nunca é bom empatar contra equipas que lutam pela permanência mas às vezes estes "baldes de água fria" são importantes para os jogadores perceberem que estes jogos devem ser encarados com tanto ou mais empenho que os jogos contra os "grandes". Além disso, é importante que Quique passe a mensagem aos seus atletas no sentido de, especialmente nos jogos depois da jornada europeia, a equipa fazer mais do que somente gerir um resultado positivo, isto por forma a não se desgatar tanto sob ponto de vista físico. Como é óbvio, é um erro.
(Wesley; Cardozo)
Surpresa só para quem não assistiu ao jogo. Aliás, a haver um vencedor, esse teria que ser a equipa leixonense que fez um jogo absolutamente fantástico. Muitas justificações poderiamos dar de forma a explicar o jogo menos bom da equipa benfiquista. O desgaste físico derivado aos dois jogos duríssimos que o Benfica conheceu na semana passada e a precoce lesão de Reyes, o jogador talismã das últimas partidas, são dois argumentos que me parecem ter algum fundamento. Contudo, há um argumento que merece ser muito mais enaltecido e, por suposto, colocado como o factor mais importante de todos: o Leixões surpreendeu o Benfica e jogou como uma equipa Grande. Desde o primeiro minuto de jogo vimos a equipa de Matosinhos mandona, disposta em 4x3x3, sem medos, com uma dinâmica de jogo elevada e a impor o ritmo da partida. Desde cedo se percebeu que o Benfica iria ter muitas dificuldades para dominar o jogo e empurrar a equipa do Leixões para o seu reduto. Nem mesmo o golo de Cardozo - totalmente contra a corrente de jogo - animou a equipa. É verdade que faltou frescura física, também é certo que Katso, Martins e Yebda nunca conseguiram ganhar os duelos individuais nem a segunda bola mas, mais do que falar de uma exibição pouco conseguida dos "encarnados", temos, efectivamente, de realçar a postura do Leixões que nunca olhou o Benfica com sentido de inferioridade. Muito mérito para José Mota que, até mesmo pelas substituições que fez - recordo que acabou o jogo sem os dois laterais -, demonstrou uma vontade enorme em ganhar e assumir a liderança do campeonato. Nota-se que a equipa respira moral e tranquilidade fruto dos bons resultados que vem conseguindo. Começo a perceber o porquê do Braga, por exemplo, ter sido humilhado no Estádio do Mar. Perante um treinador que passa para os seus jogadores um espírito guerreiro e perante uma massa adepta - eu estive lá e sei do que falo - que abafou completamente os adeptos do Benfica, creio que são pormenores (a juntar a tantos outros) que explicam muito do sucesso que esta equipa vem vivendo esta temporada.
Para finalizar, dizer que estes dois pontos perdidos pelo Benfica não têm grande significado. A equipa vai certamente continuar a crescer e, estou convencido, os erros primários que mais uma vez ficaram latentes, creio que vão desaparecendo à medida que mais treinos e mais jogos vão aparecendo. É óbvio que nunca é bom empatar contra equipas que lutam pela permanência mas às vezes estes "baldes de água fria" são importantes para os jogadores perceberem que estes jogos devem ser encarados com tanto ou mais empenho que os jogos contra os "grandes". Além disso, é importante que Quique passe a mensagem aos seus atletas no sentido de, especialmente nos jogos depois da jornada europeia, a equipa fazer mais do que somente gerir um resultado positivo, isto por forma a não se desgatar tanto sob ponto de vista físico. Como é óbvio, é um erro.
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