domingo, outubro 26, 2008

Liga Sagres: Benfica volta aos triunfos... suados

Benfica 2-1 Naval
(Luisão, Cardozo; Marcelinho)



Muito complicada e sofrida a vitória do Benfica, isto porque a Naval fez um excelente jogo e vendeu muito cara a derrota. Nota-se que ainda há muito trabalho a fazer por parte de Quique Flores. Efectivamente, há ainda jogadores fora de forma e há aspectos tácticos a corrigir, nomeadamente nas transições ataque-defesa. A equipa do Benfica consegue ter, dentro do jogo, momentos de bom futebol - é inegável que há jogadores de grande qualidade no onze - mas, ao mesmo tempo, vive momentos de instabilidade que fazem com que o adversário acredite que seja possível fazer golos ao Benfica. Percebe-se, portanto, que a palavra segurança seja um termo bastante badalado por Quique já que, é notório, a equipa não está ainda habituada a lidar com a vantagem no placar.

A nível individual, Quim mostrou que está outra vez tranquilo e seguro entre os postes; Reyes e Suazo estiveram bastante mexidos na primeira parte e foram as principais ameaças (caíram de produção no segundo tempo) e Luisão, na minha opinião, foi o melhor jogador em campo. Fez o primeiro golo da partida e revelou-se imperial no eixo defensivo. Ainda pela positiva, uma palavra de destaque para Cardozo que entrou e, mesmo não tendo estado muito activo, voltou a ser decisivo já que fez, de cabeça, o golo da vitória.
Pela negativa, Rúben Amorim e (principalmente) Carlos Martins. Amorim esforçou-se e tentou dar algum dinamismo ao flanco direito mas a verdade é que nunca conseguiu concluir as suas jogadas individuais. Foi substituido por Di Maria no segundo tempo. Relativamente a Martins, a sua exibição foi miserável. Nem remates à baliza, nem passes de ruptura, nada. Foi um dos responsáveis pela a fraca produção ofensiva do Benfica no primeiro tempo. Dizer também que Yebda, apesar de uns furos acima do português, também não esteve nos melhores dias.

Palavra final para a equipa de arbitragem liderada por Rui Costa. Houve dois erros clamorosos. Primeiro, o penalty claro sobre Rúben Amorim que nem o fiscal de linha nem Rui Costa conseguiram vislumbrar. Depois, já no segundo tempo, o incrível fora-de-jogo tirado a Marinho que o deixava completamente isolado perante Quim. A isto tudo, juntar o facto de Yebda ter saído deste jogo sem amarelo quando, na verdade, cometeu 3 ou 4 infracções duríssimas.
Pelo facto de ter prejudicado as duas equipas, diria que Rui Costa acabou por não ter influência no resultado. Menos mal.

Sem comentários: