ALÍVIO

Com a saída de Quique (finalmente confirmada) e a mais que eminente contratação de Jorge Jesus, volto a pensar em ir ao Estádio da Luz ver os jogos, algo que não o iria fazer na próxima temporada caso o espanhol continuasse. No fundo, mesmo sabendo que o Benfica irá partir atrás dos seus rivais (vão continuar com os mesmos técnicos), a palavra ILUSÃO volta a entrar no meu dicionário. Volto a dizer que não sou apologista das chicotadas psicológicas e também não acho que se deva olhar para o trabalho dos treinadores perante o que ganharam ou deixaram de ganhar numa temporada (o exemplo disso mesmo era Fernando Santos, treinador que não ganhou nada no Benfica e em que eu defendia a sua continuidade). Há outros aspectos que eu dou valor para além dos títulos. E Quique, nos aspectos básicos, isto é, técnicos, tácticos e até psicológicos deixou muito a desejar. Se fosse por falta de matéria prima até teria dado o benefício da dúvida (como dei no início não por esse aspecto mas pelo desconhecimento do futebol português e a necessária adaptação que este precisava). Como não foi o caso e por entender que tinha tudo para fazer muito mais, acho que a rescisão foi a decisão acertada.

Quanto a Jorge Jesus, se as coisas vierem a correr mal, sei que não é por falta de qualidade. O técnico português já mostrou por diversas vezes que percebe de bola, de táctica e é um profundo conhecedor do futebol português. Poderá não ter sorte mas, se lhe derem tempo e espaço, tenho a certeza que será capaz de enfrentar com sucesso a difícil missão que é treinar o Sport Lisboa e Benfica.