segunda-feira, outubro 26, 2009

NOTAS DO DRAGÃO


PORTO 3-2 ACADÉMICA
(Mariano, Farias (2); Miguel Pedro, Sougou)



Algumas notas rápidas em relação ao jogo do dragão:

- Feliz o treinador que tem como suplente Ernesto Farias. É um jogador com um faro pelo golo tremendo. Apesar de latino, tem tiques de Van Nistelrooy tal a sua frieza no momento de empurrar para a baliza. É um jogador de área e é daqueles que não precisa de muitos toques na bola (nem minutos de jogo!) para colocar o seu nome na folha de marcadores. No fundo, é a antítese de Hélder Postiga ou Nuno Gomes. Merecia mais atenção por parte de Jesualdo.

- No global, diria que Mariano Gonzalez foi o melhor jogador em campo. É daqueles jogadores que dá tudo dentro de campo, faz várias posições, é rápido e é criativo. No meu entender, tem muita qualidade. É daqueles que é mal-amado no dragão. Gostava de o ver como está Di Maria este ano: confiante, motivado, de cabeça limpa e titular com regularidade.

- Hulk terá feito dos piores jogos desde que chegou ao Porto. Por incrível que pareça, conseguiu, no meio de tanto passe falhado e tantas decisões erradas, enviar uma bola ao poste e ter duas arrancadas culminadas com assistências para golo eminente. Curioso.

- "Filho de peixe sabe nadar". O ditado é velho e parece fazer algum sentido para os lados de Coimbra. É que, André Vilas Boas, discípulo de Mourinho, mostrou pormenores bastante interessantes. Em primeiro lugar, no discurso. Sereno, bom comunicador e inteligente na análise ao jogo, referindo-se com categoria à forma como Jesualdo foi abordando a partida e às alterações técnico-tácticas que este formulou na segunda parte. Depois, bastante positiva(para quem tem menos de uma semana de trabalho) a postura da Académica em toda a partida. Quem viu o jogo da Académica contra o Sporting e quem viu esta briosa equipa, terá visto, seguramente, a noite e o dia. É que, esta Académica, mostrou argumentos de primeira liga. Organização táctica, boa ligação entre sectores (terá apenas faltado lucidez no último terço do terreno mas seria ridículo pedir mais mediante tão pouco tempo de trabalho e, atente-se, em pleno estádio do dragão) e excelente capacidade da equipa em pensar rápido sem bola (processos defensivos) e segura em posse (processos ofensivos). Apesar da derrota, as ilações a tirar deste primeiro teste são (André Vilas) boas.

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