PAÇOS 1-3 BENFICA
(Maykon; David Luiz, Carlos Martins, Cardozo)
Fruto de uma grande primeira parte, o Benfica logrou uma importante vitória (a 6ª consecutiva no campeonato) num terreno normalmente complicado para os grandes. A entrada a matar com o golo de David Luiz e as bombas de Martins e Cardozo praticamente mataram um atrevido Paços de Ferreira que, mesmo em grandes dificuldades ao intervalo, vendeu cara a derrota, chegando até a assustar depois de marcar o golo.
Jorge Jesus fez uma autêntica revolução no onze, comparativamente àquele que havia entrado em Atenas. Júlio Cesar e Peixoto saíram da equipa por opção, Aimar, Di Maria e Maxi devido aos compromissos internacionais. Ainda assim, as muitas mexidas não prejudicaram a dinâmica do futebol do Benfica. É verdade que o golo madrugador ajudou a equipa mas também é justo dizer que antes desse momento já se notava que os "encarnados" queriam resolver as coisas rapidamente e, ainda mais relevante, depois do golo alcançado a equipa não tirou o pé e continuou a procurar mais golos.
Apesar de por vezes assustar Quim no primeiro tempo, o Paços nunca conseguiu controlar as acções ofensivas do Benfica e percebia-se que os nortenhos iriam ter muitas dificuldades para travar o ataque dos de Jesus. Foi, sem surpresa, que o Benfica chegou aos 0-3 com golos de se lhe tirar o chapéu. Chegava-se ao intervalo com o vencedor do jogo praticamente definido, sendo que, nessa óptica, Jesus poderia gerir o físico dos jogadores e, obviamente, o placar. Foi o que aconteceu.
Na etapa complementar veio a chuva intensa que acordou o Paços de Ferreira. Diria propositadamente, os de Jesus limitaram-se a defender e a ver o tempo passar. O desgaste físico ao terceiro jogo em sete dias, a confortabilidade do resultado e o campo pesadíssimo em virtude da chuva só podia levar a tal atitude. Mérito, há que dizê-lo, para o Paços que nunca se entregou e, também verdade, obrigou o Benfica a recuar e a vestir o fato de macaco. Chegou, com mérito e justiça, ao golo de honra.
A nível individual, no lado pacence destacaria a excelente entrada de Cristiano na segunda parte. É, sem dúvida, o melhor jogador desta equipa. Salientar também a boa prestação de Maykon e as boas intervenções do guarda-redes Cássio, isto apesar de parecer ter estado mal colocado no golo de Martins.
No lado do Benfica, Carlos Martins, pelo que fez na primeira parte, foi talvez o melhor jogador em campo. Nota muito positiva para os centrais (Luisão e David Luiz) e para o inevitável Javi Garcia que varre tudo o que lhe aparece à frente. Deixo para o fim uma pequena nota sobre Óscar Cardozo. O paraguaio lutou muito e teve como prémio mais um golo (o 8º no campeonato). Aqui fica esta verdadeira obra de arte:
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