domingo, agosto 29, 2010

REGRESSO ÀS VITÓRIAS




Não poderia ser mais feliz a imagem por mim escolhida. Dizia eu, na última análise que havia feito sobre este Benfica, que um dos principais problemas para os sucessivos desaires resumiam-se às fracas performances de dois jogadores absolutamente fulcrais nas tarefas defensivas e ofensivas da equipa: Javi Garcia e Pablo Aimar. Pois bem, desde já tenho a dizer que, se é verdade que Roberto foi o herói do jogo (já lá vamos!), Javi Garcia e Pablo Aimar (e também a ala esquerda) foram os melhores jogadores em campo (nota máxima para o argentino). Tinha a certeza que, mesmo sem Di Maria e Ramires, quando estes jogadores se apresentassem a um bom nível, a equipa automaticamente elevaria o nível de jogo. Foi o que aconteceu. Pena foi a expulsão de Júlio César que permitiu ao Setúbal "sair um pouco mais da toca" e evitar um cenário bem próximo daquele que viveu na temporada passada.

Sobre Roberto: não há dúvida que entrou bem na partida mas, contrariamente ao escrito na capa do record, não está, de todo, perdoado. Neste jogo não mais teve que intervir mas não me esqueço de um cruzamento para a área em que, mais uma vez, saíu à maluca. Foi salvo pela eficácia do defesa. Ou seja, por mais ou menos confiança que este penalty lhe possa trazer, já deu para ver que Roberto é horrível a sair aos cruzamentos. Por muito bem que passe a defender entre os postes, nunca uma defesa (ou adepto) poderá estar descansada com um guarda-redes que não consegue colocar um ponto final a um cruzamento que seja.

Fábio Coentrão e Gaitan. Começo a ver ali uma dupla bem interessante. Gaitan não é Di Maria mas tem apontamentos absolutamente deliciosos. Por estranho que pareça, a presença de Gaitan em detrimento do agora extremo do Real Madrid faz brilhar mais Coentrão. Naturalmente que o internacional português está mais jogador hoje do que há um ano atrás mas, me parece, aproveita mais e melhor o facto de Gaitan não ser tão vertical quanto o era Di Maria e, mais relevante ainda, não ser tão egoista (não é uma critica depreciativa a Di Maria) quanto era o seu compatriota.

Vitória justa num jogo que poderia ter conhecido contornos de goleada ao nível da do ano passado, não fosse o infantil disparate do limitado Maxi Pereira.

PS: Desde os tempos de Cristiano Ronaldo que não via o Manchester a jogar tanto à bola. Fantástica exibição, com particular destaque para Nani e Berbatov, este último a mostrar a qualidade que tanto lhe reconhecemos nos tempos de Leverkusen e Tottenham.
E que dizer do Mainz que, a perder 3-0 e em pleno terreno do Wolfsburgo, conseguiu virar para 3-4. Futebol, dirão uns, espectáculo, dirão outros!

Sem comentários: