Benfica 2-2 Setúbal
(Katsouranis, Suazo; Laionel, Anderson)
Um golo surreal de Anderson ao cair do pano ditou mais um empate (o quarto) do Benfica na Liga Sagres, o que impediu os "encarnados" de assumir a liderança. Em abono da verdade, o Benfica já ganhou jogos esta temporada em que, porventura, terá realizado exibições menos conseguidas. Depois de uma primeira parte razoável e uma segunda onde se pôde assistir a vinte minutos de grande qualidade, dificilmente se esperaria um desfecho como aquele que assistimos na Luz. Apesar de termos visto um Setúbal organizado e estendido no campo - os "portistas" Leandro Lima e Bruno Gama estiveram particularmente inspirados -, diria que foi ao Benfica que pertenceram as melhores ocasiões de golo, oportunidades mais que suficientes para os da casa terem construído um resultado diferente do que àquele que amargamente receberam.
Apesar do bom desempenho de alguns jogadores do Benfica - Katsouranis marcou no seu centésimo jogo; Miguel Vitor regressou em grande à titularidade; Suazo, apesar de perdulário, voltou a deixar a sua marca e foi um problema para os defesas setubalenses -, naturalmente que, depois de o que se passou no minuto 90', importa mais falar na prestação de Quim, o grande responsável por este "desaire encarnado". Antes de mais, importa frisar que gosto particularmente deste guarda-redes. É humilde, assume perante a comunicação social quando erra e, convenhamos, já deu muitos pontos ao Benfica. Agora, é inegável, o internacional português não está a atravessar um bom momento. Se no primeiro golo sadino esteve mal ao defender uma bola para a frente quando o remate foi fraco e pouco colocado, no segundo golo, qual "manequim", ficou pregado ao relvado e permitiu que um ridículo pontapé de bicicleta de fora da área e em balão desse em golo. Contas feitas, dois pontos perdidos e esses, em exclusivo, devido ao pouco rigor de Quim nesta partida.
Ora, se concordo em absoluto com a permissa de Quique e de outros treinadores de que não há jogadores intocáveis, se critiquei convocatórias e "onzes" de Scolari quando este treinava a nossa selecção, então, seria de todo razoável que estivesse em sintonia com aqueles que defendem uma alteração na baliza do Benfica para os próximos jogos. Desde logo, há dois aspectos que poderão ser benéficos para o Benfica: Moreira, o eterno suplente, sempre que tem jogado tem revelado segurança e competência para assumir a baliza dos "encarnados". Estando Quim num momento menos bom de forma e tendo Quique total confiança em Moreira, está na altura de rodar. Depois, tal como vimos no Porto, Helton passou por um período de forma menos bom que levou Jesualdo a mudar. Agora, o brasileiro assumiu de novo a baliza e vem revelando a qualidade que já tinha mostrado a todos os portugueses. Com Quim, tal também poderá vir a acontecer e será bom para o Benfica e para a selecção.
OS MELHORES DA LUZ:
Benfica:
Katsouranis (7,5): No seu jogo "100", teve, pela primeira vez, a sensação de ser capitão do Benfica. Esses dois estimulos conferiram ao grego uma exibição de qualidade no meio-campo. Esteve bem a defender, correu muito, marcou o primeiro golo e, por ele, o Benfica merecia ter tido um final mais feliz do que aquele que conheceu.
Suazo (7): Esteve em quase todos os lances de perigo do Benfica. É verdade que poderia ter sido mais felino na hora de finalizar mas, ainda assim, deu ao Benfica um tremendo poder de fogo na frente. Se o jogo tivesse acabado mais cedo, teria resolvido e sido decisivo. Assim, fica-se pelo seu segundo golo na prova e por uma exibição conseguida mas manchada pelo resultado final.
Setúbal:
Leandro Lima (7): Dinâmico, criativo e com bom toque de bola. Esteve muito mexido e trouxe à sua equipa uma dose extra de qualidade do meio-campo para a frente. Apesar do colectivo ter sobressaído, o jovem Leandro Lima fez questão de mostrar que, quem sabe, tem lugar no actual plantel do Porto.
Anderson (6): Um golo para a história. Para quem joga a defesa central e num clube pequeno, dificilmente acreditaria alguma vez marcar um golo no Estádio da Luz de pontapé de bicicleta e fora da área. Inacreditavelmente, este brasileiro (que 90% dos portugueses nunca tinham visto jogar) fez um golo que nunca mais sairá da memória dos setúbalenses, pelas melhores razões, e dos benfiquistas pelas piores. Com ou sem ajudas, acreditou e foi feliz. Sem dúvida, uma das figuras desta partida.
(Katsouranis, Suazo; Laionel, Anderson)
Um golo surreal de Anderson ao cair do pano ditou mais um empate (o quarto) do Benfica na Liga Sagres, o que impediu os "encarnados" de assumir a liderança. Em abono da verdade, o Benfica já ganhou jogos esta temporada em que, porventura, terá realizado exibições menos conseguidas. Depois de uma primeira parte razoável e uma segunda onde se pôde assistir a vinte minutos de grande qualidade, dificilmente se esperaria um desfecho como aquele que assistimos na Luz. Apesar de termos visto um Setúbal organizado e estendido no campo - os "portistas" Leandro Lima e Bruno Gama estiveram particularmente inspirados -, diria que foi ao Benfica que pertenceram as melhores ocasiões de golo, oportunidades mais que suficientes para os da casa terem construído um resultado diferente do que àquele que amargamente receberam.
Apesar do bom desempenho de alguns jogadores do Benfica - Katsouranis marcou no seu centésimo jogo; Miguel Vitor regressou em grande à titularidade; Suazo, apesar de perdulário, voltou a deixar a sua marca e foi um problema para os defesas setubalenses -, naturalmente que, depois de o que se passou no minuto 90', importa mais falar na prestação de Quim, o grande responsável por este "desaire encarnado". Antes de mais, importa frisar que gosto particularmente deste guarda-redes. É humilde, assume perante a comunicação social quando erra e, convenhamos, já deu muitos pontos ao Benfica. Agora, é inegável, o internacional português não está a atravessar um bom momento. Se no primeiro golo sadino esteve mal ao defender uma bola para a frente quando o remate foi fraco e pouco colocado, no segundo golo, qual "manequim", ficou pregado ao relvado e permitiu que um ridículo pontapé de bicicleta de fora da área e em balão desse em golo. Contas feitas, dois pontos perdidos e esses, em exclusivo, devido ao pouco rigor de Quim nesta partida.
Ora, se concordo em absoluto com a permissa de Quique e de outros treinadores de que não há jogadores intocáveis, se critiquei convocatórias e "onzes" de Scolari quando este treinava a nossa selecção, então, seria de todo razoável que estivesse em sintonia com aqueles que defendem uma alteração na baliza do Benfica para os próximos jogos. Desde logo, há dois aspectos que poderão ser benéficos para o Benfica: Moreira, o eterno suplente, sempre que tem jogado tem revelado segurança e competência para assumir a baliza dos "encarnados". Estando Quim num momento menos bom de forma e tendo Quique total confiança em Moreira, está na altura de rodar. Depois, tal como vimos no Porto, Helton passou por um período de forma menos bom que levou Jesualdo a mudar. Agora, o brasileiro assumiu de novo a baliza e vem revelando a qualidade que já tinha mostrado a todos os portugueses. Com Quim, tal também poderá vir a acontecer e será bom para o Benfica e para a selecção.
OS MELHORES DA LUZ:
Benfica:
Katsouranis (7,5): No seu jogo "100", teve, pela primeira vez, a sensação de ser capitão do Benfica. Esses dois estimulos conferiram ao grego uma exibição de qualidade no meio-campo. Esteve bem a defender, correu muito, marcou o primeiro golo e, por ele, o Benfica merecia ter tido um final mais feliz do que aquele que conheceu.
Suazo (7): Esteve em quase todos os lances de perigo do Benfica. É verdade que poderia ter sido mais felino na hora de finalizar mas, ainda assim, deu ao Benfica um tremendo poder de fogo na frente. Se o jogo tivesse acabado mais cedo, teria resolvido e sido decisivo. Assim, fica-se pelo seu segundo golo na prova e por uma exibição conseguida mas manchada pelo resultado final.
Setúbal:
Leandro Lima (7): Dinâmico, criativo e com bom toque de bola. Esteve muito mexido e trouxe à sua equipa uma dose extra de qualidade do meio-campo para a frente. Apesar do colectivo ter sobressaído, o jovem Leandro Lima fez questão de mostrar que, quem sabe, tem lugar no actual plantel do Porto.
Anderson (6): Um golo para a história. Para quem joga a defesa central e num clube pequeno, dificilmente acreditaria alguma vez marcar um golo no Estádio da Luz de pontapé de bicicleta e fora da área. Inacreditavelmente, este brasileiro (que 90% dos portugueses nunca tinham visto jogar) fez um golo que nunca mais sairá da memória dos setúbalenses, pelas melhores razões, e dos benfiquistas pelas piores. Com ou sem ajudas, acreditou e foi feliz. Sem dúvida, uma das figuras desta partida.
1 comentário:
MMMMMMMIIIIIIIINNNNNNNNNHHHHHHHHHHAAAAAAAAAAAAAA...... ESTA É QUE É MINHA.....!!!!!!
GRANDE QUIM....COMEÇO A TER GRANDE SIMPATIA POR ESTE GUARDA REDES!
G. Seco
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