Nota-se que há talento individual no Sporting mas aquilo que se vê é que Sá Pinto está muito longe de conseguir formar uma equipa sólida e organizada. Aliás, tudo o que gira em redor do pensamento do técnico leonino é um mistério. O jovem treinador começou a época num 4x3x3, sendo o trio de meio-campo formado por Gelson, Elias e Adrien. Depois de alguns resultados negativos, Sá reiterou a confiança nesse trio e inclusivé reforçou que a equipa estava muito forte. Ora, subitamente, vimos um Sporting transfigurado frente ao Gil Vicente, numa espécie de 4x1x3x2 e com Rinaudo e Izmailov a assumirem as despesas do meio-campo. Os três centro-campistas que começaram a temporada nunca mais "calçaram". Isto já para não falar no "caso Insua".
E é isto, jogo após jogo o Sporting vai mudando de jogadores, por vezes chega mesmo a mudar o sistema (e provavelmente irá mudá-lo novamente no próximo fim-de-semana já que não acredito que Sá Pinto entre em campo com dois avançados) e resultados práticos... nem vê-los. Acima de tudo, falta alguém que perceba de futebol no banco.
Uma palavra para o Estoril. Tinha visto o seu jogo de estreia na liga frente ao Olhanense e tinha ficado com uma péssima imagem desta equipa. Naturalmente que houve evolução, houve também jogadores novos que entraram e a verdade é que gostei da forma como a equipa se exibiu em Alvalade. Mesmo com menos uma unidade, sempre que pôde tentou atacar. Creio que há muito demérito do Sporting neste empate mas também é bom referir que o Estoril mereceu por inteiro este ponto. Parabéns ao seu treinador que mostrou que com jogadores sem nome também se consegue trabalhar. E quando uma equipa revela organização (foi o caso!), nota-se logo que há dedo e trabalho do técnico durante a semana. Uma lição para Sá Pinto!
PS: É um luxo uma equipa em crise ter a liberdade de deixar Elias no banco de suplentes.
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