Aquilo que todos sabiamos há muito, finalmente aconteceu hoje: o Chelsea voltou a sagrar-se campeão de Inglaterra. Por isso e muito mais, os portugueses, com José Mourinho à cabeça, estão naturalmente de parabéns.
Para que tudo ficasse resolvido já hoje, bastaria aos "blues" conquistar um ponto frente ao Manchester United. Mas, como é sabido, festa para Mourinho só tem sabor se a mesma for acompanhada com o prato principal, ou seja, um triunfo. E se puder ser gordo e contra o maior rival, caso de hoje, tanto melhor.
O Chelsea venceu por 3-0 mas não se pense que o Manchester United foi um alvo muito fácil de abater. Aliás, foi tudo menos isso, isto apesar do resultado não o transparecer.
A equipa do Chelsea entrou melhor e, como é seu apanágio, na primeira vez que se acercou da baliza de Van der Saar, marcou! Gallas foi o marcador de serviço através de um lançe igual a tantos outros, portanto, de bola parada.
A reacção do United só se fez sentir por volta dos 20 minutos de jogo. Rooney, numa jogada individual fantástica, isolou-se e, sozinho frente a Petr Cech, enviou a bola para fora. Gorava-se assim a primeira grande oportunidade para os forasteiros.
Até final da primeira parte, praticamente só deu Manchester. Os "red devils" passaram a jogar praticamente no meio campo londrino e até criaram mais duas boas ocasiões para chegar ao intervalo com um resultado diferente do que aquele que se registava. Primeiro foi Rooney num remate forte fora da área a obrigar Cech a grande defesa e, já no último minuto do primeiro tempo, foi O´Shea a cabeçear com perigo dentro da área.
Ao intervalo, via-se um filme que já todos haviamos visto durante esta época. Um Chelsea pragmático e 100% eficaz e um United muito ofensivo mas bastante perdulário.
Na etapa complementar, o Manchester entrou melhor que o seu adversário mas, contrariamente ao primeiro tempo, nunca causou oportunidades reais de golo. Já o Chelsea, propositadamente, dava o dominio de jogo ao adversário mas, com objectividade, procurava jogar em contra-ataque.
Aos 61 minutos, numa altura em que o jogo podia cair para qualquer lado, chegou o segundo golo do Chelsea numa grande jogada individual de Joe Cole. Com o 2-0, ficava praticamente definido o vencedor da partida. Como se não bastasse, Alex Fergunson fez questão de juntar-se à festa retirando Cristiano Ronaldo no lugar de Van Nistelrooy. O português, apesar de em tarde pouco inspirada, até estava a ser das unidades mais perigosas para o Chelsea.
Até final, só houve Chelsea em campo. Os "blues" ainda tiveram tempo de chegar à goleada através de um golo do português Ricardo Carvalho. O central, recuperou a bola na sua área, lançou o contra-ataque, acompanhou a jogada, e finalisou a mesma naquele que terá sido o melhor golo da tarde pelo enorme espírito de colectivo evidenciado pelos jogadores do Chelsea.
No final, a festa foi muita, o campeão estava encontrado. Como é seu timbre, José Mourinho, mais uma vez, mostrou toda a sua arte de seduzir a comunicação social através de uma celebração incomum e verdadeiramente ao seu estilo.
PARABÉNS CHELSEA!
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