BOAVISTA 1-1 SPORTING
O Sporting não conseguiu aproveitar na totalidade o deslize do Porto em Leiria, empatando a uma bola num campo tradicionalmente difícil. O resultado acaba por se aceitar, isto apesar do conjunto leonino ter estado mais perto do triunfo.
Efectivamente, não foi um grande jogo de futebol. No primeiro tempo, houve poucas situações de golo e uma total ausência de jogadas com princípio, meio e fim. O Sporting só conseguiu incomodar a defesa boavisteira mais no final da primeira parte onde fica o registo de um bom remate de fora da área de Nani para boa defesa de William.
Ao intervalo, o nulo revelava na totalidade aquilo que se estava a passar em campo, ou seja, um jogo pobre, sem rasgos e sem balizas.
Na etapa complementar, o encontro foi, de facto, de melhor qualidade. Vendo-se na obrigação de ganhar, a equipa de Paulo Bento assumiu mais o jogo e mostrou uma maior vontade em chegar ao golo. Foi o que aconteceu logo aos 49 minutos. Cruzamento espectacular de Rodrigo Tello e cabeceamento de Liedson para o primeiro da partida. Estava, sem dúvida, feito o mais difícil por parte da jovem equipa leonina.
Correndo o risco de na próxima sexta-feira engolir as minhas próprias palavras, pensei que o jogo estava resolvido por parte do Sporting, isto a partir do momento que se posicionou na situação de vencedor. O futebol do Boavista é nulo, não há princípios de jogo e, como tal, só num lance de bola parada de Ricardo Sousa ou uma jogada individual de Zé Manel é que a equipa axadrezada poderia chegar ao golo.
Se Tello havia estado no melhor, aos 57 minutos esteve no pior. O chileno colocou propositadamente a mão à bola dentro da área fazendo efectivamente grande penalidade.
O banal Ricardo Sousa, sem cerimónias, assinou o primeiro do Boavista e voltou a complicar a vida aos leões. Se é verdade que penso que a equipa de Jaime Pacheco é das piores desta liga a fazer as transições defesa-ataque, também penso que no sentido inverso, é uma das melhores, ou não fosse Pacheco um expert nessa matéria.
Como se não bastasse, 3 minutos depois de ter sofrido o golo, o Sporting perdeu Alecsandro por acumulação de amarelos, qual deles o mais infantil.
Tal como havia acontecido em Belém, o Sporting não se desuniu e, mesmo em inferioridade, foi à procura do golo da vitória. Aos 64 minutos, após erro de Cissé, Liedson poderia mesmo ter feito o segundo, o que, a acontecer, era bem feito para a equipa de Jaime Pacheco que, mesmo com superioridade numérica se preocupou muito mais em defender o resultado do que atacá-lo. É incrível como é que uma equipa que se quer intitular de "4º Grande" pratica um futebol tão fraco e tão desarticulado.
Até final, registo para a expulsão de Zé Manuel aos 78´ por acumulação de amarelos que beneficiou muito mais o Benfica do que propriamente o Sporting. Excepção feita a um lance de Nani, o conjunto leonino nunca aproveitou verdadeiramente o facto de voltarem a jogar em igualdade numérica.
Para a história fica um empate leonino, resultado que faz com que os leões descam para o terceiro lugar da tabela classificativa. Ainda assim, tudo em aberto para o Sporting que terá pela frente dois jogos bastante complicados, em casa com o Nacional e fora em Paços de Ferreira.
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