quinta-feira, junho 28, 2007

GRUPO B:




EQUADOR 2-3 CHILE

EQUADOR ADORMECEU AO INTERVALO E PERDEU!


Chile e Equador abriram o Grupo B esta madrugada e proporcionaram um bom espectáculo de futebol. Golos, muita emoção, cambalhota no marcador e incerteza no resultado fizeram deste jogo o mais interessante no que leva de Copa América.

Antes de mais, que dizer desta selecção do Equador. Fez uma primeira parte muito boa, dominou completamente o seu adversário e chegou ao intervalo a vencer por 2-1, resultado que era até lisonjeiro para a selecção chilena. Com um meio-campo muito bom de bola e muito experiente, casos de Edison Mendez (PSV), Castillo (Estrela Vermelha) e Antonio Valencia (Wigan) e com uma dupla atacante muito rápida e inteligente (Christian Benitez e Carlos Tenorio), o Equador foi sempre a melhor equipa sobre o terreno e foi quem mais perigo causou. O problema foi que essa superioridade física, táctica e técnica só durou 60 minutos. A partir daí, o Equador "morreu" completamente e foi penalizado por isso.

Relativamente ao Chile, confesso que vi dois Chiles bem diferentes de uma parte para a outra. Num primeiro tempo, o Chile alinhou num 4-4-2 "à Sporting" em que não havia extremos. Matias Fernandez, a grande estrela da equipa e Jorge Valdivia funcionavam como médios interiores que apoiavam os dois avançados, no caso, Reinaldo Navia e Humberto Suazo. Ora, os primeiros 45 minutos do Chile foram miseráveis. A equipa nunca conseguiu incomodar verdadeiramente a bem organizada defesa equatoriana. Mati Fernandez não conseguiu pegar no jogo (saíu ao intervalo), Mark González, jogador do Liverpool que está a caminho do Bétis, funcinou como lateral esquerdo e raramente o vimos no ataque e foi Suazo o único a encontrar o caminho para o golo, num lance fortuito e contra a corrente do jogo.
O Chile chegava ao intervalo a perder pela margem mínima e podia dar-se por satisfeito. Referência ainda para a inexplicável ausência do onze de Rodrigo Tello. Tello a lateral e González na ala podiam muito bem dar outra alma ao flanco esquerdo chileno.

Na segunda parte tudo foi diferente. O técnico chileno mudou o sistema de jogo, passando a jogar em 3-5-2 e a verdade é que resultou. Os três defesas, com Contreras no comando, conseguiram finalmente acertar na marcação aos dois atacantes; o guarda-redes da Real Sociedad foi muito Bravo também sempre que foi chamado a intervir; o meio-campo passou a ter mais bola e mais fulgor fisico; no ataque, referência para dois jogadores: Humberto Suazo que marcou dois golos (é o melhor marcador da Copa) e Gonzalo Lorca (saíu do banco) que foram fundamentais para o triunfo vermelho.

Referência final para o terceiro golo do Chile. Grande golo de Carlos Villanueva na transformação de um livre directo. Um golo muito parecido àquele que Rodrigo Tello fez a Hélton em pleno dragão.

DESTAQUES:

EQUADOR:

Antonio Valencia: foi o melhor jogador do Equador. Jogou como médio interior direito e correu que se fartou. Marcou o primeiro golo do jogo e mandou uma bola ao poste que poderia ter resultado no terceiro golo do Equador, na altura, seria o 3-1. Mostrou o porquê de jogar na Liga Inglesa, mais concretamente no Wigan.

CHILE:

Humberto Suazo: Marcou dois golos e foi o jogador mais perigoso do ataque chileno. De desconhecido, passou a ser um jogador a merecer mais atenção em jogos futuros.

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