quarta-feira, janeiro 30, 2013

Olímpico de Roma volta às grandes noites


Depois de longa paragem, o Eduardo Marques volta a escrever para o blog. Disse assim:

Manchester City ties at last-place QPR

Para quem (ainda) defende que o futebol italiano é pouco atrativo e composto por equipas que apresentam um futebol de qualidade duvidosa, a segunda mão da primeira meia-final da Taça de Itália, realizada ontem à noite, provou precisamente o contrário.
Logicamente que nos relvados transalpinos não existe a magia que prolifera nos tapetes verdes ingleses ou espanhóis, mas a verdade é que para os grandes apreciadores de futebol, a componente tática, a inteligência dos jogadores quando colocada em prática em função do coletivo, trabalhando sem bola durante grande parte do tempo, os jogos italianos são uma tremenda fonte de inspiração e uma delícia para os olhos dos adeptos.
Foi precisamente assente nesses pilares que a Lazio garantiu o apuramento para a final da Taça de Itália, a Coppa TIM, vencendo a Juventus por 2-1, numa partida disputada no Estádio Olímpico de Roma, precisamente o local onde se vai realizar a final da competição.
Depois de um empate a uma bola no primeiro jogo, em Turim, os biancocelesti partiam em vantagem para a receção aos bianconeri, mas a Juventus queria fazer melhor do que na época passada, onde perdeu a final da competição, frente ao Nápoles. Nesse sentido, os comandados de António Conte tomaram conta do jogo, criaram algumas ocasiões de golo, mas pela frente tiverem sempre um adversário muito competente, que fez uma ocupação de espaços praticamente exemplar, tentando depois explorar algumas lacunas defensivas da Juve com transições rápidas, quase sempre comandadas por Hernanes (já não é de agora mas… que grande jogador!!).
E foi contra todas as expetativas que os visitados inauguram o marcador logo a abrir a segunda parte: numa das poucas vezes que chegaram com perigo à área contrária, os azuis de Roma marcaram, num cabeceamento certeiro de Álvaro González.
Se até aí o domínio da Juventus já era grande, pode dizer-se que depois disso se tornou avassalador. Os forasteiros deram tudo na procura do empate – que lhes garantiria o prolongamento – e acabaram por ser bafejados pela sorte já em período de compensação quando o chileno Arturo Vidal conseguiu, enfim, bater Marchetti.
Tudo apontava para mais 30 minutos de futebol na capital romana, mas a Lazio, num golpe de teatro perfeitamente inesperado, ainda logrou chegar ao golo da vitória. No seguimento de um pontapé de canto à esquerda do ataque laziale, Sérgio Floccari, à ponta-de-lança, selou o apuramento da turma de Vladimir Petkovic para a final da Taça de Itália, algo que até esteve em perigo no minuto seguinte quando, Giovinco primeiro, e Quagliarella depois, na mesma jogada, desperdiçaram flagrantes oportunidades para o segundo golo bianconeri.
Uma injustiça, dirão alguns, um regalo para os olhos, defenderão outros. Na retina fica o expoente máximo de uma componente tática que, e especialmente em Itália, pode fazer toda a diferença no futebol moderno.
A Lazio aguarda agora pelo adversário na final da Taça, que será jogada, precisamente, no Estádio Olímpico de Roma, e que sairá do vencedor do encontro entre o Inter e a Roma. Na primeira mão, os romanos venceram, em casa, por 2-1.

By: E.P.M

2 comentários:

Unknown disse...

Para mim é uma satisfação enorme voltar a ver por aqui textos teus. Afinal de contas, só este blog e o jornal "A Bola" é que têm esse privilégio. Que o faças com mais regularidade é o que desejo.

Quanto ao jogo, não o vi. Ainda praticamente não vi jogar a Lázio esta temporada mas, aparentemente, está forte. Eliminar este Juve a duas mãos não é pêra doce. Para mim, a mais forte equipa italiana da actualidade. Como já o referi aqui no blog, espero uma surpresa da Juventus na champions. Deles e do Dortmund, obviamente.

Um abraço!

EDUARDO MARQUES disse...

Muito obrigado, meu querido. Sempre que possa, vou tentar regressar ao ativo no blog. Um forte abraço!