domingo, janeiro 27, 2008

Benfica vence em Guimarães com bis de Cardozo


"CARDOZO, O CONQUISTADOR"

Guimarães 1-3 Benfica
(Ghilas; Cardozo (2), Maxi)

Dois golos de Cardozo fizeram a diferença num encontro em que valia o segundo lugar na liga. O Benfica acabou por ser um justo vencedor fruto de um jogo inteligente, com transições de risco calculado e com tons de felicidade à mistura. O que mudou neste jogo para os anteriores? essencialmente a atitude. Creio que o relembrar de mais um aniversário da morte de Miki Feher poderá ter pesado nos jogadores. Notou-se essencialmente mais entreajuda, mais espírito de combate e mais "ganas". Claro está que a tudo isso ajudou o golo praticamente a abrir de Óscar Cardozo. Uma "bomba" de livre a uns bons 30 metros fez calar os extraordinários adeptos vimaranenses. Numa equipa instável sob ponto de vista psicológico, nada melhor que entrar na frente perante um adversário que estava ansioso para chegar-se ao segundo lugar da prova.

A felicidade com que o Benfica chegou ao golo na primeira vez que rematou à baliza de Nilson foi determinante para tudo o que se seguiu neste jogo. O Guimarães, vendo-se a perder, acusou claramente a pressão. O Benfica respeitou sempre o Vitória e, qual equipa italiana, sempre que se encontrava sem bola, eram muitas as unidades que fechavam os caminhos da baliza de Quim; por sua vez, o Guimarães tinha mais bola em sua posse mas pouco esclarecimento na chamada zona de finalização. Nesse sentido, mesmo faltando capacidade em contra-atacar (algo que Simão e Miccoli davam ao Benfica), o Benfica conseguiu sempre ser uma equipa inteligente e solidária a defender.

A diferença de dois golos - saliência para a boa jogada de Di Maria no segundo golo de Maxi - foi sempre uma almofada importante para o desempenho mental das duas equipas. Aquilo que a vantagem trouxe de bom aos encarnados, claramente prejudicou o habitual bom futebol que a equipa da casa pratica. Nem um golo de Ghilas a meio do segundo tempo conseguiu empolgar os da casa e perturbar os visitantes. Salvo uma ou outra jogada de algum frison na área benfiquista, diria que nunca o espectro do empate esteve presente.
Já em período de compensação, Cardozo bisou na partida num lance em que o guarda-redes Nilson foi infeliz.
Ao fim e ao cabo, foram 3 pontos importantes na luta pelo segundo lugar. A derrota do Porto não significa rigorosamente nada para o Benfica. Não há futebol, não há consistência, não há um verdadeiro modelo de jogo que permita sonhar com outros vôos. É esta a realidade e Benfica e Sporting têm de aceitá-la com tranquilidade!

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