segunda-feira, janeiro 28, 2008

Deu Sporting no clássico

Sporting 2-0 FC Porto
(Vukcevic, Izmailov)



Aí está um jogo em que a máxima "ganha quem marca" encaixa na perfeição. É verdade que o Sporting fez um jogo muito consistente, é também um facto que a equipa leonina foi sempre equilibrada mentalmente e nunca se mostrou amedontrada pelo poderio do adversário; tudo isso foi importante no desfecho final deste clássico mas há dados que não podemos ofuscar. Desde logo, salta à vista os minutos que antecederam os golos do Sporting. Comandados pela impressionante armada argentina (Lucho-Lixa), foi por mera infelicidade que não tivemos um Porto na frente do resultado. O azar de uns é a sorte de outros. Na primeira vez que o Sporting "cheirou" a baliza de Hélton, facturou. Como se costuma dizer que um azar nunca vem só, nada melhor para uma equipa debilitada sob ponto de vista mental que marcar no primeiro remate à baliza e, melhor ainda, com um enorme brinde daquele que é considerado o melhor guarda-redes a actuar em Portugal.
Num jogo desta natureza, melhor que marcar no primeiro remate e da maneira que já referimos, é marcar na segunda vez que se tenta visar a baliza. Mais uma vez, foi made in leste o segundo golo dos "leões" já que Izmailov foi quem empurrou de cabeça para o fundo das redes isto após decisiva intervenção de Vukcevic que, também de cabeça, obrigou Helton a uma defesa vistosa. No entanto, quem merece todo o destaque neste segundo golo leonino é o jovem Pereirinha. Aproveitando da melhor maneira a lesão de Abel, Pereirinha actuou a lateral e, para espanto de muita gente, fez um grande jogo. Tranquilo a defender - beneficiou também com o 4-4-2 que Jesualdo apresentou neste jogo - e desinibido em intervenções ofensivas, desta feita tivemos um Pereirinha a mostrar pormenores que, muito sinceramente, nunca lhe tinhamos visto. Quem sabe se esta exibição do jovem português seja um tónico para no futuro termos exibições deste mais de acordo com a grandeza do clube que o mesmo representa.

Em relação ao segundo tempo, muito sinceramente, esperava mais por parte do Porto. É certo que a dupla oportunidade de Farias no reinicio do jogo podia ter mudado o rumo dos acontecimentos - mais uma vez a sorte foi verde -, mas, a dada altura, pareceu-me que o Porto deixou de lutar e de procurar o resultado. Naturalmente que houve muito mérito do Sporting na forma como nunca se desuniu mas, muito honestamente, acho que a diferença pontual e, por que não dizê-lo, a diferença de potencial de uma e de outra equipa, exigia mais por parte do campeão nacional.

Com esta importante vitória, o Sporting ganha uma injecção de moral para a luta pelo segundo lugar. Relativamente ao FC Porto, tal como a derrota na Madeira diante do Nacional, é apenas um precalsso nesta caminhada rumo a mais um campeonato nacional.

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