EM ANÁLISE: TOTTENHAM (ver plantel aqui)
Classificação actual: 12º lugar
Pontuação: 24 pontos
Vitórias: 6
Empates: 6
Derrotas: 9
Golos Marcados: 42
Golos Sofridos: 38
Treinador: Juande Ramos
ANÁLISE:
Quem gosta de futebol espectáculo não fica indiferente a este Tottenham. É certo que os spurs tiveram um péssimo inicio de temporada - Martin Jol foi despedido como consequência dos maus resultados - mas, com a recente chegada de Juande Ramos, ao que parece, o Tottenham tem vindo a subir de forma, chegando mesmo a proporcionar autênticos partidazos por essa Inglaterra fora (nos últimos 6 jogos contabilizou 4 vitórias e 2 derrotas - Arsenal e Aston Villa fora de casa).
Olhando ainda para esta época, mesmo estando a 12 pontos do 5º lugar, estou convencido que o Tottenham ainda tem uma palavra a dizer em relação a esse posto. Vai ser muito complicado chegar a essa posição - até porque Manchester City, Portsmouth e Everton continuam em grande -, mas, atendendo ao plantel que o espanhol tem à sua disposição, é caso para pensar que tudo ainda pode acontecer.
Se é verdade que as coisas em termos de campeonato estão complicadas, no que diz respeito à Taça Uefa, aí tudo parece estar bem. Juande Ramos já sabe qual é a sensação de levantar este troféu e certamente gostaria de voltar a sentir essa sensação. Parece-me que o mau campeonato dos spurs poderá fazer com que a Uefa (e também as Taças de Inglaterra) seja o grande objectivo do treinador espanhol. Para já, na próxima eliminatória o alvo a abater é o Slávia de Praga, sendo que posteriormente o adversário será mais complicado, isto caso se confirme a superioridade do PSV ante o Helsingborg.
RAIO X
- A ESTRELA: Dimitar Berbatov
Que jogador é este búlgaro. Fará este mês 27 anos e está a fazer uma das suas melhores épocas ao serviço do clube londrino. Não é por acaso que os maiores colossos europeus andam loucos por Berbatov, sendo que o destino deste poderá mesmo passar por Chelsea ou Manchester United e já em Janeiro. Seria, porventura, uma enorme perda para o Tottenham já que o búlgaro é, reconhecidamente, a grande figura desta equipa.
Olhando para as características deste talentoso avançado, parece-me que havia duas equipas onde o mesmo encaixaria na perfeição: Barcelona ou Manchester United. O seu futebol simples, de um-dois, a sua inteligência na forma como envolve os extremos... Creio que Barcelona e Manchester United eram clubes onde Berbatov mais facilidade teria em explorar toda a sua capacidade futebolística. Nem quero pensar num ataque com Ronaldo, Giggs, Berbatov e Rooney.
- O DESEQUILIBRADOR: Aaron Lennon
Lennon, pelas suas características, é facilmente comparado a Wright-Phillips, extremo do Chelsea. O problema é que, olhando para estes dois jogadores com mais profundidade, vemos uma abismal diferença de qualidade. Na minha opinião, Lennon é muito superior ao seu companheiro de selecção.
Não há dúvida que ambos são incrivelmente rápidos. Aliás, dificilmente encontramos jogadores na Premiership tão velozes como estes dois alas. Enquanto Phillips apenas usa como arma a velocidade, Lennon tem uma fantástica capacidade técnica que faz com que o seu leque de recursos não se baseie exclusivamente ao uso da rapidez. Assim sendo, com uma técnica apuradíssima e uma velocidade desconcertante, Lennon é, quer à esquerda quer à direita, um autêntico perigo público para qualquer baliza.
Atrevo-me a dizer que estamos perante o 3º melhor extremo da liga inglesa, atrás de Giggs e Cristiano Ronaldo.
- O CARREGADOR DE PIANO: Jermaine Jenas
Sou um admirador deste jogador. Como adepto do Manchester United, se pudesse escolher um sucessor de Paul Scholes, mesmo tendo Anderson no plantel, gostaria que fosse Jenas a assumir essa missão. Acho incrível como é que ninguém se lembra de contratar o Frank Lampard do Tottenham. Velocidade, capacidade de choque, potência de remate, qualidade de passe, Jenas é um autêntico box-to-box. Recordo-me do ter visto como médio ala mas, sinceramente, acho que é no meio que mais se evidenciam as suas qualidades.
Em condições físicas aceitáveis, é um dos indiscutíveis de Juande Ramos, isto apesar de no meio-campo haver jogadores como Huddlestone, O'Hara, Zokora, Boateng, Ghaly ou Tainio.
- A REVELAÇÃO: Jamie O'Hara
A primeira grande descoberta de Juande Ramos. O espanhol foi às reservas do clube encontrar O'Hara, um esquerdino de 21 anos que joga no meio-campo e faz lembrar Miguel Veloso.
O'Hara estreou-se como titular frente ao Arsenal, isto depois de ter sido suplente utilizado contra Manchester City e Portsmouth. A sua qualidade tem sido evidente, a sua capacidade em recuperar bolas e a facilidade no passe fazem deste jovem um jogador deveras interessante. Num destes últimos jogos acabou a partida a lateral esquerdo, mostrando também a sua polivalência.
Apesar de apenas ter contabilizado 5 jogos, creio que aquilo que já mostrou confere-lhe o estatuto de jogador revelação. Estou à vontade em atribuir este estatuto ao jovem inglês porque detectei-lhe, desde logo, pinta de crack e, mais importante que isso, se bem conheço Juande Ramos, não vai seguramente cortar as pernas ao talento de Jamie O´Hara. Um nome a fixar, um jogador a seguir com mais atenção...
TOTTENHAM: PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS
+ +
- capacidade ofensiva: num 4-4-2 que se transforma num claro 4-2-4, o Tottenham é, normalmente, uma equipa que faz muitos golos. Lennon e Berbatov são os jogadores mais em termos ofensivos mas é Robbie Keane o melhor marcador da equipa.
- factor casa: o Tottenham explora muito bem as dimensões do seu campo e, perante o seu público, é uma equipa que causa muitos problemas aos denominados grandes. Apesar de fora ser um conjunto muito perigoso, é no White Harte Lane que as vitórias aparecem com maior regularidade.
- dupla de centrais: que jeito daria, por exemplo, ao Liverpool, uma dupla de centrais da categoria de Ledley King e Dawson. King é muito forte na marcação, Dawson é bom a defender e tem um fantástico jogo áereo. Kaboul, Gardner e Ricardo Rocha são centrais de qualidade mas, perante a classe de King e a robustez de Dawson, creio que não há dúvidas em relação à dupla titular.
- segunda linha de enorme qualidade: como facilmente se pode verificar nos esquemas acima apresentados, é um verdadeiro luxo a segunda linha do Tottenham. Jogadores como Huddlestone, Defoe, Bent, O'Hara ou Kaboul dariam um jeitaço a muitas equipas da classe média-alta na Europa. Se mantiver este plantel, com uma melhor adaptação do seu treinador ao futebol inglês e com mais 3 ou 4 reforços para o ano, estarei curioso em saber até onde pode ir este Tottenham na próxima temporada.
- -
- guarda-redes: Paul Robinson, apesar de ser um dos habituais convocados na selecção inglesa, está longe de ser um guarda-redes seguro. Na minha maneira de ver, acho que estamos perante o elo mais fraco desta equipa londrina.
- transição ataque-defesa: é de louvar o facto desta equipa colocar sempre muitos jogadores em situação de ataque. Contudo, quando toca a defender, por vezes a equipa sente algumas dificuldades. Lennon e Malbranque não são jogadores que defendam muito nas alas e, no meio-campo, Zokora, por vezes, recua em demasiado no terreno, colando-se muito aos centrais e, inerentemente a isso, criando um fosso na zona intermédia.
Em suma, estamos perante uma das boas equipas inglesas. Especial atenção para a carreira do Tottenham na Taça Uefa onde, a meu ver, poderá ser uma das grandes favoritas à conquista final da prova. O facto de, nesta altura, ter poucas ambições em termos de Premiership poderá fazer com que Ramos aposte objectivamente na Uefa. Comparativamente a outros grandes candidatos - ainda estão com objectivos bem delineados nos respectivos campeonatos -, o Tottenham poderá ter aqui um trunfo importante.
Nota final para a situação de Berbatov. Apesar de Bent e Defoe serem soluções válidas, seria uma enorme perda para o Tottenham se o búlgaro deixasse já em Janeiro o clube londrino.
Em jeito de provocação, espero que os Spurs consigam a sua 5ª vitória em 7 jogos. É que, se assim for, a vitima será o Chelsea.
Classificação actual: 12º lugar
Pontuação: 24 pontos
Vitórias: 6
Empates: 6
Derrotas: 9
Golos Marcados: 42
Golos Sofridos: 38
Treinador: Juande Ramos
ANÁLISE:
Quem gosta de futebol espectáculo não fica indiferente a este Tottenham. É certo que os spurs tiveram um péssimo inicio de temporada - Martin Jol foi despedido como consequência dos maus resultados - mas, com a recente chegada de Juande Ramos, ao que parece, o Tottenham tem vindo a subir de forma, chegando mesmo a proporcionar autênticos partidazos por essa Inglaterra fora (nos últimos 6 jogos contabilizou 4 vitórias e 2 derrotas - Arsenal e Aston Villa fora de casa).
Olhando ainda para esta época, mesmo estando a 12 pontos do 5º lugar, estou convencido que o Tottenham ainda tem uma palavra a dizer em relação a esse posto. Vai ser muito complicado chegar a essa posição - até porque Manchester City, Portsmouth e Everton continuam em grande -, mas, atendendo ao plantel que o espanhol tem à sua disposição, é caso para pensar que tudo ainda pode acontecer.
Se é verdade que as coisas em termos de campeonato estão complicadas, no que diz respeito à Taça Uefa, aí tudo parece estar bem. Juande Ramos já sabe qual é a sensação de levantar este troféu e certamente gostaria de voltar a sentir essa sensação. Parece-me que o mau campeonato dos spurs poderá fazer com que a Uefa (e também as Taças de Inglaterra) seja o grande objectivo do treinador espanhol. Para já, na próxima eliminatória o alvo a abater é o Slávia de Praga, sendo que posteriormente o adversário será mais complicado, isto caso se confirme a superioridade do PSV ante o Helsingborg.
RAIO X
- A ESTRELA: Dimitar Berbatov
Que jogador é este búlgaro. Fará este mês 27 anos e está a fazer uma das suas melhores épocas ao serviço do clube londrino. Não é por acaso que os maiores colossos europeus andam loucos por Berbatov, sendo que o destino deste poderá mesmo passar por Chelsea ou Manchester United e já em Janeiro. Seria, porventura, uma enorme perda para o Tottenham já que o búlgaro é, reconhecidamente, a grande figura desta equipa.
Olhando para as características deste talentoso avançado, parece-me que havia duas equipas onde o mesmo encaixaria na perfeição: Barcelona ou Manchester United. O seu futebol simples, de um-dois, a sua inteligência na forma como envolve os extremos... Creio que Barcelona e Manchester United eram clubes onde Berbatov mais facilidade teria em explorar toda a sua capacidade futebolística. Nem quero pensar num ataque com Ronaldo, Giggs, Berbatov e Rooney.
- O DESEQUILIBRADOR: Aaron Lennon
Lennon, pelas suas características, é facilmente comparado a Wright-Phillips, extremo do Chelsea. O problema é que, olhando para estes dois jogadores com mais profundidade, vemos uma abismal diferença de qualidade. Na minha opinião, Lennon é muito superior ao seu companheiro de selecção.
Não há dúvida que ambos são incrivelmente rápidos. Aliás, dificilmente encontramos jogadores na Premiership tão velozes como estes dois alas. Enquanto Phillips apenas usa como arma a velocidade, Lennon tem uma fantástica capacidade técnica que faz com que o seu leque de recursos não se baseie exclusivamente ao uso da rapidez. Assim sendo, com uma técnica apuradíssima e uma velocidade desconcertante, Lennon é, quer à esquerda quer à direita, um autêntico perigo público para qualquer baliza.
Atrevo-me a dizer que estamos perante o 3º melhor extremo da liga inglesa, atrás de Giggs e Cristiano Ronaldo.
- O CARREGADOR DE PIANO: Jermaine Jenas
Sou um admirador deste jogador. Como adepto do Manchester United, se pudesse escolher um sucessor de Paul Scholes, mesmo tendo Anderson no plantel, gostaria que fosse Jenas a assumir essa missão. Acho incrível como é que ninguém se lembra de contratar o Frank Lampard do Tottenham. Velocidade, capacidade de choque, potência de remate, qualidade de passe, Jenas é um autêntico box-to-box. Recordo-me do ter visto como médio ala mas, sinceramente, acho que é no meio que mais se evidenciam as suas qualidades.
Em condições físicas aceitáveis, é um dos indiscutíveis de Juande Ramos, isto apesar de no meio-campo haver jogadores como Huddlestone, O'Hara, Zokora, Boateng, Ghaly ou Tainio.
- A REVELAÇÃO: Jamie O'Hara
A primeira grande descoberta de Juande Ramos. O espanhol foi às reservas do clube encontrar O'Hara, um esquerdino de 21 anos que joga no meio-campo e faz lembrar Miguel Veloso.
O'Hara estreou-se como titular frente ao Arsenal, isto depois de ter sido suplente utilizado contra Manchester City e Portsmouth. A sua qualidade tem sido evidente, a sua capacidade em recuperar bolas e a facilidade no passe fazem deste jovem um jogador deveras interessante. Num destes últimos jogos acabou a partida a lateral esquerdo, mostrando também a sua polivalência.
Apesar de apenas ter contabilizado 5 jogos, creio que aquilo que já mostrou confere-lhe o estatuto de jogador revelação. Estou à vontade em atribuir este estatuto ao jovem inglês porque detectei-lhe, desde logo, pinta de crack e, mais importante que isso, se bem conheço Juande Ramos, não vai seguramente cortar as pernas ao talento de Jamie O´Hara. Um nome a fixar, um jogador a seguir com mais atenção...
TOTTENHAM: PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS
+ +
- capacidade ofensiva: num 4-4-2 que se transforma num claro 4-2-4, o Tottenham é, normalmente, uma equipa que faz muitos golos. Lennon e Berbatov são os jogadores mais em termos ofensivos mas é Robbie Keane o melhor marcador da equipa.
- factor casa: o Tottenham explora muito bem as dimensões do seu campo e, perante o seu público, é uma equipa que causa muitos problemas aos denominados grandes. Apesar de fora ser um conjunto muito perigoso, é no White Harte Lane que as vitórias aparecem com maior regularidade.
- dupla de centrais: que jeito daria, por exemplo, ao Liverpool, uma dupla de centrais da categoria de Ledley King e Dawson. King é muito forte na marcação, Dawson é bom a defender e tem um fantástico jogo áereo. Kaboul, Gardner e Ricardo Rocha são centrais de qualidade mas, perante a classe de King e a robustez de Dawson, creio que não há dúvidas em relação à dupla titular.
- segunda linha de enorme qualidade: como facilmente se pode verificar nos esquemas acima apresentados, é um verdadeiro luxo a segunda linha do Tottenham. Jogadores como Huddlestone, Defoe, Bent, O'Hara ou Kaboul dariam um jeitaço a muitas equipas da classe média-alta na Europa. Se mantiver este plantel, com uma melhor adaptação do seu treinador ao futebol inglês e com mais 3 ou 4 reforços para o ano, estarei curioso em saber até onde pode ir este Tottenham na próxima temporada.
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- guarda-redes: Paul Robinson, apesar de ser um dos habituais convocados na selecção inglesa, está longe de ser um guarda-redes seguro. Na minha maneira de ver, acho que estamos perante o elo mais fraco desta equipa londrina.
- transição ataque-defesa: é de louvar o facto desta equipa colocar sempre muitos jogadores em situação de ataque. Contudo, quando toca a defender, por vezes a equipa sente algumas dificuldades. Lennon e Malbranque não são jogadores que defendam muito nas alas e, no meio-campo, Zokora, por vezes, recua em demasiado no terreno, colando-se muito aos centrais e, inerentemente a isso, criando um fosso na zona intermédia.
Em suma, estamos perante uma das boas equipas inglesas. Especial atenção para a carreira do Tottenham na Taça Uefa onde, a meu ver, poderá ser uma das grandes favoritas à conquista final da prova. O facto de, nesta altura, ter poucas ambições em termos de Premiership poderá fazer com que Ramos aposte objectivamente na Uefa. Comparativamente a outros grandes candidatos - ainda estão com objectivos bem delineados nos respectivos campeonatos -, o Tottenham poderá ter aqui um trunfo importante.
Nota final para a situação de Berbatov. Apesar de Bent e Defoe serem soluções válidas, seria uma enorme perda para o Tottenham se o búlgaro deixasse já em Janeiro o clube londrino.
Em jeito de provocação, espero que os Spurs consigam a sua 5ª vitória em 7 jogos. É que, se assim for, a vitima será o Chelsea.
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