terça-feira, outubro 23, 2012

DIFÍCIL


Jogo muito difícil para o Benfica em Moscovo. Estou com Jesus: é importante ganhar mas é fundamental não perder. 

Vi este último jogo do Spartak frente ao Anzhi e fiquei com a ideia que tem uma equipa um pouco à imagem do Benfica, isto é, é bem melhor a atacar do que a defender. O guarda-redes pareceu-me fraco (também não é o titular) nos cruzamentos e os laterais são extremamente vulneráveis. Ora, se pensarmos em Nico para a esquerda e Sálvio para a direita, penso que poderá ser por aí a chave para o sucesso. Depois, os centrais são fortes no jogo aéreo (Insaurralde é o mais cotado) mas duros de rins. Não sei se não regressará Pareja, um central argentino com melhor toque de bola. Ainda assim, Lima poderá, também ele, explorar esta situação.

Do meio-campo para a frente não há dúvida que a qualidade abunda. Tem um médio brasileiro, Rafael Carioca, que tem bons pés mas não faz esquecer o lesionado Rómulo; e depois há Kim Kallstrom, De Zeeuw e Bilyaletdinov, três jogadores que dispensam apresentações. Na ala, felizmente, não haverá McGeady, um jogador rápido e que, certamente, iria causar problemas. Lá na frente, uma dupla de avançados que se complementa muito bem: Wellinton e Ari, dois brasileiros rápidos e que exploram muito bem as costas da defesa (também há Emenike, um nigeriano). Aliás, neste particular, o Benfica terá de ter muito cuidado já que o passe longo é uma arma muito utilizada pelo Spartak.

Uma palavra também para o técnico, Unai Emery. Talentoso, mostrou trabalho no Valência e parece-me que percebe muito de bola. Uma mais valia para o clube russo.



Equipa do Spartak à parte, acho que o Benfica tem condições para fazer uma boa partida. Acredito que Jesus jogue num 4x1x4x1 com a defesa habitual mais Matic e com Perez, Bruno César, Nico e Sálvio atrás de Lima. 

Escusado será dizer que me preocupa a titularidade de Bruno César. Ainda assim e mesmo não gostando do brasileiro, tenho de dizer que a sua inclusão no onze, face aos impedimentos de Martins e Aimar e à inexperiência de André Almeida ou  André Gomes, é a mais adequada. A menos que Jesus tenha um laivo de loucura e lance Rodrigo de início, será mesmo Bruno César a fazer parelha com Enzo Perez.

Mesmo num ambiente adverso (e com "bandas sonoras" ao nível das vuvuzelas), com temperaturas baixas e num sintético, acredito nos jogadores e sobretudo no treinador. E quão importante é o adepto confiar no líder!

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