Benfica 1-0 Estrela Amadora
(Sidnei)
Um jogo sem história. O Benfica jogou 15 minutos e marcou um golo, sendo que, tudo o resto, foi paisagem. O Estrela, como equipa digna que foi, correu, lutou e mostrou que, mesmo sem dinheiro, tem um autocarro muito engraçado. Isto, tudo junto e bem baralhado, deu em nada. Salvou-se o resultado que, no fundo, é o que mais interessa, isto no ponto de vista "encarnado".
Para esta partida Quique Flores voltou a apostar no losango. Ora bem, este modelo de jogo não pode nem é possível ser apreendido pelos jogadores num simples piscar de olhos. Por esse motivo, dou o desconto a esta exibição sem brilho do Benfica. Sinceramente, com este esquema, há benefícios mas também há aspectos que não trazem grandes proveitos ao clube da luz. O positivo está na melhor ligação entre o meio-campo e a defesa, isto aquando das transições ataque-defesa. É verdade que este jogo não serviu muito para ver essa situação mas, é óbvio, um meio-campo com Yebda e Martins como interiores dá mais consistência do que com Reyes, Urreta ou Di Maria. Depois, com o losango, Aimar joga precisamente como ele gosta e na posição em que, na minha opinião, ele mais rende. É verdade que hoje, tal como toda a equipa, esteve muito abaixo das suas possibilidades mas, não tenho dúvida, é um jogador que, com esta táctica, tem mais bola e, jogando de frente para os avançados, é mais capaz de os servir através da sua excelente qualidade no último passe.
Como aspectos negativos, desde logo a falta de capacidade dos laterais em desequilibrar. Atenção, hoje, quer Ribeiro quer principalmente Maxi Pereira até mostraram alguma desenvoltura na forma como subiram nos seus flancos e, ainda que sem grande nexo, tiraram vários cruzamentos para a área. O problema é que, quer o uruguaio quer o português são jogadores sem sal, lentos e bastante previsíveis com a bola nos pés. Ora, para se jogar neste sistema, é necessário ter dois laterais bastante ofensivos, algo que, sejamos claros, o Benfica não tem. A juntar a isto, temos que falar da falta de dinâmica imposta por um losango com Katso, Yebda e Martins. Todos eles, na minha maneira de ver, são jogadores lentos e que não mudam de velocidade. Trazem, como disse, benefícios a nível defensivo mas não são propriamente transportadores de bola e jogadores que criem rupturas na defesa contrária. O próprio Carlos Martins é um jogador de passe rápido a curta ou longa distância. Não é propriamente um Lampard que aparece sistematicamente em zonas de finalização.
Medindo os prós e os contras, me parece que este losango não é o sistema mais adequado para os jogadores que o Benfica tem. Sou defensor de velocidade e rapidez nas transições. Continuo a achar que Di Maria, em forma, tem uma palavra a dizer nesta equipa assim como, logicamente, Reyes. É verdade que, quando a qualidade abunda, alguém tem de ficar de fora. É uma situação que cabe a Quique Flores gerir.
OS MELHORES DA LUZ: (0-10)
Benfica:
Sidnei (6,5): Seguro a defender - é certo que com pouco trabalho -, revelou-se, mais uma vez, decisivo na hora de atirar à baliza. Desta vez não foi de cabeça mas sim com o pé esquerdo, um remate cruzado à entrada da área. Pelo facto de ter sido o marcador de serviço num jogo pouco entusiasmante, talvez lhe dê o prémio de melhor jogador em campo.
Suazo (6): Não marcou, nem sempre esteve em jogo mas apareceu na melhor fase do Benfica e foi dos seus pés que vieram as poucas ocasiões do Benfica nesta partida. É um grande jogador e, mesmo não marcando, é um problema pará-lo.
Estrela Amadora:
Nuno André Coelho (6): Para mim foi o melhor jogador do Estrela nesta partida. Muito certinho a defender, recorreu pouco às faltas e mostrou um sentido posicional bastante interessante. Foi, muitas vezes, o libro da equipa e varreu a zona defensiva quase que por completo. Um jogador a rever.
N'Diaye (5,5): Confesso que pouco ou nada conhecia deste jogador. A verdade é que, no pouco que o Estrela atacou, revelou rapidez e bom pé esquerdo. Também um jogador que, se entretanto a "loja" não fechar, pretendo ver com mais atenção.
(Sidnei)
Um jogo sem história. O Benfica jogou 15 minutos e marcou um golo, sendo que, tudo o resto, foi paisagem. O Estrela, como equipa digna que foi, correu, lutou e mostrou que, mesmo sem dinheiro, tem um autocarro muito engraçado. Isto, tudo junto e bem baralhado, deu em nada. Salvou-se o resultado que, no fundo, é o que mais interessa, isto no ponto de vista "encarnado".
Para esta partida Quique Flores voltou a apostar no losango. Ora bem, este modelo de jogo não pode nem é possível ser apreendido pelos jogadores num simples piscar de olhos. Por esse motivo, dou o desconto a esta exibição sem brilho do Benfica. Sinceramente, com este esquema, há benefícios mas também há aspectos que não trazem grandes proveitos ao clube da luz. O positivo está na melhor ligação entre o meio-campo e a defesa, isto aquando das transições ataque-defesa. É verdade que este jogo não serviu muito para ver essa situação mas, é óbvio, um meio-campo com Yebda e Martins como interiores dá mais consistência do que com Reyes, Urreta ou Di Maria. Depois, com o losango, Aimar joga precisamente como ele gosta e na posição em que, na minha opinião, ele mais rende. É verdade que hoje, tal como toda a equipa, esteve muito abaixo das suas possibilidades mas, não tenho dúvida, é um jogador que, com esta táctica, tem mais bola e, jogando de frente para os avançados, é mais capaz de os servir através da sua excelente qualidade no último passe.
Como aspectos negativos, desde logo a falta de capacidade dos laterais em desequilibrar. Atenção, hoje, quer Ribeiro quer principalmente Maxi Pereira até mostraram alguma desenvoltura na forma como subiram nos seus flancos e, ainda que sem grande nexo, tiraram vários cruzamentos para a área. O problema é que, quer o uruguaio quer o português são jogadores sem sal, lentos e bastante previsíveis com a bola nos pés. Ora, para se jogar neste sistema, é necessário ter dois laterais bastante ofensivos, algo que, sejamos claros, o Benfica não tem. A juntar a isto, temos que falar da falta de dinâmica imposta por um losango com Katso, Yebda e Martins. Todos eles, na minha maneira de ver, são jogadores lentos e que não mudam de velocidade. Trazem, como disse, benefícios a nível defensivo mas não são propriamente transportadores de bola e jogadores que criem rupturas na defesa contrária. O próprio Carlos Martins é um jogador de passe rápido a curta ou longa distância. Não é propriamente um Lampard que aparece sistematicamente em zonas de finalização.
Medindo os prós e os contras, me parece que este losango não é o sistema mais adequado para os jogadores que o Benfica tem. Sou defensor de velocidade e rapidez nas transições. Continuo a achar que Di Maria, em forma, tem uma palavra a dizer nesta equipa assim como, logicamente, Reyes. É verdade que, quando a qualidade abunda, alguém tem de ficar de fora. É uma situação que cabe a Quique Flores gerir.
OS MELHORES DA LUZ: (0-10)
Benfica:
Sidnei (6,5): Seguro a defender - é certo que com pouco trabalho -, revelou-se, mais uma vez, decisivo na hora de atirar à baliza. Desta vez não foi de cabeça mas sim com o pé esquerdo, um remate cruzado à entrada da área. Pelo facto de ter sido o marcador de serviço num jogo pouco entusiasmante, talvez lhe dê o prémio de melhor jogador em campo.
Suazo (6): Não marcou, nem sempre esteve em jogo mas apareceu na melhor fase do Benfica e foi dos seus pés que vieram as poucas ocasiões do Benfica nesta partida. É um grande jogador e, mesmo não marcando, é um problema pará-lo.
Estrela Amadora:
Nuno André Coelho (6): Para mim foi o melhor jogador do Estrela nesta partida. Muito certinho a defender, recorreu pouco às faltas e mostrou um sentido posicional bastante interessante. Foi, muitas vezes, o libro da equipa e varreu a zona defensiva quase que por completo. Um jogador a rever.
N'Diaye (5,5): Confesso que pouco ou nada conhecia deste jogador. A verdade é que, no pouco que o Estrela atacou, revelou rapidez e bom pé esquerdo. Também um jogador que, se entretanto a "loja" não fechar, pretendo ver com mais atenção.
PS: Uma pena a eliminação do Benfica em futsal aos pés do campeão Interviu Madrid. Foi pena aqueles segundos finais em que Amado, o melhor guarda-redes do mundo, negou, por duas vezes, o golo da igualdade. Fica a excelente imagem do Benfica de André Lima perante a melhor equipa do Mundo. (1-2 foi o resultado).
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