Académica 0-2 Benfica
(Rúben Amorim, Cardozo g.p)
Para surpresa geral, Quique Flores efectuou uma autêntica revolução no onze, isto tendo em vista o difícil encontro na próxima quinta-feira ante o Olympiakos. David Luíz a lateral esquerdo, Bynia a fazer de Katsouranis, Amorim e Cardozo no onze em detrimento de Aimar e Suazo... Enfim, antes da partida começar, as questões que se podiam colocar eram: Para quê e porquê tanta alteração? Como iria o Benfica fazer as transições ofensivas num meio-campo formado por Bynia, Yebda e Amorim? Com o decorrer do jogo, estas questões tiveram a mesma resposta: Quique foi feliz, deu-se bem, portanto, arriscou e acabou por petiscar tal ousadia.
Surpreendentemente, o Benfica acabou por dar-se bem com tanta alteração (modelo de jogo incluído). A equipa revelou-se consistente a defender e, sem deslumbrar, controlou quase na totalidade a primeira parte. É verdade que a primeira grande ocasião de golo é protagonizada por Sougou que, num remate forte fora da área, envia a bola ao travessão mas, tirando isso e aquela meia ocasião de Lito (já com o resultado em 0-1), diria que a Académica limitou-se a defender e a ver jogar.
Atendendo à equipa que Quique colocou em campo, para se ver alguma criatividade e impervisibilidade, isto num plano teórico, praticamente teriamos de colocar os olhos no lado esquerdo do ataque benfiquista, ou, mais concrentamente, em José António Reyes. Na prática, passou-se precisamente isso. O espanhol, mesmo com aquele estilo arrogante para com os adversários e até com laivos de vedetismo, partiu completamente "a loiça". Grandes pormenores técnicos, excelentes iniciativas ao longo do flanco, foi dele que vieram praticamente todas as jogadas na primeira parte. Digo praticamente todas porque houve uma que teve a assinatura de Nuno Gomes. O "21" esteve brilhante na recepção de bola e na assistência para o primeiro golo de Rúben Amorim no jogo e no campeonato. Excelente o pormenor do avançado português e muito bem também a diagonal do ex-Belenenses que, perante Peskovic, não perdoou.
Na etapa complementar, para quem como eu foi ao Estádio assistir ao jogo, certamente ter-se-á divertido à brava. O jogo foi bom e o ambiente ainda melhor. As claques quer do Benfica quer da Académica (apesar de em muito menor número) deram um colorido a esta partida e, lá dentro, os jogadores fizeram questão de corresponder e "pagar" o bilhete dos adeptos.
A segunda parte começou praticamente com o segundo golo do Benfica. É correcto dizer que o autor foi Cardozo mas o editor foi, mais uma vez, Reyes. O espanhol pegou na bola e inventou uma situação de perigo. Driblou, passou dois adversários e ao terceiro obstáculo foi derrubado. Depois, Cardozo fez questão de fazer o habitual e, daquele sítio, não perdoou.
Até final, o Benfica controlou o jogo e até podia ter marcado mais golos. Sim, David Suazo entrou na partida e foi ele a animação-mor até ao terminus do encontro. Aquela arrancada do hondurenho que terminou com um remate deste ao poste é qualquer coisa de genial.
OS MELHORES DE COIMBRA:
Académica:
Miguel Pedro (5): No meio de tanta desinspiração, é difícil escolher o melhor jogador da Académica nesta partida. Escolhi Miguel Pedro que esteve razoável a atacar e a solicitar os seus colegas de ataque.
Benfica:
Reyes (8): Em alguns momentos parecia que não estava em campo ou, melhor dizendo, não estava particularmente motivado e interessado em contribuir para o jogo. O problema é que sempre que a bola lhe chegava aos pés, o génio acendia. Com dribles de grande requinte e pormenores de encher o olho, o espanhol foi um autêntico quebra-cabeças para os defesas academistas. Fruto da sua competência, foi inumeras vezes carregado em falta. O melhor em campo.
Rúben Amorim (7,5): No regresso à titularidade, o jovem jogador português terá feito o melhor jogo com a camisola do Benfica. Muito seguro e sóbrio a defender, desta vez teve a capacidade de também se envolver ao nível ofensivo. Foi o marcador do primeiro golo do jogo e, para além disso, esteve sempre bem em praticamente tudo o que fez.
PS: Destaque ainda para a excelente exibição de Nuno Gomes. Mais uma assistência e mais uma demonstração de humildade e de dedicação ao seu clube de coração.
(Rúben Amorim, Cardozo g.p)
Para surpresa geral, Quique Flores efectuou uma autêntica revolução no onze, isto tendo em vista o difícil encontro na próxima quinta-feira ante o Olympiakos. David Luíz a lateral esquerdo, Bynia a fazer de Katsouranis, Amorim e Cardozo no onze em detrimento de Aimar e Suazo... Enfim, antes da partida começar, as questões que se podiam colocar eram: Para quê e porquê tanta alteração? Como iria o Benfica fazer as transições ofensivas num meio-campo formado por Bynia, Yebda e Amorim? Com o decorrer do jogo, estas questões tiveram a mesma resposta: Quique foi feliz, deu-se bem, portanto, arriscou e acabou por petiscar tal ousadia.
Surpreendentemente, o Benfica acabou por dar-se bem com tanta alteração (modelo de jogo incluído). A equipa revelou-se consistente a defender e, sem deslumbrar, controlou quase na totalidade a primeira parte. É verdade que a primeira grande ocasião de golo é protagonizada por Sougou que, num remate forte fora da área, envia a bola ao travessão mas, tirando isso e aquela meia ocasião de Lito (já com o resultado em 0-1), diria que a Académica limitou-se a defender e a ver jogar.
Atendendo à equipa que Quique colocou em campo, para se ver alguma criatividade e impervisibilidade, isto num plano teórico, praticamente teriamos de colocar os olhos no lado esquerdo do ataque benfiquista, ou, mais concrentamente, em José António Reyes. Na prática, passou-se precisamente isso. O espanhol, mesmo com aquele estilo arrogante para com os adversários e até com laivos de vedetismo, partiu completamente "a loiça". Grandes pormenores técnicos, excelentes iniciativas ao longo do flanco, foi dele que vieram praticamente todas as jogadas na primeira parte. Digo praticamente todas porque houve uma que teve a assinatura de Nuno Gomes. O "21" esteve brilhante na recepção de bola e na assistência para o primeiro golo de Rúben Amorim no jogo e no campeonato. Excelente o pormenor do avançado português e muito bem também a diagonal do ex-Belenenses que, perante Peskovic, não perdoou.
Na etapa complementar, para quem como eu foi ao Estádio assistir ao jogo, certamente ter-se-á divertido à brava. O jogo foi bom e o ambiente ainda melhor. As claques quer do Benfica quer da Académica (apesar de em muito menor número) deram um colorido a esta partida e, lá dentro, os jogadores fizeram questão de corresponder e "pagar" o bilhete dos adeptos.
A segunda parte começou praticamente com o segundo golo do Benfica. É correcto dizer que o autor foi Cardozo mas o editor foi, mais uma vez, Reyes. O espanhol pegou na bola e inventou uma situação de perigo. Driblou, passou dois adversários e ao terceiro obstáculo foi derrubado. Depois, Cardozo fez questão de fazer o habitual e, daquele sítio, não perdoou.
Até final, o Benfica controlou o jogo e até podia ter marcado mais golos. Sim, David Suazo entrou na partida e foi ele a animação-mor até ao terminus do encontro. Aquela arrancada do hondurenho que terminou com um remate deste ao poste é qualquer coisa de genial.
OS MELHORES DE COIMBRA:
Académica:
Miguel Pedro (5): No meio de tanta desinspiração, é difícil escolher o melhor jogador da Académica nesta partida. Escolhi Miguel Pedro que esteve razoável a atacar e a solicitar os seus colegas de ataque.
Benfica:
Reyes (8): Em alguns momentos parecia que não estava em campo ou, melhor dizendo, não estava particularmente motivado e interessado em contribuir para o jogo. O problema é que sempre que a bola lhe chegava aos pés, o génio acendia. Com dribles de grande requinte e pormenores de encher o olho, o espanhol foi um autêntico quebra-cabeças para os defesas academistas. Fruto da sua competência, foi inumeras vezes carregado em falta. O melhor em campo.
Rúben Amorim (7,5): No regresso à titularidade, o jovem jogador português terá feito o melhor jogo com a camisola do Benfica. Muito seguro e sóbrio a defender, desta vez teve a capacidade de também se envolver ao nível ofensivo. Foi o marcador do primeiro golo do jogo e, para além disso, esteve sempre bem em praticamente tudo o que fez.
PS: Destaque ainda para a excelente exibição de Nuno Gomes. Mais uma assistência e mais uma demonstração de humildade e de dedicação ao seu clube de coração.
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