Benfica 1-0 Braga
(David Luiz)
Lamentável o que se passou no Estádio da Luz. A equipa de arbitragem teve clara influência no resultado e, em consequência disso, o placar final acabou por branquear mais uma pobre exibição do Benfica, ainda que, desta feita, com algum mérito do adversário que, devo dizer, tem uma excelente equipa e fez uma boa exibição.
Não é meu apanágio analisar o trabalho do árbitro porque não gosto de justificar vitórias ou derrotas com base nisso. No entanto, acho que todos aqueles que viram o jogo constataram que David Luiz marcou o único golo num gritante fora-de-jogo, Di Maria não foi carregado em falta dentro da área - fez-se justiça já que Suazo permitiu a defesa de Eduardo - e, na área do Benfica, houve uma falta clara de Luisão sobre Matheus. Ou seja, em três lances cruciais, o árbitro beneficiou sempre o Benfica. Pelo exposto, total razão para Jorge Jesus que viu a sua equipa ser prejudicada na Luz, ficando ainda com a sensação - tal como eu - que o Braga merecia ter conhecido um outro resultado.
Arbitragem à parte, há muito pouco para falar em relação à exibição do Benfica. Mais uma vez, faltou conjunto, faltou ligação nos sectores e faltou velocidade nas transições ofensivas. Nota positiva para a postura defensiva da equipa - as quatro unidades da defesa estiveram muito bem e contaram com um excelente apoio de Yebda e Katsouranis - mas, a uma equipa que luta para o título, não se pode exigir somente atitude defensiva. É preciso mais e isso faltou claramente a este Benfica. Aimar esteve fora do jogo, Di Maria esteve demasiado colado à linha e, quando tinha a bola em sua posse, estava sempre isolado dos restantes companheiros e, como tal, com poucas soluções para definir melhor os lances; também Suazo esteve muito distante dos médios e tinha sempre de recorrer à jogada indivual para dar algum sentido à jogada; Rúben Amorim, mais uma vez, foi útil em termos tácticos mas não acrescentou rigorosamente nada em termos ofensivos. Assim sendo, o futebol do Benfica tornou-se demasiado previsível o que levou o Braga a ter, quase sempre, mais bola em seu poder e, obviamente, mais segurança no próprio jogo.
OS MELHORES DA LUZ:
BENFICA:
David Luiz (7): Mesmo marcando um golo irregular, a verdade é que apareceu bem e finalizou da melhor forma. Sendo decisivo à frente, foi, no entanto, lá atrás que se evidenciou. Teve dois ou três cortes fundamentais que, seguramente, dariam golo para o Braga. Não é um lateral mas é muito melhor que Jorge Ribeiro e, mostrou-o hoje, é importantíssimo para esta equipa.
Maxi Pereira (6,5): Se me perguntarem a mim se Maxi é jogador para ser titular no Benfica, digo-vos claramente que não. Tem dificuldades no passe, é algo lento nas transições, é fraco no dribble e nem sempre fecha da melhor forma os espaços entre si e o central. Agora, se me perguntarem se Maxi é um jogador "à Benfica", então digo-vos claramente que sim, é. Maxi dá tudo dentro do campo, tem uma entrega ao jogo fantástica, nunca dá por perdido um lance, ajuda os seus companheiros, tenta, dentro das suas possibilidades, ajudar o ataque e, como tal, ninguém lhe pode apontar nada nos finais de cada jogo. O problema é que falta-lhe algo que, para mim, é fundamental para se ser jogador de um clube grande: classe.
BRAGA:
Eduardo (7): Uma grande defesa na primeira parte a negar o golo a Suazo e uma grande penalidade defendida no segundo tempo - também ao hondurenho -, isto para além de mostrar-se sempre seguro e tranquilo entre os postes, foi o pecúlio de Eduardo, um dos bons guarda-redes do nosso campeonato. Sem dúvida, uma das melhores unidades do conjunto bracarense.
Moisés (6,5): Podia escolher Alan ou Evaldo mas creio que Moisés foi, a par de Eduardo, o melhor jogador do Braga. Certinho a defender, limpou tudo pelo ar e pelo chão raramente recorreu à falta. Excelente exibição do central brasileiro.
(David Luiz)
Lamentável o que se passou no Estádio da Luz. A equipa de arbitragem teve clara influência no resultado e, em consequência disso, o placar final acabou por branquear mais uma pobre exibição do Benfica, ainda que, desta feita, com algum mérito do adversário que, devo dizer, tem uma excelente equipa e fez uma boa exibição.
Não é meu apanágio analisar o trabalho do árbitro porque não gosto de justificar vitórias ou derrotas com base nisso. No entanto, acho que todos aqueles que viram o jogo constataram que David Luiz marcou o único golo num gritante fora-de-jogo, Di Maria não foi carregado em falta dentro da área - fez-se justiça já que Suazo permitiu a defesa de Eduardo - e, na área do Benfica, houve uma falta clara de Luisão sobre Matheus. Ou seja, em três lances cruciais, o árbitro beneficiou sempre o Benfica. Pelo exposto, total razão para Jorge Jesus que viu a sua equipa ser prejudicada na Luz, ficando ainda com a sensação - tal como eu - que o Braga merecia ter conhecido um outro resultado.
Arbitragem à parte, há muito pouco para falar em relação à exibição do Benfica. Mais uma vez, faltou conjunto, faltou ligação nos sectores e faltou velocidade nas transições ofensivas. Nota positiva para a postura defensiva da equipa - as quatro unidades da defesa estiveram muito bem e contaram com um excelente apoio de Yebda e Katsouranis - mas, a uma equipa que luta para o título, não se pode exigir somente atitude defensiva. É preciso mais e isso faltou claramente a este Benfica. Aimar esteve fora do jogo, Di Maria esteve demasiado colado à linha e, quando tinha a bola em sua posse, estava sempre isolado dos restantes companheiros e, como tal, com poucas soluções para definir melhor os lances; também Suazo esteve muito distante dos médios e tinha sempre de recorrer à jogada indivual para dar algum sentido à jogada; Rúben Amorim, mais uma vez, foi útil em termos tácticos mas não acrescentou rigorosamente nada em termos ofensivos. Assim sendo, o futebol do Benfica tornou-se demasiado previsível o que levou o Braga a ter, quase sempre, mais bola em seu poder e, obviamente, mais segurança no próprio jogo.
OS MELHORES DA LUZ:
BENFICA:
David Luiz (7): Mesmo marcando um golo irregular, a verdade é que apareceu bem e finalizou da melhor forma. Sendo decisivo à frente, foi, no entanto, lá atrás que se evidenciou. Teve dois ou três cortes fundamentais que, seguramente, dariam golo para o Braga. Não é um lateral mas é muito melhor que Jorge Ribeiro e, mostrou-o hoje, é importantíssimo para esta equipa.
Maxi Pereira (6,5): Se me perguntarem a mim se Maxi é jogador para ser titular no Benfica, digo-vos claramente que não. Tem dificuldades no passe, é algo lento nas transições, é fraco no dribble e nem sempre fecha da melhor forma os espaços entre si e o central. Agora, se me perguntarem se Maxi é um jogador "à Benfica", então digo-vos claramente que sim, é. Maxi dá tudo dentro do campo, tem uma entrega ao jogo fantástica, nunca dá por perdido um lance, ajuda os seus companheiros, tenta, dentro das suas possibilidades, ajudar o ataque e, como tal, ninguém lhe pode apontar nada nos finais de cada jogo. O problema é que falta-lhe algo que, para mim, é fundamental para se ser jogador de um clube grande: classe.
BRAGA:
Eduardo (7): Uma grande defesa na primeira parte a negar o golo a Suazo e uma grande penalidade defendida no segundo tempo - também ao hondurenho -, isto para além de mostrar-se sempre seguro e tranquilo entre os postes, foi o pecúlio de Eduardo, um dos bons guarda-redes do nosso campeonato. Sem dúvida, uma das melhores unidades do conjunto bracarense.
Moisés (6,5): Podia escolher Alan ou Evaldo mas creio que Moisés foi, a par de Eduardo, o melhor jogador do Braga. Certinho a defender, limpou tudo pelo ar e pelo chão raramente recorreu à falta. Excelente exibição do central brasileiro.
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