sábado, fevereiro 07, 2009

UMA LIÇÃO DE VIDA



Ronaldinho. Há um bom par de anos atrás, Ronaldinho vivia o seu melhor momento da carreira. Considerado pela esmagadora maioria das pessoas como o melhor jogador do Mundo, "Dinho" era um indiscutível do Barcelona e da selecção brasileira. Os seus livres, as suas fintas e as suas jogadas deixavam impressionado qualquer amante da modalidade. Recordo-me perfeitamente daquele jogo espantoso do astro brasileiro em pleno Santiago Bernabéu onde os próprios adeptos merengues aplaudiram as diabruras de Ronaldinho.

Beckham. Há também uns anos atrás, David Beckham chegou a Madrid. Muitos olhavam-no como um jogador vulgar, outros entendiam que o mesmo, em termos futebolísticos, apenas aportava alguma coisa à equipa ao nível dos livres, e uma outra camada entendia que Beckham não era mais que um mero produto de marketing que fazia da imagem a sua principal arma.

Hoje, ambos jogam no poderoso AC Milan. Quem me dissesse, há dois anos atrás, que, numa qualquer equipa do Mundo, Beckham iria ser titular em detrimento de Ronaldinho, dir-lhe-ia que é louco e não percebe nada de bola. Atenção, sempre achei David Beckham mais do que um mero modelo. É um jogador que sabe as suas limitações e, como tal, potencia ao máximo as suas maiores qualidades. Raramente assistimos a um drible do inglês porque ele sabe que se o fizer vai perder a bola. Assim, Beckham explora a qualidade de passe - e nisso é dos melhores do mundo -, a capacidade que tem nas bolas paradas e, o ponto mais importante, a sua cultura táctica que, para os italianos, é o ponto essencial para vingar no Cálcio.

No futebol, mais do que se ser um grande jogador, é preciso ter cabeça. Ronaldinho é um daqueles casos em que tem talento a mais para a cabeça que possui. Salvo raras excepções, são os "Beckhams" deste planeta que vingam em vez dos "Dinhos". Esta mensagem vale para o futebol e vale para a vida!

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