sábado, fevereiro 28, 2009

SOFRER ATÉ FINAL

Benfica 2-1 Leixões
(Elvis p.b, Nuno Gomes; Rodrigo)



Vitória muito importante do Benfica frente a um valoroso adversário que, com alguma felicidade à mistura (já lá vamos!), vendeu muito cara a derrota. Ainda assim, contrariamente ao que vem sendo habitual, desta vez o Benfica fez por merecer o triunfo ainda que não tenha feito um jogo brilhante (muito longe disso!) e ainda que tenha tido de sofrer muito nos últimos quinze minutos para garantir a vitória.

Numa breve pincelada sobre o jogo, o Benfica, surpreendentemente, conseguiu entrar dominador. Di Maria - a surpresa à direita - deu amplitude à ala e, ainda que nem sempre tenha resolvido bem as suas acções individuais, o que é facto é que a sua presença em campo tornou o jogo "encarnado" menos previsível já que deu aos de Quique capacidade para entrar na defesa leixonense pelos dois lados.
Ainda que sem causar perigo, as várias acções de ataque do Benfica nos primeiros minutos resultaram no primeiro golo, um auto-golo de Elvis a desviar um cruzamento venenoso de Reyes.

Já vem sendo habitual e mais uma vez aconteceu. Depois do golo e da vantagem, o Benfica adormeceu. Não sei se por ordens de Quique ou não mas a equipa tende a baixar as suas linhas e, dando a iniciativa ao adversário, procura buscar espaços no ataque para lançar feroses contra-golpes. Custa-me a entender esta maneira "à pequeno" de pensar a partida mas é o que temos.
Na fase final do primeiro tempo o Leixões subiu um pouco mas nunca conseguiu verdadeiramente assustar Moreira.

Na etapa complementar, diria que nos primeiros 20 minutos a toada manteve-se. Jogo morno e sem grandes motivos de interesse. O Benfica controlava relativamente a partida mas nunca dava mostras de a conseguir matar. Já o Leixões, conseguia sair por diversas vezes com a bola controlada mas, tal como no primeiro tempo, nunca conseguia definir da melhor forma no último terço. Os de José Mota usaram e abusaram do remate de longe mas sem resultados práticos.

Num lance aparentemente inofensivo - Cardozo perto de linha lateral não é, de todo, perigoso -, surgiu o segundo golo "encarnado". Cruzamento do paraguaio de pé direito e finalização de Nuno Gomes que havia entrado momentos antes para o lugar de Reyes. Com efeito, dois golos de diferença e, possivelmente, a tranquilidade absoluta no jogo.

Pura ilusão. O 2-0 foi "sol de pouca dura". Em poucos minutos, uma série de acontecimentos dignas de um filme de comédia. Primeiro, Quique Flores esgota as substituições fazendo entrar Balboa (também havia entrado Martins no primeiro tempo para o lugar do lesionado Amorim); depois, o golo caricato do Leixões - alivio de Balboa que bate num adversário fazendo com que o esférico sobrasse para Rodrigo que, isolado, reduziu o placar; finalmente, a lesão muscular de Carlos Martins (mais uma!) que obrigou o Benfica a jogar sensivelmente vinte minutos com dez unidades.
Perante este cenário, naturalmente que o Benfica abanou e o Leixões foi para a frente. José Mota arriscou tudo e a equipa passou a dominar o jogo por completo. No entanto, o dominio territorial nada de significativo trouxe já que os de Leixões nunca conseguiram importunar Moreira, tendo assim o resultado final ficado pela vitória mínima do Benfica, resultado que, na minha perspectiva, é justo.

OS MELHORES DA LUZ:

- Destacaria Maxi Pereira pela regularidade ao longo do jogo e pela determinação com que encarou todos os lances, Miguel Vitor pela sua capacidade de antecipação que lhe permitiu varrer todo aquele sector e Pablo Aimar que, mesmo tendo um enorme desgaste físico devido às circunstâncias que a partida trouxe, nunca se escondeu do jogo e procurou sempre dar bola às unidades mais ofensivas do Benfica.

- Por parte do Leixões, Beto esteve igual a si próprio, Diogo Valente foi sempre uma unidade perturbadora no ataque leixonense e Hugo Morais, como sempre, revelou bom toque de bola e uma excelente capacidade de decidir bem com bola.

1 comentário:

Tanque Silva disse...

Grande vitória, com muito sofrimento...Ainda há esperança!!!