sexta-feira, maio 10, 2013

MEMÓRIAS

28 de Abril de 1991. Celebro o meu 8º aniversário no Porto, junto com família que lá tenho da parte do pai.  Estamos nas férias da Páscoa, onde é tradição por lá que todos se reunam e esperem pelo compasso.
Depois da habitual confraternização, decido ir sozinho para o carro do meu pai, afim de ouvir o relato dessa grande partida entre Porto e Benfica. Absolutamente decisiva. Não tenho memória exacta da hora da partida mas deviam ser umas quatro da tarde.

Debaixo de um calor tremendo, vibrei com os golos de César Brito. Nunca pensei que hoje, 22 anos depois, essa memória ainda perdurasse na minha cabeça, ela que é, no fundo, a minha primeira grande recordação no que ao Benfica diz respeito. E com a importância que teve, não só pela data em si mas também pelo jogo épico feito nas antas, frente a um rival de grande valia.

Este fim-de-semana, voltamos ao Porto para um jogo que pode valer um título. Tal como há 20 e tal anos, o respeito pelo adversário e o medo de perder estão bem presentes. Ainda assim, há sempre a esperança de que algo mágico aconteça. É essa a minha fé, é esse o meu desejo. Que honrem e dignifiquem a camisola do Benfica e que o Rodrigo Lima ou o Óscar Cardozo sejam o César Brito do século XXI.