O REGRESSO DO GIGANTE ADORMECIDO
BENFICA 1-0 LIVERPOOL
(Luisão, 84´)
INESQUECÍVEL! Creio que foi a primeira vez que tive oportunidade de assistir a um jogo do Benfica ao vivo para a Liga dos Campeões. A estreia não podia ter sido melhor. Uma vitória histórica e logo frente ao campeão europeu em título.
Em relação ao jogo, a primeira parte foi bastante equilibrada com ambos os treinadores a mostrarem um grande respeito em relação ao adversário. Koeman optou por uma linha defensiva com Anderson no lugar de Ricardo Rocha (normal!) e Alcides na posição de lateral direito em vez de Nélson com o intuito da defensiva encarnada ganhar centimetros ao ataque inglês. No meio campo, o holandês optou (mal, a meu ver!) por três homens de trabalho com a missão quase unica e exclusiva de parar/segurar o meio campo do Liverpool. Assim, Koeman apostou em Petit, Manuel Fernandes e Beto deixando, por exemplo, o grego Karagounis no banco. No ataque, Nuno Gomes jogou sozinho na frente enquanto que as alas foram ocupadas por Simão à direita e o regressado Robert à esquerda (isto na 1ª parte).
Já Rafa Benitez, surpreendeu tudo e todos ao deixar no banco o gigante Peter Crouch e, príncipalmente, Steven Gerrard, o capitão e melhor jogador dos "reds". Para os seus lugares, o espanhol apostou em Luis Garcia e Robbie Fowler.
A primeira parte revelou-se extremamente equilibrada e, toda ela, praticamente jogada a meio campo. Foram muitas poucos os momentos de real interesse na partida.
Ao intervalo o 0-0 justificava-se plenamente e interessava, naturalmente, muito mais aos ingleses.
Na etapa complementar, os primeiros 15 minutos continuaram com a mesma toada. O Benfica a tentar atacar embora sem soluções e profundidade ofensiva enquanto que o Liverpool, sem atacar, controlava as operações a meio campo.
Quando estavam decorridos sensivelmente 60 minutos, Koeman decide tirar um homem de combate, na circunstância Beto, e colocou o organizador Karagounis. Pois é, com um número 10 clássico, tudo mudou no futebol do Benfica. Os encarnados, embora sem criarem oportunidades claras de golo, passaram a dominar ainda mais o jogo e a jogar praticamente no meio campo contrário. A pressão foi-se intensificando e a esperança dos adeptos benfiquistas em ver um golo da sua equipa aumentou.
Aos 84 minutos chegou finalmente o minuto mágico do jogo. Petit transformou um livre estudado picando a bola para a área... Luisão, antecipou-se ao gigante Hyppia e inaugurou o marcador para gaudio dos 60 mil benfiquistas que enchiam o Estádio da Luz.
Termino aqui o meu comentário. Apenas gostaria de referir que a partir desse minuto mágico consegui finalmente perceber o porquê de em tempos chamarem ao Estádio do Benfica o INFERNO DA LUZ!
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