sexta-feira, fevereiro 10, 2006

EM GREGO NOS ENTENDEMOS...




O Benfica teve que suar muito para levar de vencida o Nacional da Madeira, e seguir para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Só conseguiu mesmo carimbar a passagem, após a marcação de grandes penalidades.
Ronald Koeman efectuou algumas alterações na equipa, o que em termos qualitativos é sensivelmente a mesma coisa, visto que os encarnados dispõe de um plantel vasto e de qualidade semelhante.
O jogo foi amplamente dominado pelo campeão nacional, que pecou muito na finalização, não conseguindo finalizar algumas das oportunidades de golo que criou, inclusivamente uma grande penalidade desperdiçada pelo capitão Simão Sabrosa.
O Benfica estava em noite não, mas pôde ainda assim contar com um desinspiradíssimo Nacional, que a atacar foi uma verdadeira nulidade. Os comandados de Manuel Machado praticamente não criaram uma ocasião de golo, não conseguindo assim incomodar o regressado Quim. Valeu aos insulares a excelente prestação defensiva, dado que, foi um autêntico muro à frente do guardião Hilário.



O tempo ia passando e o Benfica não conseguia chegar ao golo. Começava a faltar discernimento, criatividade, alguém que organizasse o jogo ofensivo. Eis que surge, na minha opinião, o momento do jogo. À passagem do minuto 83, Ronald Koeman (finalmente!) lança na partida o grego Karagounis. A partir daqui, a música foi outra, pois com um maestro destes, o concerto tem necessariamente que ser de qualidade. E foi o que aconteceu, o campeão da europa de selecções abriu o livro e colocou em campo todo o perfume do seu futebol, contribuíndo de forma decisiva para uns últimos minutos muito melhores, ao qual se sucedeu um prolongamento de bitola elevada, onde só por mera infelicidade os encarnados não conseguiram desfeitiar Hilário. Se ainda não foi desta que Giorgos Karagounis demonstrou ao técnico holandês que tem valor para jogar muito mais nesta equipa, então não sei quando será!!!
Tudo por decidir na lotaria das grandes penalidades, onde Patacas foi o único que desperdiçou soberana ocasião, permitindo assim ao Benfica continuar em prova para tentar recuperar o troféu perdido na temporada passada para o Vitória de Setúbal.



FICHA DO JOGO:

BENFICA - Quim; Alcides, Luisão, Ricardo Rocha e Léo; Beto e Manuel Fernandes; Manduca, Simão e Nuno Gomes; Geovanni.

SUPLENTES: Moretto; Anderson, Nélson, Marco Ferreira, Karagounis, Laurent Robert e Marcel.

SUBSTITUIÇÕES: Manduca por Marcel (62), Geovanni por Robert (71) e Nuno Gomes por Karagounis (83).

TREINADOR: Ronald Koeman


NACIONAL: Hilário; Patacas, Ávalos, Ricardo Fernandes e Alonso; Cléber, Chainho e Bruno; Miguelito, Viveiros e Juliano Spadacio.

SUPLENTES: Belman; Émerson, Luís Manuel, Marchant, Miguel Fidalgo, André Pinto e Chilikov.

SUBSTITUIÇÕES: Viveiros por André Pinto (48), Cléber por Miguel Fidalgo (59) e André Pinto por Émerson (66).

TREINADOR: Manuel Machado


DISCIPLINA: Cartão amarelo a Ricardo Rocha (18); a Hilário (37), a Cléber (39), a Miguelito (46) e a Patacas (81).

MARCADORES: 5-3 na marcação de grandes penalidades.

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