GRUPO F:
BENFICA 3-1 COPENHAGA
CELTIC 1-0 MAN UTD
Para quem teve a oportunidade de assistir aos dois jogos do grupo F em simultâneo, pôde constatar ao mesmo tempo duas sensações completamente diferentes. Numa, a satisfação de uma vitória tranquila que só não teve números mais expressivos pelo facto da equipa benfiquista preferir gerir esforços em vez de esmagar o seu oponente; noutro jogo, tivemos oportunidade de ver o quão ingrato e apaixonante é o futebol. O Manchester United dominou durante os 90 minutos, teve mais posse de bola e apesar de não criar muitas situações claras de golo, pelo volume de jogo que teve, pela total disponibilidade ofensiva de quase todos os seus jogadores (até Ferdinand andou pelo ataque), pelo facto de ter sido a única equipa em campo com o propósito claro de ganhar, por tudo isto, creio que é revoltante olhar para o resultado final e ver o Celtic na posição de vencedor quando, na verdade, nada fez para o merecer.
Quinta jornada realizada e, analisando bem, não foi a noite europeia que todos queriamos já que a vitória sobre o modesto Copenhaga partia como um dado quase adquirido. Contudo, há que dizer que quando uma equipa ou quando os adeptos não ficam totalmente realizados mesmo sabendo que a vitória aconteceu, significa que nas jornadas anteriores houve pontos que ficaram por conquistar. Nesse capítulo, diga-se, o Benfica só se pode queixar de si mesmo já que deixou dois pontos rídiculos na Dinamarca e em Glasgow apenas mostrou futebol em 45 minutos. Agora, o Benfica terá de ir a Manchester ganhar pois o Celtic, equipa que, quanto a mim, é a terceira melhor do grupo, já carimbou o seu passaporte para os oitavos de final da competição.
Quanto ao jogo propriamente dito, creio que há pouco a dizer. O Benfica resolveu a partida a partir de momento que marcou o primeiro golo do jogo, no caso, por intermédio de Léo à passagem do minuto 14. Apesar de uma entrada timida no jogo, com muitas trocas de bola mas muita lentidão nos processos ofensivos, os encarnados tiveram a felicidade de marcar na primeira vez que atiraram à baliza.
A partir deste momento, a equipa portuguesa libertou-se, os passes começaram a sair com mais precisão e até à goleada foi uma questão de minutos. Aos 16´ e aos 37´, Miccoli deu cor à sua excelente exibição neste primeiro tempo e fez dois golos, sendo o primeiro do proprio um golo de grande qualidade.
Ao intervalo, registava-se uma tranquila vantagem do Benfica, num jogo sem história por culpa da fraqueza do opositor.
No segundo tempo, o Benfica limitou-se a gerir o esforço e o tempo, controlou o jogo por completo mas só por uma vez ameaçou chegar ao 4-0, numa excelente combinação entre Simão e Nuno Gomes, tendo o capitão desperdiçado na frente do guarda-redes nórdico.
Perto do final e com atenções viradas para Glasgow, o Copenhaga fez o seu tento de honra, um golo bonito de cabeça da autoria de Alback, o segundo jogador mais cotado desta equipa, atrás de Gronjkaer.
Missão cumprida mas... vida muito díficil para o Benfica que terá de fazer aquilo que nem Mourinho fez ao serviço do Porto: ganhar em Old Trafford.
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