quarta-feira, novembro 01, 2006

No Dia de todos os Santos...




"BENFICA E PORTO VENCEM E TÊM FÉ NA QUALIFICAÇÃO"



Missão cumprida! Benfica e Porto venceram de forma expressiva os seus compromissos europeus desta noite e mantêm algumas esperanças no que diz respeito à passagem à próxima fase da Liga dos Campeões. Depois da boa imagem deixada ontem pelos leões, hoje foi a vez de águias e dragões mostrarem que o futebol português em nada fica atrás do campeonato alemão e muito menos do esforçado mas pouco vistoso futebol escocês.
Pelo facto de não ter visto nada do jogo entre o Hamburgo vs Porto (questões obvias), não me vou pronunciar sobre as incidências do jogo dos azuis e brancos, como aliás costumo fazer com um qualquer jogo que não assista no estádio ou na televisão. Ainda assim, pelo que vi num pequeno resumo, creio que o Porto acabou por ser um justo vencedor, isto apesar de ter sofrido um pouco quando sofreu o golo, na altura, o 1-2. De salientar ainda o grande golo de Lucho González, um golo monumental para e rever vezes sem conta.

BENFICA 3-0 CELTIC



Personalidade é a palavra que melhor descreve a exibição do Benfica. Não foi, seguramente, o melhor jogo do Benfica nesta época, não foi certamente o encontro em que os encarnados criaram mais ocasiões de golo na temporada, mas foi, a meu ver, o jogo mais equilibrado por parte da equipa na presente temporada. É caso para dizer que finalmente se viu uma equipa equilibrada durante grande parte do jogo. Não se viu o "oito" a defender e o "oitenta" a atacar como já se viu esta época ou vice-versa. Viu-se um Benfica pragmático, é certo que feliz na forma como obteve os golos mas muito desconfiado em relação ao adversário. Podendo quiçá arrancar para um resultado histórico, Fernando Santos preferiu jogar pelo seguro, atacar pela certa e, conscientemente, primeiro garantir a vitória e, posteriormente, pensar num placar que lhe permitisse anular ou até mesmo suplantar o resultado conseguido pelo Celtic na primeira mão.



Com 20 minutos de qualidade por parte do Benfica e com um pressing louco em todo o campo, a equipa de Fernando Santos empurrou o Celtic para a sua área e chegou com felicidade mas com alguma naturalidade ao dois a zero, resultado que, mesmo numa fase inicial do jogo, praticamente determinava o vencedor do desafio. Fruto da personalidade com que a equipa encarnada estava a jogar, cedo se percebeu que o Celtic não iria fazer grande coisa na Luz. O prémio "azar" calhou a Caldwell, central escocês que ficou ligado aos dois primeiros golos do jogo. No primeiro respondeu com precisão a um excelente cruzamento de Nélson da direita; no segundo, com muita infelicidade à mistura, viu o pontapé longo e alto de Quim embater na sua face, fazendo com que o esférico fosse parar direitinho aos pés de Nuno Gomes que, à saída de Boruc, só teve de desviar a bola para o seu poste mais distante.
Num ápice e, diga-se com justiça, o Benfica chegava a uma vantagem tranquila.
Como já atrás referido, os encarnados, empolgados com uma precoce e importante marca, preferiram fazer alguma contenção de bola, também alguma gestão do enorme desgaste provocado por 25 minutos de grande intensidade em vez de buscar o terceiro golo. É obvio que, para os adeptos, a estratégia de jogar mais recuado a partir do 2-0 não foi a melhor mas, valha a verdade, resultou já que o Celtic não conseguiu sequer incomodar Quim.
Ao intervalo, vitória justa do Benfica.

No segundo tempo, o Benfica manteve a mesma concentração e coesão defensiva e conseguiu aprimorar as suas jogadas ofensivas. A entrada de Karyaka por volta do minuto 66 em detrimento do esforçado Miccoli trouxe maior qualidade ao meio-campo encarnado. A bola começou a ser tratada com mais cuidado e mais junto à relva. Simão, a jogar como 10 também subiu de rendimento e Nélson, muito bem a atacar, foi sempre um bom suporte às iniciativas de ataque.
Foi sem surpresa que aos 75 minutos os encarnados chegaram ao 3-0. Não que tenham criado ocasiões de golo suficientes para merecer mais um tento mas, pela forma como neutralizaram por completo o adversário e pela inteligência com que jogaram minuto após minuto, creio que os jogadores do Benfica mereceram tal prémio.
Até final, Nuno Gomes ainda podia ter feito um importante quarto golo mas tal não veio a acontecer. Tudo em aberto!

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