Liga: Leão entra a matar...

1..2..3..4

OUVIRAM BEM O RUGIDO DO LEÃO?



Fácil, muito fácil a vitória do Sporting na abertura do campeonato. De resto, com maior ou menor dificuldade, não se esperava outra coisa que não fosse o triunfo leonino. A Académica, pelo que vinha demonstrando na pré-temporada e, já agora, pelo que mostrou hoje, ainda tem que trabalhar muito para ter uma equipa competitiva. Por seu turno, o Sporting, mesmo com 9 caras novas, manteve o mesmo treinador, o mesmo modelo de jogo e, exceptuando Stojkovic, Vukcevic e Derlei, praticamente apresentou um onze conhecedor dos "cantos à casa".

O jogo começou com o Sporting ao ataque. Mobilidade no ataque e uma razoável mecanização a nível do meio-campo permitiu desde logo ao clube leonino tomar ascendente no jogo. Liedson, muito activo, mostrou bem cedo que iria deixar o seu nome escrito na história deste encontro. Ainda por mais, Derlei dava sinais que estava em campo para colaborar com o seu compatriota, algo que se veio a confirmar à passagem dos 26 minutos. Porém, ainda antes de saltarmos para o primeiro golo leonino, saliência para a primeira grande situação de golo no jogo e para a Académica. O ex-Naval Lito tabelou bem com um seu companheiro, isolou-se e, praticamente na cara de Stojkovic, precipitou-se e rematou por cima. Gorou-se assim a primeira e única oportunidade dos estudantes na primeira parte.

Não marcou a Académica, aproveitou o Sporting. O "ninja" foi o primeiro a marcar nesta temporada. Mérito para Moutinho e Liedson na forma como desenvolveram a jogada, muito mérito para Vukcevic na inteligência com que abriu as pernas e permitiu a Derlei que caminhasse isolado para a baliza de Pedro Roma.
Estava feito o primeiro do jogo e, quase que me atreviria a dizer, estava encontrado o vencedor do mesmo.
A Académica nunca mostrou sinais objectivos em discutir o resultado em Alvalade e, do primeiro ao segundo golo, foi um instante. Para ser mais preciso, foram efectivamente 18 minutos. Vimos nas bancadas de Alvalade uma tarja a fazer alusão ao facto do "ninja" também resolver. A ver por este jogo, não há duvida que resolveu. Agora, quem resolve muitas vezes e vai certamente continuar a resolver é Liedson. O jogo estava ao seu gosto e, como tal, pressentia-se que a qualquer momento o "leve" iria levar levemente a mão à orelha para ouvir aquilo que, no fundo, ouve vezes sem conta como se de uma musica de embalar se tratasse. Grande golo de cabeça que permitiu ao conjunto verde ir para o intervalo completamente descansado.

A segunda parte não foi muito diferente da primeira. Ainda que com menos acentuação, houve sempre mais Sporting do que Académica. Aos 68 minutos, sem surpresa, surgiu o terceiro golo do jogo por intermédio de Tonel. Aquilo que podia ter feito Vukcevic minutos antes e que preferiu complicar, mostrou o central português como se deve ser objectivo nas "barbas" de Pedro Roma.
Com três golos de desvantagem, finalmente tivemos uma reacção academista. A 8 minutos do final da partida, Gyano fez o golo solitário dos estudantes e fez sonhar (é mesmo o termo indicado!) a briosa. Importa dizer, que o sonho conimbricense podia ter ganho alguns contornos de realidade se Gyano e Elmano Santos assim o quisessem. Primeiro, o brasileiro não foi capaz de desfeitear Stojkovic na cara deste; depois, foi a vez do árbitro da partida ter perdoado uma grande penalidade aos leões. Foram dois momentos importantes que podiam ter dado outra emoção aos minutos finais da partida.
Não marcou a Académica, marcou pela 4ª vez o Sporting. Liedson caíu na área, Elmano Santos assinalou penalty e, de forma tranquila, João Moutinho fechou as contas do jogo.
Assim sendo, entrada de forma convicente por parte do Sporting que lhe permite ascender à liderança do campeonato e ver do sofá aquilo que Porto e Benfica vão fazer este Sábado ante Braga e Leixões.