segunda-feira, agosto 27, 2007

LIGA PORTUGUESA



JOGO: FC PORTO 1-0 SPORTING

NEM LIEDSON, NEM NINJA... PROENÇA E STOJKOVIC RESOLVERAM!



Não sou suspeito para analisar o que seja deste clássico. Como tal, posso comentar o jogo de ontem com a máxima isenção possível. Ao contrário do que é habitual, vou ter de falar da arbitragem já que, na minha opinião, teve claramente influência no desfecho final do jogo. Já lá vamos...

Em relação ao jogo propriamente dito, parece-me que, na globalidade, foi equilibrado. O empate era, sem dúvida, o resultado mais justo.
Em relação ao futebol apresentado pelo FC Porto, duas notas me parecem evidentes. Ricardo Quaresma é inevitavelmente o motor da equipa e, sempre que a bola está nos seus pés, o futebol ofensivo dos azuis parece mais esclarecido. Depois, temos Lucho. Pode ainda não estar nas melhores condições físicas mas a sua inteligência, simplicidade de processos e capacidade em criar desequilibrios no ataque faz toda a diferença. Ainda a respeito do argentino, a forma como marcou o livre que deu o golo do Porto mostra o porquê de ser um jogador de top mundial.
Como segundo ponto, gostaria de salientar a forma como o FC Porto é capaz de gerir um resultado positivo. É verdade que a equipa azul e branca não fez um grande jogo e pouco ou nada fez para se adiantar no marcador. Agora, o que é certo é que a partir do momento que chegou à vantagem, a equipa mostrou uma consistência defensiva e uma capacidade mental muito forte. Qualquer equipa a jogar em casa contra o Sporting teria nos últimos minutos tentado defender o triunfo como podia. Pois bem, o Porto, mesmo dando a iniciativa de jogo ao adversário, nunca abanou e conseguiu sempre com maior ou menor dificuldade controlar as operações. Não é fácil jogar contra esta equipa leonina que está muito bem organizada e possui uma capacidade mental muito forte. Quebras de jogo constantes, guardar a bola o mais longe possível da sua área, enfim, o Porto mostrou personalidade e inteligência na hora de sofrer.

Relativamente ao Sporting, apesar de não ter feito uma grande exibição a nível ofensivo - Izmailov e Romagnoli estiveram apagados e o ataque leonino não funcionou tão bem -, é impressionante a forma como a equipa se dispõe no terreno. A pressão alta é feita praticamente do primeiro ao último minuto e por todos os jogadores. Liedson e Derlei são os primeiros a dar o mote, sendo que os médios e também os laterais acompanham os seus opositores no sentido de não permitir ao adversário construir jogo. Com isto, o Sporting conseguiu controlar o jogo e manter o Porto afastado da sua baliza. Recordo-me de um livre de Quaresma à barra, um remate de Postiga de longe para defesa de Stojkovic e um ou outro cruzamento em que um desvio poderia ser fatal. De resto, o Sporting conseguiu sempre controlar as investidas do Porto.

Ora, se é verdade que o Sporting conseguiu controlar o ataque azul, importa referir que houve efectivamente outros factores que "atrapalharam" as contas aos leões. Sim, falo precisamente da arbitragem. Meus amigos, para ser "curto e grosso", Pedro Proença teve clara influência no resultado final do clássico. Duvido muito que o Porto viesse a marcar caso não tivesse havido aquele livre indirecto. E, muito sinceramente, quem joga ou jogou futebol, sabe perfeitamente que a intensão de Anderson Polga é a de cortar a bola. Obviamente que importa referir que o guarda-redes sérvio tem muita culpa no cartório. Num lance daqueles, Stojkovic tem de estar mais concentrado e ser mais prudente. Este lance faz-me lembrar a história do sinal amarelo de um semáforo. Toda a gente sabe que com o amarelo se pode seguir mas, é aconselhável ter mais atenção ou então jogar pelo seguro e abrandar, não vã o "diabo tecê-las". Pois bem, neste caso, passe à analogia, Stojkovic passou no amarelo e alguém do outro lado passou com o vermelho. Pedro Proença foi sem dúvida, o grande responsável pelo acidente leonino.

Mais uma vez, o Sporting mostrou personalidade e revelou estar à altura deste forte FC Porto. Pena as duas equipas se temerem uma à outra. Quem perde nestas circunstâncias são os adeptos. São, nesta altura, as duas melhores equipas portuguesas e por esta altura, quer queiramos quer não, as duas mais fortes candidatas ao título.
A ver vamos se os vermelhos do norte e do sul conseguem pisar os calcanhares a dragão e leão.

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