NA CHAMPIONS

Missão cumprida. Grande jogo, grande exibição e a certeza que, pelo segundo ano consecutivo, o Benfica terá oportunidade de ombrear com as melhores equipas da Europa. Sobre essas mesmas equipas que compõem a champions deste ano, tenho a dizer que, a ver pelos potes, estamos na presença da fase de grupos mais competitiva de sempre. Quando temos Zenit ou Manchester City no pote 3 e Dortmund ou Nápoles no 4, creio que está tudo dito. Uma coisa é certa, Benfica e Porto terão grandes receitas nos três jogos que terão na condição de visitados.

Sobre o jogo, fiquei com a ideia que o Benfica fez a melhor exibição da temporada. Aliás, quando há Witsel e Aimar em campo e em simultâneo, parece-me lógico que a qualidade de jogo seja superior. O belga é, sem dúvida, o melhor reforço do Benfica para esta temporada e Aimar é, para mim, o melhor jogador do campeonato português. O argentino fez mais uma exibição de gala, fazendo, de resto, os 90 minutos, algo muito raro de se ver.

Gostei de Cardozo. É verdade que não marcou mas foi um jogador útil em vários lances de ataque da equipa. Nota positiva também para Javi (igual a si próprio) e para Emerson. O brasileiro terá feito o seu melhor jogo desde que chegou. Sólido a defender, teve ainda algum atrevimento a nível ofensivo.

Desta vez, tivemos menos fulgor nas alas. Gaitán tem estado uns furos abaixo daquilo que vinha fazendo na pré-época. Pessoalmente gosto mais de o ver na esquerda mas aceito que Jesus dê a titularidade a Nolito já que o espanhol tem revelado veia goleadora. Sobre o espanhol, teve uma primeira parte razoável mas, tal como nos outros jogos, caíu completamente na segunda. Contrariamente à maioria dos adeptos benfiquistas, ainda não vi no espanhol nada do outro mundo para fazerem dele uma das principais referências da equipa. É verdade que quem chega a um clube e marca 5 golos consecutivos em jogos oficiais merece um destaque diferente dos outros mas, quanto a mim, ainda tem de mostrar muito futebol para se superiorizar ao melhor extremo esquerdo do plantel: Nico Gaitán.

Se lá para a frente parece tudo bem encaminhado, é bom dizer que na defesa há três unidades que dão totais garantias e têm mostrado uma enorme categoria: Luisão, Garay e Artur. Os centrais estão cada vez melhor e na baliza tem estado um autêntico gigante. Se Emerson mantiver esta bitola exibicional e se Rúben Amorim ganhar entretanto o lugar na direita (Maxi não me convence apesar de ser um super atleta), então poderemos estar perante um Benfica com argumentos para fazer uma boa champions. Tal como em tudo, é preciso sorte no sorteio e algumas noites com o nível de inspiração que tivemos frente ao Twente.