É curioso que o meu onze mental para este jogo da segunda mão foi, quase na totalidade, igual àquele avançado por Jesus. Como tal, foi com agrado que vi um meio-campo reforçado com Witsel, Javi e Aimar e um ataque móvel com três jogadores levezinhos. A única diferença para o meu onze foi a inclusão de Saviola sozinho na frente já que teria apostado em Jara, um jogador igualmente móvel mas com mais faro pelo golo e, parece-me, mais capacitado para jogar sozinho na frente de ataque. Ainda assim, um mero pormenor - e até acho que Saviola cumpriu bem a sua missão, ganhando pontos para uma futura aposta neste tipo de táctica -.
Quanto ao jogo, pese embora alguma tremideira aqui e ali, me pareceu que o mesmo esteve sempre controlado pelo conjunto encarnado. Witsel deu outra capacidade defensiva e aquele trio central composto por Garay, Luisão e Javi simplesmente não deu grande hipótese à concorrência. Faltou, contudo, mais objectividade na frente de ataque já que houve muitos espaços - nomeadamente após a expulsão do Adrian - mas a inspiração nem sempre foi a melhor. Soube a pouco por isso mas, muito honestamente, ganhar, neste jogo, não era o mais importante.
Quanto aos melhores em campo, Witsel foi claramente a melhor unidade. Notável nas ajudas a Javi, teve ainda capacidade para pautar o jogo e apoiar o ataque. Prático a soltar a bola e com um poder de choque tremendo, deu outra dimensão ao meio-campo. Dê por onde der, aquele trio composto por Javi, Witsel e Aimar tem de jogar sempre (pelo menos os dois primeiros já que nem sempre temos Aimar bem fisicamente). Sendo que Gaitán e Enzo Perez (quando estiver totalmente adaptado) também terão de ter espaço no onze, sobrará um lugar para a frente, o que significa que Jesus terá de começar a trabalhar o sistema táctico que utilizou neste jogo.
Gaitán algo displicente mas com pormenores deliciosos; Nolito esforçado, importante com o golo que marcou mas ainda sem me convencer totalmente ao ponto de o considerar um titular desta equipa; Saviola terá feito o melhor jogo nesta pré-temporada; Aimar tremendo nas acções defensivas e importante nas transições ofensivas; Matic bastante útil, um jogador que, não sendo titular, será muito importante nesta temporada.
Missão cumprida. Para a próxima fase, Rubin e Udinese serão equipas a evitar mas, ainda assim, estão ao alcance deste novo Benfica.
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