domingo, novembro 15, 2009

EM ABERTO


PORTUGAL 1-0 BÓSNIA
(Bruno Alves)



Devido a compromissos, não vi com a máxima atenção o jogo. Ainda assim, pôde-se constatar que Portugal jogou de forma excessivamente emocional, acusando, em várias alturas, o momento e a responsabilidade de ter de ganhar, sob pena de correr atrás da eliminatória no terreno do adversário. Felizmente não será esse o caso (graças ao golo solitário de Bruno Alves) e, precisamente com a Bósnia a ter de atacar, estou convencido que a segunda mão vai ser mais favorável ao nosso estilo de jogo. Que assim seja.

Dizia eu a meio da semana e em conversa com amigos de que a Bósnia marcaria no Estádio da Luz. Felizmente enganei-me mas numa coisa não errei e muito menos me surpreendeu: a Bósnia tem um notável poderio ofensivo. Só por mera felicidade é que Eduardo manteve as suas redes invioláveis - não que tivesse tido mérito mas sim porque os postes salvaram Portugal -. Dzeko, um enorme avançado em todos os sentidos, foi sempre a unidade mais perigosa dos forasteiros. Uma das chaves para o sucesso na quarta-feira passará por anular o atacante do Wolfsburgo. Se isso for conseguido, tudo ficará mais fácil.

Sobre Carlos Queiróz, mais uma vez, uma desilusão na forma como abordou o jogo. Primeiro, mal no onze inicial escolhido. Não valendo a pena falar mais sobre o guarda-redes, acho incrível como é que Paulo Ferreira, que esteve quase um ano parado devido a lesão (fora o tempo que passou no banco e nas bancadas do Chelsea), tenha sido titular em detrimento de Miguel. Depois, é ridículo como se continua a apostar em Duda quando no banco há Miguel Veloso, o jogador em melhor forma no Sporting. Por último, as substituições. Por amor de Deus... Colocar Fábio Coentrão na ala num jogo desta importância é de bradar aos céus. A primeira vez de um garoto, nervoso e cheio de ansiedade num jogo deste calibre é, no mínimo, ridículo. Além desta, a substituição de Tiago por Deco a 5 minutos do fim quando o luso-brasileiro foi só, na minha opinião, o pior jogador em campo. Esteve, pelo menos, 40 minutos a mais no terreno de jogo. Faltou coragem a Queiróz para tirar aquele que vem sendo um dos piores jogadores da selecção nos últimos tempos (não foi por acaso que me referi ao individualismo de Deco no post anterior).

Caro Queiróz, eu sou daqueles que acredito na passagem da nossa selecção. Mais, acho que a resposta dos nossos jogadores vai ser melhor na Bósnia do que aqui. Agora, se continuar a inventar, se o nervosismo com que aborda as conferências de imprensa e o próprio jogo continuar a passar para os atletas, pode, efectivamente, ter dissabores. Mesmo sem Ronaldo, mesmo sabendo do valor do adversário, temos todas as condições para passar este último obstáculo.
Mais uma vez e sempre... FORÇA PORTUGAL!

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