terça-feira, novembro 10, 2009

IMPRESSIONANTE


BENFICA 1-0 NAVAL
(Javi Garcia)



Não vou falar praticamente nada do jogo. A vitória, apesar de só ter aparecido a um minuto do tempo regulamentar, é inteiramente justa. Por muito que perceba a diferença de potencial entre planteis, um autocarro não pode, numa corrida, chegar ao mesmo tempo que um audi. Aquilo que a Naval foi fazer ao estádio da luz nem em pleno Camp Nou se vê. Felizmente, o "crime" não compensou. Sobre este assunto, registei uma frase de Jorge Jesus: " Nós fomos a única equipa que quis ganhar, enquanto eles só pensavam em não perder. Mas, sinceramente, percebo que eles tenham jogado a assim. Os adversários, hoje em dia, sabem que não podem dividir o jogo connosco".

Apenas duas notas sobre o jogo. Em primeiro lugar, tal como acontecia o ano passado, acho que Maxi Pereira e Rúben Amorim não são compatíveis. São jogadores muito parecidos e não trazem amplitude à ala. Neste particular, Ramires faz imensa falta.
A outra nota refere-se, evidentemente, a JAVI GARCIA. Que jogo enorme (mais um!) do espanhol. Sem querer ser injusto para com os companheiros, diria que o Benfica não perdeu este jogo devido à inteligência táctica de Javi. Passo a explicar: tal foi o caudal ofensivo do Benfica (chegámos a ver ao mesmo tempo Coentrão, David Luiz e Maxi no ataque) que, num qualquer contra-ataque, a coisa poderia dar para o torto. Tal não veio a acontecer porque em campo estava um autêntico tractor que varreu tudo o que havia para varrer. Além disso, o espanhol está, nesta altura, muito melhor fisicamente o que lhe permite fazer menos faltas do que aquelas que fazia, por exemplo, no início de época.
Como se não bastasse, Javi Garcia teve, neste jogo, papel fundamental em termos ofensivos. Marcou o golo num belo cabeceamento mas obrigou ainda o guarda-redes Peiser a duas defesas notáveis. Primeiro de livre directo, depois, num cabeceamento extraordinário que permitiu ao francês efectuar a defesa da noite.
Não me canso de dizer: no meio de tantos nomes sonantes, apesar de achar que todos são importantes (a excepção é Keirrison que ainda não mostrou rigorosamente nada), há um que, quanto a mim, é imprescindível e insubstituível: Javi Garcia, pois claro.

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