3 PONTOS

Salvaram-se os três pontos. É curioso que o Benfica já perdeu jogos esta temporada em que fez muito mais para ganhar do que aquilo que fez hoje. Não interpretem mal, a vitória do Benfica foi justa e nunca esteve em causa. E, para dizer isto, tenho de me referir ao adversário. Acho, muito honestamente, que Jorge Jesus sobrestimou esta equipa israelita. Posso estar enganado mas, a ver pela amostra de hoje, não acho que o Hapoel consiga melhor que o 4º lugar. Apesar de ter visto qualidade na circulação de bola, achei esta equipa muito frágil a defender e pouco mortífera no ataque. Tem um grande guarda-redes mas não creio que vá fazer grande mossa, sobretudo nos jogos fora de casa. Provavelmente irá complicar a vida às três equipas do grupo em Israel - em boa parte devido ao ambiente - mas penso que não fará mais de 4 pontos neste grupo. Em suma, tivesse o Benfica apanhado um opositor de maior cartel e tenho dúvidas que os de Jesus tivessem conseguido a vitória.

Faltou alegria a esta equipa. Percebo que não seja fácil o momento em virtude da série negativa de resultados. No entanto, por se tratar de uma competição diferente, esperava mais. Mais velocidade, mais alegria, maior vontade em vencer. Tal não se verificou. A equipa mostrou claros sinais de nervosismo e até de alguma fragilidade física. Neste particular, a excepção foi mesmo Pablo Aimar que, quanto a mim, foi, a par de Coentrão, o melhor jogador "encarnado". É pena o argentino ser tão inconstante já que quando parece (fisicamente) mais disponível, a qualidade do futebol benfiquista sobe para outros patamares.
Não gostei da atitude nem da prestação de Cardozo (pese o facto de ter marcado o segundo golo), acho também que Saviola não está no seu melhor mas o que é certo é que Jesus teima em não apostar em Weldon para a frente de ataque. Espero que, com o regresso de Kardec, o cenário se altere até porque é muito mau para a equipa quando um jogador se acomoda ao lugar sabendo que, jogando bem ou mal, é e será sempre titular.

Boa entrada na Champions mas, francamente, é preciso muito mais contra Schalke, Lyon e, já agora, contra o Sporting.