Antes de mais, nem precisava de ouvir as declarações de Jesus no final da partida para perceber que Gaitán teria saído ao intervalo apenas e só em virtude de algum impedimento físico. Estava a ser claramente o melhor jogador do Benfica (na esquerda, como sempre defendi) e não fazia sentido tirá-lo do terreno de jogo, ainda por mais com a equipa em situação de desvantagem no marcador.
Com o empate do Porto em Olhão, diria que o Benfica jogava com uma dupla neste jogo de Braga. Era importante ganhar mas o empate não seria, no meu entender, um resultado negativo. Ficar com os mesmos pontos que o Porto (como se veio a verificar), tendo já ido ao dragão e a Braga, não é negativo de todo e abre boas perspectivas para o futuro. Além disso, com um empate, o Benfica garantiria sempre o segundo posto e por conseguinte, a vantagem em relação ao Sporting para o derby. Tal veio mesmo a verificar-se e, diga-se de passagem, espelhou aquilo que se passou no terreno de jogo.
Quanto à partida, creio que houve muita luta, muita entrega, uma boa intensidade mas pouco espaço nos últimos terços de jogo para ambas as partes. Como tal, poucas ocasiões de golo. Ainda assim, o Benfica teve bola, procurou a baliza do adversário e, mais importante, conseguiu que as suas linhas estivessem muito próximas e muito longe de Artur. Neste capítulo, acho que a equipa está francamente melhor, comparativamente à última temporada. Witsel é fundamental e, convém salientar, hoje apareceu em Braga Javi Garcia. Um bom Javi, por sinal.
Sem saber o que se irá passar no jogo de Alvalade ou até mesmo no derby da próxima jornada, creio que está tudo muito igual e nada se vai decidir hoje ou nas próximas semanas. Moralmente era importante para o Benfica a vitória neste encontro mas sair de um terreno destes com um empate significa a continuidade de uma equipa invencível no que vai de temporada. E isso, não valendo títulos, é importante porque dá estabilidade e confiança para o futuro.
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