terça-feira, outubro 03, 2006

BWIN: Braga moralizado surpreende o Porto



BRAGA 2-1 FC PORTO

1-0 Marcel
1-1 Helder Postiga
2-1 Luis Filipe



O Braga venceu o lider Porto por duas bolas a uma e terminou em grande uma das mais saborosas e carismáticas semanas que o clube bracarense tem memória. Depois de eliminar o Chievo Verona, um clube que tem apresentado resultados extremamente positivos nos últimos anos no Calcio, o Braga conseguiu derrotar o FC Porto, algo que, logicamente, não é histórico, mas, não deixa de ser noticia, isto se tivermos em conta os últimos confrontos registados em Braga, entre as duas equipas, na última década. Por sua vez, o Porto, que registou a sua segunda derrota consecutiva já que havia perdido em Londres durante a semana, conheceu o seu primeiro desaire no campeonato, deixando de ser lider isolado e terminando com a invencibilidade na Superliga. Neste momento, já todas as equipas conheceram o amargo sabor da derrota.

Relativamente ao encontro, a primeira parte ficou marcada pelo equilibrio. O Porto entrou melhor, Lucho, logo nos primeiros minutos, isolou-se e poderia ter aberto o activo para os dragões, algo que Paulo Santos não permitiu. A meio do primeiro tempo, foi a vez de o Braga tomar mais iniciativas de ataque, sendo que, numa delas, chegou à vantagem. O brasileiro Marcel, aproveitou uma bola na área, dominou bem o esférico e rematou para o primeiro do jogo.
Em desvantagem, o Porto, grande equipa que é, respondeu e foi à procura da igualdade. Anderson, desta vez, a jogar "à Messi", portanto, como médio ala direito, tentava pegar no jogo e fazer jogar a equipa mas, era do flanco esquerdo que vinha o verdadeiro perigo. Ricardo Quaresma, sempre muito activo, arrancava boas jogadas individuais culminadas com cruzamentos perigosos à procura de Postiga. Ora, aos 42 minutos, foi precisamente através de um centro de Quaresma ao segundo poste que o Porto chegou ao golo. O internacional português percebeu a movimentação de Postiga, tirou um cruzamento milimétrico e o avançado, sozinho, não teve quaisquer problemas em fazer o primeiro do Porto.
Ao intervalo, registava-se uma igualdade a uma bola, resultado que explicava aquilo que se havia passado no Municipal de Braga.



No segundo tempo, quando se esperava que o Porto fosse mais dominador já que era lider e o Braga havia feito 120 minutos em Chievo durante a semana, foi precisamente o clube bracarense que se mostrou mais atacante e com mais vontade de ganhar. Carlos Carvalhal, mostrando essa ambição de querer vencer a partida, lançou João Pinto tirando um médio com características mais defensivas, no caso, Castanheira.
Assim sendo, o Braga reentrou melhor e aos 55 minutos chegou ao segundo golo. Luis Filipe, numa excelente arrancada, rematou forte e colocado num lance em que Hélton poderia ter feito melhor. O lateral bracarense fez o seu primeiro golo em 5 temporadas e logo contra o campeão nacional.
Em desvantagem, o Porto, como lhe competia, foi para a frente, Jesualdo colocou em campo Alan e Vieirinha com o intuito de dar mais rapidez, frescura e criatividade às alas do Porto mas, o que é certo é que o Braga nunca se desuniu e foi sempre um conjunto consciente, equilibrado e rigoroso nas suas acções defensivas.
O Porto ainda dispôs de duas ou três boas ocasiões para marcar mas, a dada altura, percebeu-se que os jogadores do Braga, com enorme coração e uma grande disponibilidade, não mais iriam perder ou empatar este jogo.
Em conclusão, vitória feliz e muito sofrida do Braga que acaba por se aceitar dado àquilo que todos os jogadores do Braga, sem excepção, fizeram durante os 90 minutos, isto perante a réplica de uma grande equipa como é o FC Porto.

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