domingo, outubro 15, 2006

Bwin: Porto e Benfica goleiam e ganham moral para a Champions!



PORTO 3 MARITIMO 0

"SAMBA DE ANDERSON... EFICÁCIA DE POSTIGA"



O Porto venceu de forma natural o Maritimo num jogo em que o brasileiro Anderson voltou a mostrar toda a sua classe. O número 10 portista encheu o campo e foi a figura de um encontro que só teve história até aos 35 minutos de jogo, altura em que Helder Postiga fez o primeiro golo dos dragões.
A história do jogo resume-se basicamente aos golos já que, para além dos mesmos, pouco há a dizer. O Porto, talvez a pensar no jogo frente ao Hamburgo, a partir do momento em que se encontrou na posição de vencedor, desacelerou e, não fosse a inspiração de Anderson e o acerto de Postiga que marcou por duas vezes, talvez o Marítimo pudesse ter conseguido mais qualquer coisa no dragão. O certo é que, mesmo com algumas quebras, os azuis e brancos revelaram-se bastante eficazes em termos ofensivos, o que lhes possibilitou obter um resultado tranquilo e que não deixa margens para quaisquer dúvidas em relação à justiça do vencedor.
No final, três pontos mais para a equipa de Jesualdo Ferreira o que equivale por dizer que o Porto mantém-se na liderança da Superliga. Maior pressão para o Sporting que joga esta noite frente ao Estrela da Amadora.

U.LEIRIA 0 BENFICA 4

"EXIBIÇÃO DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU"



Grande exibição encarnada ontem na sempre díficil deslocação a Leiria. O Benfica venceu de forma clara e inequivoca uma União de Leiria que, mais uma vez, voltou a desiludir num jogo contra um grande. Ainda não foi desta que Domingos conquistou pontos frente a um dos três grandes.

Uma primeira parte de grande qualidade por parte dos encarnados ajuda a explicar em muito o desfecho final deste jogo. Com uma excelente troca de bola e uma enorme liberdade de posições no ataque, o Benfica baralhou por completo a defesa leiriense e a estratégia montada por Domingos Paciência para este encontro. O jovem treinador, antigo jogador de Fernando Santos, apresentou um sistema algo diferente com mais homens no miolo do terreno no sentido de ganhar a batalha nessa área tão importante de jogo. Depois, com alas bem abertos, Domingos procurava obrigar os laterais Nélson e Léo a não se incorporarem muito no ataque, algo que é costume acontecer.
O problema foi que com Petit a jogar à frente dos centrais, como tanto gosta e sabe, e Katsouranis, em grande forma, a jogar "à Lucho", o Benfica ganhou o meio-campo e, com Nuno Assis, Simão, Miccoli e o próprio Nuno Gomes a aparecerem de todos os lados, a superioridade encarnada fez-se sentir e as ocasiões foram aparecendo com bastante naturalidade.
Aos 30 minutos, e já depois de ter ameaçado, o italiano Miccoli abriu o marcador e colocou, com inteira justiça, os encarnados no comando da partida. Quanto ao golo, creio que, para quem o viu na televisão ou no estádio, percebe o quanto é díficil descrever este momento. Simplesmente, um golo de bandeira, ou melhor dizendo, um golo "à Miccoli" já que não é a primeira vez que o "rato" faz coisas destas.
Com a obtenção do golo e contrariamente ao que é muitas vezes habitual em equipas portuguesas, o Benfica continuou a carregar, procurou sempre ter a bola e trocá-la através de passes curtos e, mantendo a estratégia da mobilidade ofensiva, foi, efectivamente, perturbando tudo o que de branco havia dentro das quatro-linhas. Ora, consequência dessa supremacia, o Benfica, aos 43 minutos, chegou ao golo da tranquilidade em mais um tento de grande nível, não só pela excelente finalização de Miccoli mas também pela jogada em si e pela assistência de grande qualidade de Nuno Gomes, mais uma vez a demonstrar toda a sua inteligência a jogar com um companheiro na frente de ataque.
Ao intervalo, resultado mais que justo numa exibição de grande nível do Benfica e, contrariamente, uma fraca prestação leiriense, explicada em parte pela valia do opositor.



No segundo tempo, como era de esperar, o Benfica não foi tão pressionante nem tão virado para a baliza leiriense como o fez na primeira parte. Domingos Paciência também mexeu ao intervalo, colocou Paulo Machado no lugar do apagado (como é habitual!) Cadú da Silva e, valha a verdade, o Leiria não cometeu tantos erros e equilibrou um pouco mais a partida.
Apesar de menos ofensivo, o que é certo é que os encarnados estavam bastante objectivos nas suas acções de ataque. Com poucos toques e com muita velocidade, nomeadamente nas alas, os encarnados destabilizavam muito os homens mais recuados do Leiria e criavam situações claras de golo.
Pois, foi com naturalidade que o Benfica chegou à goleada. Aos 61 minutos, Nélson aventurou-se no ataque, foi à linha de fundo e tirou um cruzamento a meia altura para a zona da grande penalidade. Valdomiro, central brasileiro, falhou a intercepção e Nuno Gomes, num remate de algum requinte técnico fez o terceiro do jogo e chegou à bonita marca dos 100 golos na Superliga.
Com três golos de desvantagem, o treinador Leiriense procurou amenizar o resultado e tirou Harison fazendo entrar o sempre atrevido Ivanildo. O Leiria mexeu na equipa mas foi o Benfica que alterou novamente o resultado, desta feita de grande penalidade e por intermédio do capitão Simão Sabrosa.
Estava consomada a goleada, havendo tempo para descansar alguns jogadores, dar alguns minutos a jogadores menos utilizados como Beto ou Kikin e, fundamentalmente, encarar com mais entusiasmo e confiança o jogo de terça-feira frente ao Celtic, equipa que também goleou para o campeonato escocês (1-4) e com destaque para o hattrick do japonês NaKamura, jogador de grande qualidade que terá de merecer especial cuidado.

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